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- Estados de humor, funcionamento sexual e adicção à pornografiaPublication . Araújo, Joana Filipa Correia; Costa, Rui Miguel dos Santos AmaroA utilização de pornografia de forma viciante, o funcionamento sexual e os estados de humor, nomeadamente a solidão, depressão, ansiedade e stress, têm vindo a mostrar uma relação forte entre si. No entanto, a relação entre as variáveis acima mencionadas, não tem vindo a ser consistente na literatura. Este estudo visa analisar as inter-relações entre essas variáveis e perceber de que forma a utilização compulsiva de pornografia pode afetar o funcionamento sexual e os estados de humor dos indivíduos. Desta forma, este estudo pretende tentar clarificar, algumas questões controversas presentes na literatura. A amostra da presente investigação é composta por 906 indivíduos (491 mulheres e 415 homens), e uma subamostra dos sujeitos com relações sexuais com o sexo oposto nas últimas 4 semanas integrando um total de 352 indivíduos (149 mulheres e 203 homens). Utilizou-se um Questionário Sociodemográfico, a escala Internet Adiction Test (IAT), adaptado ao visionamento de pornografia, a escala que mede a qualidade das relações (PRQC), a escala que avalia os sentimentos de stress, ansiedade e depressão (EADS), a escala que avalia os sentimentos de solidão (UCLA- 3), o Índice de Funcionamento Sexual Feminino (FSFI), a Escala de Distress Sexual Feminino (FSDS- R), o Índice Internacional de Função Erétil (IIEF) e por fim a Ferramenta de Diagnóstico de Ejaculação Precoce (PEDT). Os resultados mostraram que a maior adição à pornografia se correlaciona com mais solidão, ansiedade depressão e stress, em ambos os sexos. A adição à pornografia tem correlações significativas e negativas com as dimensões do funcionamento sexual masculino e feminino. As variáveis que melhor explicam as dificuldades na função sexual são a adição à pornografia e a solidão, em ambos os sexos.
- Quem cala não consente: a experiência dos homens vítimas de violência em relações de intimidade heterossexuaisPublication . Pombo, Sílvia Belo Costa; Almeida, Telma Sofia de SousaA Violência Doméstica em Portugal continua a ser pautada como a violência que é exercida maioritariamente contra as mulheres, contribuindo desta forma para o aumento do estigma social que vê o homem como agressor e não como possível vítima. No entanto, o número de vítimas do sexo masculino em contexto de intimidade tem vindo a aumentar de forma sucessiva, revelando inúmeras complicações no seu bem-estar físico e psicológico. Deste modo, o presente estudo foi realizado com o propósito de analisar a prevalência da Violência em Relações de Intimidade (VRI) contra os homens, bem como o nível de Stress Pós-Traumático (PSPT) que pode estar associado a estas vivências. Participaram neste estudo 117 homens com idades compreendidas entre os 19 e os 56 anos, que completaram um questionário composto por várias questões sociodemográficas e por dois instrumentos de autorrelato, nomeadamente, o Inventário de Violência Conjugal (IVC) e o Posttraumatic Stress Disorder Checklist for DSM-5 (PCL-5). Os resultados obtidos demonstraram que os abusos emocionais, tanto sofridos como praticados tendem a ser superiores aos abusos físicos, sendo que quanto maior o número de abusos emocionais sofridos, maior o nível de Stress Pós-Traumático. Verificou-se, também que os abusos físicos e emocionais sofridos influenciaram o índice de violência exercida e, ainda, que os homens que se encontram empregados e que têm relacionamentos mais longos tendem a sofrer mais abusos físicos e emocionais, quando comparados aos homens que estão desempregados e cujas relações amorosas são de curta duração.
- “No vale dos lençóis”: A qualidade subjetiva do sono e a sua associação com o funcionamento sexualPublication . Lopes, Sara dos Santos Tomás; Costa, Rui Miguel dos Santos AmaroTanto o sono quanto a sexualidade representam dois alicerces que contribuem fortemente para a qualidade de vida. Contudo, na literatura denota-se uma escassez de estudos que analisem a associação entre estas variáveis. Como tal, o objetivo do estudo passa por averiguar a relação entre a qualidade subjetiva do sono, a prática de atividade sexual e as dimensões do funcionamento sexual nas mulheres e nos homens. Trezentos e oitenta e sete sujeitos participaram neste estudo, dos quais duzentas e trinta e sete mulheres e cento e cinquenta homens. Aplicaram-se a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress, o Índice da Qualidade de Sono de Pittsburgh, a Escala de Sonolência de Epworth, o Índice de Funcionamento Sexual Feminino, a Escala de Distress Sexual Feminino Revisto, o Índice Internacional de Função Erétil e a Ferramenta de Diagnóstico de Ejaculação Precoce. Nas mulheres encontraram-se correlações entre pior qualidade subjetiva de sono e pior função sexual ao nível do desejo, da satisfação, da dor e do distress sexual. Nos homens, verificaramse associações entre pior sono e pior função sexual ao nível do orgasmo, da satisfação com a relação sexual e da satisfação sexual global. Verificou-se ainda que, em ambos os sexos, uma pior qualidade do sono se correlacionou com ausência de relações sexuais. O funcionamento sexual masculino e feminino não se associou com a qualidade de sono, uma vez controlado o estado de humor (à exceção do desejo sexual feminino). Os resultados confirmam que o humor negativo pode contribuir para problemas sexuais, mas não a qualidade do sono em si mesma.
