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- Crenças face à conjugalidade e parentalidade na Ilha de S. Vicente - Cabo VerdePublication . Silva, Henriqueta Maria Timóteo LeitãoUma intervenção mais eficaz ao nível da família pressupõe possuir informação adequada relativamente à população em causa. Em Cabo Verde, país do espaço lusófono, não existem estudos sobre conjugalidade e parentalidade. É premente o iniciar de um processo de recolha sistemática e cientifica de informação. Este trabalho constitui-se como uma primeira abordagem destas questões. A aquisição de conhecimento nesta área e a avaliação da pertinência dos dados obtidos é uma das principais metas a atingir. Estudo com um carácter exploratório sendo, num primeiro momento, descritivo e, num segundo, comparativo. Pretendeu-se descrever as crenças face à conjugalidade e parentalidade que jovens e adultos cabo-verdianos residentes na ilha de São Vicente possuem acerca da sociedade cabo-verdiana. Procurou-se compará-las em função do sexo, idade, habilitações literárias, profissão, estado civil, ter ou não filhos, religião e entre os grupos de sujeitos nascidos após ou antes da independência. Teve por base uma amostra não probabilística, de conveniência, constituída por 371 sujeitos com idades compreendidas entre os 15 e os 66 anos e média de 32 anos (67.7% do sexo feminino e 32.3% do masculino), de ambos os sexos, com diferentes níveis de escolaridade, profissões e confissões religiosas. Utilizou-se um protocolo de investigação constituído por um Questionário de Caracterização Sócio-Demográfica e um Questionário de Crenças face à Conjugalidade e Parentalidade com 41 itens tipo Likert. Este foi construído tendo em mente a cultura em estudo. A análise factorial efectuada permitiu a extracção de 11 factores, chegando-se a uma solução com 34 itens. Considerou-se esta fase como exploratória devendo o instrumento, em outro momento, ser refinado. Os resultados demonstraram que características individuais, aspectos económicos e exigências ecológicas determinam as crenças desenvolvidas face a alguns aspectos da conjugalidade e da parentalidade. Isto reforça a necessidade do delinear de programas de prevenção e intervenção adequados às construções da realidade prevalecentes nas comunidades.
- Vinculação pré-natal: Estudo da ligação emocional ao bebé em mulheres e homens grávidosPublication . Figueiredo, Margarida Inês das Neves Logrado deA gravidez é uma experiência única que corresponde a uma fase de mudança e de enriquecimento no ciclo de vida de um casal e de uma família. No seu decurso, os pais adquirem novos conhecimentos e competências que os preparam para a transição que vai ocorrer nas suas vidas: a possibilidade de se tornaram pais. Durante este tempo uma nova ligação se vai delineando e intensificando, num cruzamento de ritmos e numa troca de sinais, num conjunto de investimentos afectivos e numa vivência de representações. Trata-se da ligação afectiva da mãe e, também, do pai ao feto, que tem sido reconhecida como um dos processos mais importantes deste tempo, com base na qual se desenvolvem pensamentos e sentimentos em relação ao filho que vai nascer. Esta ligação tem sido alvo de interesse por parte de alguns autores que a procuram conhecer e definir. Surgem conceitos como ligação materno-fetal (Mendes, 2002), maternal-fetal attachment (Cranley, 1981) ou antenatal attachment (Condon, 1993), que reflectem comportamentos representativos de um vínculo afectivo e que falam deste vínculo como a forma mais precoce e mais básica da intimidade humana (Condon & Corkindale, 1997). No entanto, a tónica tem sido sobretudo colocada no estudo das mães e menos dos pais. Partilhamos deste interesse na exploração e aprofundamento desta ligação emocional ao feto, não só no caso das mães mas também em relação aos pais. Deste modo, e tendo em conta que são escassas as investigações a nível nacional que se debruçam sobre o tema, sobretudo com o grupo de pais, e, também, pelo facto de não terem sido encontrados no nosso país trabalhos neste campo com amostras de risco, procuramos com o presente trabalho conhecer as características da vinculação pré-natal em mães e em pais, que se enquadram numa condição gravídica normal ou com algum risco associado, assim como avaliar os factores que a influenciam. Para o efeito utilizámos a escala Antenatal Emotional Attachment Scale, da autoria de John Condon (1993), numa amostra heterogénea de 630 Participantes. A mesma é composta por 434 mães