PEDU - Capítulo de livro
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing PEDU - Capítulo de livro by Title
Now showing 1 - 10 of 31
Results Per Page
Sort Options
- 1, 2, 3 conta-me tu desta vez!: programa de leitura dialógica de histórias com crianças de idade pré-escolarPublication . Rato, Leonor Moreira; Martins, M. A.Pretendemos com este estudo investigar, se um programa de leitura dialógica com crianças em idade pré-escolar, tem implicações no desenvol - vimento da sua linguagem oral, especificamente, ao nível do reconto de histórias. Esta investigação contou com a colaboração de 26 crianças de 5 anos de idade. A presente investigação é de natureza quase-experimental, sendo composta por várias fases sequenciais: (1) fase de pré-teste, na qual as crianças foram submetidas a uma avaliação individual; (2) fase de intervenção, na qual foram estabelecidos 2 grupos-um grupo experimental com quem foi implemen - tado um programa de leitura dialógica e um grupo de controlo com quem foi desenvolvido um programa de leitura tradicional; (3) fase de pós-teste, com vista a uma nova reavaliação nas mesmas áreas do pré-teste. É possível observar a partir dos resultados que no pré-teste o grupo experimental e de controlo apresentam resultados relativamente próximos e que após a implementação dos programas as crianças do grupo experimental tiveram melhores resultados no reconto de histórias, comparativamente com as crianças do grupo de controlo. Diremos em conclusão que a leitura dialógica de histórias parece ser uma prática a incorporar no quotidiano das rotinas de jardim-de-infância.
- Aprender: a conceção de estudantes universitários de um curso na área da educaçãoPublication . Almeida, Camila Marta de; Freire, Sofia; Silva, Juana de Carvalho Ramos; Carvalho, CarolinaInvestigações focadas nas conceções de aprendizagem dos alunos revelam que estas diferem e que originam formas de aprender também diferentes. Algumas destas conceções são compatíveis com perspectivas mais atuais sobre o que se pretende com o ensino superior e que tipo de envolvimento se pretende dos alunos. Sabendo que as conceções sobre o que é aprender originam formas distintas de interagir com o contexto de ensino-aprendizagem, é fundamental conhecê-las de forma adequá-las às exigências da sociedade actual. Este estudo de cunho exploratório objetivou conhecer as conceções de estudantes do ensino superior sobre o que é aprender. Participaram 56 estudantes do primeiro ano de uma licenciatura na área da educação, sendo a maioria do género feminino (83,9%), com idade média de 19,5 anos (DP=1,7). Para a recolha de dados os estudantes responderam a duas questões abertas. Os dados foram analisados a partir de um conjunto de categorias prévias sobre concepções de aprendizagem utilizadas em investigações fenomenográficas. Os resultados obtidos revelam que os estudantes entendem a aprendizagem como a aquisição de conhecimentos e memorização (73% do total de respostas). Poucas respostas mencionaram os processos de construção de significados pessoais e a transformação (27% do total de respostas), sendo estes aspetos essenciais da pedagogia universitária. Assim, este estudo vem salientar a importância de se explorar a conceção de estudantes sobre o que é aprender e como se aprende, para possibilitar o desenvolvimento de pedagogias promotoras do envolvimento ativo dos estudantes e estimulando a construção de significado.
