PSOC - Dissertações de Mestrado
Permanent URI for this collection
Browse
Recent Submissions
- O riso que envolve segurança: Segurança psicológica como mediador do clima de humor com work engagementPublication . Rasteiro, Inês Batista; Andrade, José Luis NunesO presente estudo teve como propósito investigar o impacto da Segurança Psicológica na relação entre o Clima de Humor e o Work Engagement no contexto organizacional, adotando uma abordagem inovadora ao focar no clima de humor, em vez de analisar os estilos individuais de humor, como é comum na literatura. A amostra consistiu de 241 participantes de diversas empresas portuguesas, com predominância feminina (71%), sendo utilizados os seguintes instrumentos: Team Psychological Safety (Edmondson, 1999), Humor Climate Questionnaire (Cann et al., 2014) e Utrecht Work Engagement Scale (UWES-3) (Schaufeli et al., 2017). As análises estatísticas indicaram que a Segurança Psicológica exerce um papel mediador na relação entre o Clima de Humor e o Work Engagement, com diferentes direções de mediação: duas positivas e duas negativas, conforme as dimensões do clima de humor. Esses resultados evidenciam que um clima de humor positivo pode favorecer o envolvimento no trabalho, enquanto um clima negativo tende a reduzi-lo, ressaltando assim a importância de promover um ambiente de trabalho psicologicamente seguro. Uma limitação do presente estudo é a amostragem por conveniência, o que compromete a validade externa. Futuras pesquisas devem investigar as interações entre segurança psicológica e clima de humor em contextos culturais diversos, incluindo amostras não ocidentais ou então estudos longitudinais. Estudar o impacto do humor em relações transversais e bottom-up, são necessários para compreender melhor as dinâmicas organizacionais.
- Liderança transformacional e desempenho e o efeito mediador do Person Organization FitPublication . Resende, Cristiano Manuel Sarmento; Andrade, LuísO presente estudo tem como principal objetivo investigar a relação existente entre a Liderança Transformacional e o Desempenho e o papel mediador do Person Organization Fit, nesta relação, nos contextos laborais. Com essa finalidade formularam-se as seguintes hipóteses: (1) a liderança transformacional tem um efeito positivo e significativo no desempenho; (2) a liderança transformacional tem um efeito positivo e significativo no Person Organization Fit; (3) o Person Organization Fit tem um efeito positivo e significativo no desempenho; (4) o Person Organization Fit tem um efeito mediador na relação entre a liderança transformacional e o desempenho. Para tal, realizou-se um estudo quantitativo, com base numa amostra de 244 participantes, profissionalmente ativos, com idades superiores a 18 anos. Estes, responderam a um questionário online, de forma voluntária. Os resultados indicam-nos que a perceção de liderança transformacional tem um efeito positivo e significativo tanto no Po-Fit como no desempenho percecionado. O PO-Fit tem um efeito positivo e significativo no desempenho, assim como um efeito de mediação total na relação entre a perceção de liderança transformacional e a perceção de desempenho. Conclui-se que quando um líder é percecionado como transformacional pelos seus liderados, estes sentem um maior ajustamento à organização e a sua perceção de desempenho melhora.
- Quando a dark triad entra em campo: Diferença na prevalência de traços “negros” em treinadores e atletas, motivação e desempenho percebido dos atletasPublication . Silva, Raquel Alexandra Bértolo da; Loureiro, FilipeOs traços que constituem a Dark Triad (i.e., Maquiavelismo, Psicopatia, Narcisismo) têm sido amplamente investigados no contexto desportivo. Todavia, a literatura sobre a diferença da prevalência de traços “negros” entre treinadores e atletas, bem como o impacto dessa diferença nos outcomes do atleta, é inexistente. Assim, o presente estudo teve dois objetivos: 1) Estudar o efeito da diferença de traços da Dark Triad entre treinadores e atletas sobre o Desempenho Percebido dos atletas, e 2) Testar o efeito mediador da motivação nesta relação. Participaram no estudo 139 atletas de ambos os sexos (Midade = 23.00, DP = 4.84) de diversas modalidades desportivas. Os participantes responderam a um questionário online no qual realizaram uma auto e heteroavaliação dos traços “negros” nos seus treinadores através de uma escala adaptada da Dirty Dozen (Jonason & Webster, 2010), reportaram a sua motivação desportiva por intermédio da Sports Motivation Scale II-P (Pettelier et al., 2013) e o seu desempenho percebido através do Questionário de Perceção de Rendimento Desportivo (Gomes, 2016). Os resultados sugerem que a diferença da prevalência de psicopatia entre treinadores e atletas se relaciona negativamente com o desempenho percebido pelos atletas. A diferença relativa aos restantes traços “negros” não se relacionou com a motivação desportiva ou com o desempenho percebido. Análises adicionais evidenciaram que, de uma forma geral, a perceção de traços “negros” no treinador se relacionou com a desmotivação dos atletas e com uma perceção de pior desempenho desportivo. O presente estudo realça assim a importância de considerar os traços “negros” dos treinadores e a sua influência no desempenho e motivação dos atletas.
