PCOM - Dissertações de Mestrado
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Recent Submissions
- Houve várias emoções, por não conhecer nem a cultura nem o idioma. Um pouco de tristeza por deixar o meu país e um pouco de alegria por começar uma vida nova... A Vivência da População Migrante no Processo de Integração em PortugalPublication . Carvalhão, Mariana Zeghbi; Vargas-Moniz, Maria JoãoEste estudo, desenvolvido no contexto do Mestrado em Psicologia Comunitária, analisa de forma crítica os processos, procedimentos e experiências de integração da população migrante em Portugal, com foco no Centro de Acolhimento para Refugiados (CPR) em Loures, visando promover mudanças nesses processos. Esta investigação procura expandir a compreensão sobre a integração da população migrante em Portugal, utilizando uma análise crítica direcionada para a transformação através do olhar e dos sentimentos desta população que, irá moldar essa integração. Esta investigação adota uma abordagem descritiva e exploratória, utilizando métodos mistos que integram dados quantitativos (análise descritiva e inferencial) e qualitativos (análise temática), permitindo uma análise mais detalhada. A resiliência e a integração são cruciais para a adaptação da população migrante, mas as barreiras estruturais e a falta de apoio inicial podem prejudicar esses processos. Assim, as políticas e as intervenções devem reforçar a resiliência, aprimorar o suporte comunitário e facilitar a integração cultural para promover o bem-estar da população migrante.
- Associativismo e Integração: O papel das associações no apoio à construção da integração de migrantes brasileirosPublication . Sandins, Bruna Gabriela Laureano; Vargas-Moniz, Maria JoãoNesta dissertação investiga-se o papel das associações de migrantes e o impacto de sua intervenção no processo de adaptação e integração de pessoas migrantes brasileiras em Portugal. A pesquisa explora como estas organizações contribuem para a inclusão social, econômica e cultural, proporcionando apoio e promovendo a coesão comunitária. A partir de uma abordagem qualitativa, foram realizadas 9 entrevistas em profundidade com pessoas migrantes brasileiras residentes em Lisboa e que acessaram por alguma razão os serviços das Associações de migrantes. Os resultados indicam que apesar dos desafios e adversidades enfrentadas pelos entrevistados, a experiência é positiva revelando que as associações desempenham um papel crucial na orientação legal e na criação de redes de suporte e, desta forma, viabilizam a adaptação e integração da população atendida apesar das limitações apresentadas. Este estudo contribui para uma compreensão mais aprofundada do papel associativismo no contexto migratório, oferecendo recomendações para futuras discussões sobre a sobrevivência destas instituições frente às mudanças no cenário atual nas políticas na área das migrações em Portugal.
- “Saí…, e agora?!” Estudo exploratório sobre a reintegração de ex-reclusosPublication . Almeida, Carolina Maria Costa deO principal objetivo desta investigação passa por procurar perceber quais as experiências e desafios do processo de reintegração de pessoas que estiveram em situação de reclusão, após a saída do estabelecimento prisional. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com base exploratória, com 6 participantes em situação de ex-reclusão, em momentos diferentes. Das entrevistas, emergiram temas relacionados com o processo de reintegração, experiências percecionadas e apoios recebidos. As entrevistas foram analisadas de acordo com o método da análise temática e organizadas através do modelo proposto por Graffam e Shinkfield (2007). Os resultados mostram que os principais desafios que os participantes relatam no processo de reintegração são o acesso à habitação estável e as oportunidades de emprego. O apoio de serviços e a rede social de apoio são também percecionados como relevantes no processo de reintegração, onde o apoio de serviços mostra ser facilitador deste processo. Ainda, o tempo e contexto antes e dentro do tempo na prisão demonstra também ser uma variável que influencia o processo de reintegração de ex-reclusos(as). Com o presente estudo amplificam-se as vozes de pessoas que estiveram em situação de reclusão, e que estão no processo de reintegração após a saída do estabelecimento prisional, enfatizando que o apoio ao processo de reintegração deve adotar uma abordagem ecológica, na construção e adaptação de intervenções e programas, de forma a melhor apoiar os indivíduos que se encontram nesta situação.
