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- Comparações mediterrânicas: Felicidade e infelicidade em Itália e PortugalPublication . Abrunhosa, Rita Rodrigues Tavares de Proença de; Garcia-Marques, TeresaEste estudo foca o conceito de Felicidade/Infelicidade no contexto intercultural. Pediu-se a estudantes universitários Portugueses e Italianos para descreverem o que é para eles a Felicidade ou a Infelicidade. Estudos anteriores como o de Uchida & Kitayama (unpublished) sugerem-nos que os factores culturais que têm impacto na percepção e vivência destes conceitos se situam numa dimensão de self interdependente e self independente (Markus & Kitayama, 1991) que pode ser equiparada à de individualismo-colectivismo (Hofstede, 1986). Assim sendo, culturas orientais e ocidentais parecem diferenciar-se na forma como percebem e vivenciam os conceitos de Felicidade/Infelicidade. A leitura feita a esses dados sugere que dois países como a Itália e Portugal, que partilham uma dimensão de individualismo/colectivismo muito próxima, não deveriam diferir na forma como definem estes conceitos (pelo menos não ao nível das diferenças encontrados por Uchida & Kitayama, unpublished). A análise de conteúdo das respostas dos participantes dos dois países permitiu classificá-las a dois níveis: a) como “sociais” vs “pessoais”, b) “positivas” ou “negativas” vs ”ambíguas”. Como seria de esperar, por se assumir ambas as culturas como tendo níveis semelhantes de individualismo e colectivismo, não foram encontradas diferenças entre as respostas dos estudantes Italianos e Portugueses.
- Representações prototípicas de inteligência em técnicos de recrutamentoPublication . Fernandes, Duarte; Amaral, Virgílio RibeiroEste estudo pretende avaliar a forma como se organizam as representações prototípicas de inteligência em técnicos de recrutamento, de acordo com o sexo e a maior ou menor familiaridade com o objecto social “inteligência”. Os dados foram recolhidos em 15 empresas da região de Lisboa através de um questionário, de acordo com à técnica da Associação Livre de Palavras. 38 sujeitos responderam ao questionário. Os dados foram analisados através da técnica HOMALS no SPSS. Os resultados mostram que os técnicos de recrutamento organizam os seus protótipos de inteligência de acordo com duas dimensões, competências sociais e competências profissionais.
- Mysterious attendance cycles in Cory’s shearwater, Calonectris diomedea: An exploration of patterns and hypothesesPublication . Granadeiro, José Pedro; Alonso, Hany Rafael de Drummond Ludovice Garcia; Almada, Vítor Carvalho; Menezes, Dília; Phillips, Richard A.; Catry, PauloSeveral species of seabirds show cyclic patterns of attendance at their nesting colonies.We examined the patterns of variation in the numbers of Cory’s shearwater at three colonies (two oceanic and one located on the continental shelf), including the world’s largest, at Selvagem Grande, Madeira, Portugal and considered several hypotheses concerning their causal mechanisms. At Selvagem Grande, cycles were exceptionally marked and regular, with a periodicity ranging from 7.8 to 11 days, and involved both breeders and nonbreeders. In contrast, variation in numbers was aperiodic at a nearby and much smaller colony (Selvagem Pequena), and also at the colony located off the Portuguese coast (Berlenga Island).We found no relationships between number of birds ashore and environmental variables such as wind direction and speed or lunar cycle. Cycles did not seem to be driven by oscillations in food availability or accessibility, given that they did not correlate with daily chick growth rates (which were acyclic) or diet. Despite their regularity, cycles were slightly out of phase in different sectors of Selvagem Grande, which suggests that social interactions at the colony could act as an entrainment agent for an endogenous rhythm, and so cycles are probably more likely to occur in large and dense colonies. Observations are consistent with the hypothesis that cycles facilitate social interactions by maximizing the probability of encounters at the colony. However, the exact mechanisms through which these remarkable cycles are controlled are still completely unknown, and clearly further research is needed.
- Navegando a tempestade num copo de álcool: locus de controlo de saúde e depressão em alcoólicos em tratamentoPublication . Garcez, Hugo Miguel Almeida; Oliveira, Sandra Paula da Silva Santos deO artigo seguinte estuda o constructo do Locus de Controlo de Saúde (LdCS) num grupo de sujeitos alcoólicos em tratamento, especificamente analisando a quem atribuem estes sujeitos a expectativa de controlo sobre os reforços positivos e negativos que se repercutem na sua saúde. Aos indivíduos que partilham a crença de que esses resultados seguiriam as suas acções atribuiríamos o Locus Interno, já o Locus Externo seria dividido em sub-dimensões consoante a expectativa repousasse em “Outros Poderosos” ou no elemento aleatório da “Chance”. Adicionalmente procurou-se averiguar o tipo de ligação que o LdCS teria com a severidade dos sintomas depressivos experienciados. Para este efeito angariamos sujeitos em três instituições da área metropolitana de Lisboa, totalizando 109 participantes. A análise do tratamento estatístico revelou a preferência pela adopção de expectativas de controlo por “Outros Poderosos” totalizando 64.6% dos casos e uma incidência de depressão na ordem dos 68.6%, verificando-se entre ambas uma correlação negativa baixa. Este resultado reforça a necessidade de um acompanhamento terapêutico onde o estímulo à auto-promoção da saúde seja um ponto mestre.
