PFOR - Dissertações de Mestrado
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Browsing PFOR - Dissertações de Mestrado by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Sociais::Psicologia"
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- A alienação parental no sistema judicial português: Prevalência, comportamentos e implicaçõesPublication . Correia, Marisa Pais; Almeida, Telma SousaNos últimos 30 anos, o aumento dos casos de alienação parental tem evidenciado o impacto emocional e psicológico que as ações dos progenitores podem ter nas crianças. A alienação parental refere-se ao estado mental de uma criança que rejeita um progenitor devido à influência do outro, sendo comum em contextos de separação ou divórcio conflituosos. O presente estudo visou compreender a alienação parental no contexto judicial português, identificando a sua prevalência em Processos de Regulação das Responsabilidades Parentais e de Promoção e Proteção. A amostra incluiu 36 processos judiciais do Tribunal de Família e Menores da área metropolitana de Lisboa, envolvendo 36 crianças e 72 progenitores. Utilizamos o Modelo de Cinco Fatores para analisar estes processos e identificar a presença de alienação parental e o seu nível de severidade. Os resultados evidenciaram que 31% dos casos analisados preenchiam os critérios para alienação parental. Os comportamentos alienadores mais frequentes incluíram campanhas de difamação e criação de noções de insegurança. Verificaram-se correlações significativas entre comportamentos alienadores e fatores como a idade e o género dos progenitores e das crianças. Este estudo sublinha a necessidade de protocolos claros para identificar e intervir em casos de alienação parental em Portugal. A formação contínua dos profissionais de saúde mental e de justiça, assim como a sensibilização da comunidade, são essenciais para proteger os direitos das crianças e promover a responsabilidade parental partilhada. Estudos futuros devem focar-se na validação de instrumentos de avaliação e nas perceções dos profissionais do sistema de justiça sobre a alienação parental, visando uma intervenção mais eficaz e preventiva.
- As características psicossociais em função da natureza das condenações criminaisPublication . Lopes, Diogo Filipe Cavaco; Pereira, Miguel BastoO comportamento criminal é um fenómeno com características heterogéneas em termos de perpetuação e das necessidades de intervenção para a prevenção da reincidência. Nesse sentido, diferentes estudos apontam para a pertinência da exploração das características psicossociais e individuais em sujeitos com comportamentos criminais, de forma a compreender que fatores predispõem a atividade criminal e promovem a manutenção deste comportamento. Neste sentido, o presente estudo procura analisar e comparar as competências socias e emocionais e o autocontrolo em quatro grupos com diferentes condenações, consoante a sua tipologia e gravidade. A amostra foi constituída 367 indivíduos do sexo masculino, com idades entre 18 e 83 anos, a cumprir pena em 12 Estabelecimentos Prisionais de Portugal continental. Os participantes foram distribuídos por quatro grupos, segundo a natureza do crime cometido: 1) crimes não violentos; 2) crimes violentos (excluindo homicídio e crimes sexuais), 3) crimes sexuais e; 4) homicídios. Os resultados sugerem não existirem diferenças significativas nas competências sociais e emocionais entre os grupos de condenados. No entanto, foram encontradas diferenças nos níveis de autocontrolo. Indivíduos condenados por crimes violentos (excluindo homicídio e crimes sexuais) apresentaram um menor autocontrolo em comparação com os outros grupos. Esta investigação reforça a importância de uma avaliação e intervenção individualizada dos reclusos, tendo em consideração o tipo e natureza do crime cometido, e a necessidade de desenvolver programas de promoção do autocontrolo e regulação emocional.
