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- Trabalho de projeto no estudo do meio no 1º ano do Ensino BásicoPublication . Lopes, Ana Sofia Lourenço de Faria; Montiel, António LuísO presente relatório foi elaborado no âmbito da unidade curricular Prática Supervisionada em 1.º Ciclo do Ensino Básico, que integra o plano de estudos do Mestrado em Educação Préescolar e ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico. O estabelecimento de ensino onde concretizei a minha prática supervisionada e que potenciou esta investigação, pertence à rede pública e, incidiu numa turma do 1º ano, constituída por vinte e quatro alunos, com idades compreendidas entre os seis e os sete anos de idade. A professora cooperante implementava nas suas práticas educativas, na componente do currículo de Estudo do Meio, o que denominava por Trabalhos de Projeto, em que as temáticas que eram desenvolvidas nestes, eram escolhidas pelo adulto e abordavam sempre os conteúdos mencionados no próprio currículo. Na verdade, a Metodologia de Trabalho de Projeto sempre foi algo que me interessou pelas características que lhe são próprias, permitindo que os alunos desempenhem um papel ativo no seu processo de aprendizagem, desenvolvendo nestes múltiplas competências. Este estudo visa assim, compreender de que forma se pode dinamizar um Trabalho de Projeto, na componente de Estudo do Meio, e ainda, quais os contributos da sua implementação para os alunos. No decorrer desta investigação, a metodologia adotada foi de natureza qualitativa, recorrendo a diferentes instrumentos de recolha de dados: a observação naturalista com registos concretizados no diário de bordo e em grelhas de observação; a recolha documental e entrevistas. A concretização deste estudo e consequentemente os seus resultados, evidenciam a relevância e as potencialidades que a implementação da MTP promove nos alunos: competências sociais, desenvolvimento integral e aquisição de aprendizagens significativas, com maior incidência na componente de Estudo do Meio.
- Indivíduos que veem pornografia com maior frequência apresentam maiores níveis de ansiedade social? – Um estudo de dupla mediação face às atitudes e valores básicos dos participantesPublication . Duarte, Gonçalo Salvador Ferreira; Neto, David DiasProblema. Ao longo dos últimos anos, o tema da pornografia e o modo como a visualização da mesma poderá afetar os seus utilizadores tem sido alvo de cada vez mais estudos. Baixa autoestima, adição, mau relacionamento com o parceiro/a e objetificação da mulher são alguns dos temas que surgem associados a um impacto negativo da pornografia quando se analisa a literatura. Alguns estudos identificam o evitamento relacional e sexual como umas das consequências da visualização de pornografia. No entanto, dada a escassez de evidência científica, pouco se pode encontrar sobre o modo como esta poderá afetar os níveis de ansiedade social dos participantes. Ao contribuir para o conhecimento dos seus impactos, será possível melhorar e aferir qual o tipo de ajuda que as pessoas que visualizam pornografia, e que não se sentem confortáveis com isso, poderão necessitar, diminuindo assim o seu sofrimento. Objetivo. A presente investigação procurou estudar se a frequência com que as pessoas visualizam pornografia poderá afetar os níveis de ansiedade social sentidos pelas mesmas, mediada pelas suas atitudes face à visualização de pornografia e valores básicos dos participantes. Método. Uma amostra de conveniência constituída por 128 participantes foi analisada, a partir de seis variáveis, entre as quais: frequência de visualização de pornografia, ansiedade social, atitudes dos participantes face à visualização de pornografia e valores básicos dos participantes. Resultados. Os participantes que atribuem maior valor à sexualidade na sua vida demonstraram níveis de ansiedade social mais baixos, quando visualizam pornografia com maior frequência. Quanto às atitudes dos participantes face à visualização de pornografia, estas não revelaram um impacto mediador significativo no que concerne à relação entre a frequência de visualização de pornografia e os níveis de ansiedade social. Conclusão. Em conformidade com estudos anteriores, parece existir indícios de que a pornografia, quando utilizada em moderação, poderá estar relacionada com efeitos positivos na vivência social e emocional dos seus consumidores.