- Qualidade de vida e satisfação com o suporte social em idosos institucionalizados e não institucionalizadosPublication . Ruivo, Joana; Torres, NunoO presente estudo tem como objectivo perceber se a situação de institucionalização do idoso influencia a sua percepção da Qualidade de Vida e a satisfação com o seu Suporte Social. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e comparativo, em que a amostra (por conveniência) é constituída por 93 sujeitos com idades compreendidas entre os 65 e os 95 anos, onde 56 idosos encontram-se em contexto institucionalizado e 37 sujeitos não institucionalizados. Contudo, não foram considerados 15 sujeitos da amostra total (N=93), uma vez que apresentaram deteriorações cognitivas. Assim, lidamos com uma amostra total de 78 sujeitos idosos. Foi desenvolvida uma ficha sócio-demográfica e utilizou-se os questionários Mini-Mental State Examination, as Escalas de Bem-Estar Psicológico – versão reduzida (E.B.E.P.-R) e a Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS). Na análise dos resultados da amostra em estudo, constatou-se que os idosos não institucionalizados revelaram maior bem-estar psicológico e maior satisfação com o seu suporte social, quando comparados com os idosos institucionalizados.
- “Princípe do grande exílio” : Análise clínica de Bernardo Soares : Estudo de casoPublication . Cardia, Sara Alexandra de Mesquita Carvalho; Sá, EduardoPretendeu-se traçar a realidade psicológica de Bernardo Soares, – personagem criada por Fernando Pessoa – veiculada até nós através do Livro do Desassossego. Para tal, utilizou-se o estudo de caso apoiado numa análise de conteúdo do Livro do Desassossego, para que, posteriormente, fosse possível realizar uma análise clínica de Bernardo Soares. Encontrou-se uma falha precoce de figuras significativas, uma passagem truncada para a posição depressiva, bem como uma incapacidade de realizar a triangulação. Percebeu-se também que a falha precoce de que Bernardo Soares sofreu foi a catalizadora das noites de insónia, dedicadas à escrita do Livro do Desassossego, numa tentativa inglória de atingir um Eu Ideal inalcançável. Apreendeu-se também, os consequentes e frequentes momentos, em que Bernardo Soares escreve sob emergência de processo primário.
- O que pensamos sobre estes grupos? Um pré-teste de características estereotípicas de homossexuais e heterossexuais masculinos e de árabes e americanosPublication . Garrido, Margarida Vaz; Palma, Tomás; Carrega, Ana; Padeiro, Cátia; Barrileiro, Fátima; Castelo, Filipa; Figueiredo, Luciano; Raposo, Marisa; Feliciano, Ricardo; Santos, Samanta; Rodrigues, Sandra; Silva, Sandrine; Casaleiro, Susana; Lory, SusanaO objectivo deste artigo foi pré-testar um conjunto de características incluídas no estereótipo de alguns grupos sociais. Especificamente procurámos averiguar quais as principais características associadas aos homossexuais e heterossexuais masculinos bem como aos árabes e aos americanos. Para tal, foram geradas 139 características potencialmente ilustrativas dos estereótipos de homossexual masculino e heterossexual masculino e 275 características potencialmente associadas aos estereótipos de árabe e de americano. Estas características foram avaliadas por duas amostras independentes, de 49 e 68 estudantes universitários respectivamente. Os resultados permitem não só seleccionar, para cada grupo, as características que são significativamente diferentes do ponto médio da escala como também, identificar aquelas que melhor parecem diferenciar homossexuais de heterossexuais e americanos de árabes.
- Satisfação sexual feminina: Relação com funcionamento sexual e comportamentos sexuaisPublication . Pechorro, Pedro Fernandes dos Santos; Diniz, António Augusto Pinto Moreira; Vieira, Rui XavierO objectivo da presente investigação foi o estudo em mulheres da relação entre satisfação sexual e funcionamento sexual, e entre satisfação sexual e comportamentos sexuais. Recorreu-se ao Índice de Satisfação Sexual (ISS; Hudson, Harrison, & Crosscup, 1981) e ao Índice de Funcionamento Sexual Feminino (FSFI; Rosen et al., 2000). Utilizou-se uma amostra de conveniência recrutada da população feminina geral com N=152 (leque etário=26-70 anos; M=41 anos). Os resultados obtidos não demonstraram qualquer relação significativa entre a satisfação sexual e as fases do ciclo de resposta sexual, mas demonstraram uma relação significativa entre a satisfação sexual e o comportamento sexual carícias e preliminares.