- Bilacaba...! - A forma de lidar com a saúde sexual, menstrual e reprodutiva das mulheres e pessoas que menstruam em situação de sem abrigoPublication . Oliveira, Rita Lima; Moniz, Maria João VargasA presente dissertação investiga a saúde menstrual, sexual e reprodutiva das mulheres e pessoas que menstruam com uma experiência da situação de sem-abrigo, explorando as suas experiências e desafios do quotidiano. O objetivo central foi compreender as estratégias adotadas por aqueles que menstruam nas ruas e fornecer recomendações práticas para melhorar o suporte a essa população marginalizada, juntamente com sugestões para a criação de políticas públicas mais abrangentes. O estudo envolve entrevistas semiestruturadas com pessoas que passaram por situações de sem abrigo e uma análise temática das respostas obtidas. Os resultados destacam a menstruação como um tabu persistente na sociedade, muitas vezes ignorado nas discussões de saúde pública. As entrevistas revelaram que as pessoas em situação de sem abrigo enfrentam desafios significativos em relação à higiene menstrual devido à falta de acesso a instalações sanitárias adequadas e à escassez de produtos menstruais. Além disso, a falta de apoio adequado persiste e as vozes de quem partilha as suas experiências enfatizam a necessidade urgente de políticas públicas que abordem essas questões de maneira eficaz. Este estudo destaca a importância de sistematizar as experiências das pessoas em situação de sem-abrigo e reconhecer a menstruação como uma questão de direitos humanos e saúde pública. As recomendações fornecidas têm o potencial de melhorar a qualidade de vida, promover a igualdade de gênero em relação à saúde menstrual. A pesquisa apela para uma mudança de paradigma na forma como a sociedade lida com a menstruação, visando criar um ambiente mais inclusivo, compreensivo e informado para todos/as, independentemente da sua situação habitacional.
- As abordagens das capacidades e das premissas Justiça, Autonomia, Restituição e Segurança Um estudo exploratório com sobreviventes de violência domésticaPublication . Rodrigues, Carolina Oliveira; Moniz, Maria João VargasA violência doméstica, sendo ainda um tema preponderante atualmente, necessita mais do que nunca, dos contributos das mulheres sobreviventes de violência doméstica para compreender o fenómeno. Tendo a Abordagem das Capacidades e as Premissas JARS como base, o objetivo deste estudo é assim o de voltar a dar voz às mulheres sobreviventes, através de uma investigação qualitativa que conta com a análise de focus groups do Projeto Rede de Pares. Foi formulada uma questão de investigação que pretende perceber como é que as mulheres sobreviventes utilizam as suas capacidades no processo de superação, podendo assim perceber quais delas devem ser promovidas pelos serviços de suporte, contribuindo assim para repensar a atuação dos mesmos com recomendações baseadas nos relatos das mesmas e em literatura. Verificou-se assim que nas várias Premissas, as capacidades Razão Prática e Reflexão Crítica; Vida e Saúde; Afiliação, Interações Sociais e Comunitárias e Integridade Física são aquelas que são colocadas em causa com a forma como o sistema e as práticas operam atualmente.
- "Promoteu acorrentado" Estudo Exploratório sobre a institucionalização de crianças e jovens em Portugal, Brasil e ChilePublication . Sallit, Lorena Barreto; Moniz, Maria João VargasEste trabalho foi perspectivado com a finalidade de refletir os efeitos da institucionalização de jovens em conflito com a lei dos Sistemas de Justiça Juvenil de Portugal, Brasil e Chile. O sistema juvenil é uma temática que suscita discussões e reflexões devido às consequências relacionadas a forma com que se aplica uma intervenção em crianças e jovens, sendo que a institucionalização não promove uma reintegração efetiva, mas auxilia na construção de maior desigualdade entre os que ali passam. Dentro da triangulação Portugal, Brasil e Chile foram destacados pontos e práticas em comum ao lidar com a temática dos jovens em conflito com a lei. O objetivo deste estudo é apresentar relatos de profissionais que têm/tiveram experiências relacionadas ao sistema juvenil e, a partir disso, fazer uma observação crítica orientada para a mudança acerca da institucionalização de jovens. Foi feita a análise temática dos conteúdos que se apresentaram através das entrevistas semiestruturadas com esses profissionais de forma a levantar as temáticas mais importantes relacionadas às possibilidades e impossibilidades de reintegração desses jovens que passam pelo sistema. Com os resultados foram apresentados temas do Sistema Tutelar Educativo; Centros Educativos; Institucionalização de Crianças e Jovens; Semelhanças com o sistema penal; Sistema político e econômico; Trabalhadores do Sistema Juvenil; Sugestões para uma mudança no sistema e Projetos alternativos. Foi possível observar que há falhas estruturais de políticas públicas que impedem um olhar atento à realidade social, focando apenas no delito, o que sugere um sistema punitivo próximo da realidade do sistema penal.
