PCOM - Dissertações de Mestrado
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- As abordagens das capacidades e das premissas Justiça, Autonomia, Restituição e Segurança Um estudo exploratório com sobreviventes de violência domésticaPublication . Rodrigues, Carolina Oliveira; Moniz, Maria João VargasA violência doméstica, sendo ainda um tema preponderante atualmente, necessita mais do que nunca, dos contributos das mulheres sobreviventes de violência doméstica para compreender o fenómeno. Tendo a Abordagem das Capacidades e as Premissas JARS como base, o objetivo deste estudo é assim o de voltar a dar voz às mulheres sobreviventes, através de uma investigação qualitativa que conta com a análise de focus groups do Projeto Rede de Pares. Foi formulada uma questão de investigação que pretende perceber como é que as mulheres sobreviventes utilizam as suas capacidades no processo de superação, podendo assim perceber quais delas devem ser promovidas pelos serviços de suporte, contribuindo assim para repensar a atuação dos mesmos com recomendações baseadas nos relatos das mesmas e em literatura. Verificou-se assim que nas várias Premissas, as capacidades Razão Prática e Reflexão Crítica; Vida e Saúde; Afiliação, Interações Sociais e Comunitárias e Integridade Física são aquelas que são colocadas em causa com a forma como o sistema e as práticas operam atualmente.
- Associativismo e Integração: O papel das associações no apoio à construção da integração de migrantes brasileirosPublication . Sandins, Bruna Gabriela Laureano; Vargas-Moniz, Maria JoãoNesta dissertação investiga-se o papel das associações de migrantes e o impacto de sua intervenção no processo de adaptação e integração de pessoas migrantes brasileiras em Portugal. A pesquisa explora como estas organizações contribuem para a inclusão social, econômica e cultural, proporcionando apoio e promovendo a coesão comunitária. A partir de uma abordagem qualitativa, foram realizadas 9 entrevistas em profundidade com pessoas migrantes brasileiras residentes em Lisboa e que acessaram por alguma razão os serviços das Associações de migrantes. Os resultados indicam que apesar dos desafios e adversidades enfrentadas pelos entrevistados, a experiência é positiva revelando que as associações desempenham um papel crucial na orientação legal e na criação de redes de suporte e, desta forma, viabilizam a adaptação e integração da população atendida apesar das limitações apresentadas. Este estudo contribui para uma compreensão mais aprofundada do papel associativismo no contexto migratório, oferecendo recomendações para futuras discussões sobre a sobrevivência destas instituições frente às mudanças no cenário atual nas políticas na área das migrações em Portugal.
- Atitudes da comunidade face às pessoas com doença mentalPublication . Mósca, Teresa Maria Pereira; Ornelas, José H.O estigma é um atributo ou uma marca desvalorizante que torna o indivíduo que o possui diferente dos outros e reduzido a essa característica. A estigmatização das pessoas com experiência de doença mental tem consequências quer a nível pessoal, quer a nível público. O objectivo deste estudo qualitativo é descrever as atitudes da comunidade face às pessoas com doença mental, considerando o género e a idade dos participantes. Os 50 participantes (25 do sexo feminino) com idades compreendidas entre os 20 e os 55 anos completaram a Escala de Atitudes da Comunidade face ao Doente Mental (Taylor & Dear, 1981). A amostra revelou-se autoritária e socialmente restritiva em relação às pessoas com doença mental e, simultaneamente, menos benevolente e próxima de uma ideologia comunitária de saúde mental. Os participantes do sexo masculino mais velhos são os mais autoritários, benevolentes e socialmente restritivos. Os participantes mais jovens e de ambos os sexos identificam-se mais com a ideologia comunitária. Perante estes resultados, reflectimos sobre um modelo de campanhas anti-estigma baseado em estratégias de redução do estigma – protesto, educação e contacto.
