Browsing by Author "Senos, Jorge"
Now showing 1 - 9 of 9
Results Per Page
Sort Options
- Atribuição causal, auto-estima e resultados escolaresPublication . Senos, JorgePartindo do quadro de referência proposto por Weiner sobre atribuição causal para o sucesso e insucesso, o autor procura estabelecer o efeito de seZfserving bias que permite a protecção da auto-estima perante situações de insucesso. Utilizando uma versão adaptada da Causal Dimension Scale bem como do Self-Perception Profile for Children com uma amostra de 49 alunos do 5.” ano de escolaridade, foi possível estabelecer que os alunos com piores resultados escolares produzem preferencialmente atribuições externas para o insucesso, protegendo deste modo a autoestima que se mantém em valores idênticos aos dos bons alunos. No entanto, estes alunos mostram um auto- conceito académico mais baixo do que os alunos com elevados resultados escolares. Os resultados são discutidos no quadro das relações estabelecidas entre atribuição causal, auto-estima e resultados escolares, fornecendo indicações relativamente ao caracter cumulativo do insucesso e ao abandono precoce da escolaridade obrigatória.
- Auto-estima e resultados escolares: O papel da atribuição causal e da identidade social na manutenção da auto-estima após a obtenção de baixos resultados escolares, numa amostra de alunos do 6º ano de escolaridadePublication . Senos, Jorge; Martins, Margarida AlvesInexistente
- Auto-estima, resultados escolares e indisciplina. Estudo exploratório numa amostra de adolescentes.Publication . Senos, JorgeA proliferação de comportamentos de indisciplina na escola tem sido fonte de crescente preocupação e investimento dos diferentes intervenientes da acção educativa. Estudos realizados em tomo das estratégias de protecção da auto-estima, perante a ameaça potencial constituída por resultados escolares negativos, têm vindo a sugerir que a indisciplina poderá constituir um recurso para os alunos com insucesso académico se furtarem ao efeito daquela ameaça potencial. O presente estudo revisita esta questão motivada pela inconsistência de alguns resultados reportados pela literatura, com uma amostra de sujeitos do 9." ano de escolaridade. Os resultados obtidos sugerem três conclusões fundamentais: a) a auto-estima correlaciona-se com o auto-conceito académico, mas não com os resultados escolares; b) os alunos com baixos resultados escolares exibem valores idênticos aos alunos com melhores resultados escolares, relativamente ao auto- -conceito e a auto-estima; c) os alunos mais indisciplinados, para além de piores resultados escolares, mostram igualmente valores mais baixos para o auto-conceito e a auto-estima. Estes resultados são discutidos a partir dos modelos teóricos da identidade social e do quadro de referência, sendo adiantada a hipótese da existência de cenários de indisciplina diferenciados e com significações psicológicas e educativas diferentes, para explicar diferentes resultados reportados pela literatura.
- Counterfactual thinking and functional differences in depressionPublication . Quelhas, Ana Cristina; Power, Michael J.; Juhos, Csongor; Senos, JorgeThe purpose of the studies reported in this paper was to evaluate the function of counterfactual thinking (CT) in depression. In Experiment 1, depressed and non-depressed participants were asked to imagine themselves as the protagonist of a hypothetical situation, and to think counterfactually about three different scenarios. The results showed that there was a similar CT style (in terms of direction, structure and focus of mutation) for the depressed and the nondepressed groups. It was also found that the perceived preparation for a future similar situation increased after CT and, contrary to our hypotheses, this effect was observed in both groups. In Experiment 2, a real-life situation was used (a course examination) in which participants experienced a negative outcome (a poor score on the test). Again, it was observed that depressed and non-depressed participants showed the same CT style, but non-depressed participants were more likely to use CT spontaneously. In addition, the second study showed further differences between the two groups: depressed participants not only showed a lack of cognitive benefi ts from thinking counterfactually (i.e., after CT they do not feel more prepared for future similar events, nor able to avoid a similar bad outcome, in contrast to the non-depressed participants), but also show a lack of behavioural changes (both intentions to change and actual changes over the subsequent week). In conclusion, these results provide evidence about the function of CT both in depressed and in non-depressed thinking, and highlight both the similarities and differences for these two groups.
