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- Capacitação dos profissionais de saúde para uma melhor Literacia em Saúde do cidadãoPublication . Arriaga, Miguel Telo deO termo “Literacia em Saúde” foi utilizado, pela primeira vez, no contexto da educação para a saúde, na década de 1970, com o estabelecimento das competências mínimas de Literacia em Saúde em contexto escolar. Desde então, a evolução deste constructo tem vindo a conquistar, progressivamente, importância e impacto significativos nas abordagens em Saúde. De acordo com o European Health Literacy Consortium (OMS, 2013), "A Literacia em Saúde está ligada à literacia e implica o conhecimento, a motivação e as competências das pessoas para aceder, compreender, avaliar e aplicar informação em saúde de forma a formar juízos e tomar decisões no quotidiano sobre cuidados de saúde, prevenção de doenças e promoção da saúde, para manter ou melhorar a qualidade de vida durante o ciclo de vida". Desenvolver competências e capacidades de Literacia em Saúde é um processo que se estende ao longo da vida. Mesmo pessoas com altos níveis educacionais podem ter dificuldade em lidar com o Sistema de Saúde, nomeadamente, quando uma condição de saúde os pode tornar mais vulneráveis. Atualmente, o aumento dos níveis de Literacia em Saúde na população apresenta-se como estratégico e crucial, como forma de otimizar a qualidade de vida e o bem-estar da população e como um desígnio da Saúde Pública em Portugal e na Europa.
- Uma análise exploratória das relações entre as representações de vinculação do pai e o seu envolvimento em atividades práticas e lúdicasPublication . Monteiro, Lígia Maria Santos; Maia, Rita; Fernandes, Carla; Fernandes, Marília; Antunes, Marta; Verissimo, ManuelaResumo: Este estudo teve como principal objetivo explorar as relações entre as representações de vinculação (script de base segura) do pai, e o seu envolvimento em atividades práticas (relacionadas com a gestão e cuidados à criança) e em atividades com características lúdicas (brincadeira/lazer). Participaram 62 famílias nucleares, com crianças entre os 2 e os 5 anos, de estatuto socioeconómico médio e de duplo-rendimento. De modo a analisar os scripts de base segura utilizou-se as Narrativas de Representação da Vinculação em Adultos, aplicadas individualmente ao pai, tendo a mãe e o pai preenchido, de modo independente, um questionário sobre o envolvimento parental. Os resultados indicam que os pais possuem e acedem ao script de base segura em contextos onde este é elicitado; que participam mais nas atividades lúdicas, do que nas práticas; e que pais com valores mais elevados de script adulto/criança se encontram mais envolvidos nas atividades práticas, mesmo quando a idade da criança e as habilitações do pai são controladas.
- Modelo de comunicação em saúde ACP: As competências de comunicação no cerne de uma Literacia em Saúde transversal, holística e práticaPublication . Almeida, Cristina Vaz deA comunicação é a base estruturante em que a literacia em saúde assenta e que permite estabelecer relações entre as pessoas. A comunicação em saúde, ao nível interpessoal, grupal, societal e mediático permite a transmissão de mensagens verbais e não verbais com vista à sua compreensão pelos envolvidos e a uma consequente ação promotora de saúde. Para além das competências de comunicação em saúde, as exigências atuais dos profissionais de saúde requerem competências pessoais (Tench & Konczos, 2013) que são transversais aos campos da psicologia, da sociologia, da gestão, comunicação entre outras. Atualmente um profissional de saúde deve ter amplas competências técnicas, mas refinadas com conhecimentos e habilidades nas áreas da comunicação em saúde, mediação de conflitos e resolução de problemas, marketing em saúde, criatividade, além de um vasto campo de competências sociais (Sorensen et al, 2012) que tornam o profissional da saúde um ser humano com uma dimensão e visão holística profunda do paciente e do seu contexto. É nesta base relacional entre o profissional e o paciente que assenta uma comunicação interpessoal, que é o coração da qualidade dos cuidados de saúde, embora a evidência científica nos mostre que os standards atuais têm de ser melhorados (Cowan et al., 1992; Hargie, Dickson, Boohan & Hughes, 1998; Numann, 1988). É por isso importante atender à dimensão e efeito que produz uma pequena “habilidade de comunicação”, que sendo apenas “uma iteração” (Wouda & van de Wiel, 2012, p. 59), isto é, um momento discreto observável de comportamento verbal e não verbal, pode contribuir amplamente para alcançar um eficiente resultado (Brown & Bylund, 2008; Woda & Va de Wiel, 2012). É importante que os profissionais de saúde tenham uma adequada consciência, conhecimento, competências, atitudes em relação aos pacientes, sobretudo os que têm uma baixa literacia em saúde.
