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PCOG - Tese de doutoramento

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  • Feelings as direct information of our action capabilities
    Publication . Rosa, Cristina Fonseca; Garcia-Marques, Teresa
    A percepção destinada a guiar a ação é um processo ativo e contínuo em que os atores ressoam suas características corporais para medir constantemente as relevantes propriedades físicas do meio ambiente. Ao invés de serem guiadas por nossas crenças, nossas ações são guiadas por affordances. Ou seja, as oportunidades de ação que emergem do sistema atorambiente e que são limitadas pelas nossas capacidades de ação - os limites dinâmicos do nosso corpo que estão intrinsecamente relacionados aos estados morfológicos, fisiológicos e psicológicos do corpo. Aqui analisamos as evidências que demonstram que somos sensíveis e que acessamos informações sobre nossos limites de ação para antecipar ou realizar ações reais. Nosso objetivo é entender como os atores são informados sobre seus próprios limites de ação quando uma oportunidade de ação emerge. Por exemplo, como os atores que rastreiam visualmente uma bola a reduzir o tamanho são informados de que o tamanho da bola se encaixa (ou não) nas mãos quando estimando a agarrabilidade da bola? Nesta tese abordamos diretamente a hipótese de que os sentimentos que surgem como parte de qualquer processo cognitivo são integrados como informações não-visuais sobre nossos limites de ação. Assumindo a perspectiva da incorporação (a integração da informação sensório-motora como moldando e integrando a cognição), combinamos dois quadros teóricos distintos e relevantes para investigar nossa hipótese: a teoria das affordances (Gibson, 1979) e a abordagem do sentimento-como-informação para o julgamento e tomada de decisão (Clore, 1992; Schwarz & Clore, 1983). A primeira teoria torna claro como as capacidades de ação estão intrínsecamente relacionadas à nossa percepção do entorno em termos de possibilidades de ação. A segunda abordagem mostra como sentimentos positivos e negativos informam o processamento em termos de custos e benefícios quando na interação com o contexto. Em três artigos, testamos se os sentimentos informam nossas capacidades de ação. No primeiro artigo, examinamos se os casos anedóticos que sugerem a decisão dos atletas com base em sentimentos apresetam suporte fenomenológico. Em um estudo de campo que aplicou o método correlacional, encontramos evidências de que peritos jogadores de futsal se reconhecem como confiando em sentimentos em contraposição à experiência de pensamento deliberativo, principalmente em situações de jogo categorizadas por eles como imprevisíveis, complexas e dinâmicas. No segundo trabalho, iniciamos nossa série de investigações de laboratório, primeiro rastreando a atividade muscular do corrugador e do zigomático (índice de experiência afetiva negativa e positiva) numa configuração de capacidade de ação. Os resultados indicam que uma experiência de negatividade parece ser subjacente às estimativas baseadas em ações, uma vez que o músculo corrugador é ativado somente quando os atores precisam realizar acoplamento perceptual-motor para eventos dinâmicos, mas não quando eles apenas apreendem os mesmos eventos. Em adição, uma manipulação subliminar de primação afetiva indica que esse resultado não se deve apenas ao processo atencional. No terceiro artigo, replicamos a manipulação afetiva e, mais uma vez, descobrimos que ela promove mudanças confiáveis nos limites de ação percebidos pelos participantes. Isso ocorreu especialmente quando restringimos o tempo e os movimentos do corpo. Juntos, esses achados sugerem que os sentimentos têm um papel nas estimativas baseadas em ações e em nossos limites de ação percebidos. Estes dados estendem a abordagem do sentimento-como-informação aos julgamentos que acoplam percepção-ação. Estudos futuros devem esclarecer melhor a natureza desse papel.