e 196 pais, que esperam um filho, e inclui diferentes tipos de gravidez, de acordo com uma condição normal ou com risco associado (adolescência; idade tardia; toxicodependência; doenças da mãe, destacando-se a diabetes gestacional e a hipertensão; problemas associados com o feto, com a gravidez actual ou com a gravidez anterior). O processo de recrutamento foi efectuado por conveniência da população em geral, em Instituições de fácil acesso para os investigadores, situadas na área geográfica de Almada. Tendo em conta as características da amostra em estudo foi, também, nosso objectivo proceder a uma adaptação do instrumento escolhido para esta população, por recurso à análise factorial exploratória de modo a serem verificados os factores que emergiam e como se relacionavam. A partir da análise factorial, os resultados obtidos com rotação varimax permitiram constituir uma escala cuja característica de validade aponta para um coeficiente elevado e indicador de pertinência do instrumento - alpha de cronbach de 0.80 e 0.81, para a versão materna e paterna da escala, respectivamente. As possibilidades encontradas, com base na análise de variância explicada, permitiram a extracção de quatro factores ou dimensões para cada uma das versões materna e paterna da escala. Os resultados obtidos com base numa análise inferencial indicam a presença de uma vinculação pré-natal muito positiva, tanto no grupo das mães como no grupo dos pais, embora com níveis mais elevados no primeiro. Sugerem que os níveis de vinculação pré- natal são significativamente mais baixos no grupo de toxicodependentes (tanto nas mães como nos pais), seguindo-se o grupo de grávidas em idade tardia (apenas no grupo das mães). À excepção destes grupos, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas em qualquer dos restantes. A partir da análise dos resultados, parece que ambos os pais consideram o feto como um ser individual e demonstram para com ele vários comportamentos que se relacionam com uma ligação afectiva. No contexto desta ligação, os dados que se relacionam com os sonhos sobre o bebé e a gravidez destacaram-se pela apresentação de valores mais baixos. Os resultados apontam ainda para a inexistência de um padrão de evolução concordante entre a vinculação pré-natal e a idade materna/paterna. Indicam que à medida que a idade gestacional aumenta os níveis de vinculação pré-natal também aumentam. Destacam uma ausência de diferenças estatisticamente significativas entre o grupo de mães primíparas e o grupo de mães multíparas. Contudo, evidencia a presença de diferenças no grupo dos pais que sugerem que aqueles que vão ser pais pela primeira vez apresentam níveis de vinculação pré-natal mais elevados. Para as variáveis profissão, nível de escolaridade e estado civil não foi encontrada uma relação entre as mesmas e os níveis de vinculação pré-natal. Em conclusão, os participantes da nossa amostra encontram-se, de um modo geral, afectivamente envolvidos e ligados ao bebé durante a gravidez.
- Feeding behaviour of the bottlenose dolphin, Tursiops truncatus ( Montagu, 1821 ) in the Sado estuary, Portugal, and a review of its prey speciesPublication . Santos, Manuel Eduardo dos; Coniglione, Chiara; Louro, SóniaComportamento alimentar do golfinho-bico-de-garrafa, Tursiops truncatus ( Montagu, 1821 ) no estuário de Sado, Portugal e uma revisão de suas espécies de presas. O objetivo desse artigo é apresentar a informação disponível acerca do comportamento alimentar e da dieta dos golfinhos-bico-de-garrafa residentes no estuário de Sado, em Portugal. Os golfinhos-bico-de-garrafa são predadores oportunistas, com uma dieta diversificada que inclui crustáceos, cefalópodes e peixes pelágicos e bentônicos, de acordo com a disponibilidade e abundância. A observação direta dos comportamentos alimentares, apoiada por registros fotográficos e videofotográficos, permitiu a identificação de algumas das espécies de presas do golfinho desta região, nomeadamente a enguia-europeia, taínhas, o choco-comum e o polvo. Uma lista de espécies de presas mais comuns dos golfinhos-bico-de-garrafas em diversas regiões foi comparada com as espécies de peixes e cefalópodes que ocorrem no estuário do Sado. Esta comparação levou à uma elaboração de uma lista adicional de espécies que provavelmente também são presas dos golfinhos na região. A observação de comportamentos alimentares foi mais frequente nas partes mais rasas da área de estudo, onde deverá ser mais fácil encontrar e capturar presas.
