PCLI - Dissertações de Mestrado
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- Body language in art: Integrating psychological and neuroscientific evidencePublication . Germano, Yuri Capovilla; Rodrigues, Vitor AmorimBody language is a universal form of communication, present across cultures and throughout human history, and also represented in artistic traditions. This paper aims to track similarities between the body language in both the social and in the artistic world, bringing scientific evidence from the fields of psychology and neuroscience and integrating into the the representation of body language in art. The first part of this essay will revisit the concept of Pathosformel proposed by Aby Warburg. The second part will review the findings from psychology and neuroscience about body language since its primordial development until recent studies. Finally, in the third section it will be traced the convergence of ideas from these classical theories between art and psychology, proposing that although approached through different lenses, body language has developed a similar ground between the fields of art and psychology.
- A relação entre a flexibilidade psicológica, a atribuição de sentido e o tipo de vinculação do enlutado na Adaptação ao LutoPublication . Carregosa, Maria Leonor Ferreira; Neto, DavidO luto é uma resposta à perda, mas pode variar entre uma adaptação saudável e uma reação prolongada e desadaptada. Esta variação é influenciada por diversos fatores e características individuais. A flexibilidade psicológica surge como um recurso interno importante, permitindo que a pessoa lide com emoções e pensamentos dolorosos de forma adaptativa, mantendo comportamentos alinhados com os seus valores. Por outro lado, a vinculação, aprendida nas primeiras relações, molda a forma como o indivíduo se relaciona com os outros e enfrenta situações de perda. Estilos de vinculação inseguros estão associados a dificuldades na integração emocional da perda e a trajetórias de luto mais complicadas. A atribuição de sentido, por sua vez, desempenha um papel central na adaptação, sendo através dela que o enlutado integra a perda. O presente estudo teve como objetivo investigar a relação entre estas variáveis, analisando o papel mediador da atribuição de sentido na relação entre a flexibilidade psicológica e a adaptação ao luto, e o papel moderador da vinculação nesta relação. Para isso, foi conduzido um estudo quantitativo, transversal e correlacional com 165 participantes adultos que vivenciaram o luto. Os resultados evidenciaram que a flexibilidade psicológica não prediz diretamente a adaptação ao luto, mas influencia-a de forma indireta através da atribuição de sentido. Além disso, a vinculação ansiosa moderou negativamente esta relação, enquanto a vinculação evitante não apresentou efeito significativo. Estes achados destacam a importância de intervenções clínicas que promovam a flexibilidade psicológica e a reconstrução de significado, considerando os estilos de vinculação individuais.
- O papel mediador da fadiga por compaixão na relação entre regulação emocional e burnout em Profissionais de SaúdePublication . Baeta, Constança Bernardes; Brandão, Tânia
- Expecting: O papel mediador da satisfação conjugal na associação entre perceções de igualdade de género e expectativas de coparentalidade, em casais durante a gravidezPublication . Santos, Rita Monteiro Proença dos; Brandão, TâniaA coparentalidade tem sido apontada como um preditor relevante da parentalidade e do funcionamento familiar. A relação coparental começa a estruturar-se durante a gravidez, no entanto, a literatura existente incide sobretudo na coparentalidade após o nascimento dos filhos, sendo fundamental compreender os fatores associados ao seu surgimento pré-natal. O presente estudo visou explorar o papel mediador da satisfação conjugal na associação entre as perceções de igualdade de género e as expectativas de cooperação e conflito coparental, em casais heterossexuais, na gravidez. Foram inquiridas 163 díades de casais (idades entre 20 e 51 anos), numa relação conjugal há, em média, 8 anos. Utilizou-se um modelo de interdependência ator-parceiro, com mediação, para análise de dados. Os resultados identificaram quatro efeitos significativos de parceiro-ator, idênticos para ambos os progenitores. Os resultados demonstram que perceções menos discriminatórias face aos papéis de género de um dos elementos do casal se associam a expectativas de maior cooperação e de menor conflito coparental por parte do cônjuge, por via da satisfação conjugal deste. Os resultados salientam a importância das perceções de igualdade de género na satisfação conjugal e consequentemente na coparentalidade, e destacam a relevância de considerar a interdependência dos progenitores no estudo da coparentalidade pré-natal.