- The meanings of higher education, work, and transition from higher education to workPublication . Monteiro, André; Santos, Paulo Jorge; Gonçalves, CarlosAbstract: In times of uncertainty and growing job insecurity, this study aims to understand how higher education students build meanings regarding higher education, work, the transition from education to work, and how they are interrelated. Based on a sample of 986 students in the Portuguese higher education system, we intend to understand the relationships and mediations of the dimensions of the meanings of higher education with those of the transition from higher education to work and of the meanings of work. Professional Affirmation mediates the relationship between Personal Development and Personal and Social Dimension of Work. The results show that 61% of the dependent variable values for the personal and social dimension of work are explained by the proposed model. An analysis of the results provides a few pointers for counselling, which will be discussed.
- Literacia em Saúde : A segurança no comunicar: Um instrumento de orientação pedagógica para profissionais de saúdePublication . Lopes, Ana Sofia; Filipe, Beatriz; Esteves, Sandra LaiaDelineamos como objetivo geral, descrever e divulgar de que forma a Literacia em Saúde contribui para uma maior Segurança no Comunicar, promovendo desta forma a Segurança do Doente. Temos como finalidade obter a criação de um instrumento audiovisual pedagógico, que pretendemos disseminar nas diversas Escolas Superiores de Saúde, de forma a capacitar os futuros Profissionais de Saúde a tomarem consciência do quão uma Comunicação eficaz influencia a adesão do Doente aos Cuidados de Saúde, o que é proporcional à Segurança do Doente. O presente projeto encontra-se estruturado em quatro capítulos: o primeiro aborda a metodologia onde se justifica a pertinência da temática através da revisão de literatura; o segundo descreve o projeto – através de um breve enquadramento conceptual alicerçado nos descritores Literacia em Saúde, Segurança no Comunicar e Segurança do Doente; o terceiro refere-se à Avaliação deste projeto onde apresentamos um instrumento audiovisual pedagógico e o seu respetivo plano de marketing como veículo de divulgação; o quarto comporta o que pretendemos como desenvolvimentos futuros e no quinto capítulo apresentamos as considerações finais numa síntese e reflexão crítica do grupo sobre o projeto. Para a elaboração deste projeto recorreu-se essencialmente a uma revisão e pesquisa bibliográfica científica e aos conhecimentos adquiridos nas sessões letivas das respetivas Unidades Curriculares que constam no programa do presente curso, tendo sido cruciais à realização do mesmo.
- Literacia em saúde na práticaPublication . Lopes, Carlos; Almeida, Cristina Vaz deResumo A Organização Mundial da Saúde (OMS) define literacia em saúde como o conjunto de competências cognitivas e sociais e a capacidade da pessoa para aceder, compreender e utilizar informação por forma a promover e a manter uma boa saúde. A literacia em saúde implica o conhecimento, a motivação e as competências das pessoas para aceder, compreender, avaliar e aplicar informação em saúde de forma a formar juízos e tomar decisões no quotidiano sobre cuidados de saúde, prevenção de doenças e promoção da saúde, mantendo ou melhorando a sua qualidade de vida durante todo o ciclo de vida. A promoção da literacia em saúde, junto das pessoas, das comunidades e das organizações, constitui-se como uma importante oportunidade e desafio da saúde pública (WHO, 1998). A literacia em saúde tem vindo a ganhar reconhecimento no panorama nacional e internacional como um fator de impacto nos ganhos em saúde das populações, sendo Portugal, hoje, uma referência internacional neste sentido (ver também Antunes & Lopes, 2018). A Direção-Geral da Saúde (2019b) apresentou o Plano de Ação para a Literacia em Saúde, 2019-2021, que pretende definir uma abordagem ao longo do ciclo de vida, intergeracional, promovendo as escolhas informadas dos cidadãos. Mais recentemente, a publicação Manual de Boas Práticas Literacia em Saúde: Capacitação dos profissionais de saúde editada pela Direção--Geral da Saúde (2019a), assinala um decisivo passo de afirmação da literacia em saúde no nosso país. Ambos os documentos visam a capacitação dos profissionais de saúde na melhoria dos níveis de literacia em saúde e na promoção do espírito crítico das pessoas face às suas decisões de saúde, representando um desafio de saúde pública em Portugal. O livro Literacia da Saúde na Prática, em formato de ebook, nasceu como resultado dos trabalhos apresentados no 1.