PEDU - Actas de reuniões cientificas
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- Adaptação da escala de autoconceito artístico para estudantes do ensino secundárioPublication . Pipa, Joana; Peixoto, FranciscoO presente estudo reflecte os resultados obtidos na adaptação da escala de autoconceito artístico para adolescentes de Vispoel (1993). Partimos de uma abordagem que define o autoconceito como um constructo multidimensional, sendo um reflexo das várias facetas da vida dos sujeitos, que tanto os identifica como os diferencia. Assim, torna-se pertinente o desenvolvimento de instrumentos de medida para dimensões específicas do autoconceito, nomeadamente no que respeita à componente artística, traduzindo a existência de uma percepção artística integrada na estrutura do autoconceito. Deste modo, o objectivo do presente estudo foi adaptar a escala de autoconceito artístico de Vispoel (1993) para aplicação com adolescentes portugueses. Responderam à escala de autoconceito artístico 226 sujeitos do 10º e 11º anos, representando um universo escolar diversificado que contemplou estudantes de música, dança, artes visuais e do ensino regular. A escala de autoconceito artístico de Vispoel é constituída por 40 itens agrupados em 4 dimensões: Música, Artes Visuais, Dança e Representação. Os dados foram analisados do ponto de vista da validade interna, com o recurso a análises factoriais exploratórias e confirmatórias, e da fidedignidade, através da análise da consistência interna. A análise factorial exploratória revelou resultados satisfatórios tendo-se agrupado claramente os itens nas 4 dimensões sugeridas: música, dança, artes visuais e representação. A totalidade dos factores explica 62,92% da variância total. Os resultados da consistência interna revelaram igualmente uma fiabilidade bastante satisfatória (entre α=.93 e α= .94). Foi posteriormente realizada uma análise factorial confirmatória, contemplando os dados de 203 alunos. O modelo testado revelou um ajustamento aceitável.
- Desafios da gravidez gemelar: do diagnóstico ao parto.Publication . Veiga, SofiaAs gestações gemelares têm vindo a aumentar nas últimas décadas. A literatura científica tem revelado que estas são sempre consideradas gestações de risco, não só por haver uma maior probabilidade de morbilidade e de mortalidade da mãe e dos bebés, como também pela dificuldade apresentada por muitas mulheres em aceitar o diagnóstico de gestação gemelar e as vivências emocionais e fisiológicas a ela associadas. A aceitação da situação gemelar parece estar relacionada com a capacidade da mulher: pensar num futuro com dois bebés, começar a relacionar-se com os dois fetos, fazer o enxoval e preparar fisicamente as suas casas e os seus contextos para o nascimento de duas crianças. A zigotia, o sexo dos bebés bem como a existência de uma rede de suporte surgem como fatores que podem condicionar os processos de vinculação e de separação-individuação na díade mãe gémeos. O presente trabalho, partindo de uma resenha bibliográfica sobre o tema, tem como intuito refletir sobre as especificidades, os desafios e as dificuldades destas gestações particulares
- Uma psicologia encarnada na busca de outros modos para pensar e fazer a formação inicial de professores: a autobiografia como projeto (auto)formativo.Publication . Peres, Lucia Maria VazO presente trabalho tem como objetivo socializar uma prática pedagógica como professora de Fundamentos da Educação, na área da psicologia, no bloco temático Práticas Educativas, no 1º semestre do Curso de Pedagogia da UFPEL (Universidade Federal de Pelotas/Brasil/RS). Ao longo do meu trabalho como professora formadora de futuros professores algumas perguntas vem me acompanhando: como tocá-los efetivamente? Como sensibilizá-los a tal ponto que possam reverter as “formas” instituidas de ser professor? Como fazer para que os conteúdos da psicologia sejam incorporados? Diante de tais indagações, propûs um trabalho metodológico (a partir da reforma curricular de 2000) no sentido de acordar as crianças que foram, para posteriormente, sensibilizarem-se com a criança que irão trabalhar. Tem como referencial teórico principal os estudos autobiográficos preconizados pela pesquisadora Suíça, Marie-Christine Josso (2004), sobre as histórias de vida em formação e, pela noção de biografização, proposta por Christine Delory-Momberger (2008). A partir destas autoras venho buscando uma psicologia viva e encarnada através da qual poderemos nos apropriar de mundos sociais preexistentes e reeditá-los. Os procedimentos são autobiográficos onde a escrita fora a tônica, tais como: diários, portfólios, técnicas expressivas. Tudo isso, tendo por base a escrita e reescrita da criança que pensam ter sido como vistas a criança que desejam ressignificar.
