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- Família, doença mental e reabilitação psicossocial: Estudo da relação entre a percepção que as famílias de doentes psicóticos têm de si, da doença e da reabilitação e o seu envolvimento no processo de reabilitação psicossocialPublication . Silva, Cristina Maria Magalhães de Oliveira Vieira daEstima-se que em Portugal existam 60000 cidadãos com perturbações de saúde mental grave e prolongada. Estas obrigam a um processo longo e continuado de serviços onde se realça a importância de um trabalho de parceria efectiva entre doentes, técnicos, famílias e comunidade em geral, por forma a facilitar a reabilitação psicossocial a nível pessoal, social e profissional das pessoas doentes, A família, que em alguns casos funciona como rede de suporte nuclear, vê-se também perante uma realidade que não desejou. O objectivo do nosso estudo foi perceber como é que as famílias de pessoas com diagnóstico de esquizofrenia se percepcionam a si próprias, como percepcionam a doença mental e o processo de reabilitação psicossocial e verificar se esta percepção se relaciona com o seu envolvimento no processo de reabilitação. Participaram no estudo 20 familiares de pessoas com diagnóstico de esquizofrenia, envolvidas em processo de reabilitação, respondendo à escala de diferencial semântico (Osgood, 1957) a qual foi analisada nos seus factores avaliativo e potência. Participaram também os técnicos de referência dos familiares doentes que, através do preenchimento da versão resultante do estudo das propriedades métricas da EAEFR (Oliveira, 1998), avaliaram o envolvimento das famílias na reabilitação. Concluímos que o nível de envolvimento destas famílias, na reabilitação dos seus familiares doentes, se situa ligeiramente abaixo de um nível mediano e que as famílias da nossa amostra têm uma percepção positiva de si e da reabilitação e uma percepção negativa da doença mental. Encontramos uma correlação negativa entre a força que percepcionam na sua família e nos técnicos de saúde mental e o seu envolvimento no processo de reabilitação. A percepção que fazem da qualidade das instituições psiquiátricas também se correlaciona negativamente como o envolvimento na reabilitação. Verificamos que quanto mais forte sentem o apoio psicossocial, mais se envolvem no processo. Com base nestes resultados discutimos estratégias facilitadoras do envolvimento das famílias no processo de reabilitação dos seus familiares doentes.
- Aventureiros, religiosos, ecológicos e artísticos: Pré-teste de descrições comportamentaisPublication . Garcia-Marques, Leonel; Jerónimo, Rita; Garrido, Margarida VazEste artigo apresenta as avaliações de 175 descrições comportamentais ilustrativas de 4 dimensões traço:aventureiro, religioso, ecológico e artístico. De um conjunto inicial de comportamentos gerados para cada dimensão, foram seleccionados 175 que foram avaliados por um outro grupo de participantes. As médias, os desvios padrão e os intervalos de confiança a 95% para cada descrição comportamental são apresentados. Estas normas poderão facilitar a construção de materiais estímulo em futuras investigações psicológicas.
- As duas faces de Janus da psicologia em PortugalPublication . Machado, Armando; Lourenço, Orlando; Pinheiro, Ana P.; Silva, CáteaA fim de caracterizar o que se publica em Portugal nas revistas especializadas em psicologia, analisámos os artigos publicados desde 1996 até 2003 em três revistas: Psicologia: teoria, investigação e prática, associada à Universidade do Minho; Psychologica, associada à Universidade de Coimbra; e Análise Psicológica, associada ao Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Lisboa. Após descrevermos a nacionalidade, género e filiação institucional dos autores dos artigos, classificámos o conteúdo de cada artigo em termos de área temática e de metodologia utilizada. Os resultados – muito semelhantes nas três revistas – mostram que a) os artigos provêm sobretudo de autores portugueses com filiação universitária, muitas vezes na própria instituição que publica a revista; b) os artigos versam sobretudo os domínios aplicados da clínica e da educação; c) cerca de metade dos artigos consiste em revisões de literatura ou análises conceptuais; e d) apenas cinco por cento utiliza metodologia experimental. Estes resultados são interpretados à luz do contexto universitário português, em geral, e da nossa experiência de investigação em Portugal, em particular.
