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- A gestão das relações sociais numa turma de 3º anoPublication . Ferreira, Sofia Mata; Martins, Margarida AlvesO presente relatório de Prática de Ensino Supervisionada (RPES) foi realizado no âmbito do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico. O estudo decorreu numa escola pública do concelho de Sintra, numa turma do 3º ano do 1º Ciclo, composta por vinte e três alunos, em que o modelo de ensino que a professora titular se baseia é o Movimento de Escola Moderna. A investigação foi estruturada a partir de três questões principais: Como são geridas na turma do 3ºC as relações sociais? Qual o papel do conselho de cooperação educativa na gestão das relações sociais? Que estratégias podem ser adotadas para que as relações entre a turma se intensifiquem? O principal objetivo desta investigação foi compreender a dinâmica das relações sociais entre os alunos e analisar como é que estas influenciam o ambiente escolar e o seu processo de aprendizagem. A metodologia utilizada foi de natureza qualitativa, com base na observação direta naturalista e na observação direta participante, em que grande parte da informação recolhida foi através dos conselhos de cooperação educativa, com o apoio de instrumentos de regulação, do diário de turma e de uma grelha de observação. Em complementação foram elaboradas entrevistas através de guiões elaborados pela observadora. A presente investigação demonstrou que a gestão eficaz das relações sociais, através da prática do conselho de cooperação educativa e de estratégias implementadas, reduz os conflitos físicos e verbais, aumentando significativamente o desempenho escolar dos alunos.
- Autorregulação das aprendizagens no tempo de estudo autónomo (TEA) numa turma de 2º anoPublication . Guerra, Mariana Mano; Mata, Maria de Lourdes Estorninho NevesEste Relatório de Estágio em Prática de Ensino Supervisionada relata a transição da Educação Pré-Escolar para o 1.º Ciclo do Ensino Básico, destacando que é um momento crucial na vida das crianças, das famílias e dos profissionais de educação. Este processo envolve a perda do ambiente conhecido, a adaptação a novas rotinas e a integração num contexto mais formal. A colaboração entre os profissionais, a comunicação eficaz entre as famílias, a preparação adequada das crianças e a criação de estratégias para facilitar a transição são de extrema importância para garantir uma adaptação suave e positiva. A transição proporciona oportunidades únicas para o desenvolvimento das crianças e a continuidade das aprendizagens, preparando-as para os desafios do 1.º CEB. O objetivo deste estudo foi conhecer as estratégias que os profissionais de educação das diversas valências devem adotar para facilitar esta adaptação, identificar as suas dificuldades, e compreender como é que as crianças se sentiam no processo de transição. Utilizando uma metodologia qualitativa, foram feitas observações diretas e entrevistas semiestruturadas com uma educadora, um professor e a crianças. Estas entrevistas focaram práticas de transição, envolvimento familiar e experiência infantil, captando uma visão autêntica e abrangente do processo. Os resultados deste estudo destacam que uma abordagem integrada e colaborativa é essencial para facilitar a transição do Pré-Escolar para o 1º CEB. A comunicação entre ciclos, o apoio emocional e pedagógico dos educadores e a participação ativa das famílias são estratégias eficazes para preparar as crianças emocionalmente e suavizar sua adaptação à nova etapa.