- Crenças e literacia emocional na formação de um grupo de professoresPublication . Freire, Isabel; Bahia, Sara; Estrela, Maria Teresa; Amaral, AnabelaEmbora sem unanimidade de resultados, a investigação evidencia, desde os finais dos anos 70, que as crenças educativas influenciam a conduta docente (Fullan, 1991) e que, por vezes, elas se tornam conflituais (Villar Angulo, 1987). Mais recentemente tem sido salientada a influência das crenças na vida emocional dos professores e sua relação com a conduta profissional (Cross e Hong, 2011). As emoções são igualmente fonte de influência na formação de novas crenças, modificando e alterando o impacto das crenças existentes. As experiências vividas na interação com os contextos em que ocorrem são fontes de emoções e podem ser oportunidades de mudança das crenças e também da ação. Para o bem estar emocional dos professores, as crenças iniciais sobre a profissão e sobre as emoções podem ser substituídas por crenças mais adequadas, se associadas à aquisição ou desenvolvimento da literacia emocional; na sua falta, crenças relacionadas com o perfeccionismo do professor (e.g., o bom professor é aquele que revela um controlo absoluto sobre todas as situações que ocorrem na sala de aula) poderão conduzir ao desgaste emocional. A formação, dando lugar à reflexão e ao autoconhecimento, tem um importante papel no processo de desvelar determinadas crenças. Nesta comunicação apresentaremos parte de um estudo de investigação-formação realizado com professores do ensino básico, focado na dimensão emocional da docência. Partindo da análise de dados recolhidos a partir de entrevistas iniciais e finais e de outros materiais, como reflexões dos professores participantes, tentaremos evidenciar a interação entre as crenças, emoções e as mudanças experimentadas pelos professores no processo de formação e relação com as práticas pedagógicas.
- Ensino de matemática e inclusão: concepções de professores da educação básica de escolas públicas da região do Minho – PortugalPublication . Moreira, Geraldo Eustáquio; Manrique, Ana LúciaConsiderando a quase inexistência de estudos focalizando o cotidiano da aula de Matemática para alunos com necessidades educativas especiais (NEE), buscamos realizar entrevistas com professores da área, que atuam na Educação Básica na região do Minho, Portugal. O presente estudo teve como objetivos investigar como esses professores que ensinam Matemática, entendem o conceito de NEE e, ainda, verificar que percentual desses profissionais, teve alguma formação pedagógica ou continuada para atuar com alunos especiais. Além disso, foram levantadas questões referentes à atuação pedagógica dos docentes em relação aos alunos com NEE presentes em suas classes. Foi utilizado um inventário para a coleta dos dados e os resultados preliminares foram semelhantes aos resultados encontrados na pesquisa realizada no Brasil: que os participantes conseguem caracterizar o tipo de NEE de seus alunos, contudo alguns não sabem identificar a deficiência de um aluno que não conheçam; alguns acham benéfica a inclusão do aluno com NEE em classes regulares, enquanto outros se sentem pouco à vontade com a presença desses alunos em suas classes, entre outros resultados.
