Psicologia do Desenvolvimento
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- As actividades expressivas e criativas... são experiências científicasPublication . Onofre, Pedro SoaresO autor, analisando que é no Brincar que a criança começa a dar sentido às coisas e que isso é o seu viver e o seu aprender, dá conta de que estudar o Comportamento Lúdico e o Jogo é estudar a sua vida cultural. O adulto e a escola, julgando que jogar é, antes, uma forma transitória, endurecem e impõem a pedagogia em nome da disciplina e da rentabilidade. É urgente que o adulto reaprenda a Jogar e, pondo os pés na terra, perceba que a criança vive jogando e isso é tão genético como o sangue que Lhe corre nas veias...!!! Como o adulto, o miúdo cria, recolhe, elabora, simboliza e dá vida; ... cultiva-se em animação de ir sendo. Não há, talvez, que aprender mas que realizar; ._. há que construir uma arte de viver e concretizá-la em espaço e tempo bem vividos, numa pedagogia de iniciativa e de criatividade, ... pois «entre a actividade expressiva e criativa e a experiência cientifica há uma relação muito íntima.. .» como observa Bruno Ciara.
- Adaptação psicosocial da criança ao pré-escolarPublication . Silva, Raquel Vieira da; Veríssimo, Manuela; Santos, António JoséBaseados no conhecimento de que a avaliação objectiva e rápida dos problemas comportamentais se está a tornar cada vez mais importante, este artigo trata da adaptação do questionário Adaptação Psicosocial da Criança (APSE) a Portugal. O APSE, desenvolvido no Canadá pelo Laboratoire d’Ethologie Humaine (1990), é um questionário, que através de 17 descritores comportamentais, procura detectar problemas de adaptação em crianças que frequentam o pré-escolar. Neste artigo não só se debatem as vantagens do questionário, como também ele é validado para a população Portuguesa. Analisam-se, ainda, a premência de despistagens precoces de crianças com comportamentos entendidos como em risco pelas educadoras. Várias educadoras avaliaram 398 crianças, entre os três e os cinco anos, através do questionário APSE (Strayer & Noël, 1990). Identificaram-se quatro perfis, de entre os quais o das crianças Retiradas é percebido como em risco. Analisam- se as relações existentes entre os diferentes domínios decorrentes da análise multivariada e as três idades. As análises mostraram um bom índice de coerência interna para o questionário, em todas as escalas, o que prova que ele pode ser aplicado com segurança no nosso país. *****ABSTRACT***** The early evaluation of risk behaviour is become an important objective of Developmental Psychology. This article reports the adaptation of the questionnaire Preschool Psychosocial Adaptation (APSE) to Portugal. The APSE developed in Canada by the Laboratoire d’Ethologie Humaine (1990), is a questionnaire that aims to detect problems of adaptation in children in preschool. 398 children were evaluated, between three and five years, using the APSE questionnaire (Strayer & Noël, 1990). The different domains of risk are analyzed at the three age levels. The analyses showed a good index of internal coherence for the questionnaire in all scales. Four profiles were identified, the retired children were considered as the group in risk.
- A adopção: O Direito e os afectos: Caracterização das famílias adoptivas do Distrito de LisboaPublication . Salvaterra, Maria Fernanda; Veríssimo, ManuelaA adopção como experiência humana transcende todas as culturas e existe desde sempre, tendo desempenhado diferentes funções ao longo do tempo, reflectindo as mudanças sociais relativas ao modo como a sociedade encara as necessidades da criança, os modos de guarda, consoante as necessidades dos pais biológicos e dos pais adoptivos. Nas culturas da Europa Ocidental e Americana e ainda num grande número de outras culturas, acredita-se que a família é o melhor meio para a criança crescer. Assim a adopção é um procedimento legal que visa dar uma família à criança cujos pais biológicos não são capazes, não têm vontade ou estão legalmente proibidos de tomarem conta dela, assegurando-lhe uma família de carácter definitivo, capaz de lhe proporcionar um ambiente propício ao seu desenvolvimento, assegurando as suas necessidades. Em Portugal, a legislação tem sido revista e alterada no sentido da promoção dos interesses da criança e da defesa dos seus Direitos. O presente estudo tem como objectivo geral a caracterização das famílias adoptivas do distrito de Lisboa e faz parte de uma investigação mais ampla sobre a qualidade da vinculação nas crianças adoptadas. Pudemos constatar que as famílias adoptivas apresentam a mesma diversidade e heterogeneidade que as famílias com filhos não adoptados, à excepção da sua (in)fertilidade e do número de anos de casamento (que é superior nas família adoptivas) até à chegada do primeiro filho. A adopção continua a ser, para a maioria das famílias adoptivas uma solução para o problema da infertilidade, embora as famílias procurem associar também uma motivação social. A criança adoptada está, na maioria dos casos, de acordo com a criança idealizada.
