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- Dislexia, bullying e suas relações com ansiedade, depressão e stressPublication . Pereira, Rita Maria da Cruz; Gonzalez, António José César de AlmeidaEnquadramento: A dislexia é uma deficiência neurológica de aprendizagem, com consequências a nível da leitura e da descodificação de fonemas, palavras de reconhecimento das mesmas e de precisão da grafia (Futterman, 2017). Devido à existência destas vulnerabilidades, os estudantes com dislexia são alvos fáceis de bullying, acabando por relatar alguns problemas de saúde mental. Objetivo: o presente estudo pretende compreender melhor como as práticas de bullying podem prejudicar o ansiedade, depressão e stress e o desenvolvimento das crianças disléxicas em idade escolar. Método: foi utilizada uma abordagem quantitativa, com uma amostra de 273 estudantes, sendo que 138 são estudantes com dislexia e os restantes 135 são estudantes sem dislexia (separados por idade, sexo e nível de educação). Os dados foram recolhidos através de um questionário online, avaliando as variáveis ansiedade, depressão e stress e a presença de bullying. Observou-se nos Resultados: uma elevada percentagem de estudantes com dislexia vítimas de bullying, ao sofrem destes comportamentos agressivos verificou-se elevados níveis de stress (β = .09; p > .05). Conclusão: os resultados obtidos mostram coerência consistente com o que foi encontrado por outros autores. Sugere-se que haja programas preventivos e de intervenção que reduzam tais consequências de bullying, de modo a que os estudantes com dislexia tenham menor impacto negativo no desenvolvimento académico e psicossocial.
- Os estereótipos da "mulher brasileira" e a violência por parceiro íntimoPublication . Braz, Mariana Lemos; Ornelas, José Henrique PinheiroEste trabalho buscou analisar como os estereótipos da “mulher brasileira” contribui para a violência por parceiro íntimo contra mulheres brasileiras imigrantes em Portugal. Para isto, teve como delineamento o método qualitativo, e utilizou entrevistas com seis mulheres brasileiras imigrantes que vivenciaram violência cometida por um parceiro íntimo português em Portugal. Este estudo mostrou que no contexto da violência por parceiro íntimo em Portugal, o estereotipo da “mulher brasileira” coloca mulheres brasileiras imigrantes em um lugar de maior vulnerabilidade de enfrentar esse tipo de violência e torna mais difícil ultrapassá-la, em razão de prejudicar o estabelecimento de relações sociais, de provocar o receio dessas mulheres de pedirem ajuda aos serviços de apoio, de dificultar o acesso a moradia e ao emprego, e de ser utilizado pelos agressores como uma forma de tentar justificar a violência que cometem, de impedir que as sobreviventes peçam ajuda, e de saírem impunes dos crimes que cometem.
- Dinâmicas relacionais em situações de confinamentoPublication . Marques, Márcia Rita; Rodrigues, Andreia Luísa Gonçalves Teixeira CastroA pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), responsável pelo desenvolvimento da doença COVID-19, tem alterado a rotina de grande parte da população a nível mundial, sendo o confinamento uma das medidas mais utilizadas pelos países para diminuir o aparecimento de novos casos. A nova situação pandémica veio trazer à discussão, numa escala global, aspetos relativos à saúde mental e, assim sendo, é necessário que se estudem as reações que a situação de confinamento provocou na população. Desta forma, o presente estudo tem como objetivos caracterizar as dinâmicas familiares, de intimidade e sociais decorrentes do confinamento, e verificar se os participantes de determinadas variáveis sociodemográficas reportam mais potenciadores de stress. A amostra é composta por 726 participantes, entre os 18 e os 81 anos, onde 638 são do sexo feminino e 87 são do sexo masculino. Os participantes responderam a um questionário elaborado de acordo com 4 grandes dimensões: experiência de confinamento na relações familiares, experiência de confinamento nas relações de intimidade, experiência de confinamento nas relações de amizade e potenciadores de stress na experiência de confinamento. Os resultados revelam a existência de conflitos ao nível das relações familiares, de intimidade e de amizade. Por outro lado, foi possível verificar que participantes de determinadas variáveis sociodemográficas (e.g., participantes do sexo feminino, participantes com menos habilitações académicas, participantes com filhos e participantes em situação de lay-off) apresentam maiores potenciadores de stress. Foram consideradas as limitações do presente estudo e apontadas algumas sugestões para estudos futuros.
- Da situação de sem abrigo ao empowerment através do housing first : relatos de mulheres sobre violência e discriminaçãoPublication . Belo, Patrícia dos Santos; Moniz, Maria João VargasMuitas mulheres que se encontram em situação de vulnerabilidade extrema e acabando em situação de sem abrigo, devem a sua situação a vários fatores como o desemprego, falta da rede de suporte, mas em particular às situações de violência doméstica. O número de mulheres que se encontra em situação de sem abrigo e precaridade habitacional não é conhecida na sua totalidade, visto que muitas evitam os serviços tradicionais. Isto deve-se ao facto destes serviços serem vocacionados maioritariamente para a população masculina, não conseguindo garantir o a segurança e bem-estar destas mulheres, fazendo com que muitas procurem alternativas fora dos serviços. O estudo elaborado utilizou um método misto, recolha de dados qualitativos através de uma entrevista semi-estruturada e método quantitativo, apenas descritivo, com a aplicação da escala SVAWS (Marshall, 1992). O objetivo é compreender que forma as situações de violência doméstica e a sua severidade contribuem para os casos de mulheres em situação de sem abrigo e de que forma o modelo Housing Fisrt lhes confere o empowerment para retomarem o controlo das suas vidas e perfectivas de futuro após integração em habitação integrada e autónoma, não transitória.