- Qualificação académica dos pais e autonomia vocacional dos jovensPublication . Costa, José Carlos Gomes daA capacidade dos jovens para tomarem decisões quanto ao seu futuro vocacional está associada com a sua autonomia, nomeadamente com o grau de separação em relação aos pais que lhes permite construir uma identidade projetiva, isto é, projetarem-se no futuro e idealizarem para si próprios um percurso educativo e uma meta vocacional. Este estudo procura investigar se a autonomia dos jovens, enquanto capacidade para estes se diferenciarem dos seus pais, está associada com o nível de formação académica destes últimos. O método compreendeu uma amostra de 575 sujeitos (236 rapazes e 339 raparigas), com idades compreendidas entre os 18 e os 21 anos, estudantes no Ensino Superior. Para a avaliação da autonomia recorreu-se ao Inventário de Separação Psicológica (Almeida, Dias e Fontaine, 1996) e para a avaliação do nível de formação académica dos pais foi utilizado um questionário de dados sociodemográficos. Os resultados demonstram que o nível de formação académica dos pais (quer do pai, quer da mãe) se associa com a autonomia ideológica dos jovens, mas não com a sua autonomia funcional e emocional. Estes resultados permitem concluir que o nível de formação académica dos pais parece ter um efeito potenciador da autonomia ideológica nos filhos, o que vem apoiar a ideia de que os recursos e as aptidões sociais que os diferentes grupos da população possuem condicionam as diversas modalidades de socialização.
- Psicologia nos museus e museus na psicologia: Serviço educativo do museu nacional do azulejoPublication . Monteiro, Maria Ana; Ribeiro, Lucilina; Bahia, SaraO presente trabalho tem como objetivos refletir sobre o papel da experiência museológica como experiência educativa, promotora do desenvolvimento pessoal a diversos níveis (cognitivo, motivacional, afetivo, social e moral), e do lugar da Psicologia Educacional neste domínio. Os museus podem ser lugares de aprendizagem, de construção de significados e de aprofundamento da identidade social e cultural de todos os que os visitam. Nas equipas dos seus serviços educativos, que desempenham funções de mediação entre o público e o objeto museológico (Bahia & Trindade, 2010), o psicólogo educacional poderá ser o profissional com a formação adequada para proceder a uma avaliação das necessidades do museu e do público; planear, coordenar e avaliar projetos de intervenção psicopedagógica; e promover a construção de parcerias e a abertura do museu à comunidade envolvente. De forma a poder-se implementar estes objetivos, procurou-se acompanhar e avaliar três visitas de estudo de diferentes grupos escolares ao Museu Nacional do Azulejo (Lisboa), através da aplicação da grelha de categorias de avaliação da eficácia das atividades organizadas pelos serviços educativos de museus, proposta por Bahia e Janeiro (2008). A aplicação foi feita em contexto de observação direta e naturalista, com o objetivo de identificar as categorias mais e menos presentes nas visitas. Concluiu-se que todas as categorias propostas por Bahia e Janeiro (2008) se encontravam presentes, com destaque para os aspetos cognitivos, afetivos e motivacionais, que tendem a ser pontos fortes das visitas; e para os aspetos sociais e morais, que tendem a ser os pontos mais fracos.
- O modelo self-regulated strategy development no ensino da escrita do ensaio de opinião.Publication . Sousa, Carla; Inácio, Miriam; Prata, Maria; Ferreira, Sara; Festas, Maria Isabel; Oliveira, Albertina Lima deA escrita não é apenas um preditor do sucesso académico mas, cada vez mais, um requisito básico para a participação na vida em sociedade. Ensinar a escrever bem é uma tarefa do sistema educativo, contudo muitos alunos saem da escola sem terem adquirido bem esta competência. O projeto “Ensino de Estratégias de Escrita” (FCT - PTDC/CPECED/ 102010/2008), que decorreu em seis escolas públicas do concelho de Coimbra, tinha como principais objetivos adaptar para o contexto educativo português o programa Self-Regulated Strategy Development – SRSD (Harris, et al, 2008) e melhorar as competências de escrita e sua instrução. Para o efeito, seguindo o modelo SRSD, desenvolvemos um programa de ensino de estratégias de escrita de um ensaio de opinião com vista a verificar os resultados da sua instrução na composição de textos. Para a prossecução deste estudo usou-se uma metodologia quaseexperimental de pré e pós-teste, com grupo de controlo. A amostra foi composta por 507 alunos do 8º ano, envolvendo ainda 15 professores. O programa de intervenção decorreu ao longo de 4 meses, nas aulas de Língua Portuguesa e cada sessão semanal teve a duração de 45 minutos, sendo da responsabilidade dos professores da disciplina. De forma a assegurar a estandardização dos procedimentos e atividades no grupo experimental, os professores participaram em sessões de formação e acompanhamento durante todo o processo de intervenção. Os primeiros resultados indicam diferenças significativas entre os dois grupos revelando que o grupo experimental tem pontuações superiores.