- Atitudes, crenças, conhecimentos e competências de pais, professores e crianças do 1º ciclo: Após aplicação de programa de prevenção dos abusos sexuais de criançasPublication . Henriques, Paula Cristina AbrantesEste trabalho tem como objectivo perceber quais as Atitudes, Crenças, Conhecimentos e Competências que os Pais, Professores e Crianças do 1o Ciclo possuem acerca da Prevenção do Abuso Sexual de Crianças em Idade Pré-Escolar após a comparência de um programa de Prevenção. Trata-se assim de um estudo exploratório de carácter preventivo. Os instrumentos para Pais e Professores que foram utilizados para a realização deste trabalho (Ver Anexo A) procederam do estudo: Sexual Abuse Prevention for Preschoolers: A Survey of Parents's Behaviors, Altitudes, and Beliefs (Wuntele, Kvatemick & Franklin, 1992), publicado no Journal of Child Sexual Abuse. Com o intuito de complementar os questionários originais, foram acrescentadas outras questões, provenientes do Child Abuse Knowledge Questionnaire (Hibbard, R. A., & Zollinger, T. W., 1990), do Child Abuse Myth Scale (Collings, Steven, J., 1997), e também do CAP - The Child Assault Prevention Project. Foram instrumentos adaptados pela Associação Portuguesa para o Estudo e Prevenção dos Abusos Sexuais de Crianças (APPEPASC), para tornar mais enriquecedora a análise e realização do presente estudo. Verificou-se que o Programa de Prevenção ao qual participaram os pais, professores e crianças, foi de extrema utilidade na aquisição de conhecimentos relativamente aos programas de prevenção do abuso sexual de crianças em idade pré-escolar, nomeadamente nas competências importantes a ser ensinadas às crianças, no entanto, evidenciou-se ainda algumas dúvidas em questões mais específicas, especialmente no que se refere a mitos sobre os abusos, evidenciando que é difícil desenraizar opiniões formadas.
- Bilacaba...! - A forma de lidar com a saúde sexual, menstrual e reprodutiva das mulheres e pessoas que menstruam em situação de sem abrigoPublication . Oliveira, Rita Lima; Moniz, Maria João VargasA presente dissertação investiga a saúde menstrual, sexual e reprodutiva das mulheres e pessoas que menstruam com uma experiência da situação de sem-abrigo, explorando as suas experiências e desafios do quotidiano. O objetivo central foi compreender as estratégias adotadas por aqueles que menstruam nas ruas e fornecer recomendações práticas para melhorar o suporte a essa população marginalizada, juntamente com sugestões para a criação de políticas públicas mais abrangentes. O estudo envolve entrevistas semiestruturadas com pessoas que passaram por situações de sem abrigo e uma análise temática das respostas obtidas. Os resultados destacam a menstruação como um tabu persistente na sociedade, muitas vezes ignorado nas discussões de saúde pública. As entrevistas revelaram que as pessoas em situação de sem abrigo enfrentam desafios significativos em relação à higiene menstrual devido à falta de acesso a instalações sanitárias adequadas e à escassez de produtos menstruais. Além disso, a falta de apoio adequado persiste e as vozes de quem partilha as suas experiências enfatizam a necessidade urgente de políticas públicas que abordem essas questões de maneira eficaz. Este estudo destaca a importância de sistematizar as experiências das pessoas em situação de sem-abrigo e reconhecer a menstruação como uma questão de direitos humanos e saúde pública. As recomendações fornecidas têm o potencial de melhorar a qualidade de vida, promover a igualdade de gênero em relação à saúde menstrual. A pesquisa apela para uma mudança de paradigma na forma como a sociedade lida com a menstruação, visando criar um ambiente mais inclusivo, compreensivo e informado para todos/as, independentemente da sua situação habitacional.
- Bulling em contexto escolar: Participação como método preventivo numa cominudade com história Quinta do Loureiro, Vale de AlcântaraPublication . Carita, Helena Isabel da Cunha SemedoO objecto deste estudo é a descrição do Bullying, tendo em conta as experiências com o fenómeno por parte das crianças e jovens da escola E.B.1 e J.l. do Vale de Alcântara. Procuramos identificar a participação juvenil nas dinâmicas escolares como possível método para prevenção do bullying. O instrumento utilizado para avaliar o Bullying e Agressividade em Contexto Escolar foi a adaptação do questionário de Dan Olweus (1989) por Beatriz Oliveira Pereira e Ana Tomás de Almeida (1994) - Universidade do Minho - "Bullying, Agressividade em Contexto Escolar". E ainda a realização de um Focus Group, sobre participação como meio de prevenção, da violência escolar, realizado pela autora deste estudo, com base em bibliografia sobre participação comunitária e voluntariado. A aplicação dos questionários foi efectuada individualmente com cada adolescente. O Focus Group foi realizado primeiro com a turma de 2° ano e posteriormente com a turma de 4o ano, com a colaboração dos respectivos professores. Em relação aos resultados obtidos é de referir que existem crianças envolvidas em situações de bullying, na escola de intervenção. E que a participação e envolvimento dos alunos na tomada de decisões é fraca. Após a análise descritiva e exploratória realizada podemos afirmar que os objectivos iniciais foram alcançados.
