PDES - Dissertações de Mestrado
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- Perfis de solidão, práticas parentais e segurança nas relações de vinculaçãoPublication . Pinto, Davide Lopes; Veríssimo, ManuelaA solidão é uma experiência universal e normativa, consequência da necessidade humana de pertencer a algo ou alguém. No entanto, quando alguém sente que não pertence ou não tem proximidade com outros, surge a solidão. Como a solidão decorre dos relacionamentos sociais, pode falar-se da quantidade (quando há falta, surge a solidão social) ou da qualidade desses relacionamentos (quando há falta, surge a solidão emocional). Com a entrada na adolescência, aumenta a possibilidade de surgirem sentimentos de solidão uma vez que, no processo de construção da sua identidade, os adolescentes começam a distanciar-se da família e os pares ganham maior relevância. Embora haja um crescente interesse pelas questões da solidão na adolescência, a maior parte dos estudos não considera as diferentes facetas que a solidão pode tomar. Esta investigação pretende analisar os sentimentos de solidão, considerando as diferentes formas que a mesma pode tomar e verificar se há uma associação com a segurança das relações de vinculação e com as práticas parentais. A amostra é constituída por 682 adolescentes com idades entre os 11 e 16 anos de idade e respetivas mães e pais participaram do estudo. Os instrumentos utilizados foram Child Rearing Parctices Report - Questionnaire (CRPR-Q) a serem preenchidos pelos pais e os dois questionários Relational Provision Loneliness Questionnaire [RPLQ] e o Experiências nas Relações Próximas – Estruturas Relacionais [ERP-ER]) a serem preenchidos pelos adolescentes. Os resultados revelaram a existência de três perfis de solidão totalmente distintos entre si. Os resultados mostraram que os três perfis de solidão variavam entre si na qualidade da segurança da vinculação com ambos os progenitores sendo o perfil “Sem Solidão” com os valores mais altos e o perfil “Socioemocionalmente Solitários no Contexto de familiar” com os valores mais baixos. Relativamente às Práticas Parentais, apenas há diferenças nas práticas parentais entre os progenitores, sendo o “Cuidado da Mãe” o mais alto em todos os perfis.
- Mindfullness e resiliência nos bairros sociais: Um estudo qualitativo através de entrevistas narrativasPublication . Figueiras, Catarina SilvaA comunidade descendente dos PALOP residente em bairros sociais nas periferias de Lisboa está sujeita a um conjunto característico de obstáculos. Estes obstáculos assumem um papel limitador nos respetivos percursos de vida, sendo necessárias diversas estratégias promotoras de uma adaptação resiliente para os superar. Como tal, o presente estudo visa elucidar relativamente aos principais obstáculos experienciados pela população, bem como compreender o grau de potencial de ação dos participantes face a dados obstáculos. Adicionalmente, o presente estudo procura salientar os fatores promotores de resiliência utilizados, identificando nestes a eventual presença do mindfulness. De modo a alcançar os objetivos propostos, foram realizadas seis entrevistas narrativas, a adultos enquadrados na população em questão, e com percursos de vida em ascensão. Foi feita a análise temática dos dados, com recurso ao software Nvivo 12. Os resultados conseguidos indicam um conjunto obstáculos (p.e., a exclusão social). Foi também possível salientar um conjunto de fatores facilitadores (p.e., a criatividade). Evidenciou-se, também, que dados obstáculos estão fora do potencial de ação do indivíduo, uma vez serem produto de mecanismos estruturais da sociedade. As estratégias de resiliência são um contributo importante, pois podem vir a facilitar futuras intervenções. Outra contribuição importante é a contradição bem fundamentada do estigma associado a esta população, uma vez que a conotação problemática a ela habitualmente associada se demonstrou presa a mecanismos estruturais a ela impostos. A presença do mindfulness necessita de investigação futura. Por fim, foram identificadas limitações, por exemplo relativas ao número reduzido de participantes, e à subjetividade dos dados.
- “Pai, mãe, tenho vergonha” Associação entre práticas parentais e vergonha na adolescênciaPublication . Santos, Rita Sampaio Oliveira; Veríssimo, ManuelaInvestigação recente revela que as práticas parentais estão positivamente relacionadas com as emoções autoconscientes de vergonha em adolescentes. Contudo, deparamo-nos com uma carência de investigação que relacione a figura parental e que discrimine entre práticas parentais e estilos parentais. Esta dissertação teve como objetivo perceber as associações entre as práticas parentais, incluindo tanto a mãe como o pai, e a vergonha nos adolescentes. Este é um estudo transversal, que conta com a participação de 207 adolescentes e os seus respetivos educandos (pai e mãe). Os dados foram recolhidos em escolas secundárias de Lisboa, tendo sido aplicado aos pais o instrumento CRPR-Q: Child Rearing Practices Report (Rickel & Lawerence, 1979) e aos adolescentes EVEI–A: Escala de Vergonha Externa e Interna para Adolescentes (Cunha et al., 2021). Os resultados mostraram que, o uso de práticas parentais negativas (restritividade) se encontra associado à vergonha nos adolescentes do sexo masculino. Por outro lado, práticas parentais que tenham por base, feto, aceitação e recetividade (cuidado), estão associadas a uma menor experiência de vergonha sentida pelas adolescentes do sexo feminino. Em conclusão, esta investigação poderá vir a complementar as lacunas existentes e contribuir para a eficácia de futuras intervenções.
