PFOR - Dissertações de Mestrado
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Browsing PFOR - Dissertações de Mestrado by advisor "Rodrigues, Andreia de Castro"
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- As atitudes de guardas prisionais face a comportamentos delinquentesPublication . Antunes, Beatriz Correia Rodrigues; Rodrigues, Andreia de CastroDevido à forte presença de Guardas Prisionais dentro dos Estabelecimentos Prisionais, estes detêm um importante papel naquele que é o processo de reabilitação de reclusos. Assume-se assim, a importância em entender as variáveis que influenciam a forma como estes profissionais interagem com os/as reclusos/as. Uma das mais estudadas são as atitudes. Este estudo explora as atitudes de Guardas Prisionais face a reclusos/as, tendo como principal objetivo perceber se existem diferenças significativas nestas tendo em conta o sexo de delinquente e, ainda, tendo em conta a idade, sexo, anos de serviço e nível de escolaridade de Guardas, assim, entender o tipo de atitudes e crenças desenvolvidas por estes em relação à reabilitação e, consequentemente, em relação aos reclusos/as. Para tal foi utilizada a “Escala de Atitudes em Relação a Delinquentes” (EARD) e ainda a mesma escala numa outra versão, onde os itens foram reescritos no feminino, para se comparar as atitudes entre Guardas de acordo com o sexo do/a delinquente. Foram inquiridos/as 132 Guardas Prisionais, no entanto, apenas 102 questionários foram considerados válidos, devido à falta de respostas por parte de participantes. Os resultados revelaram que Guardas de ambos os sexos demonstraram atitudes mais positivas em relação às mulheres delinquentes; Guardas mais velhos/as demonstraram atitudes mais positivas do que os mais novos/as, sendo estas também mais positivas face às mulheres delinquentes; e, Guardas com mais anos de serviço também demonstraram atitudes mais positivas do que aqueles com menos anos de serviço. Estes resultados reforçam a importância em promover formações contínuas de forma a assegurar atitudes equitativas e imparciais de Guardas Prisionais para com delinquentes
- Atitudes em relação a delinquentes no corpo da guarda prisionalPublication . Rodrigues, Daniela Duarte; Rodrigues, Andreia de CastroOs elementos do Corpo da Guarda Prisional assumem um papel de relevo no processo de reabilitação e reinserção da população reclusa. Torna-se, portanto, imperativo que não adotem atitudes negativas em relação à mesma que possam enviesar e comprometer o desempenho das suas funções. O presente estudo procurou, assim, conhecer as atitudes destes/as profissionais em relação a delinquentes e averiguar em que medida estas são influenciadas por variáveis de natureza sociodemográfica e psicológica, esperando que a informação recolhida pudesse contribuir para a identificação de lacunas no seu processo de recrutamento e formação. Para tal, foi administrado um questionário sociodemográfico, a Escala de Atitudes em relação aos Delinquentes (EARD) e a Escala de Empatia Básica versão breve adaptada (BES-A) a uma amostra de 109 guardas prisionais de todo o país. Os resultados revelaram que os/as guardas prisionais apresentaram, em média, atitudes menos positivas em relação a delinquentes do que amostras semelhantes de estudos anteriores. Foram também encontradas diferenças nas suas atitudes ao nível dos anos de serviço e posicionamento político, bem como uma correlação estatisticamente significativa entre estas e a idade dos/as participantes. No entanto, ao contrário do esperado, nem a escolaridade nem a empatia demonstraram ter uma influência significativa nas atitudes em relação a delinquentes. Por fim, estes resultados foram interpretados em função do estado da arte e de possíveis implicações práticas, sendo salientada a importância de introduzir uma componente psicossocial na formação inicial e contínua de guardas prisionais.
