PCOM - Dissertações de Mestrado
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- Interacção professor-aluno em situação de conflito: Representações mobilizadas pelo professorPublication . Carita, Ana; Martins, Margarida AlvesInexistente
- Mulheres sobreviventes de violaçãoPublication . Maria, Susana Gabriela da Silva; Joaquim, Teresa Marta OliveiraNas últimas décadas a problemática da violência contra as mulheres tem vindo a ser enfatizada. Contudo, a violação, tem sido um assunto pouco abordado, ao nível da investigação e, sobretudo, ao nível da discussão sócio- política. Em Portugal não existem muitos estudos que analisem ou debatam a problemática da violação. Assim, pareceu-nos pertinente uma abordagem da violação que se centrasse na vivência de mulheres vítimas/sobreviventes de violação. Optámos, assim, por entrevistar mulheres violadas, no sentido de atingirmos os seguintes objectivos; 1) desmistifícar o crime de violação com base nos testemunhos das vítimas; 2) analisar o que, na perspectiva das vítimas/sobreviventes, é benéfico para a evolução positiva do percurso de vida dessas mulheres, ou seja para o seu processo de recuperação; 3) perceber que medidas ainda são necessárias tomar, nas nossas sociedades, para que sejam criadas as condições de forma a que a violação deixe de ser um crime escondido. Neste estudo foram entrevistadas 11 mulheres que contactámos através da APAV e da AMCV. A análise dos dados recolhidos através desta investigação leva-nos a concluir que é necessária uma alteração da forma como o problema da violação é encarado pela sociedade em geral. Sendo a violação um problema com repercussões ao nível da saúde pública e, acima de tudo, uma violação dos direitos humanos, as medidas a tomar terão de passar peio nível da prevenção, mas também pela garantia de que os serviços existentes dão respostas às necessidades das mulheres violadas e dos seus outros significativos (familiares, amigos, colegas, vizinhos, ou seja, pessoas com quem as mulheres têm relações próximas).
- Prevalência de sem-abrigo ao longo da vida e atitudes face aos sem abrigo em PortugalPublication . Miguel, Marta Cristina TrindadeO presente estudo resulta da colaboração do Núcleo de Psicologia Comunitária do Instituto Superior de Psicologia Aplicada com o Research Group on Homelessness and Poverty (Wayne State University, Detroit, E.U.A.) numa investigação transnacional sobre a opinião pública acerca dos sem-abrigo e a prevalência da situação de sem-abrigo ao longo da vida. Pretende aceder à opinião pública portuguesa, isto é, às atitudes e conhecimentos, da população portuguesa sobre as pessoas sem-abrigo; estimar a prevalência de população que já esteve em situação de sem-abrigo em algum momento da sua vida; confirmar o modelo de atitudes identificado nos estudos de opinião pública realizados nos E.U.A. com a mesma metodologia; e identificar quais as características que podem distinguir a população com diferentes atitudes face aos sem-abrigo. O instrumento - "A Perspectiva da População sobre as Pessoas Sem-Abrigo: Estudo em Portugal" - foi aplicado por telefone a uma amostra da população portuguesa gerada aleatoriamente, e composta por um total de 200 pessoas contactadas para telefones fixos. A confirmação do Modelo de Atitudes revelou a existência dos seguintes factores de atitudes: Compaixão Geral, Restrições aos Direitos Públicos, Confiança nas Pessoas Sem-abrigo, Isolamento Social, Pessoas de Rua, Habitações/Serviços Necessários, Factores Económicos como Causa e Factores Pessoais como Causa. Constatou-se a influência de algumas características demográficas dos participantes sobre os factores de atitudes: a variável Sexo revelou efeito significativo sobre a Compaixão Geral e as Restrições aos Direitos Públicos; a Idade sobre a Confiança; o Grau de Escolaridade sobre a Confiança e o Isolamento Social; e o Rendimento Familiar sobre o Isolamento Social. A opinião pública revelou-se geralmente compreensiva face ao problema dos sem-abrigo, e relativamente bem informada em relação às pessoas em situação de sem-abrigo literal. A estimação da prevalência de sem-abrigo ao longo da vida revelou uma prevalência global de 6.5% e literal de 2%.