- Phylogeography and historical demography of the warm water costal fish of the Azores in the context of the recent evolution of the Atlantic and MediterraneanPublication . Domingues, Vera dos Santos; Santos, Ricardo SerrãoIn this thesis the evolutionary relationships of the inshore fish fauna of the northeastern Atlantic and Mediterranean were assessed. Twelve coastal fish species from six families: Blenniidae, Labridae, Pomacentridae, Scaridae, Sparidae and Tripterygiidae, were studied using mitochondrial and nuclear molecular markers. Results were analyzed applying phylogeographic and histórical demography approaches. Species revealed four distinct phylogeographic patterns that were supported by genetic diversity and demographic parameters of the different populations: i) two distinct groups of populations (sometimes considered different species), one including the Mediterranean and the Atlantic coast of western Europe, and another including the Atlantic archipelagos of Canaries, Madeira and Azores (Chromis chromis/ C. limbata, Parabiennius sanguinolentus/ P. parvicornis and the two lineages of Trípterygion delaisi); ii) no appreciable genetic differentiation between any of the populations (Sparisoma cretense, Thalassoma pavo and Diptodus sargus); iií) marked differentiation of the Azorean population (Lipophrys phoíis and Coryphoblennius galeríta) and a clear divergence between Mediterranean and western European íocations as well as Madeira and Canaries (Coryphoblennius galeríta); and iv) one form in the Mediterranean and in the northeastern Atlantic coast (Parabiennius gattorugine) and another one in the Atlantic islands and European coasts (R ruber), thus in sympatry with P. gattorugine. These distinct phylogeographic patterns can be explained by a cornbination of differential effects of the Pleistocene glaciations in several areas of the Atlantic and Mediterranean and the particular thermal tolerances and dispersal capabilities of the species. The species conforming to the first pattern are warm water species that would not have been able to survive the colder glacial periods in the more affected areas such as western Europe,. eastern Canaries, the Azores and most of the Mediterranean. These species might have survived the cold periods in warmer refuges such as Madeira, the western Tropical coast of África and some southern pockets of the Mediterranean. After warmer conditions were restored, fishes surviving the glaciations in the western Tropical coast of África would have expanded northwards colonizing the northern coast of África and the Macaronesian islands, while fishes from the south of Mediterranean invaded the entire Sea and the adjacent European Atlantic coast. Isolation between the two refuges might have promoted divergence and eventually speciation. Colonization of the Azores woulid have been possible by fishes that survived in Madeira, and also in the western coast of África, with the intermediate islands of Canaries and Madeira acting as stepping stones. Species that conform to the pattern of no genetic differentiation among the populations are species with higher dispersal ability, which might have promoted a very fast mixing of the populations after warmer conditions were restored, erasing the signs of population differentiation. The third pattern was depicted for the two cold-water species studied. These species might have persisted during the Pleistocene cooling episodes in the less affected areas, among which are the Azores. The long term persistence of these species coupled with their limited dispersal ability Vera S. Domingues would have promoted the genetic differentiation of the more isolated locations such as the Azores and the Mediterranean. The fourth pattern pointed to a speciation in the Azores or Madeira followed by an invasion of the European shores. Concerning the Atiantic-Mediterranean transition, only one species, the blennild Coryphoblennius galerita, showed a clear and strong genetic