- Cada um vê mal ou bem, conforme os olhos que tem: A relação entre os traços de personalidade de guardas prisionais, os seus níveis de burnout e as suas atitudes face a indivíduos que cometeram crimesPublication . Infante, Inês Pinto Resende; Rodrigues, Andreia de CastroGuardas Prisionais detêm funções extremamente complexas e exigentes que passam por garantir a segurança de toda a população prisional, bem como contribuir eficazmente na ressocialização da população reclusa. O presente estudo tem como finalidade compreender a relação entre os traços de personalidade de Guardas Prisionais, os seus níveis de burnout e as suas atitudes face a delinquentes. Para o efeito, recorreu-se aos instrumentos “Escala de Atitudes em Relação aos Delinquentes” (EARD), ao Inventário Breve de Personalidade (TIPI-P) e à medida de burnout de Shirom-Melamed (MBSM), aplicados a uma amostra de 108 Guardas Prisionais do contexto português. Os resultados do estudo revelaram que apenas o traço da abertura evidenciou uma correlação positiva com a idade. Ao nível da personalidade, os traços da amabilidade, estabilidade emocional e abertura estão significativamente correlacionados de forma negativa com o burnout. A estabilidade emocional está significativamente correlacionada de forma negativa com a dimensão do burnout fadiga física, e a amabilidade, a abertura, a conscienciosidade e a estabilidade emocional estão significativamente correlacionadas negativamente com a fadiga cognitiva. Ainda, os traços da amabilidade, abertura à experiência e estabilidade emocional encontram-se significativamente relacionadas negativamente com a dimensão exaustão emocional. Nenhum dos traços de personalidade evidenciou nenhuma correlação com as atitudes de Guardas Prisionais face aos delinquentes. Este estudo salienta a importância dos traços de personalidade enquanto fatores protetores do desenvolvimento de burnout em Guardas Prisionais, e a necessidade de um conhecimento mais aprofundado dos fatores de risco para o mesmo. Salienta, ainda, a necessidade de formações adequadas para fomentar atitudes mais favoráveis de Guardas Prisionais face à população reclusa, com vista ao sucesso da reabilitação e ressocialização da mesma.
- “Defeito ou feitio?” O sexismo e a personalidade de estudantes universitários e a sua relação com crenças de violência sexualPublication . Franco, Rita Canteiro da Gama; Rodrigues, Andreia de CastroA Organização Mundial de Saúde define a violência sexual como um leque de ações, com vários graus, que pode variar deste o assédio verbal até à penetração forçada. Pode ocorrer a partir do uso de força física, intimidação, incapacidade da vítima para consentir, pressão social e coerção. A violência sexual trata-se de uma problemática de saúde pública, pode incorrer em qualquer contexto e tem como principal vítima, as mulheres. A presente investigação foi desenvolvida na tentativa de contribuir para a literatura desta temática a partir de um método quantitativo e foi conduzida com uma amostra de estudantes universitários (n = 166). Tem como objetivo entender os níveis de Sexismo Ambivalente, Traços de Personalidade e Crenças de Violência Sexual neste grupo, e a maneira como estas duas primeiras variáveis se podem relacionar com a terceira. Para tal, os dados utilizados foram recolhidos através da aplicação, via online, do Inventário de Personalidade de 10 Itens – Versão Portuguesa (TIPI-P), da Escala de Crenças de Violência Sexual (ECVS) e Inventário de Sexismo Ambivalente (ASI). Os resultados obtidos demonstraram que, houve diferenças entre sexos e cursos universitários, em todas as variáveis. Os homens apresentaram níveis superiores em todos os tipos de Sexismo, comparativamente às mulheres. Relativamente aos cursos, existem diferenças significativas, verificando-se que Economia apresenta níveis superiores de Sexismo Ambivalente, comparativamente a Psicologia e que Engenharia apresenta níveis superiores de Sexismo Hostil, comparativamente a Psicologia. Nos Traços de Personalidade, existem diferenças significativas entre sexos, sendo que as mulheres apresentaram níveis superiores de Amabilidade e os homens níveis superiores de Neuroticismo. Nos cursos, Psicologia apresentou níveis inferiores de Extroversão, comparativamente a Direito. No que toca às Crenças de Violência Sexual, os homens apresentaram mais crenças legitimadoras de violência sexual. No que concerne aos cursos, foram encontradas diferenças significativas em vários cursos, tanto no score total como nos cinco fatores da escala. Por fim, tanto o Sexismo Ambivalente como os Traços de Personalidade apresentaram relação com as Crenças de Violência Sexual. No entanto, a variável do Sexismo Ambivalente foi a única que revelou capacidade preditiva para as mesmas.
