PCOM - Dissertações de Mestrado
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Browsing PCOM - Dissertações de Mestrado by advisor "Moniz, Maria João Vargas"
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- As abordagens das capacidades e das premissas Justiça, Autonomia, Restituição e Segurança Um estudo exploratório com sobreviventes de violência domésticaPublication . Rodrigues, Carolina Oliveira; Moniz, Maria João VargasA violência doméstica, sendo ainda um tema preponderante atualmente, necessita mais do que nunca, dos contributos das mulheres sobreviventes de violência doméstica para compreender o fenómeno. Tendo a Abordagem das Capacidades e as Premissas JARS como base, o objetivo deste estudo é assim o de voltar a dar voz às mulheres sobreviventes, através de uma investigação qualitativa que conta com a análise de focus groups do Projeto Rede de Pares. Foi formulada uma questão de investigação que pretende perceber como é que as mulheres sobreviventes utilizam as suas capacidades no processo de superação, podendo assim perceber quais delas devem ser promovidas pelos serviços de suporte, contribuindo assim para repensar a atuação dos mesmos com recomendações baseadas nos relatos das mesmas e em literatura. Verificou-se assim que nas várias Premissas, as capacidades Razão Prática e Reflexão Crítica; Vida e Saúde; Afiliação, Interações Sociais e Comunitárias e Integridade Física são aquelas que são colocadas em causa com a forma como o sistema e as práticas operam atualmente.
- Bilacaba...! - A forma de lidar com a saúde sexual, menstrual e reprodutiva das mulheres e pessoas que menstruam em situação de sem abrigoPublication . Oliveira, Rita Lima; Moniz, Maria João VargasA presente dissertação investiga a saúde menstrual, sexual e reprodutiva das mulheres e pessoas que menstruam com uma experiência da situação de sem-abrigo, explorando as suas experiências e desafios do quotidiano. O objetivo central foi compreender as estratégias adotadas por aqueles que menstruam nas ruas e fornecer recomendações práticas para melhorar o suporte a essa população marginalizada, juntamente com sugestões para a criação de políticas públicas mais abrangentes. O estudo envolve entrevistas semiestruturadas com pessoas que passaram por situações de sem abrigo e uma análise temática das respostas obtidas. Os resultados destacam a menstruação como um tabu persistente na sociedade, muitas vezes ignorado nas discussões de saúde pública. As entrevistas revelaram que as pessoas em situação de sem abrigo enfrentam desafios significativos em relação à higiene menstrual devido à falta de acesso a instalações sanitárias adequadas e à escassez de produtos menstruais. Além disso, a falta de apoio adequado persiste e as vozes de quem partilha as suas experiências enfatizam a necessidade urgente de políticas públicas que abordem essas questões de maneira eficaz. Este estudo destaca a importância de sistematizar as experiências das pessoas em situação de sem-abrigo e reconhecer a menstruação como uma questão de direitos humanos e saúde pública. As recomendações fornecidas têm o potencial de melhorar a qualidade de vida, promover a igualdade de gênero em relação à saúde menstrual. A pesquisa apela para uma mudança de paradigma na forma como a sociedade lida com a menstruação, visando criar um ambiente mais inclusivo, compreensivo e informado para todos/as, independentemente da sua situação habitacional.
- Co-construção de uma rede de pares de autorepresentantes contra a violência de género promovendo o seu empoderamento em portugalPublication . Medina, Ana Beatriz Vieira; Moniz, Maria João VargasA violência contra as mulheres encontra-se em todas as partes do globo, não escolhe caras, pode acontecer a qualquer momento em variados contextos (Aghtaie & Gangoli, 2015). Neste trabalho procuramos estudar um processo de Co-construção de uma rede, através de métodos mistros convergentes (Creswell e Clark, 2018). (questionário- quantitativo; Reuniões qualitativas), para que possibilite uma visão alargada dos testemunhos e situações que tanto as técnicas como as sobreviventes têm de superar e transformar. A metodologia de co construção acaba por se mostrar eficaz para esta Rede de mulheres pares, bem como causou avanços na partilha de conhecimento científico para ser aplicado na pártica, abrindo as portas à transformação.