- Vergonha na transição para a adolescência: Qual o papel das perceções de segurança na vinculação ao pai e à mãe?Publication . Gerulaitis, Sandra Regina Gomes; Guedes, MaryseA minha prática de ensino supervisionada realizou-se numa instituição da rede pública, com uma turma do 2.º ano de escolaridade, com 25 crianças, 12 do sexo masculino e 13 do sexo feminino, e a docente titular de turma. Atualmente, é conhecida a importância de estabelecer com as famílias uma relação de parceria eficaz, de modo a que se criem ambientes favoráveis para as crianças e para a sua motivação para a aprendizagem. Assim, tendo conhecimento acerca destes pressupostos, foram elaboradas as seguintes questões de investigação: 1) De acordo com a perspetiva dos pais, professores e crianças, como se define o envolvimento parental e qual é a sua importância? 2) Quais são as práticas da professora para promover o envolvimento parental? 3) De acordo com a perspetiva dos pais e professores, o envolvimento parental tem algum impacto no sucesso e aprendizagem das crianças? A investigação realizada foi de natureza qualitativa e utilizaram-se, como instrumentos de recolha de dados, notas de campo, entrevistas à professora titular e a algumas crianças, um questionário aos pais e uma análise da aplicação ClassDojo que é utilizada, habitualmente, na rotina escolar do grupo. A análise dos dados permitiu compreender a importância do envolvimento parental no contexto em estudo, identificar as práticas da professora para promover o envolvimento parental e aferir se há alguma relação, neste contexto, entre o envolvimento dos pais e a aprendizagem e sucesso do grupo de crianças.
- Qualidade da amizade na era digital: Associações entre a qualidade da amizade e os comportamentos online na adolescênciaPublication . Azevedo, Jussane Martha de; Fernandes, Marília Solange OrnelasAs relações de amizade na adolescência contribuem na contrução da identidade, autorregulação e raciocinio moral (Hartup,1993; Piaget, 1970; Rubin et al., 2010). A amizade é definida como uma relação de afeto voluntária onde há reciprocidade e compreensão mútua (Leibowitz, 2018; Parker et al, 2006; Youniss & Smollar, 1987 ). Envolve aspectos positivos (E.g.: validação, intimidade, apoio) (Rubin et al, 2008; Selman, 1980) e aspectos negativos (E.g.: conflitos e desentendimentos) (Hartup, 1993). Além dos contextos tradicionais, atualmente os adolescentes relacionam-se virtualmente (e.g. chats de mensagens, mídias sociais e jogos), favorecendo intimidade, suporte e gestão de conflitos. Durante o confinamento causado pela COVID-19 o uso das tecnologias para manutenção da amizade foi fator protetor na saude mental de jovens (Anasuyari et al, 2023; James et al, 2023). O impacto negativo das tecnologias é estudado há décadas (Greenfield, 1999; Griffiths, 2000; Morahan-Martin & Schumache, 2000; Young, 1998). Porém, o uso da internet favorece a aquisição e manutenção da amizade (Colasante et al., 2022; Davis, 2012; Kaye & Quinn, 2020; Valkenburg & Peter, 2007). As experiências online são intrinsecamente entrelaçadas na complexidade de fatores biológicos e ambientais (Hollenstein & Colasante, 2020). Há uma fusão dos espaços online e offline, uma realidade híbrida (Kelly, 2019). O presente estudo teve como objetivo examinar as associações existentes entre comportamento online e a qualidade da amizade numa amostra (n=311) de jovens (10 a 15 anos) estudantes do 5º ao 9º ano de uma Escola Pública de Cascais. Os resultados mostraram que os jovens tiveram boa qualidade global da amizade. Utilizam a internet para aquisição de informações, conhecer pessoas, aprendizados e aprofundamento. Além da manutenção das amizades já existentes.