- Cada um vê mal ou bem, conforme os olhos que tem: A relação entre os traços de personalidade de guardas prisionais, os seus níveis de burnout e as suas atitudes face a indivíduos que cometeram crimesPublication . Infante, Inês Pinto Resende; Rodrigues, Andreia de CastroGuardas Prisionais detêm funções extremamente complexas e exigentes que passam por garantir a segurança de toda a população prisional, bem como contribuir eficazmente na ressocialização da população reclusa. O presente estudo tem como finalidade compreender a relação entre os traços de personalidade de Guardas Prisionais, os seus níveis de burnout e as suas atitudes face a delinquentes. Para o efeito, recorreu-se aos instrumentos “Escala de Atitudes em Relação aos Delinquentes” (EARD), ao Inventário Breve de Personalidade (TIPI-P) e à medida de burnout de Shirom-Melamed (MBSM), aplicados a uma amostra de 108 Guardas Prisionais do contexto português. Os resultados do estudo revelaram que apenas o traço da abertura evidenciou uma correlação positiva com a idade. Ao nível da personalidade, os traços da amabilidade, estabilidade emocional e abertura estão significativamente correlacionados de forma negativa com o burnout. A estabilidade emocional está significativamente correlacionada de forma negativa com a dimensão do burnout fadiga física, e a amabilidade, a abertura, a conscienciosidade e a estabilidade emocional estão significativamente correlacionadas negativamente com a fadiga cognitiva. Ainda, os traços da amabilidade, abertura à experiência e estabilidade emocional encontram-se significativamente relacionadas negativamente com a dimensão exaustão emocional. Nenhum dos traços de personalidade evidenciou nenhuma correlação com as atitudes de Guardas Prisionais face aos delinquentes. Este estudo salienta a importância dos traços de personalidade enquanto fatores protetores do desenvolvimento de burnout em Guardas Prisionais, e a necessidade de um conhecimento mais aprofundado dos fatores de risco para o mesmo. Salienta, ainda, a necessidade de formações adequadas para fomentar atitudes mais favoráveis de Guardas Prisionais face à população reclusa, com vista ao sucesso da reabilitação e ressocialização da mesma.
- Perceção de risco e busca de sensações no tabagismoPublication . Marques, Beatriz e Silva; Trigo, MiguelIntrodução: Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde, o tabagismo é identificado como a principal causa do aumento da mortalidade evitável mundialmente, representando não só uma ameaça à saúde do próprio consumidor, como também à saúde pública. Com o intuito de perceber a forma como os fumadores, não-fumadores e exfumadores, encaram o tabagismo, o presente estudo teve como principal objetivo avaliar a relação entre a perceção de risco e a busca de sensações, numa amostra adulta da população portuguesa.Método: A amostra foi constituída por 124 participantes, dividida em três condições de hábito tabágico (Fumadores, Ex-Fumadores e Não-Fumadores), com idades compreendidas entre os 18 e os 68 anos (Fumadores: M = 29.3%; DP = 11.3%; Ex-Fumadores: M = 37.7%; DP = 16.1%; Não-Fumadores: M = 30%; DP = 10.7%), tendo sido obtidos um total de 55 participantes fumadores, 21 participantes exfumadores e 48 participantes não fumadores. Os participantes responderam a um questionário online que incluiu questões sociodemográficas, de caracterização do hábito tabágico, o Teste de Fagerström para Dependência da Nicotina – TFDN, o Perceived Risk and Benefits Questionnaire - PRBQ e o Sensation Seeking Scale – SSSV. Resultados: Os resultados obtidos sugerem uma associação significativa entre a dependência da nicotina e a perceção de riscos (r = .315; p = 0.01), indicando que os participantes com maiores níveis de dependência apresentaram maior perceção dos riscos. De igual forma, os resultados mostraram uma associação entre a busca de sensações e a perceção de riscos (r = .360; p = 0.07), indicando que os participantes que apresentaram níveis mais elevados de busca de sensações tiveram maior perceção dos riscos do tabaco. O modelo aplicado de regressão linear mostrou valores significativos entre a busca de sensações e a perceção de riscos [F (4, 50) = 2.975; p < 0.001, R2 a= 0.128], sendo que, apenas o preditor “Desinibição” se mostrou significativo [b = 0.238; β = 0.469; t (35) = 2.352; p < 0,023]. Conclusão: Observou-se que o traço busca de sensações e desinibição estão associados à perceção dos riscos acerca do tabagismo, especialmente em indivíduos fumadores.