- “Mais vale intervir, do que remediar" Cultura de segurança e resiliência: O futuro caminho das organizaçõesPublication . Mário, Cláudia Sofia Dos Santos; Oliveira, Teresa Cristina Clímaco Monteiro d'O trabalho exploratório apresentado tem o seu objectivo de investigação direccionado para o tema da segurança. O objectivo principal é averiguar se existe uma relação entre a segurança organizacional e a resiliência. Para tal, é proposto um modelo de questionário, sobre a Resiliência, para recolha e análise de dados que permita verficar uma atitude resiliente dos colaboradores em contexto organizacional de trabalho, tendo como propósito descortinar se existem diferenças significativas ao nível da resiliência que possam contribuir para uma cultura de segurança eficaz. Os 124 participantes deste estudo são oriundos de uma empresa portuguesa no comércio, exploração, fornecimento e distribuição de produtos energéticos e no transporte de crude e derivados de petróleo, sita em Portugal há 75 anos. Da totalidade dos participantes, 77% são do sexo masculino e 23% do sexo feminino. Estamos perante uma amostra relativamente jovem, com idades que variam entre os 24 e os 68 anos, pelo que 8,9% tem 34anos. De modo geral, o nível de escolaridade destas pessoas não é muito elevado (27% dos participantes têm o 9ºano e apenas 9% tem o 12º ano). A função com maior número de colaboradores é a de motorista (58,1%) e é executada essencialmente por homens. Outra informação importante em termos da caracterização da amostra é referente ao tempo de empresa, em que se verifica pouca variabilidade, o que denota pouca rotatividade, a maior parte dos colaboradores estão na empresa há mais de 1 ano. Estas pessoas responderam ao Questionário de Percepções de Segurança de D’Oliveira e ao Questionário de Resiliência adaptado ao contexto organizacional e que serviram como instrumento de recolha de dados. Relativamente ao objectivo estabelecido era pretendido averiguar se existe relação entre segurança e a resiliência em contexto organizacional através da proposta da aplicação de um questionário que permitisse recolher e analisar os dados no qual se verificou uma atitude resilientes por parte dos colaboradores em contexto organizacional. Os resultados obtidos mostram que esxiste uma relação significativa entre as duas variáveis do estudo. Partindo de uma análise global das duas escalas do estudo, as características seleccionadas como variáveis independentes, que consistiam nas sete dimensões que compõem a escala de percepções de segurança explicam o comportamento da variável dependente – resiliência. Este resultado é positivo, na medida em permitiu obter um novo instrumento, com boas qualidades métricas, através do qual é possível concluir que os colaboradores desta empresa desenvolvem uma atitude resiliente contribuindo, assim, para aumentar e/ou melhorar comportamentos de segurança no sentido de uma prática de trabalho eficaz. As conclusões retiradas deste trabalho são entendidas como positivas para a área da segurança e da resiliência, uma vez que poderá contribuir para formas de intervenção mais eficazes para a organização, agir de forma mais proactiva, minimizar custos e, assim, contribuir para o seu sucesso.
- Personalidade e conflito : Uma aplicação do modelo da dupla mediaçãoPublication . Brouwer, Koen de; Scholten, MarcEscolher entre duas opções gera conflito intrapessoal. O modelo da dupla mediação (Scholten & Sherman, 2006) defende que este conflito é gerado pela preocupação com os sacrifícios envolvidos na escolha de uma opção em detrimento de outra, e pela preocupação com os argumentos que podem ser construídos a favor de cada opção. Estas duas fontes de conflito originam uma relação entre tamanho de troca (entre os atributos das opções) e conflito em U-invertido. O presente estudo investiga se a personalidade, especificamente o modo de processamento de informação, tem impacto nesta relação, usando a perspectiva dualista da Cognitive-Experiential Self Theory (Epstein, 1973). Os resultados indicaram que pessoas com baixa racionalidade e experiencialidade apresentam o maior nível de conflito e que pessoas mais experienciais sentem um menor conflito que pessoas pouco experienciais. Este efeito é atenuado pelo nível de racionalidade e é mais forte em trocas pequenas do que em intermédias, e em trocas intermédias do que em grandes. No que respeita à relação entre tamanho de troca e conflito, verifica-se que, em pessoas mais racionais, uma menor experiencialidade origina uma relação menos positiva, e que em pessoas mais experienciais, uma menor racionalidade torna a relação também menos positiva. Parece que pessoas mais racionais contemplam as opções durante mais tempo, deixando-as mais alertas a possíveis sacrifícios, e que pessoas mais experienciais têm menos dificuldades em encontrar argumentos, gerando uma relação mais positiva.