- Desenvolvimento do raciocínio condicional e modelos mentaisPublication . Quelhas, Ana Cristina; Juhos, Csongor; Senos, Jorge; Rocha, Teresa AlmeidaDe acordo com a teoria dos modelos mentais (Johnson-Laird, 1983; Johnson-Laird & Byrne, 1991) a interpretação de uma frase condicional, do tipo Se p, então q, gera os modelos iniciais: p q ... em que os três pontos representam um modelo sem conteúdo explícito. A representação completa da condicional compreende os seguintes modelos explícitos: p q ¬p ¬q ¬p q em que “¬” serve aqui para indicar a negação. A partir deste quadro teórico, e da suposição de que uma inferência é tanto mais difícil quanto maior o número de modelos explícitos que requer, é possível colocar hipóteses sobre diferenças no nível de dificuldade nas inferências com os quatro silogismos condicionais. Na experiência que iremos descrever pretende-se testar essas hipóteses em sujeitos de diferentes níveis etários (8, 11 e 15 anos). A partir dos resultados obtidos serão adiantadas hipóteses sobre o progressivo desenvolvimento da capacidade de representar os três modelos mentais de interpretação das condicionais. Serão ainda realçadas diferenças na resposta dos sujeitos que derivam de diferenças no conteúdo das frases condicionais. Um último objectivo, de carácter exploratório, prende-se com a comparação das respostas em sujeitos de duas nacionalidades (Portuguesa e Húngara). Assim, o grupo de variáveis independentes define um plano factorial misto 2X3X2X4 (Nacionalidade X Idade X Conteúdo X Silogismo), dado que a última variável é intra-sujeitos.
- Identidade social, auto-estima e resultados escolaresPublication . Senos, JorgeA existência de uma associação positiva entre a auto-estima e os resultados escolares, bem como a identificação de estratégias de manutenção da autoestima perante o insucesso escolar, constituem matéria de crescente importância no domínio da psicologia educacional. Neste estudo pretende-se verificar, na linha teórica da identidade social, a mobilização de uma estratégia de protecção da auto-estima perante o insucesso escolar, centrada na dinâmica social do grupo de pares, num escalão etário em que existe uma tendência para uma mais estreita afiliação de pares, enquanto as influências familiares e parentais tendem a diminuir. No quadro deste objectivo, postula-se que os alunos com mais fraco rendimento académico tenderão a formar grupos de pares de rendimento contrastado, exibindo uma auto-estima com valores idênticos aos dos alunos com melhor rendimento académico, piores expectativas e uma atitude negativa face ao trabalho escolar.
- Pensamento contrafactual e inferência causal: Efeito de facilitação e dissociação da ativaçãoPublication . Neto, Sofia Moita; Senos, JorgeA investigação sobre as relações entre pensamento contrafactual e raciocínio causal tem produzido evidência contraditória acerca da direção dos efeitos de facilitação de um processo sobre o outro. Este estudo investiga a possibilidade dessa influência ser recíproca e como diferentes níveis de impacto emocional negativo condicionam a acessibilidade do pensamento contrafactual. A 42 participantes foi apresentado um cenário com um de dois possíveis desfechos (um mais negativo, outro menos negativo), após o qual realizaram uma tarefa contrafactual e uma tarefa causal, estruturadas num paradigma de facilitação de tarefa. Os resultados indicam que a realização de qualquer das tarefas facilita a posterior realização da outra, revelando um efeito de ordem simétrico. Adicionalmente, verificou-se um efeito de interação entre a natureza do cenário e a ativação do processo contrafactual, refletido na maior acessibilidade da tarefa contrafactual no cenário de maior impacto emocional negativo. Estes dados coadunam-se com o postulado pelo Modelo de Facilitação Simétrica e Dissociação da Ativação (Senos, 2008).