- Cape Verdean associative leaders: Influence as path for social changePublication . Silva, Rita Isabel do NascimentoEste estudo aborda os líderes associativos Cabo-Verdianos na Área Metropolitana de Lisboa e pretende explorar como é que os processos de empowerment e participação contribuem para o desenvolvimento da sua capacidade relacional de modo a tornarem-se agentes de influência no que diz respeito ao entendimento e acção nas estruturas de poder na comunidade, vista como um todo. Nós organizamos este estudo em três capítulos: As aberturas dos líderes e o bem-estar do grupo; Envolvimentos dos líderes: Objectivos e liderança do grupo e Líderes como visionários do sistema: Construção de interdependências Foram definidas duas questões de investigação: Como é que os líderes, enquanto líderes, contribuem para o bem-estar do grupo? e Como é que os líderes, no decorrer das suas actividades, estabelecem, relacionam e fomentam impactos noutras organizações da comunidade? Como resultados esperados, pretendemos concluir que a capacidade relacional dos líderes associativos Cabo-Verdianos é determinante para exercer influência nas estruturas de poder da comunidade, vista como um todo.
- Capital social comunitário e a auto-percepção de saúde: Um estudo com utilizadores de internet em PortugalPublication . Paraíso, TiagoEste estudo aborda a temática do Capital Social por uma perspectiva comunitária, entendendo o capital social como uma qualidade dos grupos, das redes sociais, das instituições, das comunidades e das sociedades. Esta perspectiva enfatiza a natureza colectiva do fenómeno (Perkins, 2002). Para quantificar o Capital Social Comunitário, recorremos ao questionário mais utilizado de capital social comunitário (Ferguson, 2006), desenvolvido por Onyx & Bullen, em 2000. e medido através das dimensões: confiança; pro-actividade; participação; ligações com a família e amigos; valor da vida; tolerância para com a diversidade; ligações na vizinhança e ligações no trabalho. Este questionário foi aplicado a utilizadores de internet em Portugal, através do site www.sereisocial.com. Através de uma amostra de 3115 adultos utilizadores de internet, este estudo verificou à semelhança do estudo de Putnam (2002) "Bowling Alone", mas não só, que o tempo despendido nas horas vagas a ver televisão como um dos principais responsáveis pela erosão do capital social comunitário, mas também que o capital social comunitário dos cidadãos adultos cibernautas é afectado negativamente pelo tempo despendido nas horas vagas como forma de entretenimento na Internet. Complementando e confirmando assim a ideia não testada em "Bowling Alone" de Putnam (testou apenas a variável Tv) de que a revolução tecnológica nas comunicações operada pela Internet, pode afectar também negativamente e de forma significativa a formação de capital social e a respectiva participação comunitária (Helliwell & Putnam, 2005). Muitos estudos também têm mostrado uma associação relevante entre as dimensões anteriormente enunciadas que constituem o capital social comunitário e diferentes indicadores de auto percepção de saúde e bem-estar (Kim & Kawachi, 2007; Folland, 2007; Poortinga, 2006; Lindstrom & Moheseni, 2008; Veenstra, 2001; Helliwell, 2003; Coleman, 1988; Putnam, 2000). Simultaneamente, o presente estudo verificou estatisticamente que os sujeitos com maior confiança nos outros, mais participativos e pró-activos nas comunidades, com ligações melhores e mais fortes com a família, amigos, vizinhança e local de trabalho, e com mais tolerância para com a diversidade, apresentam de forma muito significativa maiores níveis de auto-percepção de saúde, bem como de bem-estar. Dado que o capital social é tipicamente descrito como um atributo das comunidades e organizações e que facilita a cooperação mútua (Coleman, 1988; Putnam, 2000), existe muita literatura que tem demonstrado haver uma associação mais íntima entre as dimensões participação e pró-actividade, e que principalmente níveis mais elevados desta última associam-se fortemente a níveis mais elevados nas restantes dimensões que constituem o capital social comunitário (e.g. Putnam, 2002; Kawachi, 2003; Onyx & Bullen, 2000). O nosso estudo verificou igualmente que maiores níveis de participação e principalmente pró-actividade comunitária estão estatisticamente associadas a maiores ligações à vizinhança, família e amigos, sentindo-se também mais valorizados pela sociedade e apresentam maior tolerância para com a diversidade, em oposição com os indivíduos menos pró-activos. Por último, à semelhança de Putnam (2002), verificou-se estatisticamente neste estudo que os sujeitos com maior confiança nos outros, mais participativos e pró-activos nas comunidades, com ligações melhores e mais fortes com a família, amigos, vizinhança, e com mais tolerância para com a diversidade, votam significativamente mais e apresentam maior confiança nos políticos.