  • Efeitos da familiaridade em julgamentos de duração
    Publication . Fernandes, Alexandre; Garcia-Marques, Teresa
    A familiaridade tem o efeito de dilatar a nossa experiência subjetiva da duração de um estímulo ou evento. Este efeito tem sido essencialmente associado a dois níveis de alterações no processamento de propriedades não-temporais do estímulo: a eficiência no processamento dessas informações, e a experiência subjetiva de fluência desse mesmo processamento. Os trabalhos desenvolvidos nesta tese tiveram como principal objectivo contrastar as duas explicações teóricas que se sustentam nessas vias de processamento, mas até aqui sem fundamentação empírica. Nomeadamente, uma hipótese atencional, enquadrada em modelos dedicados de processamento de informação (i.e., relógio-interno) no campo da percepção de tempo, e uma hipótese atribucional de fluência, enquadrada em modelos generalistas de decisão e julgamento. Num primeiro estudo meta-analítico, integrando a literatura experimental sobre o efeito da familiaridade, demonstrámos a sua consistência e validade. Além disso demonstramos que este é moderado pela duração objectiva dos estímulos suportando processos de interferência exógena na atenção seletiva à informação temporal. No entanto o efeito não parece ser moderado por tarefas concorrentes. Dados de um segundo estudo experimental oferecem porém evidencias de efeitos de distribuição de recursos cognitivos com um papel no processo associado ao efeito de familiaridade. Isto dado o papel que a sensibilidade ou discriminação temporal exerce sobre o efeito (apenas previsto pelos modelos de relógio-interno para alterações associadas à distribuição de recursos atencionais). Adicionalmente, os dados do estudo meta-analítico sugerem que os efeitos da familiaridade ocorrem quando a informação temporal é mais difícil de discriminar, o que está concordante com o uso metacognitivo da experiência de fluência para desambiguar a informação do julgamento corrente. Num terceiro estudo, corroborámos a hipótese-atribucional para o efeito de familiaridade nos julgamentos de duração ao demonstrar que este é mediado pela atividade dinâmica do músculo zigomático major associado a afetos positivos próprios da experiência de fluência. Neste estudo os indicadores atencionais (i.e., atividade do corrugador superciliar e da frequência cardíaca) não parecem estar associados à emergência do efeito. Adicionalmente, testamos a hipótese do efeito de familiaridade poder ser explicado por modelos puros de fluência perceptiva. Para o efeito contrastámos meta-analiticamente efeitos de familiaridade, que agrega componentes de fluência perceptiva e conceptual, com manipulações puramente perceptivas. Como esperado o efeito é replicado com as manipulações de fluência perceptiva. No entanto, constatámos que outros indicadores derivados dos pressupostos dos modelos de fluência, nomeadamente, efeitos de discrepância e de correção da atribuição, se verificaram apenas para a fluência perceptiva, sugerindo que os efeitos de familiaridade não se resumem a efeitos de fluência. Tomados em conjunto estes dados sustentam que o efeito de familiaridade emerge por uma convergência de processos que ocorrem através de múltiplas vias. Apontamos portanto para a necessidade de uma complementaridade dos modelos na compreensão dos processos subjacentes ao efeito dafamiliaridade.
  • Contraexemplos e raciocínio dedutivo
    Publication . Couto, Marta Barley de La Cueva; Quelhas, Ana Cristina; Byrne, Ruth M. J.
    Este trabalho foi desenvolvido com o objectivo de contribuir para uma compreensão mais alargada do modo como os sujeitos utilizam os contraexemplos no raciocínio condicional, quando são utilizados conteúdos que remetem para situações comuns do quotidiano. Não existem dúvidas de que as pessoas são capazes de recuperar contraexemplos, vários estudos atestam esta capacidade (e.g. Couto, Quelhas & Juhos, 2010; De Neys & Everaerts, 2008; De Neys, Schaeken & D’ydewalle, 2002; Neys, Schaeken & d'Ydewalle, 2003b;Verschueren, Schaeken, De Neys & d'Ydewalle, 2004). No entanto, a forma como os sujeitos recuperam e utilizam contraexemplos, carece ainda de esclarecimentos. Para cumprir este objectivo geral, construímos dois conjuntos de experiências que incidem em dois factores importantes. Em primeiro lugar investigámos a recuperação de contraexemplos e aceitação de inferências, com avisos e conselhos. Na experiência 1, verificámos que os sujeitos são capazes de gerar contraexemplos para ambos os tipos de frase, mas não o fazem com igual frequência para avisos e conselhos. Em seguida, nas Experiências 2 e 3 investigámos o impacto da disponibilidade (Experiência 2) e da recuperação (Experiência 3) de contraexemplos, nas inferências que os sujeitos fazem, tendo concluído com alguma surpresa que este impacto é muito pequeno ao contrário do que se sabe acontecer com condicionais causais (e.g. Byrne, Espino & Santamaria, 1999; Couto, Quelhas & Juhos, 2010; Cummins, 1995; Cummins, Lubart, Alksnis & Rist, 1991). Ainda no primeiro no conjunto de experiências, avaliámos os padrões de interpretação que os sujeitos fazem com base nestas condicionais (Experiência 4), tendo concluído que existe uma variabilidade grande das interpretações que os sujeitos