- Da situação de sem abrigo ao empowerment através do housing first : relatos de mulheres sobre violência e discriminaçãoPublication . Belo, Patrícia dos Santos; Moniz, Maria João VargasMuitas mulheres que se encontram em situação de vulnerabilidade extrema e acabando em situação de sem abrigo, devem a sua situação a vários fatores como o desemprego, falta da rede de suporte, mas em particular às situações de violência doméstica. O número de mulheres que se encontra em situação de sem abrigo e precaridade habitacional não é conhecida na sua totalidade, visto que muitas evitam os serviços tradicionais. Isto deve-se ao facto destes serviços serem vocacionados maioritariamente para a população masculina, não conseguindo garantir o a segurança e bem-estar destas mulheres, fazendo com que muitas procurem alternativas fora dos serviços. O estudo elaborado utilizou um método misto, recolha de dados qualitativos através de uma entrevista semi-estruturada e método quantitativo, apenas descritivo, com a aplicação da escala SVAWS (Marshall, 1992). O objetivo é compreender que forma as situações de violência doméstica e a sua severidade contribuem para os casos de mulheres em situação de sem abrigo e de que forma o modelo Housing Fisrt lhes confere o empowerment para retomarem o controlo das suas vidas e perfectivas de futuro após integração em habitação integrada e autónoma, não transitória.
- “Uma diferença muito grande”: Estudo narrativo exploratório com pessoas inquilinas no Programa Housing First com experiência de situação de sem-abrigoPublication . Mota, Francisca Ribeiro de Sá; Moniz, Maria João VargasO principal objetivo desta investigação passou por procurar perceber como são os dias típicos de pessoas atualmente integrantes do Programa Housing First, anteriormente em situação de sem-abrigo. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas de base exploratória em profundidade com 5 participantes inquilinos(as) do Programa Casas Primeiro - Housing First, da Associação para o Estudo e Integração Psicossocial - AEIPS -, em 23 momentos diferentes. Em conjunto, colaborativamente, desenharam-se as rotinas num mapa de Lisboa, no sentido de compreender a amplitude dos seus percursos. As entrevistas foram analisadas segundo método da análise temática e os resultados mostraram que não existem dias típicos, mas idiossincráticos às situações específicas e prioridades do momento dos(as) inquilinos(as). Os(as) participantes testemunharam as alterações das suas rotinas e sentimentos, comparativamente a quando estavam em situação de sem-abrigo. As pessoas acederam a recursos novos, que diferiram entre si, mas que contribuíram para a sua integração psicossocial. Um tema importante que emergiu foi a gestão monetária, que influenciou os percursos e atividades realizadas. As pessoas perspetivavam, no futuro, ingressar no mercado de trabalho, ter um emprego estável com contrato, sem depender de apoios e subsídios do Estado, possibilitando o aumento da sua qualidade de vida. Com este estudo procura-se ampliar a voz de pessoas com experiência de situação de sem-abrigo e o seu percurso no Housing First, enfatizando que a habitação se constitui como um direito do ser humano e como um ponto básico para o desenvolvimento de novas regularidades sociais inclusivas e diversificadas.
- O Envolvimento parental e a parceria escola-família: a importância da colaboração na perspetiva da família em tempos de pandemiaPublication . Crespo, Sofia dos Santos; Moniz, Maria João VargasEste estudo enquadra-se numa realidade onde a criança tem um papel principal, na comunidade parental e escolar. O mesmo tem como objetivos avaliar, essencialmente, a perceção dos encarregados de educação de crianças do 1º ao 4º ano de escolaridade da área geográfica do Algarve, sobre a sua comunicação, o envolvimento e a gestão de recursos durante a pandemia Covid-19. Participaram no estudo 305 encarregados de educação (80% do sexo feminino), na sua maioria com idades compreendidas entre os 30 e os 40 anos (52%). Os participantes responderam ao Questionário de Envolvimento de Pais e Professores, originalmente criado por Miller-Johnson e Maumary-Gremaud (1995), em formato online. Os resultados deste estudo revelaram que os encarregados de educação percecionam existir um elevado envolvimento entre pais e professores em todas as suas vertentes. Foi possível concluir também que a perceção dos encarregados de educação com diferentes rendimentos familiares não diferiu, significativamente, na maior parte das dimensões do envolvimento entre pais e professores. A partir da análise do envolvimento em termos de género, pôde concluir-se que as encarregadas de educação percecionam ter uma melhor comunicação com a escola conferindo, igualmente, um maior apoio na aprendizagem e tarefas escolares dos seus educandos em comparação com os encarregados de educação. No que se refere à comunicação, apurou-se que a maior parte dos encarregados de educação percecionaram ter havido uma alteração na relação/comunicação dos mesmos com a escola causada pelo contexto pandémico. Implicações e sugestões para a prática e investigação futura serão discutidas mais à frente neste trabalho.