- Saúde comunitária e educação para a sexualidade na escola: Um contributoPublication . Calado, Carla Sofia EstevesO presente trabalho pretende contribuir para uma reflexão consistente sobre a lógica das leis sexuais dominantes na sociedade contemporânea, em particular na sociedade ocidental. Estas leis encontram-se reflectidas na breve resenha histórica apresentada, baseando-se em preconceitos e estereótipos cultural e socialmente determinados sobre o sexo e o papel dos diferentes géneros na Sexualidade. Pretendemos ainda reflectir sobre a influência dessas mesmas leis na Educação Sexual dos mais jovens (seja ela formal ou informal) às quais se tem dado grande importância no contexto actual. Neste relatório apresentamos uma análise sobre o que tem vindo a ser feito em matéria de Educação Sexual e Promoção da Saúde Sexual e Reprodutiva em Portugal nos últimos anos, de forma a enquadrar o estudo exploratório que efectuámos numa comunidade de uma escola profissional de Lisboa. Seguidamente, apresentamos os resultados do referido estudo, cujo objectivo é o de fazer uma análise exploratória no que diz respeito à pertinência e viabilidade da implementação de um projecto de Educação para a Sexualidade no contexto escolar, testando a premissa de que este deve obedecer a uma lógica participativa. Apresentamos a discussão e conclusões deste estudo exploratório, que, embora não pretendam nem possam representar todas a complexidade da comunidade no seu todo, parecem apontar para a pertinência da implementação de um projecto colaborativo nesta área, quer pela sua necessidade (os alunos revelam carências importantes através dos seus conhecimentos, práticas e atitudes), quer pelas atitudes positivas e motivação de todos os stakeholders (pais, professores e alunos), quer pela disponibilidade evidenciada por todas estas partes para colaborar activamente na Educação para a Sexualidade.
- Prevenção e controlo da infecção VIH / SIDA em populações migrantes: Desafios à psicologia comunitáriaPublication . Gama, Ana Filipa de Mendonça daTem sido reconhecido que as populações migrantes se encontram especialmente vulneráveis à infecção pelo VIH/SIDA, por diversos factores associados ao processo migratório. Essa vulnerabilidade pode ainda ser potenciada por barreiras no acesso e sub-utilização dos serviços de saúde na procura de informação, cuidados e diagnóstico. No sentido de conhecer o tipo de utilização dos serviços de saúde por parte de populações imigrantes foi aplicado um questionário a 522 imigrantes africanos residentes em Portugal, no CNAI (ACIDI) em Lisboa. Foi analisado o tipo de serviços que utilizariam no contexto do VIH/SIDA, a fonte de informação privilegiada sobre a infecção, a procura efectiva dessa informação no SNS e a realização do diagnóstico. Os resultados do estudo indicam que o tipo de serviços de saúde que os inquiridos utilizariam no contexto do VIH/SIDA está relacionado com o nível educacional (p=0.026) e tempo de residência em Portugal (p=0.029). Verificou-se que a fonte de informação sobre VIH/SIDA privilegiada pelos inquiridos está relacionada com o nível educacional (p=0.003) e situação económica (percebida) (p=0.005). Por fim, apurou-se que a realização do diagnóstico do VIH pelos inquiridos está relacionada com o sexo (p=0.025), idade (p=0.000) e nível educacional (p=0.005). Uma prevenção e controlo eficazes da infecção pelo VIH/SIDA junto das populações imigrantes envolve a promoção do acesso universal e utilização dos serviços de saúde, para cuidados, informação e diagnóstico do VIH. O sucesso destas estratégias implica o envolvimento e participação destas comunidades, sendo fundamental promover o seu empowerment. Deve aprofundar-se o conhecimento sobre as condições e factores de utilização e acesso aos serviços de saúde em VIH/SIDA por parte destas populações. Será fundamental desenvolver políticas inclusivas de imigração e integração, e promotoras de uma sociedade adaptada à diversidade cultural. ABSTRACT Immigrant populations are considered to be particularly vulnerable to HIV/AIDS infection, due to several factors related to migration process. That vulnerability may also be increased by barriers in accessing health services and their under-utilization for information, care and diagnosis. To understand the health services utilization by immigrant populations it was applied a questionnaire to 522 African immigrants residing in Portugal, at CNAI (ACIDI) in Lisbon. It was analysed the kind of services they would use for HIV/AIDS care, their privileged source of information about the disease, the search of that information on the NHS and HIV testing. The results of the study show that the kind of health services respondents would use for HIV/AIDS care is related to its educational level (p=0.026) and residence years in Portugal (p=0.029). It showed that respondents’ privileged source of information about HIV/AIDS was related to their educational level (p=0.003) and (perceived) economic situation (p=0.005). The results indicated also that HIV testing was related to sex (p=0.025), age (p=0.000) and educational level (p=0.005). Efficacious prevention and control of HIV/AIDS for immigrant populations involves the promotion of universal access and utilization of health services, for care, information and HIV diagnosis. These strategies’ success requires the involvement and participation of immigrant communities, and therefore it is crucial to promote their empowerment. It is important to keep addressing the conditions and factors of health services utilization by these populaces. It will be fundamental to develop inclusive policies for immigration and integration, which enhance a society adapted to cultural diversity.