- A rotinização e formalização das improvisações organizacionais: Uma proposta de investigaçãoPublication . Cunha, João Vieira; Cunha, Miguel Pina e; Batista, Maria da GraçaO conceito de improvisação é uma inserção recente no vocabulário dos estudos organizacionais. A investigação sobre o tema permanece, por conseguinte e compreensivelmente, num estádio incipiente. Este artigo apresenta uma proposta de investigação sobre a rotinização das improvisações. Após uma revisão da literatura, são avançadas quatro proposições para futura investigação e um conjunto de instrumentos para proceder à respectiva testagem empírica. O texto procura contribuir para a literatura através da exposição do modo como pode este conceito, até agora abordado sobretudo no plano metafórico, ser operacionalizado e trabalhado empiricamente.
- Positivity can cue familiarityPublication . Garcia-Marques, Teresa; Mackie, Diane M.; Claypool, Heather M.; Garcia-Marques, LeonelGiven that familiarity is closely associated with positivity, the authors sought evidence for the idea that positivity would increase perceived familiarity. In Experiment 1, smiling and thus positively perceived novel faces were significantly more likely to be incorrectly judged as familiar than novel faces with neutral expressions. In Experiment 2, subliminal association with positive affect (a positively valenced prime) led to false recognition of novel words as familiar. In Experiment 3, validity judgments, known to be influenced by familiarity, were more likely to occur if participants were in happy mood states than neutral mood states. Despite their different paradigms and approaches, the results of these three studies converge on the idea that, at least under certain circumstances, the experience of positivity itself can signal familiarity, perhaps because the experience of familiarity is typically positive.
- Adolescentes estrangeiros em Portugal: Uma questão de saúdePublication . Matos, Margarida Gaspar de; Gonçalves, Aldina; Gaspar, TaniaO objectivo principal deste estudo foi a investigação sobre as diferenças e semelhanças entre adolescentes portugueses e africanos de língua portuguesa, que vivem em Portugal, quanto a diversos comportamentos de saúde, em diferentes contextos, tais como, actividades de lazer, imagem do corpo, comunicação com os pais, violência, consumo de substâncias, escola, amizade, par sexual e expectativas de futuro. Este estudo teve como base os dados recolhidos pelo estudo nacional do Health Behaviour School Aged-Children (HBSC) (Matos, Gaspar & Equipa Aventura Social, 2003), e procurou clarificar e aprofundar o conhecimento acerca das diferenças nos comportamentos de saúde destes adolescentes. As diferenças entre os jovens apontam em geral para um agravamento na situação dos jovens estrangeiros. No entanto, uma análise realizada com controlo da variável socio-económica praticamente anula estas diferenças. Num segundo estudo foi utilizada uma metodologia qualitativa de recolha de dados, denominada “focus group” ou grupo de discussão centrada num determinado assunto “foco”, constituída por grupos de adolescentes dos 13 aos 17 anos. Nos grupos de discussão com jovens de outra nacionalidade verificou-se que passam o seu tempo livre com os amigos na rua ou a praticar desporto; a maioria dos jovens refere ter problemas de saúde; o envolvimento escolar é fraco e sentem a escola como um lugar inseguro e no qual são alvo de discriminação. Os jovens relatam actos de vandalismo no seu bairro; a amizade com jovens do mesmo bairro apresenta-se como algo muito importante para estes jovens; referem haver várias alterações no agregado familiar; referem as dificuldades do processo de aculturação; estes jovens apresentam um projecto de futuro bastante concreto e com expectativas elevadas. Algumas temáticas não são desenvolvidas pelos jovens, tais como, percepção do corpo, sexualidade e comunicação com o pai. O presente estudo sublinha a importância da utilização de metodologias qualitativas para clarificar conclusões oriundas de estudos quantitativos, e confirma que os jovens têm alguma noção das diferenças étnicas quanto aos comportamentos de saúde e aos seus contextos. ------ ABSTRACT ------ The aim of this study was to identify the differences between health behaviours in a sample of portuguese adolescents and adolescents from african portuguese speaking adolescents, living in Portugal. Health behaviours and social and physical contexts, such as, free time activities, body image, parent’s communication, violence, substance use, school, peers and future expectations were identified using a questionnaire. This paper was based on data collected during a quantitative national study Health Behaviour School Aged-Children (HBSC) (Matos, Gaspar & Equipa Aventura Social, 2003), trying to clarify this issue health behaviour in adolescence. In general african adolescents presented a worst health related condition. However, when in the analysis, socio-economic status was controlled, those differences disappear. A second study used a qualitative methodology: “focus groups” and included african adolescents from 13 to 17 years old. During the focus group, adolescents said that they spend their free time with friends, and practising sports. Most of the adolescents said that have same health problems. The school involvement is wick, and they feel that school is an insecure and discriminator place. The adolescents refer same violent acts in their neighbourhood. Their friends from the neighbourhood are very important for these adolescents. They said that they have many alterations in their family. The adolescents feel many difficulties in the acculturation process. These adolescents show a clear future project, with high expectations. Same issues were not developed by the adolescents, such as, body image, sexuality and father communication. The present study highlights the importance of using qualitative research in the clarification of special issues raised during qualitative studies, and confirms that adolescents notice ethnic differences on health behaviour and those contexts.