- O fim das instituições? Uma revisão sistemática de literatura sobre o panorama da desinstitucionalização da saúde mentalPublication . Pires, Johann; Moniz, Maria João VargasA Desinstitucionalização, é um tema recorrente desde a metade do século passado e no entanto continua a ser um tema atual. Diversos países ao redor do mundo, adotaram a desinstitucionalização em suas respetivas políticas públicas e planos para a saúde mental, porém quando fala-se em desinstitucionalização da saúde mental, nem sempre é adequado referir-se à desinstitucionalização como se fosse um processo único, uniforme ou equivalente entre os diversos países em que acontece. De uma maneira geral, é coerente dizer que a desinstitucionalização da saúde mental corresponde a saída das pessoas dos hospitais psiquiátricos, para serem integradas em serviços de saúde de base comunitária (Bachrach, 1976; Brown, 1975; Shen & Snowden, 2014). Porém, quando se diz respeito às respostas póshospitalização, estas, demonstram ser das mais variadas e por conseguinte, surtem diferentes efeitos. Esta tese pretende categorizar os serviços de saúde de base comunitária oferecidos em diferentes países, de acordo com seus atributos intrínsicos, de modo a compreender as qualidades que os compõem e que os assemelham ou diferenciam. A partir disto, tendo em vista o contexto que estão inseridos e as nuances dos serviços oferecidos, far-se-á possivel, comparar os resultados e consequências do processo de desinstitucionalização em cada pais.
- A implementação do acolhimento familiar em Portugal: Potencialidades e desafios na perspectiva de intervenientes-chave do sistema Nacional de acolhimento de crianças e jovensPublication . Cuña, Rita Catarino de Castro; Moniz, Maria João VargasO acolhimento familiar é uma medida de promoção dos direitos e de proteção das crianças e jovens em perigo, consagrada na Lei de Promoção e Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, Lei nº142/2015. Apesar da Lei determinar o acolhimento familiar como medida de acolhimento preferencial, em Portugal no ano de 2020, do total de 6706 crianças e jovens que integram o sistema de acolhimento, apenas 3% foram acolhidas em ambiente familiar, sendo que mais de 95% das crianças com menos de 6 anos encontraram-se em acolhimento residencial (ISS. IP., 2020). A implementação da medida de acolhimento familiar em Portugal tem permanecido fraturada, ou inexistente, contrariando as tendências internacionais de desinstitucionalização e os regulamentos e diretivas da União Europeia. De modo a compreender os fatores que influenciam a implementação do acolhimento familiar em Portugal, foram acolhidas as perspetivas de intervenientes-chave do sistema nacional de acolhimento através da técnica qualitativa de entrevistas-semiestruturadas. A análise de conteúdo das entrevistas de 18 participantes permitiu identificar um conjunto de fatores contextuais e organizacionais, ao longo dos diferentes níveis do sistema de proteção de crianças e jovens em Portugal, informados pela Estrutura teórica de implementação EPIS (Exploração, Preparação, Implementação, Sustentação) desenvolvida por Aarons e colaboradores (2011). Os resultados deste estudo, identificaram fatores facilitadores e bloqueadores da implementação do acolhimento familiar ao longo de 7 dimensões principais, de acordo com os diferentes níveis e influências percebidas que estes têm no processo de implementação do acolhimento familiar em Portugal, designadamente: ao nível da política e sistema, de uma estratégia nacional; da monitorização, avaliação e sistemas de informação; dos recursos humanos e financeiros; do ambiente inter-organizacional e trabalho em rede; das características organizacionais e das características da medida de acolhimento familiar. Os resultados percebidos, foram por sua vez consolidados em 19 ideias-chave, que se divulgam neste estudo sob a forma de recomendações e pragmáticas, com vista a promover a implementação da medida de acolhimento familiar em Portugal, e colocar em primeiro plano, a promoção dos direitos e a proteção das crianças e jovens em Portugal.
