PCLI - Dissertações de Mestrado
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Browsing PCLI - Dissertações de Mestrado by advisor "Almeida, Telma Sofia de Sousa"
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- Abuso contra o idoso: Perspetiva da testemunha.Publication . Muchaxo, Cátia Marisa Aveleira; Almeida, Telma Sofia de SousaCom o envelhecimento da população, os casos de abuso contra o idoso têm vindo a aumentar significativamente, estimando-se que 45% da população idosa tenha sofrido, pelo menos uma vez, um ato violento. Neste sentido, este estudo teve como objetivo abordar e analisar as diferentes perspetivas e modos de atuação de testemunhas relativamente ao abuso contra o idoso. Para este efeito, foi realizado um questionário com 31 questões que abordavam tanto dados sociodemográficos da vítima, como os da testemunha e os do agressor. O estudo está divido em duas partes, uma primeira direcionada ao conhecimento individual das temáticas e violência (N = 39 participantes), e uma segunda parte onde é abordada a forma de atuação da testemunha quando a vítima é idosa (N = 12 participantes). Os resultados demonstraram que a maioria das testemunhas não denuncia por medo, descrença da palavra do idoso e ainda por desvalorização dos outros tipos de violência quando esta não é física. Por fim, os fatores de risco mais encontrados relativos ao agressor, foram o abuso de substâncias, a pouca tolerância à frustração e a transmissão transgeracional do comportamento. Relativos à vítima, foram mencionados as dependências emocional e financeira e isolamento social. Assim, revela-se fundamental que seja implementado algum sistema de educação relativo a este tipo de violência de forma que a intervenção e a prevenção sejam efetuadas mais concisa e adequadamente.
- Características sociodemográficas, sintomatológicas e de personalidade dos homens portugueses vítimas de violência no contexto das relações de intimidadePublication . Abelho, Madalena Peixoto; Almeida, Telma Sofia de SousaO presente estudo teve como principal objetivo explorar as características dos homens adultos portugueses vítimas de violência no contexto das relações de intimidade, comparativamente às mulheres vítimas deste fenómeno, no que concerne a dados sociodemográficos, sintomatologia e traços de personalidade. A investigação nasceu da necessidade de se compreender melhor este fenómeno em Portugal, decorrente da escassez de estudos nacionais e internacionais que analisem a experiência de vitimização masculina. Participaram neste estudo 245 indivíduos, 127 do sexo feminino e 118 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 18 e os 75 anos. A recolha de dados teve por base um questionário sociodemográfico, o Inventário de Violência Conjugal (IVC), o Brief Symptom Inventory 18 (BSI-18) e o NEO–FFI–20. Os resultados demonstraram que a violência nas relações de intimidade é um fenómeno independente do nível de escolaridade e do nível socioeconómico das vítimas. Verificou-se também uma predominância da violência psicológica face à violência física, apesar de os homens vítimas reportarem sofrer significativamente mais de maus-tratos físicos do que as mulheres. Por fim, verificou-se que os participantes que reportaram terem sido vítimas de violência em contexto de intimidade manifestaram scores superiores ao nível da sintomatologia e do neutoriticismo, do que os participantes que reportaram não terem sido vítimas de violência.
- Caraterização das crenças e comportamentos dos agentes policiais em relação a vítimas de tentativa ou violação consumadaPublication . Vieira, Felícia Andrade; Almeida, Telma Sofia de SousaA violação é um dos crimes que mais assombra as mulheres. Não só pelo crime em si, mas por todo o processo que se segue na justiça. A vergonha e a culpa perseguem as vítimas, por isso, a maneira como são tratadas pelo sistema que, supostamente, deve protegê-las, é muito importante. Deste modo, o presente estudo teve como objetivo principal explorar o tipo de crenças e comportamentos que os órgãos de polícia criminal têm para com vítimas de tentativa ou violação consumada no âmbito das suas funções. Assim, participaram neste estudo elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR). Para a recolha de dados foi pedido aos participantes que respondessem a um questionário composto por questões sociodemográficas, a Escala de Crenças sobre a Violência Sexual e um conjunto de sete questões de resposta aberta. Os resultados evidenciaram que os órgãos de polícia criminal têm níveis baixos de legitimação das crenças sobre a violência sexual e que, existem diferenças estatisticamente significativas entre a GNR e a PSP em relação a estas crenças. Verificou-se, ainda, que os órgãos de polícia criminal não têm um comportamento descuidado para com vítimas com determinadas caraterísticas.