differentiation between the two basins, that was accompanied by morphological differentiation. Historical isolation caused by sea level lowering at the Gibraltar Strait during the Pleistocene glaciations might have promoted the divergence between the two basins. The complex pattern of gyres and eddies of the Alboran sea can also constitute an effective physical barrier between the two regions. Other factors such as rirval behavior and the superficial currents during C. gaíeríta's spawning season my also have influenced the segregation of the two divergent lineages. Within the Mediterranean Thaíassoma pavo and Chromis chromis showed a restriction to gene flow south of the Greek Peloponnese, where a permanent anticyclonic gyre has been identified. This study contributes to further our knowledge on the evolutionary relationships of the coastal fauna of the Atlantic-Mediterranean, pointing out that features like thermal tolerances and dispersal ability of the species are amongst the important forces shaping the phylogeographic patterns of the species. ------ RESUMO ------ Nesta tese são analisadas as relações evolutivas da fauna piscícola costeira do Atlântico nordeste e do Mediterrâneo. Foram estudadas doze espécies de peixes costeiros pertencentes a seis famílias: Bienníidae, Labridae, Pomacentridae, Scaridae, Sparidae e Tripterygiidae, utilizando marcadores moleculares mitocondriais e nucleares. Os resultados foram analisados através de métodos filogeográficos e de demografia histórica. As espécies revelaram quatro padrões filogeográficos distintos, suportados peias diversidades genéticas e demografias históricas das diferentes populações: i) dois grupos distintos de populações (por vezes considerados espécies diferentes), um incluindo o Mediterrâneo e a costa oeste europeia, e outro incluindo os arquipélagos atlânticos das Canárias, Madeira e Açores {Chromis chromis/ C. limbata, Parablennlus sanguinolentus/ P. parvicornis e as duas linhagens de Trípterygion delaisi); ii) ausência de diferenciação genética entre as populações (Sparísoma cretense, Thalassoma pavo e Diplodus sargus); iií) acentuada diferenciação da população dos Açores (Lipophrys pholis e Coryphoblennius galeríta) e uma divergência clara entre o Mediterrâneo e o oeste europeu, bem como a Madeira e Canárias {Coryphoblennius galeríta); e iv) uma forma no Mediterrâneo e costa atlântica nordeste (Parablennius gattorugine) e outra nas ilhas atlânticas e na costa europeia [P. ruber), em simpatria com P. gattorugine. Estes padrões filogeográficos distintos podem ser explicados pela combinação dos efeitos diferenciados das glaciações do Pleístocénio em várias áreas do Atlântico e do Mediterrâneo com as tolerâncias térmicas e capacidades de dispersão das diferentes espécies. As espécies que se enquadram no primeiro padrão são espécies de água quente que durante os períodos glaciares mais frios não poderiam ter sobrevivido nas áreas mais afectadas como o oeste europeu, as ilhas este das Canárias, os Açores e a maior parte do Mediterrâneo. Estas espécies devem ter sobrevivido os períodos frios em refúgios mais quentes como a Madeira, a costa Tropical oeste de África e algumas bolsas de água mais quente a sul do Mediterrâneo. Após as condições mais quentes terem sido repostas, os peixes que sobreviveram às glaciações na costa Tropical oeste de África, ter-se-ão expandindo para norte, colonizando a costa norte de África e as ilhas da Macaronésia, enquanto que os peixes do sul do Mediterrâneo terão invadido todo este mar e a costa atlântica europeia adjacente, O isolamento dos dois refúgios deverá ter promovido divergência e eventualmente especiação. A colonização dos Açores deverá ter sido possível por peixes que sobreviveram na Madeira e também na costa oeste Africana, com as ilhas intermédias das Canárias e Madeira a actuar como stepping stones. As espécies que se enquadram no padrão de inexistente diferenciação populacional são espécies com maior capacidade de dispersão, o que