- Aspetos afetivos e regulatórios durante o processo de estudo de estudantes do ensino superiorPublication . Leal, Fátima; Grácio, LuísaA universidade exige que os estudantes desenvolvam e utilizem estraté - gias de estudo e de aprendizagem mais profundas e profícuas do que nos níveis de ensino anteriores (Almeida, Araújo, & Martins, 2016). Durante o processo de estudo e de aprendizagem emergem emoções académicas (Pekrun, 2014) e afeto que interferem significativamente com a prestação dos estudantes. Identificar aspetos afetivos e de regulação emocional durante o estudo revela-se importante para maximizar a aprendizagem (quer aumentando o afeto positivo potenciador da aprendizagem quer diminuindo o afeto negativo de forma a não prejudicar o estudo e a aprendizagem dos estudantes). Esta investigação qualitativa teve por objetivo conhecer o que os estudantes de ensino superior sentem enquanto estudam e quais as estratégias regulatórias que utilizam para lidar com essas experiências emocionais. Os dados foram recolhidos através de entrevistas semiestruturadas realizadas a 48 estudantes e tratados através de análise de conteúdo. Os resultados mostraram que as experiências afetivas dos estudantes se caracterizam por variabilidade emocional e diferenciação em termos de presença/ ausência de gosto, vivência de dificuldade e regulação afetiva. Conclui-se que apesar dos estudantes mobilizarem estratégias emergem poucas estratégias de regulação emocional para lidarem com o muito que sentem enquanto estudam. Propostas de intervenção são deixadas nas conclusões deste trabalho.
- A atuação dos diretores escolares: entre limites e necessidadesPublication . Carvalho, Maria João de; Joana, LucianaA necessidade de as organizações e as suas lideranças se adaptarem à exigente dinâmica atual foi o que mais contribuiu para engrossar o léxico pedagógico com os conceitos de líder e liderança, situação a que não é alheio o contexto educativo português. O Decreto-Lei nº 75/2008 formaliza-o de modo bastante reforçado quando reconhece importância às dimensões da gestão e da liderança para o desenvolvimento de uma escola mais autónoma e de qualidade. Enquadramento que justifica a criação do cargo de diretor, constituindo um órgão unipessoal, “para que em cada escola exista um rosto, um primeiro responsável” (Preâmbulo, p. 2342). Neste âmbito, foi nosso objetivo conhecer se as representações e as práticas de liderança deste órgão de gestão enforma as decretadas características do “reforço de liderança” no que respeita ao favorecimento de resultados escolares e do comportamento dos alunos. O nosso trabalho compreendeu uma opção metodológica de natureza qualitativa sobre 5 agrupamentos de escola situados na região do Alto Douro, sendo que a recolha de dados foi realizada entre o período que mediou entre 2016-2017. Fez-se uso da análise documental, que incidiu sobre os documentos estruturantes, e da entrevista semiestruturada realizada aos diretores. A interpretação dos dados foi feita através da análise de conteúdo associada à utilização do MAXQDA. Foi possível concluir que os objetivos inclusos no decreto supracitado, na maior parte dos casos, estão longe de serem atingidos, sendo que nas situações em que parece existir alguma melhoria ela não é consequência direta da unipessoalidade da gestão.
- Bullying e qualidade de interações familiares na perspectiva de estudantes brasileirosPublication . Oliveira, Wanderlei A. De; Da Silva, Jorge Luiz; Caravita, Simona Carla Silvia; Silva, Marta Angélica IossiEsse estudo utilizou a triangulação de métodos para analisar a relação entre a qualidade das interações familiares de adolescentes e o envolvimento em práticas de bullying escolar ou vitimização. Os dados foram coletados junto a 2.354 estudantes (meninas=50, 7%; idade média=14,5 anos, DP=2,0 anos) de 11 escolas públicas brasileiras. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de duas escalas (bullying e interações familiares) em 2.354 estudantes e da técnica de entrevistas semiestruturadas com 55 estudantes sorteados entre o total de participantes. Os dados foram analisados por meio de análises estatísticas no programa SPSS e de análise de conteúdo, em sua modalidade temática, no software Atlas.TI. O referencial teórico adotado foi a Teoria Bioecológica do Desenvolvimento. Identificou-se uma prevalência de 10,3% de estudantes agressores, 10,1% de vítimas e 5,4% de vítimas-agressoras. Aspectos do microssistema ‘família” assumiram papéis na promoção ou inibição de comportamentos de bullying. Nesse sentido, sumarizam-se os principais resultados: (1) estudantes não-envolvidos em situações de bullying possuíam melhores interações familiares; (2) ambientes familiares negativos ou com muitos conflitos colocavam os adolescentes em maior situação de vulnerabilidade para a prática do bullying ou a vitimização; e (3) variáveis familiares positivas, como regras e supervisão, envolvimento e sentimentos positivos entre pais/cuidadores e filhos, foram consideradas protetivas em relacção ao fenómeno. Os resultados do estudo confirmam padrões de bullying e sua relacção com fatores familiares.