- Winter segregation of migrant European robins Erithacus rubecula in relation to sex, age and sizePublication . Catry, Paulo; Campos, Ana R.; Almada, Vítor Carvalho; Cresswell, WillBirds often show some form of social segregation during winter, both at large geographical scales (a consequence of differential migration) and at the regional or local level, when comparing different habitats or micro-habitats. However, our understanding of the mechanisms underlying such patterns is still poor. These issues have been rarely investigated in migratory Old-World passerines, particularly with respect to differences between the sexes. In this study, we show that female European robins Erithacus rubecula (sexed by molecular techniques) greatly outnumber males in southern Iberia, which confirms that this species is a differential migrant with a strong latitudinal segregation of the sexes. Furthermore, sex, age and body size influence the habitat distribution of robins in winter. Subordinate birds (females, juveniles and small individuals) were generally more common in habitats with a greater shrub development, and comparatively scarce in woodlands with relatively little undergrowth. Birds wintering in woodlands were in better condition (assessed by breast-muscle scoring) than birds wintering in shrubland. These results are consistent with the hypothesis that proposes that social dominance, mediated by differences in size and experience, is important in determining the habitat segregation of sex and age classes. The alternative hypothesis (habitat specialization), although not specifically supported by our findings, cannot be ruled out on the basis of the available evidence.
- A abstenção tabágica: Reflexões sobre a recaídaPublication . Guerra, Marina PristaNos últimos anos tem-se dado muita ênfase à dependência de drogas duras porque provocam uma diminuição da qualidade de vida dos seus utilizadores, interferem negativamente no funcionamento e ordem social e sobretudo devido à relação com a aquisição de doenças infecciosas como a SIDA e Hepatite C. Esta preocupação crescente, concentrou a maioria das investigações nos toxicodependentes que usam drogas ilícitas e nos fenómenos de segurança social a eles associados, deixando para um segundo plano outras dependências legalmente permissivas como o abuso de fármacos (tranquilizantes e antidepressivos), álcool e o tabaco. O uso de tabaco é no entanto reconhecido como um dos maiores problemas de saúde pública a nível mundial contribuindo segundo as estatísticas para mortes prematuras e deterioração da qualidade de vida dos fumadores, e que vem muitas vezes associado ao consumo de outras drogas. O estudo cuidadoso da influência da nicotina no ser humano a nível biológico, psicológico e social é de suma importância para a intervenção na cessação tabágica e ainda, porque a nicotina exerce a sua influência nomeadamente na absorção de outros produtos naturais ou tóxicos. O problema do tabagismo foi estudado até um passado bem recente, meramente como um hábito que era preciso “descondicionar” e que dependia quase inteiramente da vontade do próprio. Contudo as recentes descobertas da influência positiva da nicotina em determinadas doenças veio abrir caminho para outras investigações que reforçam o poder aditivo desta droga, sobretudo porque se constata, que a maioria dos ex-fumadores tem sucessivas recaídas, tornando a abstenção total a longo prazo muito difícil. Este artigo pretende assim esclarecer aspectos psicológicos, sociais e psicofisiológicos que estão na base do insucesso da manutenção da abstenção tabágica. Enfatizaremos assim os efeitos psicofarmacológicos que proporcionam uma explicação diferente para a futura intervenção no tabagismo e que fornece novas pistas de investigação.