terá permitido uma mistura rápida das populações após as condições mais quentes terem sido repostas, eliminando quaisquer sinais de diferenciação populacional. O terceiro padrão foi identificado para os duas espécies de água fria estudados. Estas espécies deverão ter persistido nas áreas menos afectadas, incluindo os Açores, durante os períodos frios do Pleistocénio. A persistência prolongada deste peixes, bem como a sua reduzida capacidade Vera S. Dorningues de dispersão terão promovido a diferenciação genética das regiões mais isoladas como os Açores e o Mediterrâneo. O quarto padrão aponta para um fenómeno de especiação nos Açores ou na Madeira, e posterior invasão das costas europeias. No que respeita à transição entre o Atlântico e o Mediterrâneo, apenas uma espécie, o biénio Coryphoblennius gaieríta, mostrou uma clara e forte diferenciação genética entre as duas bacias, acompanhada por diferenciação morfológica. O isolamento histórico causado pela redução do nível do mar no Estreito de Gibraltar durante as glaciações do Pleistocénio, poderá ter promovido a divergência entre as duas bacias. O padrão complexo de redemoinhos do Mar Alboriano pode também constituir uma barreira física efectiva entre as duas regiões. Outros factores como o comportamento larvar e as correntes superficiais durante a época de reprodução de C. gaieríta, podem ter também influenciado a segregação das duas linhagens divergentes. Dentro do Mediterrâneo, Thalassoma pavo e Chromis chromis revelaram a existência de restrição ao fluxo genético a sul da Peloponésia grega, onde um gyre anticiclónico foi identificado, Este estudo contribui para alargar o nosso conhecimento acerca das relações evolutivas da fauna costeira do Atlântico-Mediterrâneo, e aponta características como a tolerância térmica e capacidade de dispersão das espécies, como forças importantes para o delinear de padrões filogeográficos das espécies.
- Profiling: Uma técnica auxiliar de investigação criminalPublication . Correia, Elisabete; Lucas, Susana; Lamia, AliciaNo domínio da Psicologia Forense emerge uma nova técnica de investigação criminal – o profiling – e destaca- se, por consequente, um tipo de investigador novo – o profiler. Para definir o profiling é necessário considerar o contributo das várias abordagens internacionais que permitem compreender a utilidade e a aplicabilidade desta técnica. O que se constata é uma complementaridade dos diferentes métodos. Portanto, uma abordagem colectiva e pluridisciplinar pode optimizar as probabilidades de sucesso pericial e aumentar a força probante da perícia em criminologia, vitimologia e profiling, com fins preventivos.
- Acoustic signalling during courtship in the painted goby, Pomatoschistus pictusPublication . Amorim, Maria Clara Pessoa; Neves, A. S. M.Gobies emit sounds during different stages of reproduction, including courtship, pre-spawning events (in the nest) and spawning. The breeding sounds of the painted goby Pomatoschistus pictus and associated courtship behaviour were recorded in captivity and described for the first time. Males emitted thump-like sounds mainly when displaying alone in the nest and produced drumming sounds outside the nest. Thumps have never been reported for other species of the genus Pomatoschistus. Thumps were short (~80 ms) very-low frequency (below 100 Hz) non-pulsed sounds, whereas drums were longer (hundreds of ms) and consisted of low frequency (~300 Hz) pulse trains. Thump characteristics varied significantly among males but also showed high within-male variability. The frequency of thump emissions and courtship behaviour (total number of courtship displays, lead and nest display) were positively correlated with male size but not with male somatic condition. Thump bursts emitted during nest displays were significantly longer than when emitted with other behaviours. These results suggest that larger males courted females more intensively, both with visual and acoustic displays, than smaller ones.