- Relação entre o sentimento de competência educativa parental e o rendimento escolar dos alunos do ensino básicoPublication . Afonso, Andreia de Fátima Lino; Costa, José Carlos Gomes da; Antunes, Maria Cristina QuintasO sentimento de competência parental é definido como a perceção que os pais ou cuidadores possuem quanto à sua competência enquanto pais; e pode estar associado com o apoio social e a autoestima dos mesmos. Além disso, de acordo com diversos autores, as atitudes e o clima familiar influenciam o rendimento escolar dos filhos. Este estudo pretendeu investigar a relação entre o sentimento de competência educativa parental (que engloba a autoeficácia parental e a satisfação parental), o apoio social e a autoestima dos pais com o rendimento escolar dos filhos e sua autoestima. A amostra foi composta por 272 alunos do ensino básico, com idades compreendidas entre 7 e 16 anos, e 504 pais /encarregados de educação, do interior Norte de Portugal. Os instrumentos utilizados foram o Questionário de Autoavaliação da Competência Educativa Parental – QAECEP (Terrisse & Trudelle, 1988; adaptado por Costa, J. C. et al., 2011), a Escala de Avaliação do Apoio Social – NOS (Vaux, 1988; adaptado por Antunes & Fontaine, 1996, 2010) e a Escala de Autoestima de Rosenberg – RSES (Rosenberg, 1965; adaptado por Santos & Maia, 1999, 2003). Os resultados evidenciam uma relação positiva e significativa entre o sentimento de competência educativa parental e a autoestima dos filhos e ainda com as notas a Matemática. Os resultados abrem um novo espaço para estudos nessa área, e podem contribuir para a formatação de programas de desenvolvimento de competências educativas parentais, considerando-se as mesmas fatores importantes para o desenvolvimento psicológico das crianças.
- “Mal me quer… Bem me quer… Muito, pouco ou nada: As pétalas de uma nova geração” Percepção do bullying na infância e na adolescênciaPublication . Neves, Lara; Gouveia, Patrícia; Afonso, CarlosA vivência de situações de agressão e violência escolar tem vindo a enfatizar a necessidade de avaliarmos as perceções que os jovens apresentam face a situações de intimidação no contexto escolar. A prova AVE (Acoso y Violencia Escolar, Piñuel & Oñate, 2006) permite descriminar níveis normais ou graves no que respeita a comportamentos de intimidação percebidos pelos jovens. Este estudo teve como principal objetivo analisar os fatores de risco para os jovens que se percecionam como vítimas de agressão e violência escolar, mas também o risco, identificado através do questionário, daqueles que estão ou não mais propensos a serem vítimas de bullying, ou seja, com grau de severidade de intimidação mais elevado. Participaram, nesta investigação, 407 estudantes, com idades compreendidas entre os 8 e os 21 anos. Os participantes preencheram o Questionário Agressão e Violência Escolar (AVE, versão experimental da adaptação portuguesa de Gouveia & Neves, 2011). Os resultados foram sugestivos de que os jovens portugueses se sentem intimidados pelos pares no ambiente escolar, ainda que apenas alguns apontem um grau de severidade elevado para as situações de intimidação apresentadas. A patologia clínica que as vítimas, ou potenciais vítimas, apresentam é indicadora do risco da frequência com que os educadores e os pais erram na hora de intervir.