- Covid-19 a privação de toque e de afeto na quarentena tornou as pessoas mais afetuosasPublication . Alves, Cristiana Filipa Correia; Almeida, Telma Sofia de SousaO objetivo do presente estudo consistiu em explorar o impacto do confinamento vivenciado durante a pandemia da COVID-19 ao nível do afeto, na população adulta portuguesa. Mais concretamente, avaliou-se se a privação de toque e a privação de afeto durante o período de quarentena, se associava à expressão de afeto subsequentemente, por parte dos participantes. A maioria dos estudos existentes sobre o impacto de situações pandémicas não aborda, especificamente, a problemática da privação do toque, pelo que o presente estudo se revela inovador e pertinente (Brooks et al., 2020; Teeman, 2021). Participaram neste estudo 227 pessoas, em que 122 eram do sexo feminino e 105 do sexo masculino. Foram aplicados três instrumentos (QIPC, QPT e PANAS) e os resultados obtidos mostraram que a privação de toque se correlacionou positivamente com a privação de afeto. Confirmaram que os participantes não demonstraram privação de toque antes do período de quarentena, mas sim que ficaram com mais necessidade de toque depois da quarentena relativamente a antes e que após o período de quarentena os participantes passaram a sentir uma maior necessidade de afeto do que anteriormente. Podemos afirmar que o impacto do confinamento vivenciado durante a pandemia da COVID-19 associa-se à expressão de afeto negativo após o período de quarentena por parte dos participantes, revelando que a privação de toque vivida na quarentena influencia a expressão subsequente do afeto.
- Eficácia da técnica de recuperação de memória por categorias com adultos entre os quarenta e os sessenta anosPublication . Faria, Bárbara Maria Borges; Almeida, Telma Sofia de SousaA Entrevista Cognitiva Melhorada (ECM) é uma das técnicas de entrevista mais conceituadas, que permite a recolha de informação em contexto forense. Uma nova técnica, proveniente da ECM, denominada Recuperação de Memória por Categorias (RMC), tem vindo a ser testada nos últimos anos e acrescido o seu valor, essencialmente, na qualidade do relato. No presente estudo, comparou-se a quantidade e a qualidade da informação obtida através do Relato Livre (RL) em comparação com a técnica de Recuperação de Memória por Categorias, em função da idade (mais e menos de quarenta anos) e da motivação intrínseca para a necessidade de cognição ou de fé na intuição. Foi ainda incluído um método de desinformação, para avaliar o efeito deste fenómeno nas várias condições. A amostra foi constituída por 38 participantes, 20 com menos de quarenta anos e 18 com idades iguais ou superior a quarenta anos, todos portugueses. Os resultados deste estudo permitiram confirmar que a técnica de RMC aumentou a qualidade da informação obtida e que os participantes com menos de quarenta anos relataram mais detalhes gerais e corretos sobre o evento em estudo. O efeito de desinformação não se revelou significativo. Os participantes com alto nível de fé na intuição não relataram mais detalhes do que os restantes participantes. E, finalmente, verificou-se a tendência para o relato de uma maior quantidade de detalhes acerca das pessoas e das ações presentes no vídeo.