fazem. No segundo conjunto de experiências, recorremos a frases causais para estudar o impacto da recuperação de contraexemplos adicionais. A Experiência 5 demonstra que a recuperação de contraexemplos é um processo pouco fluente e que esta sensação de falta de fluência afecta o valor que os sujeitos atribuem aos contraexemplos, conduzindo a um padrão de supressão de inferências contrário à informação que foi recuperada. A Experiência 6 esclarece que o padrão de supressão reportado na Experiência 5 se deve às dificuldades de recuperação dos contraexemplos. Quando estes são fornecidos aos sujeitos, em vez de recuperados da memória, o padrão de supressão corresponde ao conteúdo que foi apresentado, ou seja, mais contraexemplos conduzem a maior supressão. Na Experiência 7 confrontámos contraexemplos e a frequência de Excepções, tendo concluído que os sujeitos parecem preferir a informação probabilística, à informação que decorre dos contraexemplos. No geral, os nossos resultados mostram três factos importantes. Em primeiro lugar que o conhecimento que é recuperado durante o raciocínio tem diferentes funções para diferentes tipos de condicionais, isto é, os contraexemplos recuperados para Advice têm uma função diferente dos contraexemplos recuperados para condicionais causais. Além disto, mostra ainda que o processo de recuperação de contraexemplos é pouco fluente e as pessoas parecem preferir utilizar a informação probabilística. Por fim, esclarece que os dois factores acima mencionados ajudam a explicar as diferenças que têm sido encontradas na literatura sobre o peso que cada contraexemplo adicional tem na aceitação de inferências.
  • Funcionalidade afectiva do pensamento contrafactual descendente : Acontecimentos negativos e variáveis de natureza pessoal
    Publication . Neto, Sofia Moita; Senos, Jorge
    O pensamento contrafactual é um processo cognitivo comum e universal, que todos encetamos no nosso dia-a-dia, e que consiste na tendência para considerar como resultados alternativos à realidade que, de facto, aconteceu, poderiam ter ocorrido se apenas algum dos elementos que precederam um dado desfecho - especialmente quando esse desfecho é negativo - tivesse sido diferente, se tivéssemos feito mais alguma coisa, ou, alternativamente, se não tivéssemos feito algo. Assume-se que é um processo funcional, que cumpre essencialmente duas funções: reparar o afecto negativo resultante de situações indesejadas e sugerir cursos de acção que possam evitar semelhantes desfechos, cumprindo assim funções quer de prevenção, quer de controlo da realidade. Uma primeira abordagem teórica partiu do princípio que estas funções seriam desempenhadas, a primeira por contrafactuais descendentes (formas como a situação poderia ter corrido pior) e a segunda por contrafactuais ascendentes (formas como a situação poderia ter corrido melhor). No entanto, resultados posteriores vieram a mostrar que focarmo-nos em como a situação poderia ter tido um desfecho mais trágico também pode amplificar o afecto negativo, e imaginarmos um melhor desenlace também pode conduzir a afecto positivo. Assim, o enquadramento teórico inicial tomava em linha de conta apenas efeitos de contraste, mas a evidência encontrada indica que ao pensamento contrafactual também podem estar associados efeitos de assimilação afectiva. Várias linhas de evidência indicam que acontecimentos negativos são o principal factor de activação da contrafactualidade, sendo que, por vezes, esta contribui não para um reequilibrar do afecto mas para um exacerbar do afecto negativo com um carácter disfuncional. Esta investigação procura determinar se acontecimentos com diferentes graus de gravidade influenciam os efeitos de contraste e assimilação afectiva, e averiguar se características de natureza pessoal influenciam essa relação e/ou podem ser, elas próprias, por si só, factores determinantes desses efeitos. Para tal, recorreu-se a inovadoras metodologias, baseadas na apresentação de contrafactuais previamente elaborados, por um lado, e na construção de novas opções de medida, por outro. Os resultados indicam que a funcionalidade da contrafactualidade descendente em termos de reposição do afecto se encontra muito ligada à magnitude de gravidade da situação original, seguindo uma distribuição curvilínea em que a mitigação do afecto negativo é negligenciável quando o acontecimento se caracteriza por marcada gravidade, cresce à medida que essa gravidade diminui reflectindo um maior contraste afectivo e volta a diminuir, tornando-se em assimilação afectiva quando a situação que a activou se encontra no limiar da positividade. Isto é, o pensamento contrafactual descendente parece desempenhar melhor a sua função de reparação afectiva em situações de negatividade moderada, mas em casos extremos, em que os acontecimentos sobre os quais os contrafactuais versam são ou muito negativos ou já positivos, essa função de compensação afectiva deixa de se cumprir. Diferentes níveis de assimilação e contraste foram também claramente encontrados para diferenciados graus de depressão e auto-estima, bem como, mais moderadamente, a nível do locus de controlo. A conclusão a tirar é que o pensamento contrafactual é funcional sim, mas nem sempre e não para todos da mesma maneira.