º Encontro em Literacia em Saúde: Modelos, Estratégias, Intervenção, realizado no ISPA – Instituto Universitário, no dia 7 de julho de 2018, organizado pela direção da Pós-Graduação em Literacia em Saúde, do ISPA – Formação Avançada. Participaram neste evento o Professor Miguel Telo de Arriaga, Chefe de Divisão de Literacia, Saúde e Bem-Estar (Direção-Geral da Saúde) e todos os profissionais de saúde que frequentaram esta especialização. Este ebook, editado pelo Centro de Edições do ISPA, procura testemunhar a importância da prática em literacia em saúde. É constituído por duas partes. A primeira composta por um conjunto de textos que visam apresentar as novas perspetivas da literacia em saúde em contexto nacional e internacional. A segunda parte apresenta um conjunto de projetos aplicados que focam diferentes competências a desenvolver em literacia em saúde, nomeadamente: – Adquirir, desenvolver e consolidar competências nas metodologias e técnicas de avaliação em literacia em saúde; – Implementação nas organizações de programas de literacia em saúde, através de metodologias que permitam a conceção, elaboração, monitori - zação e avaliação de planos de ação; – Desenvolver técnicas de linguagem assertiva e comportamento positivo para mudar comportamentos e atitudes; – Potenciar o empowerment do cidadão, nomeadamente nas competências digitais e contribuir para melhorar a educação para a saúde; – Desenvolver estratégias de comunicação e informação em saúde para conseguir maior adesão terapêutica com doentes; – Desenvolver técnicas para melhorar o relacionamento entre profissionais de saúde; – Desenvolver competências para tornar exequíveis as orientações do Programa Nacional de Saúde, em particular o reforço do papel do cidadão e as estratégias de ativação do cuidador informal. Esta obra, procura dar contributos sobre a importância da literacia em saúde como competência profissional crucial para a saúde no século XXI. Kristine Sørensen, uma das grandes especialistas mundiais, assinala "é evidente, mensurável, viável e pode fazer a diferença para as pessoas, comunidades e sociedades. É relevante para todos os profissionais envolvidos com a finalidade de melhorar a vida de outras pessoas".
- Promoção da Literacia em Saúde através dos mediaPublication . Nunes, Cecília; Marta, Barroca; Marino, PaulaA saúde ocupa um lugar central entre as preocupações da sociedade, numa época em que a esperança média de vida atinge valores recordes nos países ocidentais, onde as expectativas face à capacidade da ciência em dar resposta aos problemas são elevadíssimas. É por isso essencial para a população obter informações sobre saúde. Através dos media, os indivíduos com baixa Literacia em Saúde, como os idosos e as pessoas em situação socioeconómica débil, são influenciados pelos conteúdos noticiosos relacionados com a saúde. Os media são, assim, um dos principais motores para a comunicação em saúde, devido ao fácil acesso, grande disseminação, elevado poder de persuasão e potencial orientação para o sistema e para as soluções. Os media generalistas ou especializados tornaram-se num dos principais veículos de informação, possuindo não só a capacidade de informar, como também de influenciar as atitudes dos seus públicos. Têm, por um lado, a vantagem de serem os promotores da Literacia em Saúde junto da população, mas por outro, a desvantagem de serem descredibilizados quando há desconfiança em relação à fonte da informação. Ao longo deste trabalho vamos abordar as diferentes vias de acesso à informação em saúde, bem como os diferentes modelos de comunicação. Deixaremos ainda em aberto um tema que pode ser desenvolvido mais tarde: o que ainda está por fazer na área da Literacia em Saúde e qual pode ser a contribuição e envolvimento dos media.
- Literacia em Saúde do sono de crianças em idade pré-escolar: Instrumentos facilitadores no aumento das competências parentaisPublication . Jesus, Cristiana de; Conceição, Joana Luís da; Espadaneira, SusanaO desenvolvimento saudável da criança requer um sono de qualidade e horas de sono adequadas. Problemas do sono em idade infantil têm impacto no desenvolvimento socio-emocional e cognitivo das crianças. A promoção de Literacia em Saúde do Sono nos pais, permite capacitar os mesmos com conhecimentos, competências e motivação para promover hábitos de sono saudável nas crianças. Este trabalho pretende apoiar os profissionais de saúde na capacitação de competências parentais sobre Literacia em Saúde do Sono de Crianças em idade pré-escolar através da disponibilização de ferramentas para utilização em consulta de desenvolvimento infantil.