- Perceções e julgamentos dos Portugueses sobre a Alienação ParentalPublication . Albuquerque, Tatiana Sara Lima Miranda Nascimento; Almeida, Telma Sofia de SousaA alienação Parental é um fenómeno mundial que impacta negativamente as crianças e os pais vítimas deste comportamento. No âmbito jurídico, este termo tem sido alvo de várias investigações e apontado como estratégia de defesa adotada por grande parte dos agressores. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo aferir o grau de conhecimento da população adulta portuguesa sobre o fenómeno da alienação parental, assim como explorar a sua perceção acerca da utilização deste termo em tribunal. Adicionalmente, pretendemos analisar os fatores que influenciam a capacidade dos participantes para detetarem casos que envolvem Alienação Parental ou Abuso Sexual de Crianças. A amostra foi constituída por 623 participantes com idades entre os 18 e os 72 anos de idade e a recolha de dados teve por base um questionário sobre a temática e 4 cenários hipotéticos que envolviam hostilidade parental ou alegações de abuso sexual de crianças. Os resultados evidenciaram que a maior parte dos participantes conhecem o conceito, apesar de considerarem ser um conceito pouco conhecido pela sociedade. Verificou-se também que a maior parte dos participantes não tem uma opinião formada sobre se o termo Alienação Parental é utilizado corretamente no contexto jurídico. Todavia, quase todos consideraram importante fomentar programas sobre este fenómeno, assim como sobre a violência doméstica e abuso sexual infantil. Foi possível concluir que nos cenários marcados pela hostilidade parental e alegações de abuso sexual existiu uma maior facilidade em detetar a existência de AP e uma ligeira facilidade em identificar a mãe como progenitor alienador.
- Os contributos do trabalho de projeto no 1º ciclo na metodologia do movimento da escola modernaPublication . Soares, Madalena Mendonça Peixito; Matos, Ana Isabel Rio Tinto deEste relatório está integrado no Mestrado em Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico, na Unidade Curricular de Prática Supervisionada em 1º Ciclo do Ensino Básico. A prática ocorreu numa Instituição Particular, de natureza particular, e decorreu numa turma do terceiro e quarto ano de escolaridade, constituído por vinte cinco crianças, doze do sexo masculinos e treze do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 8 e os 10 anos. Esta instituição orienta as suas práticas pedagógicas no modelo do Movimento da Escola Moderna, em que fazem parte do currículo escolar, o tempo de projetos, e por isso muito frequentes em sala de aula. O meu principal objetivo com este tema foi compreender de que forma estes tempos de projeto contribuem para o desenvolvimento das aprendizagens dos alunos e das suas competências sociais. No presente relatório, a metodologia utilizada foi de cariz qualitativo. Os instrumentos usados foram a observação participante e não participante; registos no diário de bordo e criação de instrumentos de observação. Todos os dados recolhidos permitiram dar respostas às minhas questões de investigação no que concerne aos tempos de projeto, mais propriamente no desenvolvimento das competências sociais e maximização das aprendizagens. Este relatório permitiu-me ainda, refletir sobre o meu papel enquanto futura profissional de educação e na forma como potenciar práticas de ensino para desenvolver a cooperação entre pares.
- Discrepância entre a intimidade e a pornografia e a sua associação com a qualidade da relação e desejo de comportamentos extradiádicosPublication . Monteiro, Susana Alexandra Plácido; Costa, Pedro Alexandre Nunes daA investigação tem mostrado que a visualização de pornografia se associa à qualidade da relação e à propensão para comportamentos extradiádicos. Contudo, não se analisou ainda se estas associações podem advir da discrepância entre os conteúdos pornográficos que as pessoas visualizam e as suas atividades sexuais na relação. Como tal, pretendemos analisar em que medida a visualização mais frequente de conteúdos e atividades que não são postas em prática na relação sexual (i.e., discrepância no sentido da pornografia) se associa à qualidade da relação e ao desejo por comportamentos extradiádicos. Pretendemos igualmente perceber se estas associações são explicadas pela necessidade de novidade sexual e pela satisfação sexual, bem como se diferem consoante o género. Num estudo correlacional com pessoas numa relação amorosa (N = 733), verificámos que a maior discrepância no sentido da pornografia se associou a menor novidade sexual e menor satisfação sexual. Contudo, apenas a satisfação sexual se associou a menor qualidade da relação e a maior desejo de comportamentos extradiádicos, tanto sexuais como emocionais. Ainda que mulheres reportassem maior satisfação sexual relacional e homens reportassem maior desejo de comportamentos extradiádicos, o género não emergiu como moderador dos resultados. Os resultados deste estudo sugerem que a pornografia pode servir como forma de combate às necessidades sexuais através das fantasias sexuais, mas também aumentando as frustrações sexuais não atendidas.