  • Dever fazer ou querer fazer, eis a questão : Como as crianças raciocinam sobre as intenções: Inferências de falsas crenças e contrafactuais
    Publication . Rasga, Célia Maria Batalha Silva; Quelhas, Ana Cristina; Byrne, Ruth M. J.
    O nosso trabalho propõe explorar a compreensão das crianças acerca das razões que os outros têm para as acções. Trabalhos anteriores mostraram que as pessoas tendem a pensar sobre as acções de forma diferente quando têm conhecimento sobre as razões para uma acção. Um passo importante para a compreensão das acções de outras pessoas é o raciocínio sobre as suas intenções (Walsh & Byrne, 2007; Juhos, Quelhas & Byrne, 2015). Ao longo de seis experiências, pretendemos explorar este efeito do conhecimento sobre as razões para as acções, aquando de raciocínios contrafactuais e de falsas crenças, ampliando-o ao desenvolvimento das crianças.Transversal a todas as experiências, as crianças foram testadas com uma nova tarefa:a tarefa de mudança de intenções, a qual analisou cenários onde um actor tem uma razão inicial (desejo ou obrigação) para uma acção, que é posteriormente alterada. A primeira experiência demonstrou que crianças de 6 anos não compreendem que os outros podem ter falsas crenças sobre as razões de um actor para uma acção, enquanto aos 8 anos evidenciam uma compreensão de falsas crenças sobre intenções. Adicionalmente, a experiência mostrou que aos 6 anos as inferências contrafactuais são mais precisas sobre as razões para as acções. A experiência mostrou ainda que as crianças mais novas tendem a centrar-se nas obrigações quando sustentam o seu raciocínio em falsas crenças.A segunda experiência, com crianças de 7 e 9 anos, mostrou que esta compreensão continua a desenvolver-se ao longo destes anos. A terceira experiência reforça o padrão encontrado na primeira experiência, mesmo quando a tarefa é simplificada, ou seja, quando não existe um conflito entre razões para a acção. A quarta experiência explorou os resultados encontrados anteriormente num contexto socioeconómico baixo. Esta experiência mostrou que as crianças de 6 anos cometem mais erros nas inferências de falsas crenças do que nas inferências contrafactuais, no entanto, estas crianças tendem a centrar-se mais nos desejos aquando de inferências de falsas crenças, contrariamente às experiências anteriores. A experiência cinco, analisou um contexto de um planeta distante, e os resultados foram consistentes com os anteriores. As crianças mais novas fazem menos inferências de falsas crenças que contrafactuais, e estas crianças tendem a centrar-se mais nas obrigações aquando de inferências de falsas crenças, mesmo num contexto desconhecido e distante, e na ausência de uma figura parental. A última experiência explorou este efeito em crianças com diagnóstico de autismo de alto funcionamento. Os resultados revelaram que as crianças mais novas, de 6 e 8 anos tendem também a centrar-se nas obrigações e fazem menos inferências correctas de falsas crenças do que contrafactuais, quando comparadas a um grupo de crianças em desenvolvimento normal. Estes resultados contribuem para a discussão aberta sobre a relação entre o pensamento contrafactual e a teoria da mente, como também traz alguma luz sobre como as crianças pensam as diferentes razões para as acções.