- Parcerias comunitárias na resposta a mulheres sobreviventes de violência doméstica: A experiência do MontijoPublication . Cardoso, Raquel Cristina Paulo Pinheiro Vieitas; Ornelas, José H.As parcerias comunitárias na área da violência doméstica têm vindo a ser formadas de modo a promover uma melhor articulação entre as várias entidades da comunidade nas respostas que disponibilizam às mulheres sobreviventes de violência doméstica. A investigação anterior mostra-nos que uma parceria serve para rentabilizar os recursos de uma comunidade em questões sociais complexas, que carecem de respostas abrangentes, como é o caso da problemática da violência doméstica. Assim, fomos analisar a Rede de Apoio a Mulheres e Crianças em Situação de Violência do Montijo de modo a identificar percepção de eficácia desta parceria, bem como alguns dos factores preditores dessa eficácia como por exemplo, a concretização de objectivos da parceria, os processos de tornada de decisão, a missão e a liderança da parceria. Os resultados obtidos apontam para um nível de satisfação bastante elevado dos participantes, bem como a concretização dos objectivos propostos, especialmente em áreas fora do sistema judicial. Os seus diversos membros são participantes activos e os dados obtidos apontam para uma tendência desta parceria a ter um clima inclusivo, o preditor de ser considerada eficaz pelos seus membros.
- Capital social comunitário e a auto-percepção de saúde: Um estudo com utilizadores de internet em PortugalPublication . Paraíso, TiagoEste estudo aborda a temática do Capital Social por uma perspectiva comunitária, entendendo o capital social como uma qualidade dos grupos, das redes sociais, das instituições, das comunidades e das sociedades. Esta perspectiva enfatiza a natureza colectiva do fenómeno (Perkins, 2002). Para quantificar o Capital Social Comunitário, recorremos ao questionário mais utilizado de capital social comunitário (Ferguson, 2006), desenvolvido por Onyx & Bullen, em 2000. e medido através das dimensões: confiança; pro-actividade; participação; ligações com a família e amigos; valor da vida; tolerância para com a diversidade; ligações na vizinhança e ligações no trabalho. Este questionário foi aplicado a utilizadores de internet em Portugal, através do site www.sereisocial.com. Através de uma amostra de 3115 adultos utilizadores de internet, este estudo verificou à semelhança do estudo de Putnam (2002) "Bowling Alone", mas não só, que o tempo despendido nas horas vagas a ver televisão como um dos principais responsáveis pela erosão do capital social comunitário, mas também que o capital social comunitário dos cidadãos adultos cibernautas é afectado negativamente pelo tempo despendido nas horas vagas como forma de entretenimento na Internet. Complementando e confirmando assim a ideia não testada em "Bowling Alone" de Putnam (testou apenas a variável Tv) de que a revolução tecnológica nas comunicações operada pela Internet, pode afectar também negativamente e de forma significativa a formação de capital social e a respectiva participação comunitária (Helliwell & Putnam, 2005). Muitos estudos também têm mostrado uma associação relevante entre as dimensões anteriormente enunciadas que constituem o capital social comunitário e diferentes indicadores de auto percepção de saúde e bem-estar (Kim & Kawachi, 2007; Folland, 2007; Poortinga, 2006; Lindstrom & Moheseni, 2008; Veenstra, 2001; Helliwell, 2003; Coleman, 1988; Putnam, 2000). Simultaneamente, o presente estudo verificou estatisticamente que os sujeitos com maior confiança nos outros, mais participativos e pró-activos nas comunidades, com ligações melhores e mais fortes com a família, amigos, vizinhança e local de trabalho, e com mais tolerância para com a diversidade, apresentam de forma muito significativa maiores níveis de auto-percepção de saúde, bem como de bem-estar. Dado que o capital social é tipicamente descrito como um atributo das comunidades e organizações e que facilita a cooperação mútua (Coleman, 1988; Putnam, 2000), existe muita literatura que tem demonstrado haver uma associação mais íntima entre as dimensões participação e pró-actividade, e que principalmente níveis mais elevados desta última associam-se fortemente a níveis mais elevados nas restantes dimensões que constituem o capital social comunitário (e.g. Putnam, 2002; Kawachi, 2003; Onyx & Bullen, 2000). O nosso estudo verificou igualmente que maiores níveis de participação e principalmente pró-actividade comunitária estão estatisticamente associadas a maiores ligações à vizinhança, família e amigos, sentindo-se também mais valorizados pela sociedade e apresentam maior tolerância para com a diversidade, em oposição com os indivíduos menos pró-activos. Por último, à semelhança de Putnam (2002), verificou-se estatisticamente neste estudo que os sujeitos com maior confiança nos outros, mais participativos e pró-activos nas comunidades, com ligações melhores e mais fortes com a família, amigos, vizinhança, e com mais tolerância para com a diversidade, votam significativamente mais e apresentam maior confiança nos políticos.
