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- A agressão sexual no contexto do campus universitárioPublication . Lacerda, Vanessa Sofia Pires de; Ornelas, JoséEste estudo tem como principal objetivo conhecer e visibilizar o fenómeno de agressão sexual no contexto do campus universitário. Torna-se desta forma, importante saber que tipo de existência de programas de prevenção e intervenção existe neste tipo de violência, assim como, as suas taxas de incidência, nomeadamente o risco que um estudante universitário possa ser vítima de agressão sexual no período de realização do estudo, sobressaindo as suas consequências, fatores de risco e a importância de políticas educacionais e jurídicas para prevenir e intervir neste tipo de agressão. A amostra neste estudo é composta por 70 estudantes universitários com idades acima de 17 anos que responderam a um questionário online, de acordo com a metodologia “snow ball”. As variáveis deste estudo foram avaliadas com o instrumento “Violence Prevention Survey” (Coker et al., 2014), Gama, Vargas-Moniz e Ornelas, 2015, foi feita a devida adaptação para a população portuguesa, tendo sido revisto para certificação de determinados conceitos à realidade atual. Os resultados obtidos demonstram que 12,8% foram vítimas de atividades sexuais não consentidas (agressão sexual) e 2,8% foram perpetradores, bem como, a percentagem de 49,9% de vítimas de violência no namoro e 42,7% de perpetradores dessa mesma violência. Foram considerados fatores de risco, o género, o consumo de álcool e drogas e o desconhecimento quase total de programas de prevenção e intervenção na agressão sexual. Conclui-se que é urgente as reitorias dos campus universitários debruçarem-se sobre este assunto, de forma, a prepararem e formarem jovens para lidar e terem conhecimento sobre o significado de agressão sexual, das políticas que os podem defender, do significado de consentimento, para prevenir o constante aumento deste fenómeno no contexto do campus universitário. Palavras
- A experiência de participantes num processo terapêutico através da psicodançaPublication . Vieira, António Mendes; Gonzalez, António JoséEnquadramento. A psicodança é uma técnica psicoterapêutica enraizada no psicodrama, que utiliza sobretudo o corpo e o movimento como principais veículos de comunicação e que usa a música como suporte. Objetivo. Procurou-se neste estudo explorar a experiência de participantes num processo terapêutico através da Psicodança. Método. Através de uma análise temática, juntamente com um método auto etnográfico (diário de bordo), pretendeu-se demonstrar a experiência e autorreflexão subjetivas como contributos para o conhecimento científico neste campo. Resultados. As sessões desencadearam várias transformações, observadas através de mudanças de perspetivas e estados emocionais. Por outro lado, os resultados deste estudo sugerem que a psicodança, não é apenas uma ferramenta de crescimento pessoal e emocional, mas também um poderoso instrumento de intervenção terapêutica.
- Impacto de uma intervenção digital no stress percebido: Papel mediador da atividade físicaPublication . André, Catarina Isabel de Carrilho Landeiro de Matos; Encantado, JorgeO stress foi considerado pela Organização Mundial de Saúde como sendo a “epidemia do século XXI”. É imprescindível adotar estratégias para reduzir este impacto. A prática de atividade física tem um efeito positivo nos níveis de saúde mental. Com a ascensão das tecnologias e a possibilidade de intervenções que as utilizem, será interessante aprofundar esta área. O presente estudo procurou perceber o papel medidor da atividade física no impacto de uma intervenção digital no Stress Percebido. O estudo utilizou dados do estudo NoHoW durante seis meses de intervenção. A amostra contou com 924 participantes (idade M = 44,8; DP = 11,81) de três países, Portugal, Reino Unido e Dinamarca. Cada participante recebeu equipamentos eletrónicos e conteúdos psicoeducativos específicos disponibilizados pelo projeto NoHoW com intuito de promover um estilo de vida mais ativo. Como medidas de avaliação foi utilizada a Escala de Stress Percebido e o Questionário Internacional de Atividade Física. Foi realizada uma análise de mediação entre as três variáveis. Relativamente ao efeito total do modelo identificou-se um efeito estatisticamente significativo (β = -.0868 ; p = 0.0083). No entanto, no que concerne ao efeito indireto do modelo, a mediação entre a utilização da aplicação, a atividade fíisca e o stress percebido, não foi observado um efeito estatisticamente significativo (β = .0013 ; IC =[ -.0057 ; .0088]). É assim importante perceber que otimizações se pode fazer às intervenções digitais para serem mais eficazes na promoção da atividade física e também demonstrar uma maior eficácia na redução do stress percebido.