- Eficácia da técnica de recuperação por categorias com crianças testemunhas e a influência das características desenvolvimentaisPublication . Pereira, Inês Almeida; Almeida, Telma Sofia de SousaEntrevistar testemunhas oculares é um procedimento crucial para uma investigação policial, determinando por vezes o seu desfecho. É fundamental a aplicação de técnicas eficazes na condução de uma entrevista, maximizando a quantidade e precisão da informação relatada. Entrevistar crianças constitui um desafio acrescido para os profissionais, sendo essencial que os investigadores disponham de orientações adequadas para conduzir entrevistas de testemunhas com crianças. O presente estudo focou-se na comparação de duas técnicas de entrevista forense: a Recuperação por Categorias (RC) e o Relato Livre (RL). Foi igualmente analisada a influência das competências mnésicas e linguísticas, na quantidade e na qualidade da informação relatada. Trinta e nove crianças entre os 6 e os 9 anos de idade, participaram em duas sessões com 24h de intervalo entre si. Na primeira sessão foram administrados instrumentos de avaliação do Quociente de Inteligência (QI) Verbal (WISC-III) e, da capacidade mnésica (Figura Complexa de Rey), sendo também visualizado um vídeo de um evento neutro. Na segunda sessão, foram conduzidas entrevistas utilizando as técnicas de RC ou de RL. A quantidade e qualidade do relato não foram influenciadas pelas técnicas RC e RL. A idade revelou ser um fator determinante para a quantidade e a precisão do relato, assim como para a certeza da informação relatada. O desempenho na prova de memória foi também influenciado pela idade da criança e, o QI Verbal influenciou a informação relatada sobre os locais presentes no vídeo observado.
- A eficácia da técnica de restabelecimento do contexto como efeito protetor da memória de testemunhas ocularesPublication . Beja, Catarina Chaves dos Santos Martins; Almeida, Telma Sofia de SousaEntrevistar uma testemunha é um procedimento crucial para o sucesso de uma investigação criminal. É determinante perceber quais os melhores procedimentos de entrevista a utilizar de modo a preservar a memória das testemunhas, protegendo-as de falsas informações a que possam ser expostas e garantindo a qualidade da informação obtida. O presente estudo teve como principal objetivo verificar se um relato imediato, após a visualização de um vídeo sobre um crime encenado, utilizando questões abertas e a técnica de Restabelecimento do Contexto (RC), teria um efeito protetor na memória no que diz respeito à suscetibilidade da testemunha a desinformação a que foi exposta e à quantidade e qualidade da informação obtida. A amostra foi composta por 42 sujeitos adultos que visualizaram um vídeo de um crime encenado, de seguida, elaboraram uma tarefa distratora e, posteriormente, foram divididos em dois grupos: um dos grupos foi entrevistado imediatamente utilizando questões abertas e a técnica RC; o outro continuou a elaborar a tarefa distratora. Posteriormente, ambos os grupos foram expostos a falsas informações através de um artigo de jornal fictício. Após 24 horas, todos os participantes foram entrevistados com questões aberta e de acordo com a técnica de RC e, posteriormente, responderam a um questionário com o objetivo de detetar a suscetibilidade à desinformação. Os resultados demonstraram que a existência de um relato inicial (RI) melhorou o desempenho dos participantes no que diz respeito à quantidade e qualidade da informação obtida.
- Em busca do tempo perdido : exploração da utilização de expressões temporais em entrevistas forenses com crianças em idade pré-escolarPublication . Lopes, Carlota Tavares de Sena; Almeida, Telma Sofia de SousaForam realizadas entrevistas forenses que seguiam o protocolo do National Institute of Child and Human Development (NICHD) a 100 crianças em idade pré-escolar alegadamente vítimas de abuso, com o objetivo de averiguar a utilização de linguagem temporal no decorrer da entrevista. As entrevistas foram analisadas segundo um sistema de codificação temporal e os resultados sugerem diferenças tanto na frequência da utilização de expressões temporais, como no número de detalhes fornecidos pelas crianças, em função do género, da idade, do tipo de abuso e do tipo de questão colocada. Os resultados evidenciaram que as crianças que sofreram de abuso sexual utilizaram mais expressões e detalhes temporais nos seus relatos. Este resultado verificou-se também em relação à idade e ao género; ou seja, as raparigas e as crianças mais velhas utilizaram mais expressões temporais e forneceram mais detalhes do que os rapazes e as crianças mais novas. Além disso, concluímos que as questões abertas devem ser sempre privilegiadas, uma vez que fomentaram o relato de mais expressões temporais e linguagem episódica.
