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- Os papéis de género na vitimação da violência em contexto de intimidadePublication . Ascenção, Raquel Filipa LopesA literatura científica em torno da temática da violência em relações de intimidade (VRI) sobre as mulheres e suas respetivas repercussões, apresenta um imenso e variado leque de investigações, contrariamente aos homens vítimas de abusos neste contexto. Assim, o presente estudo tem como principal objetivo compreender de que forma os papéis de género se relacionam com a vitimação, revelando-se enriquecedor e pertinente uma vez que a problemática dos homens alvo de violência, é um tema sempre, ou quase sempre, desconsiderado. Para tal, optou-se pela escolha de uma metodologia qualitativa tendo sido realizadas entrevistas semiestruturadas a 13 participantes, quatro do sexo masculino e nove do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 22 e os 49 anos, que em algum momento das suas vidas tivessem experienciado uma situação de vitimação neste contexto. Os resultados obtidos revelaram a presença de desigualdades nos papéis de género assim como no apoio prestado às vítimas neste contexto. No qual, se ressaltaram necessidades de intervenção na sociedade e nas forças de segurança no que toca aos papéis de género e à vitimação da VRI, nomeadamente uma maior sensibilização e formação de agentes para a temática. Por último serão apresentadas as limitações encontradas no estudo assim como feitas sugestões para estudos futuros
- O movimento e a sua influência na aprendizagemPublication . Nelson, Isabel Sousa Eiró César das Neves; Nascimento, Ana Teresa Correia de Brito; Lopes, FredericoO presente relatório surge como um estudo qualitativo reflexivo sobre o movimento e a influência que este tem na aprendizagem. A investigação foi desenvolvida numa sala de aula de primeiro e segundo ano de escolaridade numa escola que rege a sua ação na visão antroposófica da pedagogia Waldorf. Através de uma observação naturalista participante, corporalizada em notas de campo, de uma entrevista à professora cooperante e da pesquisa de referenciais teóricos de diversas áreas, investigou-se o que fundamenta o movimento da criança como metodologia na Pedagogia Waldorf e como este é vivenciado nos momentos curriculares como integrador de conteúdos. O momento da Roda Rítmica inserido na Aula Principal tornou-se o foco da investigação trazendo consigo um questionamento reflexivo sobre a sua importância, a sua intencionalidade e especificidades. Verificou-se com a análise de dados articulados com os referenciais teóricos, a relevância dos movimentos realizados na Roda Rítmica. Conclui-se com a presente investigação que este momento curricular procura integrar as sensações, emoções, movimentos e conteúdos através de um corpo ativo, promovendo a maturação cerebral, construindo ligações neuronais complexas, apoiando a integração dos diversos conteúdos e aprendizagens curriculares.
- Sonhos Lúcidos — Como se Relacionam com os PesadelosPublication . Marques, João Pedro Serrado; Costa, Rui Miguel dos Santos AmaroO sonho lúcido é um sonho no qual o sonhador tem consciência que está a sonhar. Vários autores têm vindo a estudar a possibilidade de utilizar os sonhos lúcidos de forma terapêutica no tratamento de pesadelos. Partindo desta ideia colocamos 2 hipóteses: os sonhos lúcidos correlacionam-se negativamente com os níveis de ansiedade causada pelos sonhos — e os sonhos lúcidos correlacionam-se negativamente com os níveis de propensão a ter pesadelos. A nossa amostra contou com 325 participantes dos quais 252 do sexo feminino e 73 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 18 e os 75 anos de idade. Relativamente aos instrumentos, utilizaram-se a LuCiD, para avaliar a lucidez nos sonhos (a par de outras dimensões da consciência dos sonhos), a Van Dream Anxiety Scale (VDAS), de forma a perceber os níveis de ansiedade associados aos sonhos e a Nightmare Proneness Scale (NPS) para perceber os níveis de propensão a ter pesadelos. Os resultados não corroboram as nossas hipóteses.