- Capital social e participação dos jovens como factores preponderantes na construção de comunidades saudáveisPublication . Silveira, Carina Simões daEste estudo pretendeu analisar o capital social comunitário dos jovens de 12° Ano da cidade de Lisboa, no momento anterior ao da entrada na idade adulta, utilizando o Questionário de Capital Social Comunitário, nas suas oito dimensões — confiança; pró-actividade; participação; ligações com a família e amigos; valor da vida; tolerância para com a diversidade; ligações com a vizinhança; ligações com a escola. Muitos dos estudos sobre o capital social dos jovens são uni-dimensionais, apresentando sérias limitações na compreensão e na análise (Bassani, 2007). Este estudo, debruça-se sobre o capital social juvenil numa perspectiva multi-dimensional e comunitária, abordando vários grupos em que os jovens estão inseridos: a escola, a família e os amigos, e a vizinhança. Trata-se de um trabalho enquadrado na recente investigação sobre o capital social, que reformula a Teoria da Proximidade (Coleman, 1990), e encara os jovens como tendo um papel activo na produção de capital social e não como meros receptores do capital social gerado pelos adultos (Holland, Reynolds & Weller, 2007; Offer, 2007; Bassani, 2007; Morrow, 2005). O envolvimento dos jovens nos assuntos da vida comunitária tem sido avançado como uma política prioritária no desenvolvimento dos jovens e na construção de comunidades mais saudáveis (Zeldin, Camino & Calvert, 2003, 2007). Utilizando um design que apela ao método correlacionai e ao método comparativo, foi possível por um lado, uma compreensão aprofundada sobre as correlações existentes entre as várias dimensões do questionário, isto é, os vários elementos que compõem o capital social comunitário, e por outro lado, uma análise comparativa, tendo em conta a relação entre as várias dimensões do capital social comunitário e algumas variáveis sócio-demográficas - género; idade; votar nas eleições da escola; confiança nos políticos; interesse pela política; felicidade; exercício físico. As principais conclusões do estudo mostram que existe uma forte correlação entre a participação e a pró-actividade. A análise realizada teve era conta o conceito de participação juvenil a dois níveis (Boyden & Ennew, 1997) - um menos efectivo, relacionado com o fazer parte e estar presente e outro mais efectivo, relacionado com a pró-actividade. Foi notório também que os jovens com mais interesse pela política e com mais confiança nos políticos possuíam níveis mais altos de pró-actividade, ligações na família e amigos, ligações na escola e ligações na vizinhança e que os indivíduos que mais votam nas eleições da escola, têm também níveis mais altos de ligações na vizinhança e na escola. Registaram-se correlações significativas entre a pró-actividade e outras dimensões - ligações na família e amigos, as ligações na escola e valor da vida. Por outro lado, foi também evidente uma correlação forte entre as ligações na família e amigos e as ligações na escola. Verificou-se ainda, que os jovens com níveis mais altos de felicidade possuíam também níveis mais altos em quase todas as dimensões do questionário de Capital Social Comunitário - confiança, pró-actividade, participação, ligações na família e amigos, ligações na escola e valor da vida. Tal facto, faz-nos pensar na íntima relação do capital social comunitário com o sentimento de bem-estar. Observaram-se diferenças significativas no que respeita à confiança, consoante o género. Constatou-se que os rapazes possuíam níveis mais elevados de confiança do que as raparigas. Dado que a confiança assenta sobretudo na ideia de previsibilidade coloca- se a hipótese de tal diferença estar relacionada com um ambiente desigual em matéria de direitos. Foi possível perceber que os jovens que praticam exercício físico têm níveis mais elevados de pró-actividade, ligações na família e amigos, ligações na escola, tolerância para com a diversidade e valor da vida. Para além da relação existente entre o exercício físico e o valor da vida, também se constatou que a prática de desporto está relacionada com níveis mais elevados de felicidade. Este estudo dá conta da importância do capital social dos jovens, e da relevância da participação e do envolvimento dos jovens na governança, corno factores de desenvolvimento incontornáveis na construção de comunidades mais ricas e mais saudáveis.