- Ficar, sair ou regressar: o papel do funcionamento familiar na ambivalência e na satisfação com a vida de jovens adultos em diferentes contextos de coabitaçãoPublication . Cavaco, Margarida Aparício Rosa Funina; Gouveia, RitaO presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos da coabitação intergeracional na satisfação com a vida e na ambivalência intergeracional de jovens adultos face ao atual contexto de crise habitacional e do recente aumento dos jovens em situação “boomerang”, i.e., jovens que retomaram a casa dos progenitores após um período de independência. Foi realizada a comparação entre três grupos: jovens que vivem de forma independente, jovens que sempre viveram com os pais e jovens em situação boomerang. Simultaneamente, procurou-se identificar fatores protetores dos efeitos negativos da adaptação familiar nos diferentes contextos habitacionais nos níveis de satisfação com a vida e de ambivalência, recorrendo para este efeito a medidas de funcionamento familiar. Participaram neste estudo 317 pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos. Os resultados evidenciam níveis mais baixos de satisfação com a vida e mais elevados de ambivalência em jovens em situação de coabitação intergeracional, com maior impacto nos jovens boomerang. No entanto, evidencia-se que o funcionamento familiar atua como um moderador relevante desta relação, observando-se que famílias com um funcionamento familiar equilibrado tendem a atenuar os efeitos negativos da coabitação intergeracional. Os resultados realçam a importância de considerar a situação habitacional e outros stressores macro-sistémicos de forma interligada com aspetos que permitam descortinar a competência das famílias em lidar com percursos mais diversos em termos de ciclo de vida familiar.
- Teatro playback, resiliência e empoderamento: Uma análise focada na comunidade LGBTQIA+Publication . Martins, Margarida Maria da Costa e Silva; Gonzalez, António JoséO Teatro Playback (TP) é uma prática teatral participativa que possibilita a partilha e ressignificação de histórias pessoais, promovendo a empatia, o apoio mútuo e o fortalecimento das identidades. Esta dissertação explora o impacto do TP na promoção da resiliência e do empoderamento em pessoas da comunidade LGBTQIA+, no contexto do projeto Dar Palco à Diferença. O estudo, de natureza qualitativa, recorreu a entrevistas semiestruturadas a seis performers LGBTQIA+ que integraram grupos de TP formados no âmbito deste projeto. A análise temática reflexiva, inspirada em Braun e Clarke (2006), revelou que o TP constitui um espaço seguro e afirmativo, potenciador da autoestima, da construção de redes de apoio e da validação identitária. Os resultados evidenciam que a prática continuada do TP contribui para mitigar os efeitos do stress de minorias, promover estratégias de coping positivas e reforçar o sentimento de pertença comunitária. O estudo sublinha ainda a importância de garantir a continuidade das intervenções e de integrá-las em programas estruturados de promoção da saúde mental e dos direitos humanos, particularmente em contextos sociopolíticos adversos. O TP emerge assim como uma ferramenta relevante na intervenção psicossocial junto da comunidade LGBTQIA+.
- Exploração da relação entre cibercondria, crenças em saúde e somatização em adultos emergentesPublication . Cardoso, Inês Mesquita; Pimenta, FilipaIntrodução: À procura excessiva de conteúdos sobre saúde online, acompanhada de uma elevada preocupação e dificuldade em gerir a informação encontrada dá-se o nome de cibercondria. Este fenómeno emergente tem sido pouco explorado em jovens adultos, população altamente exposta a conteúdos digitais. Este estudo pretende explorar de que forma a cibercondria se relaciona com a perceção de autoeficácia, a gravidade percebida e a somatização, à luz do Modelo de Crenças em Saúde. Método: Neste estudo quantitativo exploratório participaram 536 jovens adultos portugueses, com idades compreendidas entre os 18-30 anos (M=24.10; DP=2.68), que responderam a questões sociodemográficas, clínicas e relativas a hábitos de pesquisa sobre saúde online, seguido da Cyberchondria Severity Scale (com as subescalas Sofrimento, Compulsão, Excessividade, Reconfirmação e Desconfiança do médico), Somatic Symptom Scale – 8 e do Questionário de Crenças sobre Saúde Mental. Resultados: O modelo final apresentou bom ajustamento (CFI=.97; TLI=.96; RMSEA=.04; SRMR=.06), indicando que diferentes dimensões da cibercondria predizem de forma distinta as variáveis em estudo. Destaca-se o sofrimento como principal preditor da somatização (β=.42, p < .001) e da gravidade percebida (β =.29, p < .001), e a desconfiança do médico como preditor negativo da perceção de autoeficácia e benefícios (β=–.53 , p < .001). O modelo explicou 17.6% da variância da somatização, 29.8% da autoeficácia/benefícios e 11.3% da gravidade percebida de doença mental. Discussão: Estes resultados reforçam a escassa literatura existente ao evidenciar que dimensões específicas da cibercondria afetam de forma distinta as crenças em saúde e a somatização. Face a este panorama, torna-se essencial implementar intervenções que aliem a promoção da literacia digital crítica ao reforço da confiança na relação médico-paciente, e ao desenvolvimento de competências para lidar com a informação médica online.