- Género e saúde mental: Uma abordagem epidemiológicaPublication . Rabasquinho, Cidália; Pereira, Henrique MarquesAvaliou-se sob o ponto de vista epidemiológico diferenças entre homens e mulheres que procuraram os serviços das consultas externas da especialidade de Psicologia do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital Distrital Amato Lusitano de Castelo Branco, relativamente à psicopatologia apresentada, tipo de intervenção solicitada, psicofármacos prescritos, funcionalidade familiar, familiares com doença mental, tentativas de suicídio. Relacionaram-se outras variáveis demográficas com a psicopatologia apresentada, numa amostra representativa da população resultante em 483 utentes seleccionados aleatoriamente dum total de 2447 que usufruíram destes serviços entre Maio de 1984 e Maio de 2005. Foram encontradas diferenças de género para todas as categorias diagnosticadas, à excepção da esquizofrenia. Os resultados obtidos revelaram vulnerabilidade marcante a sintomas ansiosos e depressivos para a mulher, já que se obtiveram taxas de prevalência mais elevadas para o género feminino em perturbações como o Humor (20,5%): mulheres (M) 72%, homens (H) 38%; Ansiedade (11,2%): M – 64%, H – 36%; Adaptação a situações de vida stressantes (22,8%): M – 77,3%, H – 22,7%; Somatoformes (0,4%): M – 89%, H – 11%. Enquanto os homens apresentaram taxas de prevalência mais elevados em transtornos como os associados ao uso de substâncias psicoactivas, álcool (9,3%): (H – 86,7%, M – 13,3%); drogas ilegais (2,5%): H – 55%, M – 45%; comportamentos anti-sociais (1,9%): (H – 67%, M – 33%). Os resultados encontrados levam a concluir não haver diferenças significativas de género nas perturbações psiquiátricas nas populações investigadas, mas sim diferenças nas taxas de “perturbações específicas”, resultados que vão ao encontro dos de outros estudos clínicos.
- Estou caidinho(a) por ti. Concepção e validação do Índice do Sentimento C (“estar caidinho por...”)Publication . Rodrigues, David; Garcia-Marques, TeresaO fenómeno geral de atracção interpessoal é complexo e transversal a diferentes sentimentos de cariz positivo (e.g., paixão, amor, atracção sexual), sendo normalmente associado ao conceito de atitude. Interessa-nos especificamente estudar o sentimento de “estar caidinho por...”, ou seja, o sentimento subjacente à atracção que pode ser continuada no tempo sem interferências na vida amorosa das pessoas, ou que pode ser despoletado num primeiro momento em que não conhecemos ou sabemos o suficiente sobre a pessoa. Estudos prévios permitiram analisar o sentimento de atracção inicial e construir o Índice de Atracção Inicial (IAI), desenvolvido para aceder à atracção sentido num primeiro momento de contacto entre duas pessoas. A medida revelou possuir boas propriedades métricas, bem como a capacidade para discriminar alvos associados a relacionamentos interpessoais com diferentes graus de atracção interpessoal. O presente estudo foca o processo associado à redução e adequação desta medida, com base nos dados anteriormente recolhidos, a este sentimento de “estar caidinho por...” (Sentimento C). Após a sua concepção, o Índice do Sentimento C (Índice C) foi igualmente submetido a uma análise das suas propriedades métricas, considerando um alvo de atracção (Estudo 1) ou uma pessoa desconhecida (Estudo 2). Discutiremos a necessidade e importância de uma medida como o Índice C para o campo de estudo da atracção interpessoal.
- Normas de completamento de radicais de palavras portuguesasPublication . Pimentel, Eduarda; Albuquerque, Pedro B.O uso da memória implícita revela-se quando o desempenho numa tarefa é facilitado mesmo na ausência de recordação consciente da experiência prévia (Graf & Schacter, 1985). Grande parte da investigação sobre a recuperação não consciente baseou-se na utilização de tarefas de memória implícita que têm vindo igualmente a ser utilizadas no estudo da produção não consciente de memórias falsas no paradigma DRM (Deese, 1959; Roediger & McDermott, 1995). Este procedimento experimental consiste na apresentação de listas de palavras associadas a uma palavra-chave não apresentada, designada de item crítico, seguida de tarefas de evocação e/ou reconhecimento. O presente estudo debruça-se sobre a construção de normas de completamento de 223 radicais de palavras portuguesas, elaboradas a partir de listas de associados criadas de raiz para o contexto português (Albuquerque, 2005). O material aqui apresentado poderá ser usado em vários estudos, nomeadamente os que envolvam tarefas de memória implícita de completamento de palavras.
