PSOC - Dissertações de Mestrado
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing PSOC - Dissertações de Mestrado by Issue Date
Now showing 1 - 10 of 158
Results Per Page
Sort Options
- Por uma teoria de probabilidade subjectiva: Revisitando os alicercesPublication . Garcia-Marques, Teresa; Faria, João
- Geração de ideias mediada por computador: Diades interactivas versus diades nominaisPublication . Pissarra, João; Jesuíno, Jorge Correia
- Representações sociais da inteligência e do desenvolvimento de inteligência e identidades sociaisPublication . Amaral, Virgílio Ribeiro; Vala, JorgeInexistente
- Competências psicológicas nos atletas de Jiu-jitsu participantes do 3º campeonato europeuPublication . Moraes Filho, João Alves deO presente estudo teve por objectivo analisar as competências psicológicas de atletas de Jiu-jitsu participantes do 3o Campeonato Europeu da modalidade. Participaram no estudo 115 atletas de diferentes nacionalidades, com idades entre os 18 e os 32 anos (25,75±3,01), os quais responderam a um questionário que, para além de algumas questões relativas a dados demográficos (e.g., idade) e desportivos (e.g., graduação e peso), incluía também a versão portuguesa do Test of Performance Strategies (TOPS; Thomas et al., 1999). A análise dos resultados revelou que, nos treinos, os atletas utilizavam mais a Formulação de Objectivos, a Activação e o Controlo Emocional, enquanto as competências menos referidas foram o Relaxamento, a Automaticidade e a Visualização Mental. Em competição os atletas utilizavam mais a Formulação de Objectivos, a Activação e o Controlo Emocional e menos os Pensamentos Negativos, a Automaticidade e a Autoverbalização. A Automaticidade era significativamente mais utilizada no treino do que na competição, e o Relaxamento, a Visualização Mental e a Activação eram mais usadas na competição do que no treino. No que respeita à análise em função dos anos de prática, os atletas com menos de quatro anos de prática, no treino, empregavam mais frequentemente a Formulação de Objectivos, o Controlo Atencional e a Autoverbalização, sendo as competências menos referidas o Relaxamento, a Automaticidade e a Activação; na competição, estes atletas recorriam mais à Formulação de Objectivos, à Activação e à Visualização Mental e menos aos Pensamentos Negativos, à Automaticidade e à Autoverbalização. Os atletas com quatro ou mais anos de prática, no treino, recorriam mais à Formulação de Objectivos, ao Controlo Emocional e ao Controlo Atencional e menos ao Relaxamento, à Automaticidade e à Visualização Mental; na competição, este grupo referiu utilizar mais a Formulação de Objectivos, a Activação e o Controlo Emocional e menos os Pensamentos Negativos, a Automaticidade e a Autoverbalização. Não foram encontradas diferenças significativas nas competências psicológicas usadas no treino pelos atletas com menos de quatro anos de prática e com quatro ou mais anos de prática; na competição, os Pensamentos Negativos eram significativamente mais usados pelos atletas com menos de quatro anos de prática. Em relação às categorias de peso, as competências psicológicas que os atletas da categoria Leve mais usavam no treino eram a a Formulação de Objectivos, o Controlo Atencional e a Autoverbalização e as menos utilizadas o Relaxamento, a Automaticidade e o Controlo Emocional; as competências psicológicas mais utilizadas na competição eram a Formulação de Objectivos, a Activação e a Visualização Mental e as menos utilizadas os Pensamentos Negativos, a Automaticidade e o Controlo Emocional. Os atletas da categoria Médio, no treino, usavam mais a Formulação de Objectivos, o Controlo Atencional e o Controlo Emocional e menos o Relaxamento, a Visualização Menta! e a Autoverbalização; na competição recorriam mais à Activação, Formulação de Objectivos e Controlo Emocional e menos aos Pensamentos Negativos, Automaticidade e Autoverbalização. Os atletas da categoria Pesado empregavam mais, no treino, o Controlo Emocional, a Formulação de Objectivos e a Automaticidade e menos o Relaxamento, a Activação e a Autoverbalização; na