- As atitudes de guardas prisionais face a comportamentos delinquentesPublication . Antunes, Beatriz Correia Rodrigues; Rodrigues, Andreia de CastroDevido à forte presença de Guardas Prisionais dentro dos Estabelecimentos Prisionais, estes detêm um importante papel naquele que é o processo de reabilitação de reclusos. Assume-se assim, a importância em entender as variáveis que influenciam a forma como estes profissionais interagem com os/as reclusos/as. Uma das mais estudadas são as atitudes. Este estudo explora as atitudes de Guardas Prisionais face a reclusos/as, tendo como principal objetivo perceber se existem diferenças significativas nestas tendo em conta o sexo de delinquente e, ainda, tendo em conta a idade, sexo, anos de serviço e nível de escolaridade de Guardas, assim, entender o tipo de atitudes e crenças desenvolvidas por estes em relação à reabilitação e, consequentemente, em relação aos reclusos/as. Para tal foi utilizada a “Escala de Atitudes em Relação a Delinquentes” (EARD) e ainda a mesma escala numa outra versão, onde os itens foram reescritos no feminino, para se comparar as atitudes entre Guardas de acordo com o sexo do/a delinquente. Foram inquiridos/as 132 Guardas Prisionais, no entanto, apenas 102 questionários foram considerados válidos, devido à falta de respostas por parte de participantes. Os resultados revelaram que Guardas de ambos os sexos demonstraram atitudes mais positivas em relação às mulheres delinquentes; Guardas mais velhos/as demonstraram atitudes mais positivas do que os mais novos/as, sendo estas também mais positivas face às mulheres delinquentes; e, Guardas com mais anos de serviço também demonstraram atitudes mais positivas do que aqueles com menos anos de serviço. Estes resultados reforçam a importância em promover formações contínuas de forma a assegurar atitudes equitativas e imparciais de Guardas Prisionais para com delinquentes
- Atitudes em relação a delinquentes no corpo da guarda prisionalPublication . Rodrigues, Daniela Duarte; Rodrigues, Andreia de CastroOs elementos do Corpo da Guarda Prisional assumem um papel de relevo no processo de reabilitação e reinserção da população reclusa. Torna-se, portanto, imperativo que não adotem atitudes negativas em relação à mesma que possam enviesar e comprometer o desempenho das suas funções. O presente estudo procurou, assim, conhecer as atitudes destes/as profissionais em relação a delinquentes e averiguar em que medida estas são influenciadas por variáveis de natureza sociodemográfica e psicológica, esperando que a informação recolhida pudesse contribuir para a identificação de lacunas no seu processo de recrutamento e formação. Para tal, foi administrado um questionário sociodemográfico, a Escala de Atitudes em relação aos Delinquentes (EARD) e a Escala de Empatia Básica versão breve adaptada (BES-A) a uma amostra de 109 guardas prisionais de todo o país. Os resultados revelaram que os/as guardas prisionais apresentaram, em média, atitudes menos positivas em relação a delinquentes do que amostras semelhantes de estudos anteriores. Foram também encontradas diferenças nas suas atitudes ao nível dos anos de serviço e posicionamento político, bem como uma correlação estatisticamente significativa entre estas e a idade dos/as participantes. No entanto, ao contrário do esperado, nem a escolaridade nem a empatia demonstraram ter uma influência significativa nas atitudes em relação a delinquentes. Por fim, estes resultados foram interpretados em função do estado da arte e de possíveis implicações práticas, sendo salientada a importância de introduzir uma componente psicossocial na formação inicial e contínua de guardas prisionais.
- Autismo e justiça: O impacto do diagnóstico nas decisões de culpabilidade e penaPublication . Lopes, Cátia Margarida Pinto; Almeida, Telma SousaO presente estudo examinou se a informação sobre o diagnóstico de autismo influenciava as perceções de culpa e a atribuição de penas por parte de um júri fictício num caso de violação. Para tal, 202 participantes foram divididos em dois grupos: um grupo que recebeu informação sobre o diagnóstico de autismo do réu e outro que não recebeu qualquer informação. Após lerem uma vinheta que descrevia um crime de violação, os participantes avaliaram a culpabilidade do réu e indicaram a pena que consideravam apropriada. Adicionalmente, foram analisadas as crenças prévias dos participantes sobre a influência das doenças mentais em condenações injustas e penas, bem como o efeito de variáveis sociodemográficas, como o sexo e a idade, nas suas decisões. Os resultados revelaram que a informação sobre o diagnóstico de autismo não influenciou significativamente as perceções de culpa nem a severidade das penas atribuídas. No entanto, as crenças prévias sobre a influência das doenças mentais associaram-se a penas mais leves, embora não tenham afetado as decisões de culpa. Estes resultados indicam que, em crimes graves como a violação, a gravidade do crime tende a prevalecer sobre fatores atenuantes relacionados com a saúde mental, como o diagnóstico de autismo.