- Competências psicológicas nos atletas de Jiu-jitsu participantes do 3º campeonato europeuPublication . Moraes Filho, João Alves deO presente estudo teve por objectivo analisar as competências psicológicas de atletas de Jiu-jitsu participantes do 3o Campeonato Europeu da modalidade. Participaram no estudo 115 atletas de diferentes nacionalidades, com idades entre os 18 e os 32 anos (25,75±3,01), os quais responderam a um questionário que, para além de algumas questões relativas a dados demográficos (e.g., idade) e desportivos (e.g., graduação e peso), incluía também a versão portuguesa do Test of Performance Strategies (TOPS; Thomas et al., 1999). A análise dos resultados revelou que, nos treinos, os atletas utilizavam mais a Formulação de Objectivos, a Activação e o Controlo Emocional, enquanto as competências menos referidas foram o Relaxamento, a Automaticidade e a Visualização Mental. Em competição os atletas utilizavam mais a Formulação de Objectivos, a Activação e o Controlo Emocional e menos os Pensamentos Negativos, a Automaticidade e a Autoverbalização. A Automaticidade era significativamente mais utilizada no treino do que na competição, e o Relaxamento, a Visualização Mental e a Activação eram mais usadas na competição do que no treino. No que respeita à análise em função dos anos de prática, os atletas com menos de quatro anos de prática, no treino, empregavam mais frequentemente a Formulação de Objectivos, o Controlo Atencional e a Autoverbalização, sendo as competências menos referidas o Relaxamento, a Automaticidade e a Activação; na competição, estes atletas recorriam mais à Formulação de Objectivos, à Activação e à Visualização Mental e menos aos Pensamentos Negativos, à Automaticidade e à Autoverbalização. Os atletas com quatro ou mais anos de prática, no treino, recorriam mais à Formulação de Objectivos, ao Controlo Emocional e ao Controlo Atencional e menos ao Relaxamento, à Automaticidade e à Visualização Mental; na competição, este grupo referiu utilizar mais a Formulação de Objectivos, a Activação e o Controlo Emocional e menos os Pensamentos Negativos, a Automaticidade e a Autoverbalização. Não foram encontradas diferenças significativas nas competências psicológicas usadas no treino pelos atletas com menos de quatro anos de prática e com quatro ou mais anos de prática; na competição, os Pensamentos Negativos eram significativamente mais usados pelos atletas com menos de quatro anos de prática. Em relação às categorias de peso, as competências psicológicas que os atletas da categoria Leve mais usavam no treino eram a a Formulação de Objectivos, o Controlo Atencional e a Autoverbalização e as menos utilizadas o Relaxamento, a Automaticidade e o Controlo Emocional; as competências psicológicas mais utilizadas na competição eram a Formulação de Objectivos, a Activação e a Visualização Mental e as menos utilizadas os Pensamentos Negativos, a Automaticidade e o Controlo Emocional. Os atletas da categoria Médio, no treino, usavam mais a Formulação de Objectivos, o Controlo Atencional e o Controlo Emocional e menos o Relaxamento, a Visualização Menta! e a Autoverbalização; na competição recorriam mais à Activação, Formulação de Objectivos e Controlo Emocional e menos aos Pensamentos Negativos, Automaticidade e Autoverbalização. Os atletas da categoria Pesado empregavam mais, no treino, o Controlo Emocional, a Formulação de Objectivos e a Automaticidade e menos o Relaxamento, a Activação e a Autoverbalização; na competição, utilizavam mais frequentemente a Formulação de Objectivos, a Activação e o Relaxamento e com menos frequência os Pensamentos Negativos, a Automaticidade e a Visualização Mental. No treino, o Controlo Emocional era mais utilizado pelos atletas da categoria Pesado do que pelos da categoria Leve e