competição, utilizavam mais frequentemente a Formulação de Objectivos, a Activação e o Relaxamento e com menos frequência os Pensamentos Negativos, a Automaticidade e a Visualização Mental. No treino, o Controlo Emocional era mais utilizado pelos atletas da categoria Pesado do que pelos da categoria Leve e o Controlo Atencional era mais utilizado pelos atletas da categoria Médio do que pelos da categoria Pesado; na competição, não foram encontradas diferenças significativas nas competências psicológicas usadas pelos atletas das três categorias de peso. No que concerne à análise em função da nacionalidade, os resultados mostraram que os atletas do Brasil utilizavam mais, nos treinos, a Formulação de Objectivos, o Controlo Emocional e o Controlo Atencional e as competências menos utilizadas foram o Relaxamento, a Automaticidade, a Visualização Mental e a Activação; na competição, os atletas brasileiros utilizavam mais a Activação, a Formulação de Objectivos e o Controlo Emocional e menos os Pensamentos Negativos, a Automaticidade e a Autoverbalização. Os atletas da Europa, nos treinos, utilizavam mais a Formulação de Objectivos, o Controlo Atencional e a Autoverbalização, sendo as competâncias menos usadas o Relaxamento, a Automaticidade e a Visualização Mental; na competição, recorriam mais à Activação, Formulação de Objectivos e Autoverbalização e menos aos Pensamentos Negativos, Automaticidade e Relaxamento. Não foram encontradas diferenças significativas nas competências psicológicas usadas no treino pelos atletas brasileiros e europeus; na competição, os Pensamentos Negativos eram mais referidos pelos atletas europeus que pelos brasileiros. Relativamente aos resultados dos atletas em função da sua graduação, nos treinos, os atletas de Faixa Branca faziam mais uso do Controlo Emocional, da Autoverbalização e da Formulação de Objectivos e menos do Relaxamento, Automaticidade e Activação; as competências psicológicas mais utilizadas na competição eram a Formulação de Objectivos, a Activação e o Controlo Emocional e as menos utilizadas os Pensamentos Negativos, a Automaticidade e a Autoverbalização. As competências psicológicas mais utilizadas no treino pelos atletas de Faixa Azul eram a Formulação de Objectivos, o Controlo Atencional e o Controlo Emocional e as menos utilizadas o Relaxamento, a Automaticidade e a Visualização Mental; na competição, estes atletas recorriam mais à Formulação de Objectivos, à Activação e à Visualização Mental e menos aos Pensamentos Negativos, ao Relaxamento e à Automaticidade, Os atletas de Faixa Roxa, no treino, usavam mais o Controlo Emocional, o Controlo Atencional e a Formulação de Objectivos e menos o Relaxamento, a Automaticidade e a Activação; na competição, recorriam mais à Formulação de Objectivos, à Activação e ao Relaxamento e menos aos Pensamentos Negativos, à Automaticidade e à Visualização Mental. As competências psicológicas mais utilizadas no treino pelos atletas de Faixa Castanha eram a Formulação de Objectivos, o Controlo Atencional e o Controlo Emocional e as menos utilizadas o Relaxamento, a Automaticidade e a Visualização Mental; na competição, usavam mais a Formulação de Objectivos, a Activação e o Controlo Emocional e menos os Pensamentos Negativos, a Automaticidade e o Relaxamento. As competências psicológicas mais utilizadas no treino pelos atletas de Faixa Preta eram a Formulação de Objectivos, o Controlo Emocional e o Controlo Atencional e as menos utilizadas o Relaxamento, a Activação e a Visualização Mental; as competências psicológicas mais utilizadas na competição eram a Formulação de Objectivos, a Activação e o Relaxamento e as menos utilizadas os Pensamentos Negativos, a Automaticidade e a Autoverbalização. Não foram encontradas diferenças significativas nas competências psicológicas usadas no treino pelos atletas de diferentes graduações (Faixas); na competição, o Relaxamento era significativamente mais usado pelos atletas de Faixa Preta do que pelos de Faixa Azul e os Pensamentos Negativos eram mais utilizados pelos atletas de Faixa Azul do que pelos de Faixa Castanha.
