Browsing by Issue Date, starting with "2021-11-22"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Experienciando a violência interparental : crenças da sociedade na legitimação do fenómenoPublication . Lopes, Cláudia Rodrigues; Almeida, Telma Sofia de SousaO presente estudo teve como principais objetivos contribuir para o estudo das crenças acerca do impacto da violência dentro da família para a criança e, a ação da comunidade quando têm conhecimento de uma criança exposta a tal perigo. Procurou ainda compreender a influência da vivência de adversidades na infância e da proximidade à criança que experiencia violência intrafamiliar, na implicação com o fenómeno. Participaram neste estudo 1359 pessoas de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 80 anos. A recolha de dados realizou-se online, através da aplicação de um protocolo composto por um questionário de caracterização sociodemográfica, um conjunto de questões acerca das motivações para intervir face ao fenómeno de violência intrafamiliar, a Escala de Crenças sobre Violência Interparental (E.C.V.I.) e 4 itens do Adverse Childhood Experience International Questionnaire (ACE-IQ). Os resultados demostraram que os participantes do estudo evidenciam genericamente crenças não legitimadoras da violência interparental e que estas estão dependentes da geração e das habilitações literárias. 54.9% da amostra experienciou violência interparental, no entanto a vivência desta adversidade de vida é independente da implicação e das crenças face ao fenómeno de violência interparental. Quanto mais distorcidas as crenças acerca da violência interparental, maior a inação dos participantes. A denúncia é a ação mais frequentemente realizada, sendo que quanto maior a proximidade à criança exposta a tal adversidade, mais se tende a mediar e a intervir diretamente; quanto menor a proximidade à criança, mais se tende a denunciar ou a nada fazer. O que mais motiva a ação é a proteção da criança e o sentido de responsabilidade social.
- Respeito e simpatia: o desenvolvimento do respeito e as emoções morais em crianças portuguesasPublication . Martins Cardoso, EvlyneO respeito e a simpatia são emoções universais que premeiam relações interpessoais prósociais, justos e harmoniosos. Não existe robustez de corpos teóricos nesta área. Ambicionamos explorar como é que as crianças conceptualizam o respeito e compreender como é que o respeito se relaciona com emoções e características eticamente relevantes, neste caso como a simpatia. Para este projecto de investigação, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas a 53 participantes com idades entre os 5 e os 8 anos, que correspondem a crianças com fluência na língua portuguesa. Foi pedido às crianças que respondessem ao questionário Child-Report Sympathy Scale e os pais ao Parents Reports of Children’s Sympathy/Empathy. Os resultados deste estudo evidenciam que, relativamente ao respeito, as crianças tendem a conceptualizar o mesmo com base na convenção social e na pró-socialidade. As crianças percepcionam-se como simpáticas e são vistas pelos pais como simpáticas. Contudo não se encontrou diferenças significativas entre as variáveis em estudo (respeito e simpatia), contrariando a recente literatura.