PCLI - Dissertações de Mestrado
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- The role of psychological flexibility and selfcompassion in the longitudinal relationship between emotional schemas and mental healthPublication . Mendes, Maria Manuel Pereira Barreira; Neto, David DiasPersistent psychological symptoms, even in the context of effective treatments, highlight the limitations of traditional symptom-focused models. Advancing mental health requires identifying the underlying mechanisms that sustain psychological distress and hinder well-being. Emotional schemas have been associated with greater psychological suffering and lower well-being. Understanding the processes through which these schemas impact is essential for designing more targeted and effective strategies. This study examined the longitudinal relationship between emotional schemas and both positive and negative mental health, investigating the mediating roles of psychological flexibility and self-compassion. A sample of 303 Portuguese adults completed self-report measures assessing emotional schemas (LESS), psychological flexibility (CompACT), self-compassion (SELFCS), and mental health (MHCSF and BSI-18) at two time points, six months apart. Using path analysis and controlling for baseline mental health, age, and sex, the results revealed that maladaptive emotional schemas were significantly associated with lower psychological flexibility and self-compassion, which in turn predicted increased psychological distress and decreased well-being. Negative evaluation of emotions showed indirect effects through both mediators. Difficulties in reappraisal influenced mental health exclusively via reduced self-compassion, while a simplistic view of emotions was associated with improved outcomes via increased psychological flexibility. These results underscore the enduring influence of emotional schemas on mental health and highlight the transformative potential of interventions that cultivate psychological flexibility and self-compassion. By elucidating their mediating roles, the study provides a foundation for developing more targeted and effective strategies to mitigate the impact of maladaptive emotional schemas on psychological distress and psychological wellbeing.
- O impacto do contacto com animais de companhia no desenvolvimento da empatia em jovensPublication . Teixeira, Bruna da Silva; Carvalho, ConstançaA investigação em Portugal é ainda escassa no que diz respeito à relação entre empatia e animais, especialmente à relação entre a empatia por humanos e animais na faixa etária da adolescência. Internacionalmente, há estudos que demonstram o claro benefício da relação entre os animais e os jovens, no entanto é uma área em crescimento e, como tal, o principal objetivo desta tese é testar se a convivência com os animais de companhia influencia a empatia dos jovens e se existe uma relação significativa entre a empatia para com os animais não humanos e para com os humanos. Com este objetivo em consideração, foi recolhida uma amostra de 122 adolescentes, com idades compreendidas entre os 11 e os 14 anos de idade, dos quais 71 (58.2%) pertencem ao sexo masculino e 51 (41.8%) ao sexo feminino. Na avaliação dos constructos acima referidos, foram utilizados dois instrumentos – Questionnaire to Assess Affective and Cognitive Empathy in Children (QACEC) e a Escala de Empatia para com Animais (EEA). A partir dos resultados obtidos, é evidente a consistência com a literatura, confirmando que o contacto com os animais de companhia aumenta os níveis de empatia com os animais; assim como as raparigas apresentarem níveis superiores de empatia comparativamente aos rapazes. No entanto, em oposição à literatura existente, não foi encontrada uma relação entre os jovens terem animais de companhia e apresentarem níveis superiores de empatia para com os humanos. Posteriormente, foram apresentadas propostas no que se refere às várias aplicabilidades práticas que podem resultar a partir desta investigação, refletindo sobre o conceito de empatia e dos seus benefícios para os jovens.
- O impacto da convivência com animais de companhia no desenvolvimento da teoria da mente (TOM) em crianças com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA)Publication . Raquel Branco Soveral Gomes; Carvalho, ConstançaA literatura carece de investigações que correlacionem o impacto da convivência com animais de companhia no desenvolvimento da teoria da mente (ToM) em crianças com perturbação do espetro do autismo (PEA). Existe um foco no impacto das terapias assistidas por animais em crianças com PEA, não avaliando de forma direta se os efeitos benéficos da convivência com animais estão associados a um maior desenvolvimento da ToM. Desta forma, o principal objetivo da presente dissertação visa testar se a convivência com animais de companhia influencia o desenvolvimento da ToM em crianças com PEA. Tendo este objetivo em consideração, foi recolhida uma amostra de 27 crianças, com idades compreendidas entre os 6 e os 17 anos de idade, com uma média de idades de 11.15 anos (DP= 3.51), dos quais 21 (77,8%) pertencem ao sexo masculino e 6 (22,2%) ao sexo feminino. Adicionalmente, 19 participantes (70,4%) apresentavam grau 1 de necessidade de suporte e 8 participantes (29,6%) apresentavam grau 2 de necessidade de suporte. Relativamente ao contacto com animais, verificou-se que 14 participantes (51,9%) conviviam com animais no domicílio, enquanto 13 (48,1%) não possuíam animais em casa. No que diz respeito ao contacto com animais fora do ambiente doméstico, 15 participantes (55,6%) relataram ter este tipo de contacto, enquanto 12 participantes (44,4%) indicaram não ter. Para avaliação dos construtos supramencionados, foi utilizada a Bateria de Tarefas para avaliação da Teoria da Mente (Theory of Mind Task Battery) – BTATM. Com base nos resultados obtidos, observou-se que a interação com animais de companhia parece contribuir para o reconhecimento e compreensão de emoções humanas, assim, este contacto é apontado como facilitador da observação e interpretação de estados mentais dos outros, promovendo um maior desenvolvimento da ToM. Subsequentemente, foram formuladas propostas no que respeita às potenciais aplicações práticas que podem advir da presente investigação, tendo em vista o desenvolvimento da ToM e os seus benefícios para crianças e jovens com PEA.