- Mudança nos processos narrativo-emocionais em três abordagens terapêuticasPublication . Araújo, Sónia Karitsis de; Pires, António Augusto PazoEnquadramento: Existem vários estudos sobre as mudanças narrativas em processos terapêuticos, mas não existe uma revisão sistemática que compare as várias abordagens terapêuticas. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática dos estudos que usaram o Narrative Process Coding System (NPCS; Angus, Hardtke, & Levitt, 1992, 1996) e o Narrative-Emotion Process Coding System (NEPCS 1.0; Boritz, Bryntwick, Angus, Greenberg, & Carpenter, 2012; NEPCS 2.0; Angus Narrative- Emotion Marker Lab., 2015) para saber qual abordagem terapêutica tem mais mudanças de narrativa e mudanças narrativas produtivas. Método: efetuaram-se pesquisas eletrónicas sistemáticas pela fórmula NEPCS or Narrative-Emotion Process Coding System or narrative-emotion markers treatment or intervention AND therapy or approaches orstrategies or techniques or methods nas bases de dados EBSCO Book Collection, PsycINFO, PsycARTICLES, PsycBOOKS, PEP Archive, Psychology and Behavioral Sciences Colletion,Academic Search Complete e na Web of Knowledge. Foram adicionados manualmente estudos selecionados através das referências bibliográficas. Resultados: Foram encontrados oito estudos que utilizaram a codificação NEPCS 2.0 e versões anteriores e compararam diferentes abordagens terapêuticas. Foram incluídos mais quatro estudos, que apesar de não compararem os marcadores NE-P entre abordagens, é possível verificar as mudanças de narrativa e a flexibilidade de narrativas em modelo de tratamento EFT, CBT e BDT. Conclusões: os sistemas de codificação dos processos narrativos foram aplicados a diferentes abordagens terapêuticas (EFT, CBT, BDT, CCT, PPT, PT, CT) e em diferentes patologias (depressão, PTSD, stress e GAD), confirmando a importância de identificar diferentes processos narrativos que contribuem para a mudança psicoterapêutica, mas faltam estudos que comparem as diferentes abordagens teóricas.
- Adaptação e validação para português do Questionário de Prontidão para integração num GrupoPublication . Ludewig, Lea Marie Marques; Gonzalez, António José César de AlmeidaProblema: Existem muito poucos questionários que meçam a prontidão que um indivíduo tem para entrar num grupo terapêutico. Torna-se importante ter escalas que meçam este conceito, de forma a retirar o máximo proveito das terapias de grupo, tanto ao nível dos resultados, como ao nível do bem-estar do próprio grupo durante estas terapias. Objetivo: É assim proposto fazer a adaptação e validação da escala de Prontidão para integração num Grupo da “OQ Measures” (QPG), através de uma investigação com uma amostra de participantes voluntários. Método: Participaram no estudo 196 estudantes de diferentes faculdades, com idades compreendidas entre os 18 e os 66 anos (M = 21.71 anos; DP = 5.134 anos). Resultados: Os resultados da análise da fiabilidade do QPG, constituído por 19 itens, revelaram valores de consistência interna de 0.787 na sua totalidade, e de 0.621, 0.858 e 0.544 para as subescalas das Expectativas, Participação e Atitudes Negativas, respetivamente. De uma forma geral os valores dos indicadores globais de ajustamento do modelo para o QPG resultantes da análise fatorial confirmatória mostraram-se satisfatórios: χ2(149) = 473,926, B-S p=0.000; χ2/df = 3.18; PCFI = .63; PGFI = .61; CFI=.72; GFI=.78; TLI=.68; RMSEA=.106; 90% CI [.095 – .117]). Observou-se que de forma geral, o QPG demonstrou propriedades psicométricas adequadas, podendo ser considerada generalizável para a amostra não clínica utilizada, havendo à disposição um bom instrumento para avaliar a prontidão dos indivíduos para integração num grupo.