- Fit entre o estilo de tomada de decisão do atleta e da equipa: Impacto na perceção do desempenho em desportos coletivosPublication . Cuba, Beatriz Hilário; Loureiro, FilipeA presente investigação estuda a relação que a adequação (fit) entre o estilo de tomada-de-decisão individual (intuitivo e analítico) e a perceção de tomada-de-decisão da equipa (intuitiva e analítica) estabelece com a perceção de desempenho desportivo. Para além de identificar essa relação, este estudo testa se a autoeficácia coletiva e perceção de semelhança e complementaridade são mediadores da mesma. O estudo conta com uma amostra de 90 voluntários praticantes de uma atividade desportiva coletiva (63 do sexo masculino, 26 do sexo feminino, e 1 “outro”), com idades compreendas entre os 18 e os 48 anos. Os participantes responderam ao Questionário de Perceção de Rendimento Desportivo (QPRD; Gomes, 2016), ao Collective Efficacy Questionnaire for Sports (CEQS; Short et al., 2005), ao Questionário de Perceção de Complementaridade e Semelhança (adaptado de Piasentin & Chapman, 2007) e ao Inventário de Tomada-deDecisão no desporto (individual e equipa; adaptado de Pacini & Epstein, 1999). Os resultados demonstraram uma correlação positiva significativa entre o fit de intuição e análise e a perceção de desempenho coletivo. O fit de intuição correlacionouse também positivamente com as perceções de complementaridade e semelhança e com as dimensões de autoeficácia coletiva referentes ao esforço e preparação. Por sua vez, o fit de análise correlacionou-se positiva e significativamente com a perceção de semelhança e marginalmente com a perceção de complementaridade e a dimensão de esforço da autoeficácia coletiva. O efeito do fit de intuição e de análise sobre o desempenho foi mediado apenas pela dimensão de esforço da autoeficácia coletiva.
- Estarão o perfecionismo e o desempenho lado a lado?Publication . Henriques, Margarida Martins; Caetano, AntónioEste estudo tem como objetivo estudar se existe uma interação entre o perfecionismo e o desempenho de Jogadores de Futebol das camadas jovens. Por conseguinte, verificou-se também se o bem-estar afetivo tem um papel moderador na relação anteriormente referida (perfecionismo - desempenho). Os dados foram recolhidos através de um protocolo online, respondido por 144 jogadores de futebol das camadas jovens, abrangendo jogadores desde os escalões mais iniciantes (sub 14) até aos que estão no limiar entre formação e profissionalização (sub 23), de um único clube de futebol. Os resultados suportam a primeira hipótese, indicando uma associação significativa entre perfecionismo e desempenho. A segunda hipótese foi igualmente confirmada, mostrando que o bem-estar afetivo modera esta relação. A investigação evidenciou consequências práticas notáveis nomeadamente, a inclusão de programas de apoio psicológico, onde se abordem tanto a definições de metas realistas quanto a autoavaliações construtivas.