- Comportamentos prossociais: O papel moderador da sensibilidade à recompensa social no bem-estarPublication . Inês Carpinteiro Nunes; Mares, InêsA prossocialidade tem sido amplamente reconhecida como um fator importante para o bem-estar subjetivo. Ainda assim, os seus mecanismos subjacentes permanecem pouco claros na literatura. O presente estudo procurou aprofundar a compreensão desta relação, explorando o papel da sensibilidade à recompensa social como possível variável moderadora desta associação. A amostra foi constituída por jovens adultos, com idades entre os 18 e os 29 anos (N=113; M=21,9; DP=3,45), que completaram medidas de autorrelato sobre comportamentos prossociais, sensibilidade à recompensa social e bem-estar subjetivo (felicidade em particular), bem como duas tarefas experimentais: uma de comportamento prossocial e outra de sensibilidade à recompensa social. Os resultados obtidos não confirmaram uma associação significativa entre os comportamentos prossociais e o bem-estar subjetivo, nem apoiaram a hipótese de um efeito moderador da sensibilidade à recompensa social nessa relação. No entanto, foram observadas associações positivas entre algumas dimensões da sensibilidade à recompensa social - nomeadamente a valorização da admiração, das relações sexuais e a preferência por rostos felizes - e a expressão autorrelatada de comportamentos prossociais. Estes resultados sugerem que a sensibilidade à recompensa social está implicada na manifestação de comportamentos prossociais. O presente estudo contribui para a investigação sobre a prossocialidade ao introduzir uma abordagem diferenciada da sensibilidade à recompensa social, tratada aqui como um fenómeno multidimensional. Os dados da nossa amostra apontam para associações parciais entre determinados domínios dessa sensibilidade e a prossocialidade autorrelatada, sugerindo que diferentes dimensões podem influenciar a expressão de comportamentos orientados para os outros. Estes resultados abrem caminho para novas linhas de investigação focadas nos fatores motivacionais e contextuais que podem sustentar a ação prossocial.
- O legado de um nome: Um estudo de caso sobre a transgeracionalidade psíquicaPublication . Tiago Xavier Prior Rodríguez; Marques, Maria EmíliaO presente estudo tem como objetivo analisar a transmissão psíquica de conteúdos inconscientes que ocorre aquando da atribuição do nome a um filho pelos seus pais, também conhecida como telescopagem geracional. Os processos de transmissão ocorrem alienados da consciência e inserem o sujeito numa cadeia genealógica de significantes que estão ancorados ao seu nome. Os participantes do presente estudo são uma família formada pela mãe, pelo pai e duas irmãs. Para o presente estudo apenas uma irmã foi considerada. O instrumento utilizado foi a Entrevista Narrativa em Associação Livre, da qual resultaram três narrativas que foram analisadas individualmente e em grupo de modo a salientar os elementos em destaque nas mesmas. Foi analisada a inscrição filiativa, fantasma transgeracional e objeto transgeracional da filha que foi objeto do presente estudo. O tema da transmissão psíquica e telescopagem geracional não aparecendo abundantemente na literatura, é estudado através da análise de casos clínicos como o do presente estudo com o objetivo de clarificar e aprofundar os mecanismos da transmissão psíquica ainda pouco relevante na prática clínica contemporânea.