- Empatia e crenças legitimadoras de violência conjugal em homens a cumprir pena de prisão por violência domésticaPublication . Silva, Joana Fernandes; Rodrigues, Andreia de CastroA Violência Conjugal, enquadra-se na tipologia de crime de Violência Doméstica e, atualmente, constitui-se com uma das formas de violência mais exercidas. A literatura tem apontado para a necessidade de caracterizar os indivíduos que cometem este tipo de crime, a fim de elaborar estratégias de intervenção adequadas, que permitam a diminuição da reincidência. As crenças legitimadoras de violência conjugal e a empatia têm sido alvo de intervenção nestes indivíduos, no entanto, devido à evolução da consciencialização da sociedade em relação a este tema, realça-se a importância de melhor compreender a população atual perpetradora deste crime. Deste modo, o presente trabalho terá como objetivo explorar estes construtos, assim como as suas diferenças e associações com outras variáveis, como os níveis educacionais, o consumo de substâncias e a idade. A amostra é constituída por 187 reclusos do sexo masculino, sendo que 92 foram condenados por Violência Doméstica e 95 condenados por um crime não violento. Foi-lhes solicitado que respondessem a um protocolo composto por um Questionário Sociodemográfico, pela Escala Básica de Empatia - versão curta (BES-A), pela Escala de Crenças sobre a Violência Conjugal (ECVC) e pela Escala de Desejabilidade Social (EDS-20). Os resultados sugerem que homens condenados por Violência Doméstica apresentam níveis normativos na empatia e não apresentam altos níveis de legitimação da violência conjugal. Não foram encontradas diferenças significativas entre os mesmos e os indivíduos condenados por crimes não violentos ao nível da Empatia e da legitimação da violência conjugal. Também, não foram encontradas correlações significativas entre a empatia e as crenças legitimadoras de violência conjugal, à exceção duma correlação, ainda que baixa, entre a legitimação e banalização da pequena violência e a empatia cognitiva. Quanto à influência das variáveis sociodemográficas: verificou-se que quanto maior o nível de escolaridade menor a legitimação da violência conjugal; não foram encontradas diferenças entre os indivíduos que apresentam historial de consumos e os que não apresentam; e não se encontrou nenhuma associação entre a idade e as principais variáveis em estudo, a empatia e as crenças legitimadoras de violência conjugal.
- Moralidade e criminalidade numa amostra de reclusos portuguesesPublication . Florêncio, Iara Alexandra dos Santos; Rodrigues, Andreia de CastroEstudar o crime e os seus contornos, junto de quem o comete, pode fornecer um contributo crucial para a prevenção do crime e a redução da reincidência. Este estudo teve como objetivo, através de uma análise temática, analisar perceções de indivíduos, condenados a pena de prisão, acerca dos fatores de risco e de dissuasão da criminalidade, e da experiência da mesma tendo como base alguns conceitos da teoria da ação situacional de Wikström. Nos resultados emergiram temas como o consumo de substâncias, a impulsividade e influência do meio como fatores de risco. Como dissuasores discutiu-se a educação, o apoio familiar e o acompanhamento psicológico adequado. As emoções morais e o filtro moral não parecem desempenhar um papel dissuasor forte o suficiente. Os resultados deste estudo podem, e devem, inspirar a aplicação de técnicas e programas adequados, em meio prisional.
- Perceção e conhecimento de jovens que cometeram ofensas relativamente ao sistema de justiça juvenilPublication . Borges, Lara Filipa Ferreira; Rodrigues, Andreia de CastroPor norma, o sistema de justiça juvenil tende a adotar uma linguagem pouco compreensível para os/as jovens, com recurso a questões com um vocabulário técnico e complexo, o que pode ter consequências na imagem que os/as jovens constroem acerca deste sistema. O presente estudo tem como objetivo analisar a perceção e conhecimento de jovens que cometeram ofensas em relação ao sistema de justiça juvenil. Para tal, optou-se por realizar um estudo de natureza qualitativa, com recurso a uma entrevista semiestruturada, administrada a 16 jovens, quatro do sexo feminino e 12 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 14 e os 20 anos, que se encontravam a cumprir uma medida tutelar educativa não institucional na Equipa Lisboa Tutelar Educativo 2. Os resultados revelaram o pouco conhecimento que os/as jovens apresentam sobre o sistema de justiça, nomeadamente, sobre a Lei Tutelar Educativa, e a perceção destes acerca de toda a experiência com o sistema de justiça. Apesar de esta, no geral, revelar-se positiva, realçam-se aspetos negativos face à abordagem dos profissionais de justiça, nomeadamente ao nível da linguagem. Por último, serão descritas as limitações do presente estudo e apontadas sugestões para estudos futuros.