  • "The truth is never pure and rarely simple" : Understanding the role of repetition and processing fluency on the illusion of truth effect
    Publication . Silva, Rita Rocha da; Garcia-Marques, Teresa
    ABSTRACT: Repetition seems to increase the truth-value of information, generating the illusion that repeated statements are more valid than things we never heard or read before – the illusion oftruth effect. The present thesis aims at providing further and clearer understanding of “why” and “how” we base the important decision of something we hear being true rather than false on repetition. We review the literature evidencing repetition’s impact on judgments of truth and the major cognitive mechanisms that have been proposed to explain it. The first studies investigating the mechanisms underlying the effect show that subjective familiarity is more important than actual frequency of exposure. These approaches further suggested that the automatic memory component of Familiarity has a rather involuntary impact in truth judgments, and is the one supporting illusions of truth when the controlled Recollection process is impaired. A next approach showed that processing fluency experiences promoted by factors unrelated to previous exposure and memory are sufficient to generate illusions of truth. The first accounts suggesting processing fluency to be the process underlying the truth effect maintained the idea that the feelings of familiarity mediate fluency effects on judged truth. However, a more recent approach argues that fluency is an ecologically valid cue for truth, and thus fluency per se directly influences truth judgments, with no need for memory attributions. Drawing from this previous body of knowledge, we pose the question of whether there is something special in the relation repetition has with truth. Some evidence in the literature may suggest so, for example, the fact that illusions of truth have a higher magnitude when they are induced by repetition than when other fluency sources are used. Additionally, repetition has the unique characteristic of aggregating both perceptual and conceptual fluency, which may add an “extra” layer to the association with truth. Exploring these questions, we present three independent papers exploring the differences that may exist between repetition and other factors also able to impact truth judgments, and the relevance that repetition’s unique characteristics may have in the shaping of the truth effect. In the first paper we demonstrate that the association of repetition with truth is more difficult to reverse than when pure perceptual fluency (e.g., color contrast) is manipulated, and that the confounds between the processing experiences and resulting effects on truth judgments the two variables promote can be dissociated. In the second and third papers, we isolate the conceptual and perceptual components involved in repetition, showing that conceptual overlap (a match in the content and meaning) takes precedence over the sharing of perceptual features in the generation of illusions of truth. Only when individuals no longer can access the specific meaning of what was previously presented do perceptual fluency effects emerge. We discuss how our findings integrate and expand what was previously known about judgments of truth, addressing the contributions and clarifications they bring to the main cognitive mechanisms that have been proposed to explain the effect.
  • The impact of blocking the activation of facial muscles in the processing of subsequent emotional infromation, and its mechanism
    Publication . Domingos, Ana Maria Basílio Cabral
    In this thesis we focus on how previous activation of the representation of an emotional state impacts the processing of subsequent emotional information (within a priming paradigm). Our approach is guided by an embodied perspective on cognition. According to embodied cognition theories, affective representations are partial simulations of emotional experience (Niedenthal, Barsalou, Winkielman, Krauth-Gruber, & Ric, 2005). Among other simulations, re-enacting an emotion may involve the activation of correspondent facial motor activation. In the present work, we directly approach the hypothesis that facial muscle activation has a role in emotional category priming effects within a blocking paradigm. However, because blocking may still allow partial muscle activity, we first address muscular specificities of a facial muscular blocking procedure. Our first experimental approaches aimed to establish the proper methodology used to test our hypothesis. Experiment 1 addresses our hypothesis within an emotional category priming paradigm similar to the one used by Carroll and Young (2005) and, establishes the proper temporal window to observe the effect. Resutls show a general emotional priming effect, such that all emotional faces impacted all, and only, emotional targets judgment (both congruent and incongruent). This indicates that perceiving emotional primes facilitates emotional judgments of emotional stimuli in general. Our second Experiment aimed to define the muscular specificities of a blocking procedure (Niedenthal, Brauer, Halberstadt, & Innes-Ker, 2001) necessary to address the role of muscle activation in the observed priming effects. Assuming that the blocking procedure may exert different influences on different muscle’s activation, we characterized this procedure in terms of promotion of muscle activation over zygomaticus major, orbicularis oris and corrugator supercilii. Results corroborate that blocking exerts different effect for different muscles, suggesting that its effect on emotion priming effects may be moderated by the type of emotion primed. Experiment 3, replicated the procedure of Experiment 1, including an additional blocking condition, in order to test the embodiment hypothesis. In this experiment, as well as a general emotion priming effect, we also found some evidence of category emotional priming effects qualified by type of emotion. There was a clear congruency effect for happiness, and a generalized effect for sadness (both for congruent and incongruent trials). As expected, these effects suffered an interference from the facial muscle blocking manipulation (Niedenthal et al., 2001). This supports the hypothesis that muscle facial activation plays a role in the mechanism through which emotional category priming effect occurs. However, under blocking conditions, priming effects only disappeared for happy prime-target pairs. Priming effects became stronger for sadness and anger. These differences seem to be explained by the fact that the blocking procedure (Experiment 2, 4 and 5) has a preponderant blocking impact over the zygomaticus major (the muscle of smiling), and a different impact over muscles associated with other emotions. As it becomes more clear in Experiment 4 and 5, blocking manipulation increased the variability observed in the orbicularis oris, activation. We, thus argue that these different effects of blocking explain why negative emotions may have had a stronger priming effect in Experiment 3, under blocking. Results are discussed in terms of implications for embodiment theories and in terms of methodological implications for futher research making use of blocking procedures.