- As salas de espera em unidades públicas de saúde e a sua potencialidade na promoção de Literacia em SaúdePublication . Henriques, Sara; Diana, Pinheiro; Patrícia, MartinsO presente trabalho aborda o potencial das salas de espera em unidades públicas de saúde como espaços privilegiados para promoção de saúde e para o aumento da literacia em saúde. As salas de espera em unidades de saúde hospitalar pública são espaços abertos a todos os utentes, onde os mesmos aguardam por consultas de saúde. O tempo de espera aqui despendido pode ser otimizado e utilizado de forma mais útil e vantajosa para todos – utentes, sistema de saúde, profissionais de saúde. Este trabalho realiza uma análise sobre a qualidade dos espaços de espera e circulação em unidades de saúde, e recolhe informação sobre como estes espaços são atualmente utilizados para promover informação sobre saúde. Numa primeira fase deste trabalho foi desenvolvido um instrumento e aplicado em cinco unidades públicas de saúde. Na segunda fase do trabalho, foram realizadas entrevistas semiestruturadas a utentes de unidades públicas de saúde que tivessem frequentado uma unidade pública de saúde há menos de um ano. Nessas entrevistas, foram recolhidas as opiniões, perceções e atitudes dos utentes sobre os espaços de espera e circulação e sobre informação em saúde partilhada nesses espaços. Os dados revelam que, de modo geral, as unidades de saúde encontram-se bem equipadas e oferecem um ambiente estável e confortável, existindo, no entanto, alguns aspetos que podem ser otimizados, como os meios de comunicação utilizados para promover informação em saúde, aumento de atividades promovidas por profissionais de saúde, decoração, música ambiente, disponibilização de informação sobre a organização, instituição, direitos e deveres dos utentes, informação em braille, atividades a desenvolver pelos profissionais e forma de participação. De modo geral, os utentes apresentam-se medianamente satisfeitos com a sala de espera da sua unidade pública de saúde, apontando como aspetos positivos mais importantes a luz natural, espaço e tamanho da sala, limpeza e existência de máquina de água e café; como aspetos negativos, o conforto das cadeiras, a forma de chamar o utente, temperatura, falta de decoração e falta de privacidade no atendimento administrativo. Este trabalho oferece uma perspetiva holística com base em observação direta e indireta dos espaços de espera em unidades públicas de saúde. É disponibilizado um instrumento que pretende funcionar como ferramenta interna de apoio à autogestão da qualidade e melhoria contínua dos espaços de espera.
- Inovação em ambiente de sala de esperaPublication . Quintela, Ana; Monteiro, Carina; Madureira, Maria InêsTrês passos foram o mote para impulsionar o nosso projeto de intervenção “Inovação em Ambiente de Sala de Espera” nos cuidados de saúde. Atendendo ao dinamismo do constructo, as autoras apresentam a sua definição de Literacia em Saúde. Trata-se de uma proposta que pretende motivar e dotar o cidadão e a sociedade de conhecimento, para a tomada de decisões, de acordo com o seu meio envolvente, ao longo da sua vida. O tempo que o utente permanece na sala de espera das unidades deverá, na nossa perspetiva, ser aproveitado para aumentar a literacia em saúde. Este trabalho tem como objetivo apresentar um instrumento, atualmente considerado inovador, que incentive o utente não só a preparar a sua consulta como a ter um papel ativo durante e após a mesma. Este projeto apresenta propostas, atualmente consideradas pioneiras, pretendendo-se um aumento de conhecimento de literacia em saúde em ambiente de sala de espera. O instrumento proposto – 3 Passos para a Sua Consulta - foi adaptado do conceito americano Ask Me 3® e inovado, no sentido em que foram introduzidos passos complementares ao processo de consulta: antes, durante e depois. Foi considerado pelos profissionais de saúde um instrumento útil no aumento da Literacia em Saúde dos utentes, capacitando-os na preparação da sua consulta, na gestão da sua saúde e promovendo a interação utente-profissional de saúde. As autoras deixam ainda outras pistas de possibilidades de inovação em sala de espera num caminho em aberto.