- Flores para flores: Um estudo de caso - descrição de um projecto de intervenção e reflexão sobre o sentimento de comunidade em uma comunidade rural brasileiraPublication . Oliveira, Maria Corrêa Fontes Chagas deEste trabalho aborda as actividades e os resultados de um programa de intervenção em uma comunidade rural brasileira. Com a proposta metodológica de investigação acção participativa no trabalho descrevemos a localização, a implantação e o projecto para o desenvolvimento sustentável da comunidade rural do Assentamento Gameleira, localizado na região central do Brasil. Foi realizada uma trajectória de construção de relações baseadas no diálogo, com o intuito de promover a participação e a confiança. Após o levantamento das necessidades das famílias participantes, agentes internos e externos foram instrumentalizados por meio de oficinas e cursos com temáticas relacionadas ao desenvolvimento sustentável. Durante este percurso técnico-prático da intervenção foi possível avaliar a forma como o sentimento de comunidade se manifestava e reflectir sobre a maneira como melhor poderia ser aproveitado para o desenvolvimento dos trabalhos em campo. A estrutura deste trabalho conta com uma breve abordagem em torno do conceito de SC e as investigações nesta área. Como base para o estudo de caso adoptamos os elementos propostos por McMillan e Chavis e o índice por eles desenvolvido. Foram aplicados 35 inquéritos e realizadas 4 entrevistas, com pessoas chaves da comunidade. Como resultado os dados demonstram as características de uma organização comunitária recente e com baixa integração entre as pessoas. Na população investigada as variáveis do SC não apresentam grande integração entre elas para a formação de um sentimento que possibilite a identificação enquanto colectivo.
- Recovery e medicação: Perspectivas e percepções de indivíduos com experiência de doença mentalPublication . Mendes, Carla Sofia Almeida eSendo notória a pertinência das questões relacionadas com a saúde mental dada a sua elevada incidência à escala mundial, surgem novos debates em torno do conceito emergente de recovery. A relação entre a medicação psiquiátrica e o recovery é um tema complexo e controverso, estando a área da saúde mental repleta de relatos que salientam o valor dos medicamentos no recovery e, em simultâneo, de opiniões que testemunham uma posição contrária à medicação, realçando os seus efeitos secundários severos e debilitantes. Abandonando uma focalização excessiva na doença e nos seus sintomas, o objectivo deste trabalho é compreender quais as percepções e perspectivas de indivíduos com experiência de doença mental acerca da utilização da medicação no recovery. Utilizando uma metodologia qualitativa, realizaram-se 35 entrevistas semi-estruturadas a indivíduos com experiência de doença mental, pertencentes a uma organização comunitária - Associação para o Estudo e Integração Psicossocial. As entrevistas foram analisadas através da técnica de análise de conteúdo, com a utilização do software Nvivo 7. Os resultados indicam que os participantes consideram que a utilização da medicação é 'uma solução de recurso' e que apesar dos efeitos secundários, constitui uma ajuda para a realização das actividades diárias, conferindo sensações de 'tranquilidade e segurança'. Dos discursos ressalta a ideia de que a medicação não é tida como a única opção racional para reduzir os sintomas da doença. A medicação é apenas uma de entre muitas opções e escolhas no recovery, sendo evidente o desejo dos participantes serem considerados pessoas com uma vida para além dos sintomas e da medicação. Esta visão do papel da medicação permite concluir acerca de uma necessária transição paradigmática dos modelos médicos para que contemplem formas holísticas de abordagem da doença mental, continuando a existir necessidade de explorar, em colaboração com pessoas com experiência de doença mental, diferentes formas de orientar práticas e serviços que possam constituir ajudas potenciais do recovery.