- Satisfação no trabalho e desempenho: O efeito moderador das fases de carreiraPublication . Gomes, Maria Inês Caixas; Cesário, FranciscoO presente estudo pretendia compreender a influência das fases de carreira na relação entre a satisfação laboral e o desempenho organizacional. As fases de carreira foram analisadas com base em três grupos etários representando a fase inicial, a fase intermédia e a fase avançada. O desempenho organizacional foi desagregado em desempenho de tarefa, contextual e contraprodutivo. Participaram no estudo 185 indivíduos, dos quais 111 do sexo feminino e os restantes 74 do sexo masculino, com idades a variar entre 21 e 76 anos. Os resultados mostram que em situação de elevada satisfação, quer intrínseca quer extrínseca, os participantes revelam níveis superiores de desempenho de tarefa e contextual e níveis inferiores de desempenho contraprodutivo. No entanto, participantes em fases mais elevadas de carreira tendem a revelar menores níveis de comportamentos contraprodutivos do que os participantes que se encontram na fase inicial. Este estudo permite verificar que os níveis de satisfação no início de carreira podem ser mais instáveis, uma vez que são influenciados por altos níveis de motivação intrínseca e, simultaneamente, confrontados com adversidades quer do ambiente de trabalho quer das próprias tarefas em que estão envolvidos. Também podemos identificar dificuldades numa fase mais avançada de carreira. Quando os trabalhadores sentem estagnação na carreira e detêm baixos níveis de motivação intrínseca tendem a apresentar comportamentos contraprodutivos que afetam diretamente a organização.
- Educação intercultural e o preconceito Infantil: O papel moderador das atitudes dos paisPublication . Lucena, Pilar Albuquerque Cordeiro Empis de; Loureiro, FilipeA presente investigação pretende estudar o efeito da Educação Intercultural no preconceito étnico-racial infantil. Complementarmente, procura analisar o efeito moderador das atitudes dos encarregados de educação e/ou pais na relação entre a implementação de práticas interculturais e o preconceito étnico-racial dos seus educandos. O estudo compreendeu uma amostra de 108 participantes, dos quais 54 crianças e 54 encarregados de educação respetivos. De entre a amostra infantil, 26 são do sexo feminino e 28 do sexo masculino, abrangendo uma faixa etária entre os 9 e os 11 anos de idade. Relativamente aos encarregados de educação, estes têm idades compreendidas entre os 31 e os 57 anos. De modo a avaliar as variáveis do estudo, foram aplicados dois questionários através da plataforma Qualtrics: o Questionário de Atitudes e Relações Intergrupais (Carlos, 2018) para as crianças, e um inquérito de caráter sociodemográfico para os encarregados de educação e/ou pais das crianças. Os resultados apresentados demonstraram que: a Educação Intercultural não teve um efeito significativo no preconceito infantil; A posição do encarregado de educação face à imigração relaciona-se tendencialmente com o preconceito do seu educando face a pares de raça negra; A posição do encarregado de educação relaciona-se positivamente com o desejo do seu educando em relacionar-se com outras crianças de raça negra; As atitudes dos encarregados de educação não moderam a relação entre a Educação Intercultural e o preconceito do educando. Posto isto, importa refletir sobre a importância que os pais e encarregados de educação têm no crescimento do seu educando e no desenvolvimento do seu preconceito. Adicionalmente, torna-se indispensável discutir acerca do impacto que a abordagem intercultural pode ter.
- A relação treinador-atleta e o burnout: O papel mediador das estratégias de copingPublication . Gomes, Afonso de Sales Pires; Filipe, LoureiroA incidência de burnout em atletas tem vindo a ser um fenómeno cada vez mais presente no mundo do desporto. O desenvolvimento de burnout tem sido associado à qualidade da relação da relação treinador-atleta. Para além disso, as estratégias de coping utilizadas pelos atletas estão relacionadas, tanto com a qualidade da relação treinador-atleta, como com o desenvolvimento de burnout. Este estudo tem como objetivo testar a influência da relação treinador-atleta nos níveis de burnout experienciados pelos atletas, mediada pelas estratégias de coping utilizadas. Participaram 141 participantes, atletas entre os 16 e os 41 anos (M = 20.8, DP = 3.44). As variáveis em estudo foram avaliadas pelas versões portuguesas do ABQ (Athlete Burnout Questionnaire), CART-Q (Coach Athlete Relationship Questionnaire), e Brief COPE. Foi encontrada uma relação negativa e estatisticamente significativa entre a qualidade da relação treinador-atleta e o burnout. Verificou-se também uma associação positiva entre a qualidade da relação treinador-atleta e a utilização de estratégias de coping focadas no problema. Por sua vez, as estratégias de coping focadas no problema correlacionaram-se negativamente com os níveis de burnout, ao contrário das estratégias focadas no evitamento que se associaram positivamente com pelo menos uma das dimensões do burnout. Não se verificou o efeito mediador das estratégias de coping na relação entre a qualidade da relação treinador-atleta e o burnout. Os resultados alertam para a importância de se investir na construção e manutenção de relações positivas no mundo desportivo.