- Entre marido e mulher não se mete a colher : um olhar sobre a violência conjugalPublication . Torrão, Soraia Cristiana Amaro; Almeida, Telma Sofia de SousaProblema: A Violência Conjugal é um tema cada vez mais pertinente, dada a sua importância e influência na vida de cada um. A literatura não é clara quanto às diferenças existentes entre indivíduos que nunca experienciaram violência conjugal, e sujeitos que já experienciaram, nem da relação deles com as suas crenças, competências emocionais, comportamentos antissociais, e ainda sexo, idade e habilitações literárias. Objetivo: Compreender a influência que a violência tem sobre indivíduos, fazendo uma comparação entre quem já experienciou e quem nunca experienciou violência conjugal relativamente às suas crenças sobre a violência, competências emocionais e comportamentos antissociais. Método: 324 indivíduos de todos os géneros, com idades compreendidas entre os 18 e os 49 anos, que estejam ou já tenham estado em alguma relação. Os instrumentos utilizados foram o Antissocial Spectrum Scale, a Escala de Crenças da Violência Conjugal, o Inventário da Violência Conjugal e o Questionário de Competências Emocionais. Resultados: Os resultados obtidos demonstraram evidências na associação entre a variável competências emocionais e crenças sobre a violência. Nas restantes hipóteses, não foram encontradas relações estatisticamente significativas, que vai contra a literatura, exceto na variável sexo e competências emocionais/comportamentos antissociais, onde se conclui que na primeira, as mulheres possuem mais competências, e na última, os homens apresentam maior nível deste tipo de atitudes. Discussão: Dada a escassez de resultados estatisticamente significativos e contrários ao que a literatura diz, é importante refletir sobre os mesmos, encontrando limitações, de forma a auxiliar também futuros estudos nesta área.
- Experienciando a violência interparental : crenças da sociedade na legitimação do fenómenoPublication . Lopes, Cláudia Rodrigues; Almeida, Telma Sofia de SousaO presente estudo teve como principais objetivos contribuir para o estudo das crenças acerca do impacto da violência dentro da família para a criança e, a ação da comunidade quando têm conhecimento de uma criança exposta a tal perigo. Procurou ainda compreender a influência da vivência de adversidades na infância e da proximidade à criança que experiencia violência intrafamiliar, na implicação com o fenómeno. Participaram neste estudo 1359 pessoas de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 80 anos. A recolha de dados realizou-se online, através da aplicação de um protocolo composto por um questionário de caracterização sociodemográfica, um conjunto de questões acerca das motivações para intervir face ao fenómeno de violência intrafamiliar, a Escala de Crenças sobre Violência Interparental (E.C.V.I.) e 4 itens do Adverse Childhood Experience International Questionnaire (ACE-IQ). Os resultados demostraram que os participantes do estudo evidenciam genericamente crenças não legitimadoras da violência interparental e que estas estão dependentes da geração e das habilitações literárias. 54.9% da amostra experienciou violência interparental, no entanto a vivência desta adversidade de vida é independente da implicação e das crenças face ao fenómeno de violência interparental. Quanto mais distorcidas as crenças acerca da violência interparental, maior a inação dos participantes. A denúncia é a ação mais frequentemente realizada, sendo que quanto maior a proximidade à criança exposta a tal adversidade, mais se tende a mediar e a intervir diretamente; quanto menor a proximidade à criança, mais se tende a denunciar ou a nada fazer. O que mais motiva a ação é a proteção da criança e o sentido de responsabilidade social.
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