- Comportamento exploratório em relação à carreira de universitários brasileiros de administração: comparando ingressantes e concluintesPublication . Aguillera, Fernanda; Bortolotti, Suellen Estevam; Leal, Mara de SouzaO ensino superior exerce importante papel no planejamento de carreira dos estudantes. Segundo a perspectiva desenvolvimentista, para além da formação profissional, tarefas de exploração e preparação para o mundo do trabalho interferem na empregabilidade dos jovens e precisam ser estimuladas. O presente objetivou: mapear o comportamento exploratório de carreira de jovens universitários iniciantes e concluintes de um curso de Administração; e, verificar possíveis diferenças em seu repertório tendo em vista a vivência universitária. Justifica-se como diagnóstico inicial para nortear ações futuras de estimulação desses comportamentos entre os jovens. Participaram 83 estudantes do curso de Administração de uma universidade privada, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 37 anos (M=25), sendo 41 matriculados no 1º período (ingressantes) e 42 no 8º período (concluintes). Foram aplicados questionário de caracterização e a Escala de Exploração Vocacional para Universitários, e realizadas análises descritivas e teste t de Student. Resultados preliminares mostraram que o comportamento exploratório dos estudantes é reduzido, tanto em termos de autoconhecimento, como na exploração de oportunidades e informações acerca da carreira, o que parece aumentar com a vivência prática de estágios. A partir desse diagnóstico, oficinas de Planejamento de Carreira passaram a ser oferecidas. Além disso, passou-se a incentivar, entre os docentes, que adotem métodos didáticos que melhor aproximem teoria e prática, como metodologias ativas de ensino-aprendizagem e realização de visitas técnicas. O estímulo à exploração e preparação para a carreira no contexto universitário é discutido, considerando-se meios contemporâneos que podem ser adotados para se cumprir tal função.
- Dependências online: estudo sobre a perceção da supervisão parental numa amostra de pais de crianças e jovensPublication . Patrão, Ivone Alexandra Martins; Fernandes, Pedro AiresA dependência online é transversal a todas as gerações. A geração cordão é aquela que não desliga, que tem dificuldade nas competências sociais, na auto regulação emocional e no processo de autonomia. A questão que se coloca é a do modelo parental na gestão da tecnologia. Os dados em amostras portuguesas de jovens, considerados a geração cordão (Patrão, 2017) (entre os 12 e os 30 anos) apontam para um cenário preocupante de cerca de 25% com adição à internet, sobretudo dos jogos online e das redes sociais. O objetivo do estudo foi de avaliar perceção do controlo parental numa amostra de pais e a relação com a dependência online e funcionamento familiar. Aplicou-se um protocolo de investigação online a uma amostra de 95 pais, com a avaliação de dados sociodemográficos, dados do uso e acesso à internet, da supervisão parental, da dependência online e do funcionamento familiar. Os resultados recolhidos indicam que há um baixo nível de supervisão parental nas atividades online dos filhos. Os pais em geral apresentam-se como um modelo com preferência pelas redes sociais com consumo diário de em média 5h por dia, sendo que nesta amostra a dependência online está correlacionada com a perceção de um bom funcionamento familiar. Estes dados remetem para a necessidade de apostar na promoção da gestão saudável dos comportamentos online, por todos, e na clara sensibilização daqueles que funcionam como modelo educativo.