- Entre luz e sombra: Estabilidade emocional enquanto moderadora da relação entre o cronótipo e o stress ocupacionalPublication . Paulino, Estela Alexandra Moita; Loureiro, FilipeO presente estudo procurou estudar se variações no stress ocupacional podem ser explicadas pelo cronótipo, e se esta relação é moderada pela estabilidade emocional. Contou com 224 trabalhadores, 91 do sexo masculino e 113 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 19 e os 71 anos (M = 33.64, DP = 10.69). De modo a avaliar o cronótipo, aplicou-se a versão reduzida do MorningnessEveningness Questionnaire (rMEQ) (Loureiro & Garcia-Marques, 2015), o BFI-44 (Coelho, 2010; Diogo, 2015) para medir os níveis de estabilidade emocional, e o Trier Inventory for the Assessment of Chronic Stress (TICS-36) (Sallen et al., 2018) para avaliar o stress ocupacional. Os resultados obtidos sugerem que a matutinidade se relaciona negativamente com dimensões especificas de stress ocupacional (e.g., insatisfação no trabalho, preocupação crónica, isolamento social). Adicionalmente, o stress ocupacional também se relacionou negativamente com a estabilidade emocional, relação que se observou para sete dimensões do stress. As análises de moderação evidenciaram que o efeito preditor do cronótipo na insatisfação no trabalho, isolamento social, e na preocupação crónica é moderado pela estabilidade emocional. Especificamente, apenas para baixos níveis de estabilidade, a matutinidade associou-se negativamente com o stress ocupacional. Os resultados destacam a relevância de fatores individuais, como o cronótipo e a estabilidade emocional, no stress associado ao contexto laboral. Evidenciam ainda que a existência de um match entre o horário de trabalho e as preferências cromotípicas pode ser uma estratégia eficaz para mitigar os efeitos negativos do stress ocupacional e da baixa estabilidade
- The dark and the light side of conflicts: Como a nossa personalidade se relaciona com os estilos de gestão de conflitosPublication . Pereira, Mariana Isabel Roldão; Sabino, Ana MargaridaA boa gestão de conflitos no local de trabalho ajuda, por exemplo, no bom funcionamento das equipas, sendo que a personalidade poderá influenciar este fenómeno. A teoria Dark Triad tem sido alvo de várias investigações ultimamente e surgiu recentemente uma teoria oposta, a teoria Light Triad. Considerando isto, é relevante entender como estas teorias de personalidade influenciam as estratégias de resolução de conflitos. O presente estudo tem então como objetivos entender como os traços de personalidade da Dark Triad e da Light Triad predizem o estilo de gestão de conflito escolhido no local de trabalho e observar as diferenças entre as duas teorias de personalidade e as suas preferências nos estilos de gestão de conflito escolhidos. De modo a estudar este fenómeno recolheu-se 224 participantes que responderam a um questionário com instrumentos que medem o nível de traços dark, nível de traços light e para determinar os estilos de gestão de conflito mais utilizados. Os resultados obtidos demonstraram que níveis altos de traços dark, geralmente, predizem a escolha do estilo de gestão de conflito de dominação e que níveis altos de traços light predizem outros estilos. Adicionalmente, verificou-se que altos níveis de narcisismo predizem uma postura de evitação nos conflitos. Através desta investigação concluiu-se que é importante entender como a personalidade dark e light influencia a gestão de conflitos no local de trabalho de modo a garantir uma resolução adequada destes. Este estudo aumentou também o conhecimento teórico das duas teorias e a sua relação na população portuguesa.