- Afiliação e dominância em grupos de crianças pré-escolaresPublication . Santos, António JoséO presente artigo tem como objectivo apresentar algumas perspectivas etológicas acerca das primeiras relações entre pares. De inicio são discutidos os trabalhos da década de 70 sobre a hierarquia de dominância em crianças de idade pré escolar. De seguida é discutido o conceito de afiliação e em particular os estudos sobre a identificação das estruturas afiliativas em grupos de crianças no pré- -escolar. Face às dificuldades encontradas com a interpretação dos sociogramas comportamentais é apresentado uma alternativa de identificar subgrupos de crianças com perfis de afiliação e a evolução deste tipo de metodologia. Finalmente, discutem-se possíveis pontes entre os conceitos de afiliação e dominância.
- Além de Piaget? Sim, mas Primeiro Além da Sua Interpretação Padrão!Publication . Lourenço, OrlandoA teoria de Piaget tem sido sujeita ao que pode ser chamada a sua interpretação padrão. Embora tornada possível pela ambiguidade de Piaget em relação a alguns dos seus conceitos centrais (e.g., estádio e estrutura), essa interpretação deve-se em grande parte ao seu foco sobre a teoria de estádios estruturais de Piaget em detrimento da sua teoria de equilibração, e i sua ênfase em investigações factuais em detrimento das conceptuais. Neste estudo eu mostro que é possível e importante ir além da interpretação padrão de Piaget, e reinterpretar ou estender a teoria de Piaget na base da epistemologia construtivista que a informa. Argumento que quando se vai além da interpretação padrão, então na teoria de Piaget (I) são os comportamentos, não as pessoas, que estão em estádios; (2) a idade é um indicador, não um critério de desenvolvimento; (3) é a necessidade lógica, não a verdade, que é a questão central da psicogénese; (4) a construção do conhecimento não é uma tarefa individual, mas social; (5) as estruturas de conjunto são critérios formais mais do que entidades funcionais; (6) não há apenas um, mas múltiplos percursos desenvolvimentistas; (7) o que os sujeitos fazem ao raciocinar não é seguir regras Iógicas, mas agir e operar; e (8) conteúdo e significado, não apenas forma e estrutura, desempenham um papel central na compreensão operatória. Defendo também que quando se vai além da interpretação padrão da teoria de Piaget, muitas das críticas que ihe têm sido dirigidas perdem muito do seu conteúdo empírico ou razão de ser, e descobre-se que os problemas levantados pela teoria são relativamente diferentes dos que apareceram em primeiro lugar.
