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- Influência do conhecimento emocional nas competências sociais e aregulação emocional em crianças no pré-escolarPublication . Lanisco, Maria Margarida de Jesus Gomes; Schiro, Eva Diniz Bensaja DeiO desenvolvimento de competências emocionais e sociais é essencial ao desenvolvimento saudável das crianças. Neste sentido, é importante aprofundar o conhecimento sobre como o conhecimento das emoções contribui para as competências sociais e em crianças de idade pré escolar. Analisou-se também o papel mediador da regulação emocional entre o conhecimento emocional e as competências sociais. O estudo contou com a participação de 108 crianças, respetivas figuras parentais (mãe ou pai; n=108) e educadores de infância (n=8). Para avaliar o conhecimento emocional das crianças foi aplicada a versão portuguesa do Teste de Conhecimento das Emoções, a regulação emocional foi avaliada através de um questionário à figura parental (ERC) e as competências sociais através de um questionário ao educador (SSRS). Os resultados sugerem que melhores competências de nomeação e de reconhecimento das emoções se associam a competências sociais mais elevadas. Verificou-se também que a labilidade/negatividade medeiam a relação entre o reconhecimento das emoções e os problemas de comportamento. Todavia não se verificou a existência de mediação entre as restantes dimensões do estudo. Conclui-se que o facto de as crianças terem dificuldades ao nível da regulação emocional, possui impacto na capacidade de a criança reconhecer as emoções e consequentemente nos problemas comportamentais exibidos em sala de aula.
- “Saí…, e agora?!” Estudo exploratório sobre a reintegração de ex-reclusosPublication . Almeida, Carolina Maria Costa deO principal objetivo desta investigação passa por procurar perceber quais as experiências e desafios do processo de reintegração de pessoas que estiveram em situação de reclusão, após a saída do estabelecimento prisional. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com base exploratória, com 6 participantes em situação de ex-reclusão, em momentos diferentes. Das entrevistas, emergiram temas relacionados com o processo de reintegração, experiências percecionadas e apoios recebidos. As entrevistas foram analisadas de acordo com o método da análise temática e organizadas através do modelo proposto por Graffam e Shinkfield (2007). Os resultados mostram que os principais desafios que os participantes relatam no processo de reintegração são o acesso à habitação estável e as oportunidades de emprego. O apoio de serviços e a rede social de apoio são também percecionados como relevantes no processo de reintegração, onde o apoio de serviços mostra ser facilitador deste processo. Ainda, o tempo e contexto antes e dentro do tempo na prisão demonstra também ser uma variável que influencia o processo de reintegração de ex-reclusos(as). Com o presente estudo amplificam-se as vozes de pessoas que estiveram em situação de reclusão, e que estão no processo de reintegração após a saída do estabelecimento prisional, enfatizando que o apoio ao processo de reintegração deve adotar uma abordagem ecológica, na construção e adaptação de intervenções e programas, de forma a melhor apoiar os indivíduos que se encontram nesta situação.
- Empatia de crianças e adolescentes com TEA: Uma revisão sistemáticaPublication . Lemos, David da Fonseca; Schiro, Eva Diniz Bensaja DeiDesde os primórdios da investigação do TEA que esta psicopatologia é caracterizada por debilidades empáticas. No entanto, novas investigações tendem a desafiar esta ideia ao avaliarem as dimensões cognitiva e afetiva da empatia. Assim, o objetivo desta revisão foi contribuir para um avanço no conhecimento relativamente à empatia de crianças e adolescentes com TEA, sintetizando resultados de estudos que avaliaram a empatia cognitiva e afetiva desta população. Para isso, foram seguidas as matrizes do PRISMA. Foi realizada uma pesquisa de literatura em janeiro de 2023 nas plataformas Scopus, APA PsycInfo, APA PsycArticles, MEDLINE e ERIC. Foram encontrados 419 resultados. Destes, foram incluídos 11 estudos, todos realizados em países ocidentais, compreendendo 690 participantes com uma média de 13,2 anos, 88,5 % de participantes masculinos e 11,5 % femininos. Os resultados principais descrevem uma população TEA com debilidades na empatia cognitiva e com uma empatia afetiva intacta, que confirmam a necessidade de um novo olhar sobre as características empáticas desta população. Dos 11 estudos, oito avaliaram adicionais psicopatologias, e 10 estudos apresentaram uma amostra com uma média de idades superior a 10 anos (término da idade infantil). Esta poderá ser uma limitação da revisão, assim como o reduzido número de estudos incluídos e a sua baixa representação feminina. A presente revisão sistemática atua em resposta à escassez investigacional do TEA, e contribui para uma renovação da literatura ao sugerir a existência de uma tendência para a caracterização imprecisa das capacidades empáticas de pessoas com TEA.