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- A alienação parental no sistema judicial português: Prevalência, comportamentos e implicaçõesPublication . Correia, Marisa Pais; Almeida, Telma SousaNos últimos 30 anos, o aumento dos casos de alienação parental tem evidenciado o impacto emocional e psicológico que as ações dos progenitores podem ter nas crianças. A alienação parental refere-se ao estado mental de uma criança que rejeita um progenitor devido à influência do outro, sendo comum em contextos de separação ou divórcio conflituosos. O presente estudo visou compreender a alienação parental no contexto judicial português, identificando a sua prevalência em Processos de Regulação das Responsabilidades Parentais e de Promoção e Proteção. A amostra incluiu 36 processos judiciais do Tribunal de Família e Menores da área metropolitana de Lisboa, envolvendo 36 crianças e 72 progenitores. Utilizamos o Modelo de Cinco Fatores para analisar estes processos e identificar a presença de alienação parental e o seu nível de severidade. Os resultados evidenciaram que 31% dos casos analisados preenchiam os critérios para alienação parental. Os comportamentos alienadores mais frequentes incluíram campanhas de difamação e criação de noções de insegurança. Verificaram-se correlações significativas entre comportamentos alienadores e fatores como a idade e o género dos progenitores e das crianças. Este estudo sublinha a necessidade de protocolos claros para identificar e intervir em casos de alienação parental em Portugal. A formação contínua dos profissionais de saúde mental e de justiça, assim como a sensibilização da comunidade, são essenciais para proteger os direitos das crianças e promover a responsabilidade parental partilhada. Estudos futuros devem focar-se na validação de instrumentos de avaliação e nas perceções dos profissionais do sistema de justiça sobre a alienação parental, visando uma intervenção mais eficaz e preventiva.
- Occurrence and distribution of Phocoena Phocoena in the Tagus Estuary, PortugalPublication . Jacinto, Beatriz Rei Carvalheiro de Almeida; Robalo, Joana IsabelEntre as décadas de 1950 e 1970, os avistamentos de botos tornaram-se cada vez mais escassos ao longo da costa portuguesa. Desde março de 2022, o Observatório Golfinhos no Tejo tem vindo a recolher informação acerca da distribuição espáciotemporal e comportamento de três espécies de cetáceos avistados no Estuário do Tejo, incluindo o boto (Phocoena phocoena). Para investigar a ocorrência e utilização de habitat no baixo Tejo, foram recolhidos dados de avistamentos de botos a partir da torre VTS em Algés, Lisboa. Voluntários treinados utilizaram um protocolo visual para monitorizar a área de estudo de junho de 2023 a junho de 2024. Grupos de botos foram avistados em 6,2 horas num total de 606,73 horas de monitorização. As maiores taxas de avistamentos ocorreram no final do verão, em agosto, setembro e outubro, contudo não se verificaram diferenças significativas entre estações as estações do ano (H(3)=1,1296, p>0,05) e nem entre meses (H(11)=15,058, p>0,05). Comparações relativas à utilização do habitat revelaram diferenças significativas (H(4)=9,812, p<0,05) entre as diferentes secções da área de estudos, com os setores 6SO e 4S (Dunn post hoc p<0,05) e 6SO e 6S (Dunn post hoc p<0,05) diferindo significativamente. Esses resultados oferecem uma visão importante sobre a ocorrência e as preferências de habitat do boto no estuário do Tejo. Contudo, são necessários estudos adicionais para melhor compreender o uso do habitat e estabelecer estratégias eficazes de conservação.