- Análise comparativa das atitudes em relação aos testesPublication . Marques, Carlos Alberto Alves; Freitas, Luísa SevinateEste artigo apresenta as atitudes dos psicólogos portugueses em relação aos testes aplicados em vários contextos da sua actividade profissional. O questionário, enviado a todos os profissionais inscritos no Sindicato Nacional, foi elaborado por Y. Poortinga (1982) e a tradução realizada pelo:s autores. A escolha dum instrumento já utilizado noutros países possibilita, neste caso, a comparação da!; atitudes dos psicólogos portugueses com as dos seus colegas da Holanda, Inglaterra, Bélgica, Suécia, Espanha, Irlanda e França. 'Itrl como acontece com os seus colegas espanhóis!, os psicólogos portugueses têm atitudes mais positivas em relação aos testes que os psicólogos dos outros, países envolvidos no inquérito. A generalidade dos resultados obtidos em Portugal mostram uma acentuada convergência de opiniões com os obtidos nos outros países europeus. No entanto, ao contrário dos seus colegas, grande número de psicólogos portugueses deseja um aumento da utilização dos testes. ------ ABSTRACT ------ This paper presents the attitude of Portuguese psychologists towards tests applied in different professional settings. Poortinga questionnaire (1982) was used, translated by the authors which was mailed to all members of National Union of Psychologists. The choice of this instrument allows the comparison between Portuguese psychologist's attitudes, and their colleagues from Belgium, Sweden, Netherlands, United Kingdom, Spain, Ireland and France. The Portuguese, as well as Spanish psychologists, have a more positive attitude towards the tests than psychologists from the other countries surveyed. General results in Portugal are quite similar to those found in other european countries. Nevertheless, and in opposition to European colleagues, most of Portuguese psychologists hope for increase the use of tests.
- Análise dos estilos parentais e das relações de vinculação em contexto familiar e as suas implicações para o posterior desenvolvimento psicossocial e académico das criançasPublication . Cardoso, Jordana Figueiredo de Pinto; Veríssimo, ManuelaApesar da extensão de influência de diversos determinantes no desenvolvimento infantil, a teoria da vinculação permanece como um dos quadros teóricos mais abrangentes para o entendimento do desenvolvimento social e emocional. Effect sizes de estudos anteriores (Madigan et al., 2016) revelaram uma magnitude semelhante ou maior na segurança da vinculação, relativamente a outros determinantes ambientais como o conflito entre os pais (Buehler et al., 1997) ou a exposição a violência doméstica (Evans, Davies, & DiLillo, 2008). De acordo com a teoria da vinculação (e.g. Ainsworth, 1967; Ainsworth, et al., 1978; Bowlby, 1969/1982, 1973), a criança internaliza as representações das interações que estabelece com os principais cuidadores em modelos internos dinâmicos, estando a qualidade destes modelos diretamente relacionada com o modo como as figuras de vinculação são sensíveis às necessidades das crianças em termos de conforto, proteção, carinho e apoio na exploração do meio, bem como à sua disponibilidade e capacidade de responder adequadamente a estas necessidades. Ao longo do desenvolvimento, a criança aplica estes modelos do que é um cuidador e uma relação às novas relações que vai formando. A literatura tem apontado que crianças com uma história de vinculação segura são capazes de desenvolver e manter mais relações de apoio que as crianças inseguras, desenvolvem características da personalidade mais desejáveis, são mais prováveis de exibir formas construtivas de autoregulação e mais competências de resolução de problemas sociais (e.g. Cassidy, Jones, & Shaver, 2013; DeKlyen & Greenberg, 2008; Sroufe, 2005; Thompson, 2016; West, Matthews, & Kerns, 2013). Pretendeu-se com este estudo, primeiramente, estudar a estabilidade da vinculação entre a idade pré-escolar e a infância média, através da Attachment Story Completion Task (Bretherton & Ridegway, 1990) aos 5 anos e da Kerns Security Scale (Kerns et al., 1996) aos 8 e 9 anos. Numa segunda fase, foi avaliado o impacto da vinculação nos resultados desenvolvimentais através da ASCT aos 5 anos, tendo sido utilizada uma bateria de instrumentos aos 8 e 9 anos para avaliação do desenvolvimento socioemocional e académico. Foi privilegiado um método multi-informadores, utilizando dados obtidos junto das crianças e professores. Crianças com um valor de segurança mais elevado nas histórias aos 5 anos apresentaram um valor de perceção de segurança mais elevado à mãe e ao pai no 3º e 4º anos. Foram também encontradas associações entre a segurança da vinculação e resultados mais favoráveis no desenvolvimento socioemocional e académico das crianças no final do 1º ciclo, nomeadamente em dimensões como a timidez/ansiedade, agressividade, assertividade, aptidões sociais com os pares, cooperação, orientação para a tarefa e algumas dimensões do auto-conceito. Assim, apesar da expansão do mundo social da criança na infância média, os dados apontam para uma continuidade da segurança nas relações de vinculação e a relação de vinculação com os cuidadores parece continuar a influenciar as experiências internas e relacionais da criança, incluindo os comportamentos considerados problemáticos. Esta investigação, apesar da necessidade de replicação, traz contributos importantes para a investigação da continuidade da vinculação e extensão dos seus contributos, bem como para o campo da intervenção na comunidade.