- Desenvolvimento moral e conceito de mentira nas criançasPublication . Martins, Maria José D.; Estevão, BeatrizEsta investigação teve como objetivos compreender como se processa o desenvolvimento moral de crianças em idade escolar, em particular no que concerne à compreensão e evolução do conceito de mentira e à capacidade para diferenciarem entre as consequências das ações e as intenções dos atores em pequenas narrativas, no âmbito da teoria de Piaget sobre desenvolvimento moral. Atualmente a convenção dos direitos da criança e a legislação portuguesa admitem o direito de audição e de participação da criança nos processos judi - ciais e administrativos que lhe respeitem e o referencial da educação para a cidadania, do Ministério de Educação Português, pressupõe uma educação para a responsabilidade e autonomia. A metodologia deste estudo foi de natureza qualitativa e envolveu entrevistas individuais semiestruturadas a 146 crianças, com idades entre os 6 e os 10 anos, a frequentar um dos quatro anos de escola - ridade, de uma escola do 1.º ciclo do ensino básico numa cidade do Alto Alentejo. Foram efetuadas 10 questões: 3 sobre a mentira; 4 sobre uma história que avaliava o nível de desenvolvimento moral no que concerne especifica - mente o realismo versus subjetivismo moral; e 3 sobre a sugestionabilidade a 3 figuras de referência. Os resultados sugerem que a maioria das crianças é capaz de diferenciar a verdade da mentira e encontra-se em transição da heteronomia para a autonomia moral, sendo, no entanto, altamente sugestionável por figuras de referência. Os resultados são discutidos em termos das competências e limi - tações das crianças para atuarem de forma responsável e fornecerem depoi - mentos credíveis.
- Diferenciação curricular e pedagógica: Dificuldades de concretização nas perceções e representações de professores do ensino básico e secundário em escolas do AlentejoPublication . Moreira, Maria de Lurdes; Favinha, MaríliaEste artigo resulta de dois fatores relevantes, a revisão do que nos últimos anos se tem escrito sobre a necessidade de se fazer diferenciação curricular e pedagógica, e um estudo que realizámos com professores do Ensino Básico e Secundário sobre as suas perceções e representações relativas a este fenómeno. Neste estudo recolhemos os testemunhos escritos de 63 professores de Escolas do Alentejo e da região Oeste, procedemos à análise de conteúdo e à sua categorização. As conclusões obtidas permitem realçar um conjunto de fatores intrínsecos e extrínsecos à ação dos professores e, ainda, fazer um levantamento de questões que julgamos serem evidenciadas nesta problemática relativamente a duas linhas de focagem, a sala de aula e a Escola enquanto organização e o Sistema de ensino português em pleno processo de Autonomia e Flexibilidade Curricular (Despacho nº 5908/2017).
- Dinâmicas interativas em programas de escrita inventada: um estudo qualitativo em contexto de jardim-de-infânciaPublication . Martins, Margarida Alves; Albuquerque, AnaDiversos estudos têm demonstrado que a promoção da escrita inventada em pequeno grupo no pré-escolar tem um impacto positivo na forma como as crianças conceptualizam as relações entre a linguagem oral e a linguagem escrita. No entanto, poucos são os trabalhos que analisaram detalhadamente os processos de scaffolding que ocorrem durante as interações, levando à apropriação de procedimentos de análise linguística por parte das crianças. Neste sentido, o presente estudo qualitativo teve como principal objetivo explorar as dinâmicas de interação entre o experimentador e um conjunto de crianças participantes num programa coletivo de escrita inventada no jardim-de-infância. Selecionou-se aleatoriamente um grupo constituído por quatro crianças com competências metalinguísticas iniciais heterogéneas (número de letras conhecidas, nível de consciência silábica e nível de consciência fonémica). Após a transcrição completa do programa, foram estudadas as dinâmicas interativas ocorridas na sessão inicial, intermédia e final, analisando-se a frequência e a qualidade das intervenções e do discurso dos diversos intervenientes. A partir desta análise, foram identificadas sequências de interação ilustrativas das intervenções de apoio providenciadas pelo adulto e, em particular, a forma como as estratégias de mediação foram adaptadas ao nível de desenvolvimento de cada criança, bem como aos seus conhecimentos e competências individuais. As implicações destes resultados são discutidas no âmbito