- As perceções de arguidos sobre a aplicação da suspensão provisória do processo (SPP)Publication . Silva, Catarina Gomes Quintas da; Rodrigues, Andreia de CastroA Suspensão Provisória do Processo, como medida não privativa de liberdade, faz parte de um leque de alternativas às medidas privativas, com o objetivo de envolver não só o sistema de justiça, como também o ofendido e a sociedade, na decisão. O objetivo deste estudo passa por analisar as perceções de arguidos/as que estejam a cumprir esta medida, de maneira a auxiliar o sistema de justiça e seus/suas intervenientes a identificar mais eficazmente os fatores passíveis de maximizar a eficácia da reabilitação. Os resultados, de uma maneira global, demonstram satisfação com a medida, e capacidade de cumprir as injunções e regras de conduta, apesar de identificadas algumas falhas, nomeadamente a nível da comunicação entre os indivíduos e o sistema de justiça.
- As perceções de reclusos relativamente a programas de intervenção em meio prisionalPublication . Pereira, Cláudia Filipa Costa; Rodrigues, Andreia de CastroOs programas de intervenção desempenham um papel fundamental na reabilitação de indivíduos que cometeram ofensas e se encontram a cumprir uma medida privativa da liberdade. O objetivo geral da presente investigação foi conhecer e estudar as perceções de reclusos relativamente a programas de intervenção implementados em meio prisional, as suas perceções sobre quais os objetivos dos programas de intervenção, assim como a importância e utilidade dos mesmos no presente e no futuro. Para além disso, procurou-se perceber as perceções de reclusos sobre os objetivos e importância de atividades propostas no tratamento prisional, como o trabalho e a escola. O estudo apresentado é do tipo qualitativo e, nesse sentido, realizou-se uma entrevista semiestruturada individual a 19 indivíduos a cumprir pena no EP do Linhó, que tenham participado em programas de intervenção ao longo do cumprimento das suas penas. Os resultados demonstraram que os programas de intervenção satisfazem objetivos utilitários e objetivos pessoais relacionados com o processo de reinserção social dos reclusos. Contudo, também, se observou, acima de tudo, uma dificuldade em diferenciar os programas de intervenção de outras atividades, contribuindo para que estes sejam percecionados pelos reclusos como menos importantes e pertinentes para o seu processo de reabilitação e ressocialização que atividades como o trabalho o a escola.
- “Porque é que eu tenho de ter medo?” Estudo exploratório sobre o assédio de ruaPublication . Leal, Maria Rita Marques de Barros Mendes; Rodrigues, Andreia de CastroO assédio de rua é uma das formas mais prevalentes de violência contra as mulheres e, paradoxalmente, a menos estudada. Face às lacunas na literatura, o presente estudo tem como objetivo compreender e contextualizar o fenómeno do assédio de rua, o significado destas experiências na vida das mulheres, o impacto na sua qualidade de vida e as respostas do sistema de justiça a este tipo de violência. Através da técnica de entrevistas semiestruturadas em grupos focalizados, realizaram-se duas sessões, com seis participantes cada. Por se tratar de um estudo qualitativo de design exploratório, os dados foram interpretados mediante a Análise de Conteúdo. Os resultados permitiram observar que o assédio de rua é parte integrante de um sistema mais complexo que perpetua a violência, através do controlo social e do condicionamento da liberdade das mulheres. O assédio é uma demonstração de poder e uma estratégia de intimidação que aumenta a perceção de insegurança nas ruas e afasta as mulheres do espaço público. A normalização e impunidade destes comportamentos agrava o mal-estar psicológico e contribui para o desenvolvimento de problemáticas de foro psicopatológico, como o isolamento, perturbações do comportamento alimentar e perturbações de humor. O combate deste fenómeno deve incluir tanto a justiça formal como informal, adotando estratégias como a intervenção de espectadores e o investimento na educação para a prevenção.