- O papel mediador da regulação emocional na relação entre vinculação e solidão emocional e social na adolescênciaPublication . Pacheco, Beatriz Gomes Fouto; Veríssimo, ManuelaA literatura atual enfatiza a importância do estabelecimento de relações de vinculação de base segura, para o desenvolvimento de habilidades mais adaptativas de regulação emocional e, em concomitância, a aquisição de competências sociais que impeçam a emergência de sentimentos de solidão social e emocional. Por conseguinte, o objetivo central do presente estudo é examinar o papel mediador da regulação emocional, na relação entre a vinculação e solidão social e emocional na família e no grupo de pares, de adolescentes portugueses que frequentam o ensino secundário. A par disto, torna-se pertinente expandir o conhecimento atual às representações de vinculação do adolescente e conceptualizar a solidão como um construto multidimensional. A amostra compreendeu 100 adolescentes, sendo que 47 são do sexo feminino e 53 do sexo masculino. A média de idades corresponde a 16,67 e o desvio padrão a 1,064. Os instrumentos utilizados foram o Adolescent Script Assessment (ASA) para avaliar a qualidade da vinculação, o Relational Provisions Loneliness Questionnaire (RPLQ) para avaliar a solidão social e emocional na família e no grupo de pares e o Emotion Regulation Index for Children and Adolescents (ERICA) e Emotion Regulation Questionnaire for Children and Adolescents (ERQ-CA) para avaliar a regulação emocional. Os resultados demonstraram que o script de vinculação é preditor direto da supressão (β = -.41, p<.001), mas não da reavaliação cognitiva (β = -.05, p>.05). Para além disso, o script de vinculação é preditor direto da solidão na família (β = .33, p<.001), mas não da solidão com os pares (β = .004, p>.05). No entanto, os resultados reivindicam para uma mediação total entre a qualidade da vinculação, supressão e solidão com os pares. Desta forma, os jovens que apresentam valores mais baixos na qualidade da vinculação e mais supressão, dispõem de valores mais elevados de solidão com os pares.
- A inclusão em sala de aulaPublication . Barroso, Rafaela Sofia de Almeida; Gaitas, Sérgio Miguel ProtásioO presente relatório foi realizado no âmbito da Unidade Curricular de Prática Supervisionada em 1º Ciclo do Ensino Básico, no ano letivo de 2022/2023. Esta decorreu numa instituição pública de ensino, numa sala do 3º ano do Ensino Básico, composta por 25 alunos, com idades compreendidas entre os 7 e os 8 anos. O tema do presente relatório surge da observação que fiz na turma onde efetuei o meu estágio, onde existem duas crianças com Necessidades Educativas Específicas (NEE), os alunos com dificuldades no desenvolvimento de tarefas realizadas em contexto de sala de aula. Neste contexto, interessou-me compreender, através de uma observação sistemática, de que forma a professora cooperante gere o grupo conseguindo incluir estas mesmas crianças em todas as atividades e dinâmicas de sala de aula, e a partir desta compreensão, promover estratégias complementares para a inclusão em sala de aula. conhecendo dessa forma as estratégias que utiliza no dia a dia. Tendo em conta os objetivos definidos, este estudo tem como base as seguintes questões de investigação: "Quais são as estratégias específicas utilizadas pela professora para promover a inclusão de alunos com NEE na sala de aula?" e “De que modo o trabalho cooperativo influencia a inclusão de alunos com NEE, e qual é o seu impacto na dinâmica da sala de aula?". A metodologia utilizada para a elaboração deste relatório foi qualitativa. Os instrumentos utilizados foram a observação direta, recolhida num diário de bordo, entrevistas tanto à professora cooperante como aos alunos e grelhas de observação.Após a análise de dados recolhidos, conclui-se que, não existe fórmula concreta para promover a inclusão, mas sim estratégias de implementação à inclusão que podem ajudar o professor a ir ao encontro das necessidades de cada criança.
- “Perdi um órgão mas não perdi a vida” A Qualidade de Vida, o Suporte Social Percebido e o Estigma Percecionado numa amostra de portadores de laringectomia total em PortugalPublication . Santos, Maria Madalena de Melo Champalimaud Soromenho; Patrão, Ivone Alexandra MartinsO indivíduo portador de deficiência por laringectomia total sofre consequências nefastas no seu todo, particularmente no que concerne à sua dimensão psicossocial, vendo o seu ajustamento comprometido neste âmbito. A literatura científica identifica uma ligação entre o suporte social e o estigma percecionado com a qualidade de vida do laringectomizado. A mesma ainda não foi desenvolvida no panorama português. Verificando-se a ligação significativa entre estas variáveis, torna-se pertinente investigar e explorar as mesmas, tal como aprofundar o conhecimento acerca da vivência do impacto psicológico da deficiência por laringectomia. Foram formados três grupos focais de discussão e aplicadas três escalas breves para descrever os construtos alvo neste estudo. Foi desenvolvido um modelo que utilizou a técnica da autofotografia terapêutica enquanto facilitadora de testemunhos. Afere-se que o suporte social percebido tem um impacto positivo na perceção da qualidade de vida, inversamente a perceção de estigma tem um impacto negativo na perceção da qualidade de vida. Foi possível identificar fatores de risco e promotores da perceção da qualidade vida, tal como facilitadores e barreiras no processo de adaptação à realidade da laringectomia. Alguns dos resultados sustentam a evidência existente acerca da adaptação psicossocial na laringectomia total e relevam áreas passíveis para futura investigação e prática clínica. Salienta se a necessidade de desenvolver investigações acerca da experiência do portador de laringectomia total denominadamente investigando o seu crescimento pós-traumático.