- Desenvolvimento e aprendizagem da ortografia: Implicações educacionaisPublication . Martins, Maria Inês de Vasconcelos Braga Horta; Martins, Margarida AlvesNeste trabalho procurou-se compreender se os erros ortográficos dados por crianças que frequentam o 1.º ciclo variam em função do seu desempenho ortográfico e do ano de escolaridade que frequentam e de que modo o conhecimento das normas ortográficas se relaciona com o desempenho ortográfico. Os participantes neste estudo foram 43 crianças que frequentavam o 3.º ano de escolaridade no início do estudo. Trata-se de um estudo longitudinal em que estas crianças foram seguidas durante dois anos lectivos. Para avaliar o tipo de erros dados pelas crianças realizou-se a mesma tarefa de ditado nos dois anos de escolaridade. Para avaliar o nível de explicitação das normas ortográficas, realizou-se uma entrevista às crianças com melhores e piores desempenhos ortográficos no 4.º ano. Os resultados mostram que as crianças diminuem os erros do 3.º para o 4.º ano, apesar dos erros não serem qualitativamente diferentes nos dois anos de escolaridade. Mostram também que existem diferenças qualitativas entre os erros dados por alunos com bons e maus desempenhos ortográficos. Mostram, finalmente, que existem diferenças na capacidade de reflexão sobre os erros ortográficos em função do desempenho ortográfico. ****ABSTRACT***** The aim of this study was to understand if spelling mistakes made by primary-school children vary according to their orthographic performance and school year and to analyse the relation between knowledge of orthographic norms and orthographic performance. The participants in this study were 43 children which were in the 3rd grade when the study began. It was a longitudinal study which accompanied them throughout 2 school years. In order to assess the kind of mistakes made by the children, the same dictation task was performed in the two years. In order to evaluate the level of knowledge of orthographic norms, the children with the highest and lowest orthographic performances in the 4th grade were interviewed. The results show that the number of mistakes decreases from the 3rd to the 4th grade, even though the mistakes made are not qualitatively different in the two years. They also demonstrate that there are qualitative differences between the mistakes made by pupils with good and bad orthographic performances. Finally, they show that children’s capacity to think about spelling mistakes varies according to their orthographic performance.
- Dificuldade em perceber o lado positivo da vida? Stresse em doentes diabéticos com e sem complicações crónicas da doençaPublication . Silva, Isabel; Ribeiro, José Luís Pais; Cardoso, HelenaO presente estudo teve como objectivo perceber se existem diferenças ao nível do stresse entre doentes diabéticos que sofrem de complicações crónicas da doença e doentes sem diagnóstico de sequelas e proceder a uma reflexão sobre o significado de tais diferenças. Foi avaliada uma amostra de conveniência de 316 indivíduos com diabetes, dos quais 55,4% do sexo feminino; com idades compreendidas entre 16 e 84 anos (M=48,39; DP=16,90); variando o seu nível de escolaridade entre zero e 17 anos (M=6,59; DP=4,25), dos quais 59,8% sofria de complicações crónicas da doença. Os doentes com complicações crónicas da diabetes não apresentam maior stresse negativo do que os restantes doentes; contudo, apresentam menor stresse positivo na sua vida ao longo do último ano. Os resultados são discutidos à luz das perspectivas teóricas actuais, nomeadamente do papel do optimismo na hipotética relação entre percepção de stresse e complicações da diabetes. ***** ABSTRACT ***** The aim of the present study is to understand and to discuss the perception of stress differences between diabetic patients with chronic complications of disease and diabetic patients without sequel of disease. Participants include 316 diabetic patients, 55.4% female, ages between 16 and 84 years of age (M=48,39; DP=16,90); 59.8% with chronic complications. We do not found differences between the two groups for negative stress perception; however at the level of positive stress perception patients with chronic complication shows lower perception of positive stress. Positive perception of stress events seems to be related with less sequel of disease suggesting that positive characteristics of personality like, for example, optimism, can play an important role in a hypothetical link between stress and chronic complications.