- Pensamento contrafactual e raciocínio causal: Efeito de facilitação recíproca e modelo de integraçãoPublication . Senos, Jorge; Garcia-Marques, TeresaA ideia central das teorias contrafactuais de causalidade consiste no argumento de acordo com o qual afirmações do tipo “o antecedente C causou o resultado E” podem ser explicadas em termos contrafactuais condicionais do tipo “se C não tivesse ocorrido, E não teria acontecido”. Esta linha de pensamento, com raízes na definição de causalidade proposta por David Hume (1748/1910) é central à análise de causalidade contida na teoria proposta por David Lewis (1973), à qual os desenvolvimentos da psicologia nesta área muito devem. Menos preocupada acerca do que é uma causa, do que como é que as pessoas inferem causalidade, a psicologia adoptou, com base no conceito de simulação mental de mundos alternativos, uma perspectiva contrafactual da causalidade, sublinhando que o pensamento contrafactual influencia de duas formas a produção de conclusões causais acerca dos acontecimentos (e.g. Kahneman & Miller, 1986) e das pessoas (e.g. Lipe, 1991). A primeira fonte de informação resulta de a reversão contrafactual dos acontecimentos indicar o candidato causal desses acontecimentos. Quando dizemos que “se tivesse conduzido com menos velocidade o acidente teria sido evitado”, revertendo mentalmente este acontecimento através da X remoção contrafactual do excesso de velocidade, indicamos que a causa desse acidente foi o excesso de velocidade. Uma segunda fonte de informação para a conclusão causal, resulta de o pensamento contrafactual se constituir como um teste de verdade causal. Se a remoção contrafactual de um antecedente não for capaz de reverter um acontecimento, estamos na presença de uma co-ocorrência e não de uma relação causal. Pelo contrário, se a remoção contrafactual de um antecedente se mostrar eficaz na remoção do acontecimento, então a relação estabelecida entre o antecedente e o acontecimento, é de natureza causal. Esta linha teórica encontrou, na psicologia, suporte experimental através dos estudos de Wells e Gavanski (1989), ao demonstrarem experimentalmente que as pessoas consideram mais causal o antecedente que mudam contrafactualmente no sentido de reverter os acontecimentos, revelando uma convergência de enfoque entre o pensamento contrafactual e a explicação causal sobre um mesmo antecedente. Adicionalmente, Roese & Olson (1997), usando um paradigma experimental de facilitação, demonstraram que a realização de uma tarefa contrafactual facilita a posterior inferência causal, reduzindo significativamente os tempos de latência necessários à conclusão causal. Todavia, esta posição teórica, apoiada nos resultados encontrados experimentalmente, não ficou isenta de controvérsia, tendo sido desafiada pelos resultados experimentais que demonstram a existência de dissociação de enfoque entre os dois processos. N’Gbala e Branscombe (1995) encontraram evidência experimental de que o pensamento contrafactual se centra em condições necessárias para a ocorrência dos acontecimentos, enquanto a causalidade se centra em antecedentes suficientes. Por XI seu lado, Mandel e Lehman (1996) vieram demonstrar que o pensamento contrafactual se centra em antecedentes controláveis, enquanto a explicação causal se centra em antecedentes que covariam com o resultado. Adicionalmente, N’Gbala e Branscombe (2003) argumentando que o pensamento contrafactual requer a existência de conhecimento causal prévio ao pensamento contrafactual, estabeleceram uma inversão da noção de dependência entre os dois processos, suportada por resultados experimentais que demonstram que a realização prévia de tarefas causais facilita a realização posterior de tarefas contrafactuais, mas não o contrário. Estas inconsistências experimentais são explicadas com recurso a diferentes posições teóricas que defendem dependência contrafactual da causalidade, num caso, e dependência causal do pensamento contrafactual, no outro. O presente trabalho, situa-se no quadro deste conflito teórico e empírico sobre a natureza da relação estabelecida entre o pensamento contrafactual e o raciocínio causal. Ao longo de um programa de investigação contendo seis experiências, foi produzida evidência empírica que permite concluir que: a) o pensamento contrafactual e o raciocínio causal se encontram igualmente acessíveis, desafiando o conceito de precedência de uma tarefa sobre a outra com base no conceito de diferente nível de complexidade; b) a realização prévia de uma tarefa facilita a realização posterior da outra, com igual magnitude, estabelecendo um efeito de facilitação simétrica, contrariando assim anterior evidência experimental que sustenta efeitos de facilitação XII assimétrica de um processo sobre o outro, mas não o inverso; c) o enfoque produzido pelos dois processos sobre os antecedentes dos acontecimentos não qualifica este efeito c) ambos os processos requerem e ancoram num mesmo contexto causal mas não um no outro. A integração geral dos resultados é feita com recurso à proposta de um modelo de integração entre o pensamento contrafactual e a inferência causal que, explicando o padrão de resultados encontrados, permite igualmente harmonizar diferentes perspectivas teóricas.
- Tényelleni (counter-factual) gondolkodás egyetemi tanulási kontextusbanPublication . Quelhas, Ana Cristina; Juhos, Csongor; Senos, JorgeMikor egy negatív élményt élünk át életünk során, gyakran gondolkozunk el azon, mennyire másképp alakulhattak volna a dolgok, ha akár csak a végeredményt megelőző egyetlen előzmény más lett volna. Az ilyen jellegű gondolatokat nevezzük tényelleni (counter-factual) gondolatoknak: ezek olyan mentális alternatívát nyújtanak számunkra a valósággal szemben, amely jellegénél és idődimenziójánál fogva kitágítja kognitív és érzelmi tapasztalatainkat a valós határokon túl.