- Estudo exploratório do conhecimento da anatomia genital feminina em homens e mulheres e dos fatores preditores do duplo padrão sexualPublication . Santos, Ana Filipa Ricardo; Carvalheira, Ana AlexandraFoi levado a cabo um estudo quantitativo exploratório com vista a explorar as associações entre as variáveis do conhecimento da anatomia genital feminina, do ciclo reprodutivo feminino e a adesão ao duplo padrão sexual numa amostra de homens e de mulheres. Na subamostra de mulheres, procurou-se ainda averiguar a associação entre a frequência da masturbação e a adesão ao duplo padrão sexual. Foram também estudadas diferenças de género nestas variáveis bem como os fatores preditores da adesão ao duplo padrão sexual em homens e mulheres. A amostra incluiu 737 participantes, dos quais 582 reportaram sexo feminino à nascença e 155 sexo masculino à nascença, com média de idades de 27,85 e de 30,29 anos, respetivamente. Na subamostra de mulheres, o duplo padrão sexual, cujos fatores preditores significativos foram a idade, a frequência da prática religiosa e a orientação sexual, apresentou uma correlação negativa e significativa com o conhecimento da anatomia genital feminina e a frequência da masturbação. Na subamostra de homens, o duplo padrão sexual, cujo fator preditor significativo foi a religião, apresentou uma correlação negativa e significativa com o conhecimento da anatomia genital feminina e do ciclo reprodutivo feminino. A subamostra de mulheres apresentou um maior conhecimento face à anatomia genital feminina e ciclo reprodutivo feminino em comparação com a subamostra de homens. A subamostra de homens apresentou uma maior frequência de masturbação e adesão ao duplo padrão sexual em comparação com a subamostra das mulheres.
- Empatia e crenças legitimadoras de violência conjugal em homens a cumprir pena de prisão por violência domésticaPublication . Silva, Joana Fernandes; Rodrigues, Andreia de CastroA Violência Conjugal, enquadra-se na tipologia de crime de Violência Doméstica e, atualmente, constitui-se com uma das formas de violência mais exercidas. A literatura tem apontado para a necessidade de caracterizar os indivíduos que cometem este tipo de crime, a fim de elaborar estratégias de intervenção adequadas, que permitam a diminuição da reincidência. As crenças legitimadoras de violência conjugal e a empatia têm sido alvo de intervenção nestes indivíduos, no entanto, devido à evolução da consciencialização da sociedade em relação a este tema, realça-se a importância de melhor compreender a população atual perpetradora deste crime. Deste modo, o presente trabalho terá como objetivo explorar estes construtos, assim como as suas diferenças e associações com outras variáveis, como os níveis educacionais, o consumo de substâncias e a idade. A amostra é constituída por 187 reclusos do sexo masculino, sendo que 92 foram condenados por Violência Doméstica e 95 condenados por um crime não violento. Foi-lhes solicitado que respondessem a um protocolo composto por um Questionário Sociodemográfico, pela Escala Básica de Empatia - versão curta (BES-A), pela Escala de Crenças sobre a Violência Conjugal (ECVC) e pela Escala de Desejabilidade Social (EDS-20). Os resultados sugerem que homens condenados por Violência Doméstica apresentam níveis normativos na empatia e não apresentam altos níveis de legitimação da violência conjugal. Não foram encontradas diferenças significativas entre os mesmos e os indivíduos condenados por crimes não violentos ao nível da Empatia e da legitimação da violência conjugal. Também, não foram encontradas correlações significativas entre a empatia e as crenças legitimadoras de violência conjugal, à exceção duma correlação, ainda que baixa, entre a legitimação e banalização da pequena violência e a empatia cognitiva. Quanto à influência das variáveis sociodemográficas: verificou-se que quanto maior o nível de escolaridade menor a legitimação da violência conjugal; não foram encontradas diferenças entre os indivíduos que apresentam historial de consumos e os que não apresentam; e não se encontrou nenhuma associação entre a idade e as principais variáveis em estudo, a empatia e as crenças legitimadoras de violência conjugal.