- Autismo e o sistema de justiça: O impacto da empatia nas decisões de atribuição de penaPublication . Santos, Cláudia Filipa Machado; Almeida, Telma SousaO presente estudo teve como objetivo investigar o impacto da empatia dos jurados e do conhecimento sobre a identificação de condição de Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) na sua tomada de decisões sobre a severidade da pena atribuída a um ofensor acusado de violação. Participaram, no total, 202 indivíduos, que foram divididos em dois grupos: um que foi informado sobre a identificação de condição de autismo do réu, enquanto o outro não recebeu essa informação. Adicionalmente, todos os participantes completaram uma escala de empatia. Os resultados indicaram que a empatia foi significativamente associada à atribuição de penas menos severas, enquanto a informação sobre a identificação de condição de autismo não impactou significativamente a severidade da pena. Além disso, não foi observada interação significativa entre empatia e identificação de condição de autismo nas decisões de pena. Estes resultados sugerem que, em casos de alta carga moral, como crimes sexuais, a empatia dos jurados pode moderar a severidade da pena, contribuindo para a compreensão de como a empatia e informações sobre saúde mental influenciam resultados judiciais, destacando implicações para práticas judiciais mais justas.
- Cada um vê mal ou bem, conforme os olhos que tem: A relação entre os traços de personalidade de guardas prisionais, os seus níveis de burnout e as suas atitudes face a indivíduos que cometeram crimesPublication . Infante, Inês Pinto Resende; Rodrigues, Andreia de CastroGuardas Prisionais detêm funções extremamente complexas e exigentes que passam por garantir a segurança de toda a população prisional, bem como contribuir eficazmente na ressocialização da população reclusa. O presente estudo tem como finalidade compreender a relação entre os traços de personalidade de Guardas Prisionais, os seus níveis de burnout e as suas atitudes face a delinquentes. Para o efeito, recorreu-se aos instrumentos “Escala de Atitudes em Relação aos Delinquentes” (EARD), ao Inventário Breve de Personalidade (TIPI-P) e à medida de burnout de Shirom-Melamed (MBSM), aplicados a uma amostra de 108 Guardas Prisionais do contexto português. Os resultados do estudo revelaram que apenas o traço da abertura evidenciou uma correlação positiva com a idade. Ao nível da personalidade, os traços da amabilidade, estabilidade emocional e abertura estão significativamente correlacionados de forma negativa com o burnout. A estabilidade emocional está significativamente correlacionada de forma negativa com a dimensão do burnout fadiga física, e a amabilidade, a abertura, a conscienciosidade e a estabilidade emocional estão significativamente correlacionadas negativamente com a fadiga cognitiva. Ainda, os traços da amabilidade, abertura à experiência e estabilidade emocional encontram-se significativamente relacionadas negativamente com a dimensão exaustão emocional. Nenhum dos traços de personalidade evidenciou nenhuma correlação com as atitudes de Guardas Prisionais face aos delinquentes. Este estudo salienta a importância dos traços de personalidade enquanto fatores protetores do desenvolvimento de burnout em Guardas Prisionais, e a necessidade de um conhecimento mais aprofundado dos fatores de risco para o mesmo. Salienta, ainda, a necessidade de formações adequadas para fomentar atitudes mais favoráveis de Guardas Prisionais face à população reclusa, com vista ao sucesso da reabilitação e ressocialização da mesma.
- Características e impacto do abuso sexual infantil em contextos intrafamiliares e extrafamiliaresPublication . Dinis, Cláudia Sofia Vermelho; Almeida, Telma SousaO abuso sexual infantil é uma problemática com repercussões psicológicas, físicas e sociais significativas. Existem diferenças importantes entre os abusos que ocorrem em contextos intrafamiliares e extrafamiliares, refletindo variações nas dinâmicas, nos padrões de comportamento dos abusadores e nas consequências para as vítimas. O presente estudo teve como objetivo explorar as características específicas do abuso sexual intrafamiliar e extrafamiliar no contexto português, considerando práticas abusivas, duração e frequência dos abusos, perfil das vítimas e estratégias utilizadas pelos abusadores. Adicionalmente, procurouse examinar as consequências psicológicas de curto prazo para as vítimas em cada tipo de contexto (intrafamiliar vs. extrafamiliar). Para este fim, foram analisados processos e acórdãos judiciais dos tribunais de Lisboa e Almada, resultando numa amostra total de 206 casos. Os resultados evidenciaram maior gravidade nas práticas abusivas em contexto intrafamiliar, associadas também a uma maior frequência de episódios de abuso. Foi ainda observada uma variação nas estratégias de aliciamento e segredo utilizadas pelos abusadores, com diferenças significativas nas consequências psicológicas apresentadas pelas vítimas de acordo com o tipo de contexto de abuso. Em suma, o estudo identificou características distintas do abuso sexual infantil em contextos intrafamiliares e extrafamiliares, sublinhando a importância de intervenções direcionadas às especificidades de cada contexto para o apoio e proteção das vítimas.