- Integração social em saúde mental : uso de mapeamento de conceitoPublication . Castel-Branco, Marta Maria dos Santos; Moniz, Maria João VargasObjetivos: Este trabalho teve como principal objetivo desenvolver uma definição concetual alargada do construto de integração social, no contexto da saúde mental. Participantes: Participaram no estudo um total de 49 participantes, organizados em quatro grupos (G1 (n=31) estudantes de psicologia; G2 (n=3) investigadores; G3 (n=8) profissionais; G4 (n=7) pessoas com experiência de doença mental). Os participantes são maioritariamente do género feminino (87.8%), com idade compreendida entre 19 e 60 anos (M=34.8, DP=13.6). Método: Foi usada uma metodologia de mapeamento de conceito (Concept Mapping) que se iniciou com a realização de quatro brainstormings que resultaram na geração de 111 declarações únicas sobre integração social, tendo como base a questão de convergência (foco) “Para mim estrar integrado/a na sociedade significa…”. Seguiu-se o agrupamento dessas declarações com base na sua semelhança e a classificação de cada uma delas quanto à sua importância e acessibilidade. A análise quantitativa incluiu a realização de análises multivariadas, nomeadamente escalonamento multidimensional (Multidimensional Scaling, MDS) e agrupamento hierárquico de clusters com base nas coordenadas MDS, e o cálculo e comparação dos scores médios de importância e acessibilidade para cada cluster. Os mapas resultantes permitiram a visualização das declarações individuais no espaço bidimensional (x, y), com declarações mais semelhantes localizadas mais próximas umas das outras, e mostraram como as declarações são agrupadas em clusters que particionam o espaço no mapa. Finalmente, os clusters gerados foram interpretados e rotulados de acordo com o seu significado. Resultados: O resultado final inclui 9 clusters, representativos de potenciais dimensões de integração social: Comunidade; Pertença; Segurança; Direitos fundamentais; Oportunidades; Autodeterminação; Cidadania; Suporte social; e Não discriminação. O valor de “stress” foi 0.26, indicando que a solução final do escalonamento multidimensional se ajusta aos dados originais. Os clusters percecionados como mais importantes foram “Segurança” e “Direitos fundamentais”. Em oposição, o cluster com uma média de importância mais baixa foi “Comunidade”. Quanto à acessibilidade, os clusters com uma classificação média mais alta foram “Comunidade” e “Segurança” e aquele que foi considerado menos acessível foi “Direitos fundamentais”.
- As lederanças : vários caminhos de transformação social estudo qualitativoPublication . Lopes, Vera-Lúcia Brito; Moniz, Maria João VargasA liderança comunitária é um modelo de liderança no qual a liderança é partilhada por um grupo de pessoas e cada pessoa é chamada a tomar parte na liderança do grupo propondo ideias e visões. Neste modelo a direção não nasce necessariamente de um líder único mas da contribuição de múltiplos elementos e o objetivo de forma geral é incrementar o processo de mudança social. Neste estudo tinhamos por objetivo compreender quais eram os fatores essenciais para a ativação de processos de liderança. O estudo teve um delineamento qualitativo, elaboramos um guião com base na literatura e objetivos do estudo. Realizamos entrevistas semi-diretivas a sete participantes com idades compreendidas entre 31 e 80 anos, todos com ascendentes Caboverdiana. Recolhemos os dados na região de Lisboa nos bairros Cova da Moura, Casal de São Brás, Bairro de Zambujal, na região de Almada, nos Bairros do Monte de Caparica e no Bairro da Bela Vista em Setúbal. Para além das entrevistas também realizadas, observação não estruturada, visitamos os locais e todas as entrevistas foram presenciais. Realizamos a transcrição das entrevistas, organizamos os dados, fizemos a análise temáticas das mesmas. Identificamos quatro temas principais: (1) os fatores contextuais que ativaram os processos de liderança, (2) os processos de desenvolvimento da liderança, (3) A dimensão individual da liderança e (4) os desafios. Os resultados apontam para existência de fatores contextuais histórico-sociais que ativam processos de conscientização e que a história de vida, a cultura, o sentimento de comunidade podem contribuir para que a pessoa se envolva nos processos de liderança.