- Representações sociais e relações intergrupaisPublication . Marcelino, Pedro Alexandre Feliciano de Almeida; Amaral, Virgílio RibeiroDesde o seu surgimento, o estudo das Representações Sociais tem sido explorado por diversas áreas, aplicado aos mais diversificados contextos sociais. Este trabalho enquadra-se no estudo das representações sociais. O objectivo deste artigo consiste em estabelecer uma compreensão da relação entre os conceitos Representações Sociais e Relações Intergrupais, através de um levantamento de literatura e das teorias apresentadas. O artigo começa com uma breve introdução ao tema em análise, incluindo um enquadramento da história do estudo dos conceitos. O leitor ficará a conhecer os processos sociocognitivos das representações. Seguidamente são apresentadas diferentes teorias das relações intergrupais. Finalmente é explorada a dinâmica das múltiplas relações estabelecidas pelos indivíduos e respectivas interacções com o mundo social representado. A literatura sugere uma interacção dinâmica entre a realidade social representada e as relações que estabelecemos. A representação social do grupo de pertença de um indivíduo ou indivíduos com os quais estabelecemos uma interacção, condiciona o tipo de interacção que estabelecemos, tendo enquanto referência os grupos de pertença. No entanto, a própria natureza da interacção estabelecida com os vários elementos de um determinado grupo social contribui para a uma representação social mais abrangente. Assim, deparamo-nos com uma dinâmica em que o primeiro condiciona o segundo e este por sua vez modela o primeiro. O artigo termina com algumas considerações e sugestões para estudos futuros.
- Fado como expressão musical e não ―fatumPublication . Sousa , Ângelo Miguel Ramos de; Amaral, Virgílio RibeiroNo presente trabalho, aborda-se uma expressão musical tipicamente portuguesa, e procura-se articular as subculturas de duas gerações de fadistas amadores - um grupo de fadistas amadores que designamos por ―grupo dos adultos‖ e um grupo de fadistas amadores que designamos por ―grupo dos jovens adultos‖ – com as identidades destes sujeitos sociais. A questão da identidade é abordada do ponto de vista filosófico (com base na noção de Ipseidade ou Identidade Pessoal) e em termos do entendimento daquela noção no âmbito da Psicologia Social. São abordadas as noções de cultura, cultura musical e da expressão musical fado. Formularam-se uma serie de questões de investigação, a saber a atitude dos sujeitos em relação ao fado, perspectivas sobre a identidade e o fado, concepções de praticas inerentes a subcultura do fado, ícones musicais, sentimentos, concepções da influência social do fado, atitudes e estereótipos associados ao fado e, finalmente, a importância da musica na vida dos participantes. Em termos metodológicos foi adoptado o método de histórias de vida, seguindo o protocolo proposto por Flick (2004), tendo-se procedido à análise de conteúdo do corpus. Os resultados mostram, de entre outras, algumas diferenças entre os dois grupos sobretudo: ao nível da identidade, sendo a dimensão social mais pronunciada no grupo dos fadistas mais velhos, diferenças ao nível dos ícones, diferentes experiências vividas do fado, recusa de estereótipo por parte do grupo dos fadistas mais antigos e construção de uma representação protótipica nos mais jovens, a existência de uma representação de uma matriz comum do fado em ambos os grupos, mas divergências no que respeita à projecção do fado no futuro. Os resultados são discutidos não só em termos dos conteúdos ligados às diferentes consignes das entrevistas mas também em termos da concepção de identidade (na sua narratividade, actualidade, na sua dimensão prospectiva) que operacionalizámos através do protocolo de entrevista.