  • Racionalidade quebrada: A racionalidade ecológica das heurísticas rápidas e frugais
    Publication . Oliveira, José Miguel Pereira de; Morgado, Luísa de Almeida; Gigerenzer, Gerd
    Inexistente
  • The mind needs the heart : the mood-as-regulation-mechanism hypothesis as an explanation for the impact of mood on processing
    Publication . Garcia-Marques, Teresa; Mackie, Diane M.
    As a rule, happy people do not engage in deep, systematic, and analytic processing of information. Converging evidence from different fields instead suggests that happy people process information in many different domains heuristically, paying less attention to particular details of the situation, and relying more on established knowledge. Social psychologists have offered several alternative explanations for this phenomenon. Unfortunately empirical evidence has been mixed and inconclusive with regard to which model best accounts for the effect. This dissertation offered a new explanation for the mood information processing effect, the mood-as-regulation-mechanism hypothesis, which states that: positive affect (e.g., positive mood). is an integral aspect of the implicit feeling of familiarity, which triggers non-analytic processing because it signals the appropriateness of using previously stored information to deal with the current situation. Evidence for assuming not only that such a feeling is the mechanism that regulates processing by also that mood effects are grounded in it, is provided from both the cognitive and social cognition literature. Those approaches in the literature that view information processing as dualistic suggest the need for a processing regulation mechanism. Some models suggest that this mechanism is a feeling (a feeling of familiarity). The idea that this feeling of familiarity has a positive tone, also grounded in the literature, suggests that the experience of positive affect is an integral part of familiarity. Results of four studies corroborated the mood-as-regulation-mechanism hypothesis. Manipulations of the implicit feeling of familiarity induced positive mood (Experiment 1) and manipulations of positive affect had an effect typically associated with familiarity (Experiment 2). In addition, two independent studies suggested that familiarity impacts processing in a way that fully parallels the impact of mood on processing (Experiments 3 and 4). Together, the results of the four studies offered consistent support for the mood-as-regulation-mechanism hypothesis. ------ RESUMO ------ Regra geral, as pessoas quando bem-humoradas, não processam a informação de uma forma profunda, sistemática e analítica. Dados convergentes de diversos campos da Psicologia, sugerem que as pessoas quando bem-humoradas processam a informação de forma heurística, prestando menos atenção a detalhes particulares da situação e baseando-se mais em conhecimento previamente adquirido. Os psicólogos sociais têm vindo a desenvolver diversas explicações alternativas para este fenómeno. A evidência empírica tem, porém, sido contraditória e inconclusiva na identificação do modelo explicativo mais adequado. Nesta dissertação é apresentada uma nova explicação para o efeito do humor (estado de espírito) no processamento da informação; a hipótese do humor-como-mecanismo-regulador. Esta hipótese parte da ideia de que um sentimento positivo (por ex., o bom humor) faz parte integrante do sentimento implícito de familiaridade. Ora, é este último sentimento que faz desencadear um modo não-analítico de processamento, ao indicar que a informação previamente adquirida é suficiente para lidar com a situação. Evidência, para a noção de que um tal sentimento é o mecanismo que regula o processamento e para a hipótese de que os efeitos do humor lhe estão associados, pode ser encontrada na literatura quer da Psicologia Cognitiva, quer da Cognição Social. Tais abordagens, ao conceberem o processamento de informação como dualista sugerem a necessidade de um mecanismo de regulação do processamento. Alguns modelos sugerem que este mecanismo é um sentimento (um sentimento de familiaridade). A ideia de que o sentimento de familiaridade tem uma tonalidade positiva, igualmente referida na literatura, sugere que um sentimento positivo é parte integrante do sentimento de familiaridade. Os resultados de quatro estudos corroboram a hipótese do humor-como-mecanismo-regulador-do-processamento de informação. Manipulações do sentimento implícito de familiaridade induziram bom humor (Experimento I) e manipulações de bom humor tiveram efeitos tipicamente associados com familiaridade (Experimento II). Dois outros estudos sugerem que os efeitos da familiaridade no processamento são idênticos aos efeitos do humor no processamento (Experimentos III e IV). No seu conjunto, os resultados destes quatro estudos corroboram a hipótese do humor-como-regulador-do-processamento-de-informação.