- Dador não é pai/ dadora não é mãe gestão da revelação da forma de conceção artificial com dador aos filhos e representações do dadorPublication . Macedo, Maria Leonor Pessôa Jorge de Oudinot Larcher Morgado; Teplitzky, FrancisEnquadramento: Com as recentes mudanças a nível legal, social, científico-tecnológico, político e ético que vieram reformular o conceito da família, torna-se fundamental compreender certas questões que dizem respeito exclusivamente a estas novas famílias constituídas por conceção artificial com recurso a dador. Objetivos: (1) compreender o processo de gestão da revelação da forma de conceção aos filhos nas famílias que recorreram a procedimentos de conceção artificial com recurso a dador (PMA ou inseminação artificial caseira); (2) explorar as representações psicológicas dos pais/mães em relação ao dador nas famílias supramencionadas. Método: A amostra é constituída por sete famílias portuguesas compostas por pais e mães cisgénero (13 mães e 1 pai) que recorreram a procedimentos de conceção artificial com dador, com idades compreendidas entre os 37 e os 49 anos de idade (M=42,3; DP=4,3). Estas sete famílias realizaram oito procedimentos de conceção artificial com dador que resultaram no nascimento de oito filhos com idades compreendidas entre 1 e 17 anos de idade (M=7,4; DP=5,5). Foram realizadas entrevistas semiestruturadas em formato online. A análise foi feita à luz da análise temática reflexiva de Braun e Clarke. Resultados: As descobertas revelaram que estas as famílias sentiram dificuldades práticas e psicológicas no que respeita: (1) a vivências exigidas pela transição para a parentalidade através de conceção artificial com recurso a dador; (2) à gestão da revelação da forma de conceção e da identidade do dador aos filhos; (3) à representação, feita pelos pais, do dador e aos sentimentos relacionados com relação a este. Conclusões: Parece existir uma tendência para que a revelação da forma de conceção aos filhos seja feita ao encontro daquilo que a literatura sugere como mais adequado; existência de sentimentos ambivalentes com relação ao dador; tendência para representar dador enquanto pessoa e como parte de um procedimento médico; dador não é pai e dadora não é mãe. São discutidas as limitações do presente estudo e sugeridos estudos futuros. Palavras-chave: dador; conceção artificial com recurso a dador; gestão da revelação do segredo; representação do dador.
- Implicações das fantasias e atividades kink na satisfação sexualPublication . Pires, Mafalda da Encarnação Carmo de Melo; Duarte, EvaAs práticas BDSM/Kinky têm uma prevalência considerável na população e uma das principais motivações para o envolvimento nestas é a satisfação sexual. Sabe-se que existe uma associação positiva entre satisfação sexual, saúde mental e práticas kinky, mas desconhece-se a diferença desta entre papéis kinky e segundo características sociodemográficas. Este estudo pretende investigar pelo método quantitativo a possível relação entre práticas kinky e satisfação sexual através da caracterização da satisfação sexual em adultos portugueses com fantasias e atividades kinky. Para isso, comparou-se a satisfação sexual entre diversos grupos da amostra constituída por 497 indivíduos maiores de idade e de nacionalidade portuguesa. Os dados foram recolhidos por um questionário online composto pelas escalas IFAKBDSM, NSSS-S e GMSEX, e por questões sociodemográficas. Verificou-se uma correlação positiva entre satisfação sexual e práticas BDSM/Kinky, práticas masoquistas por oposição a sádicas, e estatuto relacional. Embora as práticas kinky desempenhem um papel na satisfação sexual, esta no geral não difere significativamente consoante o tipo de fantasia ou atividade sexual kinky, nem segundo a identidade de género e o nível de escolaridade. O que indica que vários fatores influenciam a satisfação sexual e que certamente há aspetos mais relevantes como a conexão emocional e a confiança entre os parceiros.