- O papel mediador da regulação emocional na relação entre vinculação e solidão emocional e social na adolescênciaPublication . Pacheco, Beatriz Gomes Fouto; Veríssimo, ManuelaA literatura atual enfatiza a importância do estabelecimento de relações de vinculação de base segura, para o desenvolvimento de habilidades mais adaptativas de regulação emocional e, em concomitância, a aquisição de competências sociais que impeçam a emergência de sentimentos de solidão social e emocional. Por conseguinte, o objetivo central do presente estudo é examinar o papel mediador da regulação emocional, na relação entre a vinculação e solidão social e emocional na família e no grupo de pares, de adolescentes portugueses que frequentam o ensino secundário. A par disto, torna-se pertinente expandir o conhecimento atual às representações de vinculação do adolescente e conceptualizar a solidão como um construto multidimensional. A amostra compreendeu 100 adolescentes, sendo que 47 são do sexo feminino e 53 do sexo masculino. A média de idades corresponde a 16,67 e o desvio padrão a 1,064. Os instrumentos utilizados foram o Adolescent Script Assessment (ASA) para avaliar a qualidade da vinculação, o Relational Provisions Loneliness Questionnaire (RPLQ) para avaliar a solidão social e emocional na família e no grupo de pares e o Emotion Regulation Index for Children and Adolescents (ERICA) e Emotion Regulation Questionnaire for Children and Adolescents (ERQ-CA) para avaliar a regulação emocional. Os resultados demonstraram que o script de vinculação é preditor direto da supressão (β = -.41, p<.001), mas não da reavaliação cognitiva (β = -.05, p>.05). Para além disso, o script de vinculação é preditor direto da solidão na família (β = .33, p<.001), mas não da solidão com os pares (β = .004, p>.05). No entanto, os resultados reivindicam para uma mediação total entre a qualidade da vinculação, supressão e solidão com os pares. Desta forma, os jovens que apresentam valores mais baixos na qualidade da vinculação e mais supressão, dispõem de valores mais elevados de solidão com os pares.
- “Mãe, pai: des(envolvimento da)culpa” The mediating effect of emotion regulation in the relationship between attachment security and healthy guiltPublication . Mango, Anwen Aisling Fonseca; Fernandes, Carla; Veríssimo, Maria ManuelaABSTRACT: Despite growing empirical evidence on the importance of a more comprehensive understanding of guilt owing to its role in prosociality and societal well-being, there are nevertheless many unknown aspects surrounding guilt, namely concerning the emergence and possible significant precursors of guilt such as attachment and emotion regulation. Therefore, our main objectives were to understand how attachment security to both caregivers relates to healthy guilt proneness and examine the mediating effect of emotion regulation in this relationship. We recruited 101 children aged 8 to 10 years old (50.5% girls; Mage = 8.99 years old, SD = .69) and their parents (n = 202). Children reported attachment security to both parents using the SSQ, and their proneness to ethical and non-ethical guilt, healthy guilt and absence of guilt, using the SERT. Parents reported their perception of their child’s emotion regulation capacity, measured by the ERC. Generally, results found that attachment security to both mother and father significantly predicted reported proneness to ethical guilt [F(1.97) = 4.05, p =.01, R2 = .11; F(1,97) = 3.25, p =.03, R2 = .09, respectively], with attachment to the father also predicting absence of guilt [F(1,97) = 7.46, p <.001, R2 = .19] and healthy guilt scores [F(1,97) = 2.62, p = .01, R2 = .08]. However, although global emotion regulation scores reported by each caregiver were significantly correlated with ethical guilt (rmother = .27, p = 0.01; rfather = .25, p = .05), no significant mediating effect of emotion regulation was found (p > 0.05).