- Autoconfiança e rendimento desportivo: estudo longitudinal numa equipa de futebol profissionalPublication . Neves, Ana Sofia Ferreira; Almeida, Pedro Henrique Garcia Lopes deSão objectivos deste trabalho: explorar a acção da variável individual autoconfiança estado vivida durante a época competitiva (ao longo de 17 jogos) do Campeonato Nacional, de um grupo de 23 futebolistas seniores, nos seus níveis de rendimento (objectivo e subjectivo) e sua competência psicológica (autoconfiança traço); analisar as relações entre as diferentes medidas de rendimento (objectivo e subjectivo). Para o efeito, num momento pré competitivo, os atletas responderam ao questionário PODIUM individual (Abrantes, 2005). Durante a competição o rendimento objectivo foi avaliado por meio de observação directa, tendo sido calculados rácios de rendimento para cada atleta, por jogo. Após a competição, os jogadores preencheram o questionário “Questionário Pós Competitivo” (Cruz, 1991; cit por Almeida, 2003), onde avaliaram subjectivamente o seu rendimento. De igual forma, os treinadores preencheram um questionário pós competitivo - “Avaliação dos treinadores” – (Ebbeck e Weiss, 1988) onde avaliaram subjectivamente o rendimento de cada jogador em cada jogo. Num momento neutro os jogadores preencheram o “Inventário de Competências Psicológicas para o Desporto – Forma R5” (ICPD) (Cruz e Viana, 1993; Viana, Carvalho, Barrocas e América, 1993). Em relação a esta amostra não se verificaram correlações significativas ao longo dos 16 jogos entre a autoconfiançaestado pré-competitiva e os diferentes tipos de rendimento. Da mesma forma, não foram verificadas correlações significativas entre os diferentes tipos de rendimento ou até mesmo entre a percepção da competência autoconfiança e a autoconfiançaestado. Contudo, deixam-se algumas considerações para investigações futuras.
- A música, as relações intergrupais e a escolaPublication . Ferreira, Arminda Marques de Castro; Amaral, Virgílio RibeiroGrande parte das vivências dos adolescentes desenvolve-se, não só em ambiente escolar, mas também fora deste, acompanhados muitas vezes, dos seus pares de estudo, sendo a música um importante canal de comunicação que lhes permite manifestar as suas emoções, os seus sentimentos e partilhar com os outros ideais e maneiras de estar. O objectivo deste estudo foi perceber se os diferentes géneros musicais ouvidos pelos adolescentes influenciam a formação de auto e hetero estereótipos e o seu comportamento na escola. Numa primeira fase do estudo – a parte qualitativa/exploratória - procurou-se perceber, através de pequenas entrevistas, quais as preferências musicais de um grupo de jovens estudantes, da região de Lisboa, entre os 15 e os 18 anos. O guião da entrevista foi elaborado a partir de perguntas abertas, devendo os jovens identificar espontaneamente dez géneros musicais; em seguida era-lhes solicitado para que os colocassem por ordem de preferência. Na mesma entrevista pedia-se ainda aos adolescentes que identificassem e caracterizassem “grupos” de jovens que existem nas suas escolas. A interpretação destas respostas, permitiu-nos chegar a uma listagem de estilos musicais percepcionados por adolescentes, e perceber que os mesmos reconhecem a existência de grupos de jovens nas escolas aos quais associam características psicológicas internas e externas. Na segunda fase do estudo – quantitativa - foi utilizado um questionário constituído por duas partes: - Em que a primeira consistiu numa Escala de Atributos onde os jovens deviam auto caracterizar-se em função das suas preferências musicais e caracterizar outros grupos de adolescentes. - A segunda parte consistiu numa Escala de Atitudes em relação à Escola, onde lhes era solicitada a avaliação das atitudes do seu grupo e de outros grupos. Pretendeu-se analisar a forma como os jovens categorizam os atributos de diferentes categorias sócio cognitivas relacionadas com gostos musicais e perceber se existe uma relação entre os factores identificados e as atitudes face à escola. A amostra foi constituída por 10 adolescentes para o estudo exploratório e de 120 no estudo quantitativo, que frequentavam entre o 10º e o 12º ano de escolaridade. Os Estilos Musicais alvo deste estudo foram o “Rock” o “Hip Hop”, o “Reggae” e o “Pop” porque no estudo exploratório foram estes os estilos seleccionados como os «mais preferidos». Os dados foram tratados estatisticamente através da Análise Factorial, método de análise das componentes principais. Os resultados do presente estudo não permitiram confirmar, as hipóteses inicialmente formuladas de que os adolescentes favorecem em termos de atributos e atitudes o grupo de amigos com os quais partilham os mesmas preferências musicais e desfavorecem os grupos de adolescentes que não apreciam os mesmos estilos musicais. Estudos recentes sobre o mesmo tema, têm utilizado em vez de um estilo individual, um género musical composto por um conjunto de estilos que representa uma tendência com algumas características comuns mas, que ao mesmo tempo, permite um maior grau de liberdade de escolha e identificação do adolescente. De referir que os adolescentes deste grupo etário, ainda se encontram em processo dinâmico de crescimento e de descoberta do seu eu, dos seus gostos, e receptivos a novas e diferentes experiências, cabendo, naturalmente nestas últimas as experimentações musicais.