o Controlo Atencional era mais utilizado pelos atletas da categoria Médio do que pelos da categoria Pesado; na competição, não foram encontradas diferenças significativas nas competências psicológicas usadas pelos atletas das três categorias de peso. No que concerne à análise em função da nacionalidade, os resultados mostraram que os atletas do Brasil utilizavam mais, nos treinos, a Formulação de Objectivos, o Controlo Emocional e o Controlo Atencional e as competências menos utilizadas foram o Relaxamento, a Automaticidade, a Visualização Mental e a Activação; na competição, os atletas brasileiros utilizavam mais a Activação, a Formulação de Objectivos e o Controlo Emocional e menos os Pensamentos Negativos, a Automaticidade e a Autoverbalização. Os atletas da Europa, nos treinos, utilizavam mais a Formulação de Objectivos, o Controlo Atencional e a Autoverbalização, sendo as competâncias menos usadas o Relaxamento, a Automaticidade e a Visualização Mental; na competição, recorriam mais à Activação, Formulação de Objectivos e Autoverbalização e menos aos Pensamentos Negativos, Automaticidade e Relaxamento. Não foram encontradas diferenças significativas nas competências psicológicas usadas no treino pelos atletas brasileiros e europeus; na competição, os Pensamentos Negativos eram mais referidos pelos atletas europeus que pelos brasileiros. Relativamente aos resultados dos atletas em função da sua graduação, nos treinos, os atletas de Faixa Branca faziam mais uso do Controlo Emocional, da Autoverbalização e da Formulação de Objectivos e menos do Relaxamento, Automaticidade e Activação; as competências psicológicas mais utilizadas na competição eram a Formulação de Objectivos, a Activação e o Controlo Emocional e as menos utilizadas os Pensamentos Negativos, a Automaticidade e a Autoverbalização. As competências psicológicas mais utilizadas no treino pelos atletas de Faixa Azul eram a Formulação de Objectivos, o Controlo Atencional e o Controlo Emocional e as menos utilizadas o Relaxamento, a Automaticidade e a Visualização Mental; na competição, estes atletas recorriam mais à Formulação de Objectivos, à Activação e à Visualização Mental e menos aos Pensamentos Negativos, ao Relaxamento e à Automaticidade, Os atletas de Faixa Roxa, no treino, usavam mais o Controlo Emocional, o Controlo Atencional e a Formulação de Objectivos e menos o Relaxamento, a Automaticidade e a Activação; na competição, recorriam mais à Formulação de Objectivos, à Activação e ao Relaxamento e menos aos Pensamentos Negativos, à Automaticidade e à Visualização Mental. As competências psicológicas mais utilizadas no treino pelos atletas de Faixa Castanha eram a Formulação de Objectivos, o Controlo Atencional e o Controlo Emocional e as menos utilizadas o Relaxamento, a Automaticidade e a Visualização Mental; na competição, usavam mais a Formulação de Objectivos, a Activação e o Controlo Emocional e menos os Pensamentos Negativos, a Automaticidade e o Relaxamento. As competências psicológicas mais utilizadas no treino pelos atletas de Faixa Preta eram a Formulação de Objectivos, o Controlo Emocional e o Controlo Atencional e as menos utilizadas o Relaxamento, a Activação e a Visualização Mental; as competências psicológicas mais utilizadas na competição eram a Formulação de Objectivos, a Activação e o Relaxamento e as menos utilizadas os Pensamentos Negativos, a Automaticidade e a Autoverbalização. Não foram encontradas diferenças significativas nas competências psicológicas usadas no treino pelos atletas de diferentes graduações (Faixas); na competição, o Relaxamento era significativamente mais usado pelos atletas de Faixa Preta do que pelos de Faixa Azul e os Pensamentos Negativos eram mais utilizados pelos atletas de Faixa Azul do que pelos de Faixa Castanha.