- Stressores e resiliência na transição para a parentalidade adotivaPublication . Alves, N´Talani Tomazia David Cordeiro; Teplitzky, FrancisEnquadramento: As contínuas mudanças socio-legais vieram permitir a visibilidade das novas famílias, nomeadamente das famílias adotivas LGB.A alterações legislativas no que respeita à adoção tiveram um forte impacto nesse sentido. O aumento da infertilidade e a possibilidade de construção familiar através de adoção, tornam necessário um olhar mais atento e a exploração do percurso destas famílias na transição para a parentalidade. Objetivos: 1) explorar as adversidades encontradas pelas famílias adotivas, de diferentes constituições familiares, durante a transição para a parentalidade; 2) explorar as estratégias de resiliência que estas famílias arranjaram para fazer face às adversidades encontradas durante a transição para a parentalidade. Método: A amostra é composta por seis famílias adotivas portuguesas (4 famílias hétero e 2 famílias LGB), que construíram a parentalidade via adoção, com uma idade entre os 31 e 46 anos de idade (M=41; DP= 5,066). As entrevistas semiestruturadas foram realizadas online e analisadas a partir da análise temática reflexiva de Braun e Clarke. Resultados: Os resultados revelaram a existência de adversidades comuns e especificas durante a transição para a parentalidade e que, nas estratégias de resiliência, as famílias recorreram à resiliência familiar e à resiliência comunitária, quando a resiliência familiar se mostrava insuficiente. Conclusão: As adversidades comuns e especificas, assim como, os mecanismos de defesa a que as famílias recorreram, vão ao encontro com o que a literatura descreve. Contudo há uma adversidade recorrente que é a insuficiência por parte equipas de adoção para atender às necessidades das famílias adotivas e às suas especificidades
- Função sexual e prazer sexual nos seniores portugueses: Um estudo comparativo segundo a orientação sexual e o géneroPublication . Marques, Inês Filipa Limões; Ribeiro-Gonçalves, José Alberto; Carvalheira, Ana AlexandraO envelhecimento é uma etapa inerente ao ser humano e merece, toda e qualquer atenção. É marcada por um conjunto de mudanças físicas e psicológicas e por isso, a promoção deste período de forma saudável, é imprescindível. A sexualidade é uma componente notoriamente importante, embora seja, na maioria das vezes, esquecida nas idades mais avançadas – principalmente, quando focalizada na orientação sexual. Assim, e de forma a contribuir para as lacunas existentes na literatura internacional e nacional sobre o estudo da sexualidade em séniores LGB, a presente investigação tem como objetivo a análise comparativa dos níveis de função e prazer sexual em séniores segundo a sua orientação sexual e género com 60 ou mais anos. A amostra foi constituída por 643 participantes, compreendidos em quatro grupos consoante o seu género e orientação/identidade sexual (Homens Heterossexuais, Homens Gays, Mulheres Heterossexuais e Mulheres Lésbicas). Os homens constituíam grande parte da amostra total (N=410) e as mulheres, o restante (N=233) – as idades estavam compreendidas entre os 60 e os 87 anos (M=66,33; DP= 5,52). A recolha de dados foi maioritariamente através de plataformas online, tendo sido utilizados os seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico; Índice de Funcionamento Sexual Feminino (FSFI-6); Índice Internacional de Função Eréctil (IIEF-5) e Escala de Prazer Sexual (EPS). Os resultados da presente investigação revelaram a existência de diferenças significativas entre os grupos, em ambas as variáveis (função e prazer sexual). No que toca à função sexual masculina, os homens heterossexuais apresentaram (na maioria dos itens), níveis superiores aos homens homossexuais – Estando cerca de 21% dos homens heterossexuais e 17% dos homens homossexuais, acima do ponte de corte. O contrário aconteceu na função sexual feminina, onde as mulheres homossexuais apresentaram níveis superiores às mulheres heterossexuais, na maioria dos itens – Estando cerca de 31% das mulheres heterossexuais e 34% das mulheres homossexuais, acima do ponte de corte. No prazer sexual, os homens heterossexuais foram o grupo com níveis mais elevados (M=5,61), seguidos das mulheres homossexuais. As mulheres heterossexuais, apresentaram, neste domínio, os resultados mais baixos (M=4,97).
- A distância, a depressão e a ansiedade no reconhecimento emocionalPublication . Mendes, Natacha Sargaço de Quental; Mares, InêsEste estudo visa aprofundar os conhecimentos que existem atualmente sobre o reconhecimento de expressões faciais emocionais em perturbações depressivas e de ansiedade, adicionando a distância como um fator inovador. 47 participantes realizaram uma tarefa de reconhecimento emocional de cinco emoções básicas (felicidade, tristeza, medo, nojo, raiva) e da expressão neutra apresentadas em distâncias diferentes variando entre 62 cm e cerca de 30 metros. Os participantes responderam ainda ao Inventário de Depressão de Beck (BDI-II) e à escala de ansiedade, State–Trait Inventory for Cognitive and Somatic Anxiety (STICSA). Os resultados mostraram que a distância impacta significativamente o reconhecimento emocional, com a felicidade e a expressão neutra sendo as emoções mais facilmente reconhecidas e mais preservadas ao longo das distâncias, enquanto a tristeza foi a emoção mais mal reconhecida. Os sintomas depressivos não influenciaram o reconhecimento em distâncias próximas, mas em distâncias maiores facilitaram o reconhecimento de emoções. Por outro lado, a ansiedade mostrou um efeito significativo na precisão do reconhecimento de expressões faciais, como o medo a distâncias intermédias e a expressão neutra a distâncias longas. Conclui-se que, tanto a depressão quanto a ansiedade, afetam o reconhecimento emocional, especialmente quando considerada a distância de apresentação visual. Este estudo realça a importância de considerar fatores contextuais como a distância, quando analisando o impacto de perturbações depressivas e de ansiedade no reconhecimento de emoções.