- Cooperação e motivação. Qual a relação? Estudo em equipas desportivasPublication . Batista, Ana Cláudia Correia; Almeida, Pedro Henrique Garcia Lopes deO estudo em questão procura avaliar a relação existente entre a cooperação e a motivação, em particular no que concerne à orientação motivacional (ego/tarefa) dos atletas. O estudo em questão conta com a participação de 260 atletas de ambos os sexos que praticam desportos colectivos, onde existe confronto directo de jogadores, no presente estudo, andebol, futebol, basquetebol, futsal, hóquei, rugby. Os escalões considerados para o estudo foram o escalão júnior e o escalão sénior e a média de idades dos participantes é de 22 anos, sendo que o sujeito mais novo tem 16 anos e o mais velho 37. A cooperação foi avaliada através do Questionário de Cooperação Desportiva (QCD), na sua versão adaptada à população Portuguesa por Martins em 2007. Como instrumento para avaliar a orientação motivacional foi utilizado o Task and Ego Orientation Sport Questionnaire (TEOSQ) na sua versão Portuguesa (Fonseca e Brito, 2005). Com este trabalho verificou-se a existência de uma relação entre cooperação e motivação. Sendo que a orientação para o ego possui uma correlação positiva com a cooperação condicionada e uma correlação negativa com a cooperação incondicionada e com o treinador. Por seu turno, a orientação para a tarefa possui uma relação positiva com todas as dimensões da variável cooperação. Foram ainda analisadas as relações existentes entre a cooperação e variáveis demográficas. Desta forma, verificou-se que existe uma relação entre a cooperação e a idade, rendimento, número de jogos e habilitações literárias.
- Os professores e a violência doméstica: Valores e intervenção pedagógicaPublication . Niza, Ricardo Manuel de Oliveira; Senos, JorgeA pertinência do estudo que aqui se apresenta prende-se com o facto de o problema da violência doméstica contra as mulheres ser tão complexo que deva ser estudado e analisado nas suas múltiplas vertentes. Daí, tentar-se perceber como é que este problema é olhado e tratado pelos professores, nas escolas, junto de crianças e adolescentes. Este estudo teve como objectivo saber quais os valores que um conjunto de professoras de 1º, 2º e 3º ciclos revelavam em relação à família e à violência e se havia diferenças a esse respeito, entre os dois grupos definidos na amostra. Saber se se interessavam pela problemática da violência doméstica contra as mulheres, bem como se já tinham abordado esta problemática, nas salas de aula. Para aquelas que o não tinham feito, quis-se saber como viriam a abordar tal tema, o que poderia revelar-nos, simultaneamente, a sua disposição para abordá-lo na sala de aula. Também aqui quisemos saber se havia diferenças nos dois grupos da amostra. Como atrás se referiu, foram constituídos dois grupos de docentes: um grupo que se distinguia pela variável reflexão regular conjunta, com os colegas de profissão, fora da escola e numa instituição que promove esse hábito de reflexão, o Movimento da Escola Moderna e um outro grupo constituído por professoras das mesmas escolas e que não dispunham desses meios de desenvolvimento profissional. Utilizámos como instrumentos de recolha de informação, uma escala de valores- Values Índex – utilizada por Lee Ann Hoff numa investigação sobre os valores dos membros das redes sociais de suporte de mulheres vítimas de maus tratos (Hoff, 1990) e um questionário complementar sobre a abordagem do tema no ensino. Concluímos, em resposta às questões de investigação colocadas, que as professoras da amostra revelam, nas respostas à escala de valores, um posicionamento feminista, sendo essa posição ainda mais consistente no caso das professoras reflexivas (grupo MEM). Que existem diferenças significativas entre os dois grupos de professoras, em quatro de cinco subescalas analisadas e também no que toca ao total da escala. As professoras que já tinham abordado o tema da violência doméstica utilizaram entre três a cinco estratégias pedagógicas, enquanto que as que responderam à questão referente a uma abordagem futura mobilizaram seis a oito estratégias.