- Relação do papel preditor dos estilos parentais com a invalidação e o impacto em termos de narcisismo em jovens adultosPublication . Ferrão, Inês Isabel das Neves Matos; Neto, David DiasIntrodução. Uma das questões que permanece atual na literatura prende-se com as origens e causas do narcisismo. A investigação aponta para uma ligação entre a forma como a parentalidade é percebida e o narcisismo vulnerável e grandioso. No entanto, estudar só a expressão emocional dos pais isoladamente não é suficiente, sendo necessário perceber o impacto da invalidação emocional, que é especificamente focada numa reação dos pais à experiência interior do jovem. Objetivo. Estudar se os estilos parentais e as experiências de invalidação são preditores de narcisismo em jovens adultos. Método. O estudo contou com 375 participantes entre os 18 e os 30 anos, tendo como variáveis os estilos parentais, invalidação emocional, narcisismo vulnerável e narcisismo grandioso. Resultados. A invalidação emocional teve correlação com traços narcisistas vulneráveis de forma direta e indireta, observando-se uma mediação completa entre o estilo autoritário da mãe e o narcisismo vulnerável. Conjuntamente observou-se, para ambos os pais, uma mediação parcial na relação entre estilo permissivo e o narcisismo vulnerável. O mesmo aconteceu para o estilo autoritário do pai. Por outro lado, o estilo permissivo prediz o narcisismo grandioso, mas a invalidação não explica esta relação. Conclusão. As experiências de invalidação e os diferentes estilos parentais foram associados a traços mais elevados de narcisismo patológico em jovens adultos. Ambientes infantis negligentes e de abuso estão associados a narcisismo, destacando-se a invalidação emocional na compreensão das origens do narcisismo vulnerável.
- Que significado atribuí ao trabalho um trabalhador em funções públicas afeto às carreiras gerais?Publication . Onofre, Odete Atracado Pereira Teodoro; Silva, Pedro Marques Quinteiro Fernandes daResumo: Que significado atribui ao trabalho um trabalhador em funções públicas afeto às carreiras gerais? A reforma da Administração Pública portuguesa tem sido focada na falta de eficiência e eficácia (excesso de organismos e trabalhadores), levando o poder político nas últimas três décadas a implementar os princípios do New Public Management na gestão pública. O diagnóstico, no entanto, tem sido abordado como uma questão de excesso de funcionários públicos. O objetivo deste estudo exploratório foi perceber que significados atribui ao trabalho os trabalhadores afetos às carreiras gerais nos seus três níveis (assistentes operacionais, assistentes técnicos e técnicos superiores), utilizando a versão abreviada da Escala de Significados Atribuídos ao Trabalho, ESAT-R (Sobral, 2008). No estudo participaram 195 trabalhadores, não se verificando diferenças significativas entre o efeito da Carreira sobre as quatro dimensões da escala. No entanto, verificou-se uma diferença significativa entre os sexos dos participantes e a dimensão Económica do Trabalho, traduzida numa maior importância para as mulheres
- Impacto da dark triad da liderança no stress dos trabalhadores em empresas familiares e não familiaresPublication . Lagarto, Sofia Acates; Quinteiro, Pedro MarquesA presente dissertação tem como objetivo a compreensão do impacto da liderança no bem-estar dos colaboradores, nomeadamente, como uma liderança dark pode incrementar o stress dos liderados. Sendo bastante vasto o contexto organizacional, optou-se por afunilar a investigação para uma realidade de tipologia de empresa, ou seja, achou-se oportuno fazer uma comparação entre empresas familiares e não familiares, tendo em conta as suas diversas características. Para além de se ter procurado confirmar a relação entre a liderança dark dos líderes (Dark Triad da personalidade, composta pelo maquiavelismo, narcisismo e psicopatia) e o stress dos colaboradores, estas foram ainda estudadas separadamente, de forma a se perceber se ambas apresentavam diferenças significativas quando comparadas entre empresas familiares e não familiares. Por último, estudou-se a moderação do tipo de empresa na relação destas duas variáveis. A amostra do estudo é constituída por 220 participantes portugueses, sendo que 87 trabalhavam em empresas familiares e 126 trabalhavam em empresas não familiares. Foi elaborado, e aplicado, um questionário online constituído pelas versões reduzidas e traduzidas da Escala de Estresse no Trabalho (Paschoal & Tamayo, 2004), da escala Dirty Dozen (Pechorro et al., 2019), e por questões demográficas. Os resultados obtidos demonstraram que quanto maior a perceção de traços de liderança dark nos líderes, maiores os níveis de stress reportados pelos liderados. Estas variáveis revelaram diferenças significativas quando comparadas separadamente, em empresas familiares e não familiares, sendo que os traços associados à tríade negra da liderança são mais acentuados em empresas familiares. Os resultados também revelaram que os colaboradores das empresas familiares sentem maiores níveis de stress quando percecionam traços da tríade negra da liderança mais acentuados nos seus líderes, comparativamente aos colaboradores das empresas não familiares.