- Uma análise exploratória das relações entre as representações de vinculação do pai e o seu envolvimento em atividades práticas e lúdicasPublication . Monteiro, Lígia Maria Santos; Maia, Rita; Fernandes, C.; Fernandes, M.; Antunes, Marta; Veríssimo, ManuelaEste estudo teve como principal objetivo explorar as relações entre as representações de vinculação (script de base segura) do pai, e o seu envolvimento em atividades práticas (relacionadas com a gestão e cuidados à criança) e em atividades com características lúdicas (brincadeira/lazer). Participaram 62 famílias nucleares, com crianças entre os 2 e os 5 anos, de estatuto socioeconómico médio e de duplo- -rendimento. De modo a analisar os scripts de base segura utilizou-se as Narrativas de Representação da Vinculação em Adultos, aplicadas individualmente ao pai, tendo a mãe e o pai preenchido, de modo independente, um questionário sobre o envolvimento parental. Os resultados indicam que os pais possuem e acedem ao script de base segura em contextos onde este é elicitado; que participam mais nas atividades lúdicas, do que nas práticas; e que pais com valores mais elevados de script adulto/ /criança se encontram mais envolvidos nas atividades práticas, mesmo quando a idade da criança e as habilitações do pai são controladas.
- Ansiedade e coping em crianças e adolescentes: Diferenças relacionadas com a idade e géneroPublication . Borges, Ana Inês; Manso, Dina Susana; Tomé, Gina; Matos, Margarida Gaspar deAs relações entre a ansiedade e as estratégias de coping e as diferenças destes constructos em função do género e da idade foram estudadas numa amostra de 916 crianças e adolescentes, estudantes de escolas de diversos concelhos do país, com uma média de idades de 14,4 anos (DP=2,62), dos quais 45,7% pertenciam ao género masculino e 54,3% ao género feminino. As medidas de avaliação utilizadas para operacionalizar as variáveis foram a Multidimensional Anxiety Scale for Children – MASC (March, 1997) e o Coping Responses Inventory – Youth Form – CRI-Y (Moos, 1993). Os resultados obtidos indicaram que os jovens mais velhos e os indivíduos do género feminino apresentaram níveis de ansiedade mais elevados e utilizam mais estratégias de coping, quando comparados com os jovens mais novos e com os indivíduos do género masculino. De igual modo foi encontrada uma correlação positiva entre a ansiedade e o coping e uma correlação positiva entre idade e coping, no sentido em que a utilização das estratégias de coping aumentam com a idade. Os resultados encontrados foram discutidos à luz da literatura e das suas implicações para a prática clínica.
- Antecedents to and outcomes associated with teacher–child relationship perceptions in early childhood: Further evidence for child‐driven effectsPublication . Dede Yildirim, Elif; Frosch, Cynthia A.; José dos Santos, António; Veríssimo, Manuela; Bub, Kristen; Vaughn, BrianPreschool teachers' perceptions about relationships with students (teacher–child relationships [TCRs]) predict children's subsequent social competence (SC) and academic progress. Why this is so remains unclear. Do TCRs shape children's development, or do child attributes inf luence both TCRs and subsequent development? Relations between TCRs and other measures were examined for 185 preschoolers (107 girls, 89 longitudinal, and ~75% European American). Teachers rated TCRs and child social/affective behaviors. Teacher–child interactions (TCIs) and children's affect expressiveness were observed. Child SC and receptive vocabulary were assessed. TCRs were significantly correlated with each type of outcome. TCIs, SC, expressed affect, and teacher-rated behaviors also predicted TCRs longitudinally. Results suggest that TCR ratings predict subsequent adaptation because they summarize children's behavioral profiles rather than on TCR quality per se.