- “Defeito ou feitio?” O sexismo e a personalidade de estudantes universitários e a sua relação com crenças de violência sexualPublication . Franco, Rita Canteiro da Gama; Rodrigues, Andreia de CastroA Organização Mundial de Saúde define a violência sexual como um leque de ações, com vários graus, que pode variar deste o assédio verbal até à penetração forçada. Pode ocorrer a partir do uso de força física, intimidação, incapacidade da vítima para consentir, pressão social e coerção. A violência sexual trata-se de uma problemática de saúde pública, pode incorrer em qualquer contexto e tem como principal vítima, as mulheres. A presente investigação foi desenvolvida na tentativa de contribuir para a literatura desta temática a partir de um método quantitativo e foi conduzida com uma amostra de estudantes universitários (n = 166). Tem como objetivo entender os níveis de Sexismo Ambivalente, Traços de Personalidade e Crenças de Violência Sexual neste grupo, e a maneira como estas duas primeiras variáveis se podem relacionar com a terceira. Para tal, os dados utilizados foram recolhidos através da aplicação, via online, do Inventário de Personalidade de 10 Itens – Versão Portuguesa (TIPI-P), da Escala de Crenças de Violência Sexual (ECVS) e Inventário de Sexismo Ambivalente (ASI). Os resultados obtidos demonstraram que, houve diferenças entre sexos e cursos universitários, em todas as variáveis. Os homens apresentaram níveis superiores em todos os tipos de Sexismo, comparativamente às mulheres. Relativamente aos cursos, existem diferenças significativas, verificando-se que Economia apresenta níveis superiores de Sexismo Ambivalente, comparativamente a Psicologia e que Engenharia apresenta níveis superiores de Sexismo Hostil, comparativamente a Psicologia. Nos Traços de Personalidade, existem diferenças significativas entre sexos, sendo que as mulheres apresentaram níveis superiores de Amabilidade e os homens níveis superiores de Neuroticismo. Nos cursos, Psicologia apresentou níveis inferiores de Extroversão, comparativamente a Direito. No que toca às Crenças de Violência Sexual, os homens apresentaram mais crenças legitimadoras de violência sexual. No que concerne aos cursos, foram encontradas diferenças significativas em vários cursos, tanto no score total como nos cinco fatores da escala. Por fim, tanto o Sexismo Ambivalente como os Traços de Personalidade apresentaram relação com as Crenças de Violência Sexual. No entanto, a variável do Sexismo Ambivalente foi a única que revelou capacidade preditiva para as mesmas.
- O descomprometimento moral e a afiliação a pares com comportamentos desviantesPublication . Palhas, Ana Carolina Gomes; Pereira, Miguel BastoO descomprometimento moral consiste num processo cognitivo que permite aos indivíduos justificarem ações contrárias aos seus valores morais, o que por sua vez pode facilitar o comportamento desviante. O presente estudo tem como objetivo investigar se existem diferenças entre os níveis de descomprometimento moral dos reclusos consoante o número de amigos que estiveram em situação de reclusão. A amostra deste estudo é caracterizada por 411 reclusos do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 19 e 83 anos (M = 38.33, DP = 10.95). Além da avaliação sobre o número de amigos em conflito com a lei, administrou-se a Escala Civic Moral Disengagement (CMD), de forma a avaliar o descomprometimento moral (Caprara et al., 2009; Almeida & Basto-Pereira, 2019). Os resultados indicam que os reclusos que têm mais amigos que estiveram ou estão presos revelam níveis de descomprometimento moral mais elevados comparativamente aos reclusos que possuem menos ou nenhum amigo preso. Os resultados destacam a relevância da afiliação a pares com comportamentos desviantes nos processos de descomprometimento moral na população forense, com implicações críticas para a prevenção do crime e a redução da reincidência. Avaliações que considerem redes sociais e intervenções precoces para jovens em risco aparentam ser essenciais para reduzir a reincidência e promover uma reintegração social eficaz.
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