- “Porque é que eu tenho de ter medo?” Estudo exploratório sobre o assédio de ruaPublication . Leal, Maria Rita Marques de Barros Mendes; Rodrigues, Andreia de CastroO assédio de rua é uma das formas mais prevalentes de violência contra as mulheres e, paradoxalmente, a menos estudada. Face às lacunas na literatura, o presente estudo tem como objetivo compreender e contextualizar o fenómeno do assédio de rua, o significado destas experiências na vida das mulheres, o impacto na sua qualidade de vida e as respostas do sistema de justiça a este tipo de violência. Através da técnica de entrevistas semiestruturadas em grupos focalizados, realizaram-se duas sessões, com seis participantes cada. Por se tratar de um estudo qualitativo de design exploratório, os dados foram interpretados mediante a Análise de Conteúdo. Os resultados permitiram observar que o assédio de rua é parte integrante de um sistema mais complexo que perpetua a violência, através do controlo social e do condicionamento da liberdade das mulheres. O assédio é uma demonstração de poder e uma estratégia de intimidação que aumenta a perceção de insegurança nas ruas e afasta as mulheres do espaço público. A normalização e impunidade destes comportamentos agrava o mal-estar psicológico e contribui para o desenvolvimento de problemáticas de foro psicopatológico, como o isolamento, perturbações do comportamento alimentar e perturbações de humor. O combate deste fenómeno deve incluir tanto a justiça formal como informal, adotando estratégias como a intervenção de espectadores e o investimento na educação para a prevenção.
- Entre o prazer e o conforto, e a busca por um propósito: Como a autorregulação afeta o uso do smartphone nas gerações x, y e zPublication . Goldschmidt, Bibiana Ughini; Gouveia, Maria JoãoA presente investigação visa destacar o papel das orientações hedónicas e eudaimónicas na tendência à adição ao smartphone, além de compreender se a autorregulação explica essa relação e se as respostas mudam em função das gerações X (1965-1980), Y (1981-1996) e Z (1997-2012). Os participantes foram 187 adultos nascidos entre 1965-2005, de nacionalidade portuguesa e brasileira. Os instrumentos escolhidos foram: QRAR; SAS-SV e HEEMA. Os resultados revelaram que os níveis de adição ao smartphone estão relacionados de forma positiva e significativa com a orientação hedónica e seus componentes, e de maneira negativa com a autorregulação e suas dimensões. A orientação eudaimónica não demonstrou relevância significativa na regressão simples com essas variáveis. Existiu mediação parcial da autorregulação somente no modelo hedónico, demonstrando a importância dessa capacidade para diminuição do nível de adição. A geração Y moderou a relação entre a orientação hedónica prazer e controle de impulsos, e a autorregulação com a adição ao smartphone - potenciando e mantendo a direção de ambas relações em comparação às outras gerações. E a geração Z moderou somente a relação da orientação eudaimónica e adição ao smartphone potenciando e mantendo a direção da relação, e tornando-a significativa. A presente investigação oferece uma compreensão do comportamento digital (via smartphone) a partir da perspetiva das orientações para as atividades e da autorregulação, e traz informações importantes sobre as diferenças entre as gerações neste comportamento. Essas informações salientam que a investigação contribui cientificamente para compreensão dos fatores que geram efeitos importantes nos níveis de adição ao smartphone, e assim, oferece uma orientação prática para debater esse fenómeno.