- Associações entre a regulação emocional, práticas alimentares e consumo alimentar em idade pré-escolarPublication . Rosa, Diana Isabel Sampaio de Sousa; Fernandes, CarlaInvestigações anteriores consideraram que a regulação emocional das crianças e as práticas parentais alimentares, podem determinar o consumo alimentar das crianças, sendo que a compreensão destas interações alimentares nos primeiros anos de vida é crucial para promover hábitos alimentares saudáveis desde cedo. No estado atual do conhecimento, há algumas lacunas específicas existentes, tais como, a escassez de dados sobre a relação entre a regulação emocional da criança, as práticas parentais alimentares e o consumo alimentar nos anos pré-escolares. Assim, o presente estudo pretende ultrapassar estas lacunas, ao analisar as relações entre as três variáveis referidas anteriormente, tendo como população alvo a população portuguesa. Neste estudo participaram 387 mães e 16 pais de 399 crianças entre os 3 e os 5 anos de idade. Para avaliar a regulação emocional utilizou-se o instrumento Emotion Regulation Checklist, para avaliar o consumo alimentar utilizou-se o instrumento Child Health Section da Parent Interview of the Early Childhood Longitudinal Study-B, e para avaliar as práticas parentais alimentares utilizou-se o instrumento Questionário Completo de Práticas Parentais. Os resultados indicaram que quanto mais práticas alimentares responsivas os pais utilizam, maior o consumo alimentar saudável da criança e, inversamente, menor o consumo alimentar não saudável. Por outro lado, quanto mais práticas alimentares não responsivas os pais utilizam, menor o consumo alimentar saudável da criança e maior o consumo alimentar não saudável. Quanto maior o consumo alimentar não saudável, maior a desregulação emocional da criança. E quanto maior o uso reportado de práticas alimentares responsivas, maior a capacidade de regulação emocional da criança. Por outro lado, quanto maior o uso de práticas alimentares não responsivas, maior a desregulação emocional da criança. A análise dos coeficientes de regressão revelou que, tanto a regulação emocional da criança, como as práticas parentais não responsivas são preditores significativos do consumo alimentar não saudável. Estes resultados sugerem que o consumo alimentar das crianças pode ser determinado pela regulação das emoções e pelas práticas parentais alimentares
- Crenças parentais, práticas parentais e comportamentos externalizantes em crianças em idade pré-escolar (3-6 anos)Publication . Maciel, Carolina Maria de Barros Costa; Guedes, Maryse de MeloO modelo de processamento de informação parental estabelece que as crenças dos pais em relação aos comportamentos (mal)adaptativos da criança, tais como a agressividade física, são um dos fatores que se associam direta ou indiretamente (via práticas parentais) com os comportamentos externalizantes das crianças. Contudo, são poucos os estudos que examinam as associações entre estas variáveis, reconhecendo a natureza multidimensional (i.e., reações emocionais, atribuições causais, objetivos de socialização, estratégias antecipadas) das crenças parentais. Esta dissertação teve como principal objetivo examinar as associações entre as múltiplas dimensões das crenças das mães e dos pais acerca da agressividade física, as práticas parentais e os comportamentos externalizantes em idade pré-escolar. A amostra foi constituída por 169 mães e 52 pais de crianças em idade pré-escolar (3-6 anos), recrutadas em instituições de ensino pré-escolar privado na Área Metropolitana de Lisboa. Os pais preencheram o Parental Beliefs Questionnaire, o Child-Rearing Report Questionnaire e o Social Competence and Behavior Evaluation Scale para avaliar as crenças parentais acerca da agressividade física, as práticas parentais e os comportamentos externalizantes das crianças. Os nossos resultados mostraram que foram observadas associações positivas entre as reações emocionais negativas e os relatos de restritividade parental, particularmente para as mães. Relatos parentais de maior recurso a estratégias antecipadas de apelo emocional associaram-se a relatos de menor cuidado e maior restritividade. Os relatos de comportamentos externalizantes na criança associaram-se negativamente com reações emocionais de surpresa de pais e mães. Todavia, os relatos estratégias antecipadas de punição ou sugestão e objetivos de socialização centrados na criança a curto prazo apenas se associaram positivamente com os relatos de comportamentos externalizantes nos pais. Contrariamente à investigação anterior que mostrou a importância das atribuições causais, os nossos resultados parecem sugerir que a dimensão afetiva e cognitiva das crenças parentais relativa às expectativas parentais são aquelas que se associam aos relatos de práticas parentais e, em menor grau, de comportamentos externalizantes nas crianças.
- Dinâmicas familiares: Influências das práticas parentais e conflito interparental no desenvolvimento das criançasPublication . Oliveira, Laura Gorjão Henriques Figueiredo de; Veríssimo, ManuelaO presente estudo pretende investigar a relação entre o conflito interpessoal, as práticas parentais e os comportamentos internalizantes e externalizantes das crianças. Pesquisas existentes indicam que a exposição ao conflito interparental afeta negativamente o desenvolvimento emocional e comportamental das crianças, muitas vezes resultando no aumento da ansiedade, depressão e problemas comportamentais. O foco do presente estudo é perceber como as percepções das crianças sobre o conflito interpessoal interagem com as práticas parentais, segundo as dimensões de responsividade e controle, de mães, de pais e da diferença entre os dois. A amostra é composta por 92 tríades (mãe, pai e filho) de alunos do 5º e 6º ano na área de Lisboa. Os dados foram recolhidos por meio de questionários autopreenchidos que avaliam as práticas parentais e as respostas comportamentais das crianças. Os resultados revelaram associações significativas entre a perceção das crianças do conflito interparental e os comportamentos internalizantes e externalizantes das crianças, bem como diferenças nas práticas parentais entre mães e pais. Essas descobertas ampliam a compreensão da dinâmica familiar em contextos de conflito e sugerem implicações para intervenções destinadas a melhorar o bem-estar das crianças. Pesquisas futuras devem explorar relações causais e ampliar o tamanho da amostra, para aumentar a generalização dos resultados.