- A influência dos traumas infantis na adoção de padrões de evitamento nos relacionamentos íntimos de jovens adultosPublication . Djaló, Cláudia Sofia Rodrigues; Miguel, Marta TrindadeEste estudo investiga o impacto dos traumas infantis na adoção de padrões de vinculação inseguros, especialmente evitantes, nos relacionamentos íntimos de jovens adultos. Apesar da Teoria da Vinculação e pesquisas subsequentes sugerirem que experiências negativas na infância podem conduzir à insegurança nas relações interpessoais na vida adulta, existe ainda uma lacuna no que toca à compreensão de como diferentes tipos de traumas podem originar um comportamento evitante. Ao diferenciar os tipos de traumas e relacioná-los com estes comportamentos, o estudo contribui para uma compreensão mais discriminada dos mecanismos implícitos na formação de vínculos afetivos inseguros. O objetivo prende-se com a identificação e análise da relação entre os traumas infantis e a adoção de um estilo de vinculação evitante, considerando as possíveis variações por género, orientação sexual e situação relacional, que permite analisar de que forma os fatores socioculturais podem influenciar e moldar essa relação. A investigação inclui uma amostra constituída por jovens adultos dos 18 aos 29 anos, aos quais foram aplicados um Questionário Sociodemográfico, a Escala de Trauma de Infância (CTQ) e a Escala de Experiências em Relacionamentos Próximos (ECR). Os resultados confirmaram que as experiências traumáticas na infância têm uma forte correlação com os padrões de evitamento nos relacionamentos amorosos, especialmente no caso da negligência emocional e abuso emocional. No entanto, fatores como a orientação sexual e o género não revelaram ter impacto. Contrariamente, a situação relacional e a duração do relacionamento influenciam de maneira significativa o estilo de vinculação evitante.
- Estudo de validação da successful sexual aging scale (SSAS) para a população PortuguesaPublication . Rosa, Sara Rodrigues Franco; Carvalheira, Ana AlexandraA importância crescente da expressão sexual entre as pessoas idosas exige uma compreensão mais abrangente do processo de envelhecimento sexual. O objetivo deste estudo foi validar a escala Successful Sexual Aging Scale (SSAS; Štulhofer, 2025) para a população portuguesa. Usando uma amostra de conveniência de 311 portugueses com mais de 60 anos (M_age=71,8; DP=9,1; 211 mulheres e 100 homens), validamos uma medida de 9 itens sobre envelhecimento sexual bem-sucedido. A Análise Fatorial Confirmatória (AFC) realizada na amostra portuguesa apoiou a estrutura tridimensional da Successful Sexual Aging Scale (SSAS; Stulhofer, 2025) que reflete dois processos internos (aceitação e adaptação às mudanças relacionadas ao envelhecimento) e um processo externo (oportunidades de expressão sexual). Um bom ajuste foi obtido após uma covariância de erro entre dois itens logicamente sobrepostos. A invariância de medida do SSAS foi examinada entre seniores com parceiro (n = 188) e seniores sem parceiro (n = 120) usando AFC multigrupo. A invariância configural e métrica foi suportada, indicando que a escala avalia o construto de forma semelhante entre os grupos nesses níveis. No entanto, a invariância escalar não foi estabelecida, sugerindo que o SSAS não mede o construto de forma idêntica em ambos os grupos. Isso implica que a comparação direta dos scores do SSAS entre indivíduos parceiros e não parceiros pode não ser apropriada. Globalmente, a versão portuguesa do SSAS apresentou boas propriedades psicométricas e pode ser considerada um instrumento válido para avaliar o envelhecimento bem-sucedido na população idosa portuguesa
- Motivação alimentar: Satisfação na dieta, incongruência desejo-objetivo e afetividade negativaPublication . Silva, Inês Lobo Pratas da; Neto, David DiasApesar de ser consistentemente reconhecida como um dos preditores mais robustos da eficácia terapêutica, a compreensão da relação terapêutica na literatura tem-se mantido limitada, originando diferentes equívocos. Em resposta, têm sido propostos diversos enquadramentos teóricos com o intuito de clarificar esta relação e os seus componentes, destacando-se a relação real, a aliança terapêutica e a vinculação ao terapeuta como elementos fundamentais. O presente estudo procurou aprofundar esta compreensão ao investigar a interação entre estas variáveis através de um modelo de mediação, no qual a relação real medeia a influência da vinculação ao terapeuta na aliança terapêutica. Recorreu-se a um desenho transversal, com uma amostra de 373 adultos que se encontravam atualmente em psicoterapia individual ou que a haviam concluído. Foi realizada uma path analysis para testar o modelo proposto. Os resultados revelaram efeitos indiretos significativos dos três estilos de vinculação — seguro, evitante e preocupado — na aliança terapêutica, mediados pela relação real. Especificamente, a relação real funcionou como mediadora parcial no caso da vinculação segura e como mediadora total nos casos de vinculação evitante e preocupada. Estes resultados sublinham o papel central da relação real na tradução da influência dos estilos de vinculação do cliente na qualidade da aliança terapêutica. Evidenciam ainda a importância de promover uma ligação genuína e autêntica na díade terapêutica e sugerem que diferentes configurações de apego podem depender da relação real em graus distintos na formação da aliança. O estudo reforça a necessidade de modelos teóricos e práticas clínicas mais diferenciadas que considerem a natureza dinâmica do vínculo terapêutico. Palavras-chave: Relação Terapêutica; Relação Real; Aliança Terapêutica; Vinculação ao