- Narrativas de famílias migrantes do sul-asiático: uma perspetiva acerca da inclusão no contexto escolar de LisboaPublication . Oliveira, Tahise Badgdeve de; Moniz, Maria João VargasAtravés da variedade de ferramentas de coleta de dados, incluindo entrevistas, observação-participante, grupos focai e diário de campo, a presente dissertação pretendeu ouvir as narrativas de famílias migrantes em Portugal provenientes do sul-asiático sobre como sentem os processos de inclusão numa escola no centro de Lisboa. O envolvimento das famílias migrantes desempenha um papel fundamental na construção de uma educação intercultural e na colmatação das diversas problemáticas vividas por populações migrantes, principalmente aquelas recém-chegadas. Contudo, o presente trabalho também conclui que ambientes mais inclusivos e com práticas que visem estreitar o relacionamento entre escola-família/comunidade serve não apenas para populações migrantes, mas é central para todas as pessoas e famílias, pois acolhem a diversidade em si e estimulam o bem-estar e desenvolvimento da aprendizagem de crianças e jovens.
- O fim das instituições? Uma revisão sistemática de literatura sobre o panorama da desinstitucionalização da saúde mentalPublication . Pires, Johann; Moniz, Maria João VargasA Desinstitucionalização, é um tema recorrente desde a metade do século passado e no entanto continua a ser um tema atual. Diversos países ao redor do mundo, adotaram a desinstitucionalização em suas respetivas políticas públicas e planos para a saúde mental, porém quando fala-se em desinstitucionalização da saúde mental, nem sempre é adequado referir-se à desinstitucionalização como se fosse um processo único, uniforme ou equivalente entre os diversos países em que acontece. De uma maneira geral, é coerente dizer que a desinstitucionalização da saúde mental corresponde a saída das pessoas dos hospitais psiquiátricos, para serem integradas em serviços de saúde de base comunitária (Bachrach, 1976; Brown, 1975; Shen & Snowden, 2014). Porém, quando se diz respeito às respostas póshospitalização, estas, demonstram ser das mais variadas e por conseguinte, surtem diferentes efeitos. Esta tese pretende categorizar os serviços de saúde de base comunitária oferecidos em diferentes países, de acordo com seus atributos intrínsicos, de modo a compreender as qualidades que os compõem e que os assemelham ou diferenciam. A partir disto, tendo em vista o contexto que estão inseridos e as nuances dos serviços oferecidos, far-se-á possivel, comparar os resultados e consequências do processo de desinstitucionalização em cada pais.
- “Uma diferença muito grande”: Estudo narrativo exploratório com pessoas inquilinas no Programa Housing First com experiência de situação de sem-abrigoPublication . Mota, Francisca Ribeiro de Sá; Moniz, Maria João VargasO principal objetivo desta investigação passou por procurar perceber como são os dias típicos de pessoas atualmente integrantes do Programa Housing First, anteriormente em situação de sem-abrigo. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas de base exploratória em profundidade com 5 participantes inquilinos(as) do Programa Casas Primeiro - Housing First, da Associação para o Estudo e Integração Psicossocial - AEIPS -, em 23 momentos diferentes. Em conjunto, colaborativamente, desenharam-se as rotinas num mapa de Lisboa, no sentido de compreender a amplitude dos seus percursos. As entrevistas foram analisadas segundo método da análise temática e os resultados mostraram que não existem dias típicos, mas idiossincráticos às situações específicas e prioridades do momento dos(as) inquilinos(as). Os(as) participantes testemunharam as alterações das suas rotinas e sentimentos, comparativamente a quando estavam em situação de sem-abrigo. As pessoas acederam a recursos novos, que diferiram entre si, mas que contribuíram para a sua integração psicossocial. Um tema importante que emergiu foi a gestão monetária, que influenciou os percursos e atividades realizadas. As pessoas perspetivavam, no futuro, ingressar no mercado de trabalho, ter um emprego estável com contrato, sem depender de apoios e subsídios do Estado, possibilitando o aumento da sua qualidade de vida. Com este estudo procura-se ampliar a voz de pessoas com experiência de situação de sem-abrigo e o seu percurso no Housing First, enfatizando que a habitação se constitui como um direito do ser humano e como um ponto básico para o desenvolvimento de novas regularidades sociais inclusivas e diversificadas.
- Co-construção de uma rede de pares de autorepresentantes contra a violência de género promovendo o seu empoderamento em portugalPublication . Medina, Ana Beatriz Vieira; Moniz, Maria João VargasA violência contra as mulheres encontra-se em todas as partes do globo, não escolhe caras, pode acontecer a qualquer momento em variados contextos (Aghtaie & Gangoli, 2015). Neste trabalho procuramos estudar um processo de Co-construção de uma rede, através de métodos mistros convergentes (Creswell e Clark, 2018). (questionário- quantitativo; Reuniões qualitativas), para que possibilite uma visão alargada dos testemunhos e situações que tanto as técnicas como as sobreviventes têm de superar e transformar. A metodologia de co construção acaba por se mostrar eficaz para esta Rede de mulheres pares, bem como causou avanços na partilha de conhecimento científico para ser aplicado na pártica, abrindo as portas à transformação.