- Primeiro confinamento devido à COVID-19: Alterações nos comportamentos de adicção às redes sociais e no funcionamento sexualPublication . Freitas, Beatriz Pereira Nóbrega de; Costa, Rui Miguel dos Santos AmaroA pandemia de Covid-19 trouxe uma série de novos desafios e consequências para a saúde mental. Este período obrigou os sujeitos a entrarem em confinamento e alterou o dia a dia de toda a população, inclusive em Portugal. Os objetivos deste estudo são avaliar de que forma o primeiro confinamento devido à Covid-19 influenciou o funcionamento sexual e a adicção às redes sociais e examinar a correlação entre as alterações no funcionamento sexual e na adicção às redes sociais. A amostra deste estudo foi composta por 771 participantes (631 mulheres e 140 homens). Utilizaram-se as seguintes medidas com o formato de resposta adaptado para detetar alterações em relação ao período pré-confinamento: Escala de Isolamento Social (PROMIS), Internet Addiction Test (IAT) adaptado às redes sociais, Female Sexual Function Index (FSFI), Female Sexual Distress Scale – Revised (FSDS-R) e o International Index of Erectile Function (IIEF). Para ambos os sexos, encontrou-se uma correlação entre agravamento da adicção às redes sociais, por um lado e agravamento do distress sexual e pioria do funcionamento sexual, por outro. O agravamento da adicção às redes sociais correlacionouse com aumento da frequência de visualização de pornografia e de cibersexo para ambos. No grupo masculino, a frequência de masturbação a sós, visualização de pornografia e desejo de masturbação aumentou, enquanto o contrário aconteceu para o grupo feminino. De um modo geral, para homens e mulheres, a função sexual melhorou, o desejo de ter relações sexuais aumentou, os sentimentos de solidão aumentaram e a adicção às redes sociais diminuiu.
- As redes sociais e os jovens: A imagem corporal, o desejo de magreza e a compulsão alimentarPublication . Bastos, Margarida de Castro Nogueira Teixeira; Pimenta, Ana Filipa FernandesO uso problemático das redes sociais (UPRS) têm vindo a crescer, especialmente na população de jovens adultos, estando fortemente associado a fatores psicológicos, tais como a imagem corporal e comportamento alimentar. No entanto, em Portugal os estudos nesta área são escassos, onde se observa também pouca incidência de amostras masculinas. O objetivo deste estudo é analisar o impacto do UPRS na imagem corporal, desejo de magreza e compulsão alimentar, numa amostra de jovens adultos, residentes em Portugal (controlando variáveis sociodemográficas, de saúde percebida, de estilo de vida e de frequência utilização das redes sociais), incluindo uma amostra de 375 jovens, residentes em Portugal (Midade= 24.94; DP= 4.06). Os instrumentos aplicados foram: Internet Addiction Test (IAT) - adaptado às redes sociais, a subescala Desejo de Magreza do Inventário de Perturbação do Comportamento Alimentar-3 (EDI-3), o Inventário de Esquemas sobre a Aparência (ASI-R) e a Escala de Compulsão Alimentar (BES). Os resultados demonstram que um UPRS mais frequente é preditor de uma imagem corporal mais negativa, especialmente por parte dos homens e pessoas mais velhas. Também se verificou que um UPRS mais frequente prediz um maior desejo de magreza, especialmente na amostra feminina e nas pessoas que procuram com maior frequência, nas redes sociais, corpos idealizados por si. Por fim, verificou-se que um UPRS mais frequente prediz um comportamento de compulsão alimentar mais grave, especialmente nas pessoas que procuram com maior frequência, nas redes sociais, corpos idealizados por si, e também das que mais partilham selfies de corpo nas redes sociais.
- O impacto do ruído do público na performance desportiva: o papel da idade e das emoçõesPublication . Ventura, Bernardo João Carvalho Lobato; Almeida, Pedro Henrique Garcia Lopes deO presente estudo tem como principais objetivos estudar o impacto que o ruído externo percecionado (realizado pelo público presente nos recintos desportivos) pelos atletas, tem na percepção de performance dos mesmos. Estudar o efeito moderador da variável idade no efeito do ruído externo percebido sobre a percepção de performance. E por fim, estudar o efeito mediador das emoções positivas e negativas na relação entre o ruído externo percebido e a percepção de performance. A amostra é constituída por 54 participantes com idades compreendidas entre os 11 e 50 anos (M = 19.24, DP = 9.12). Num questionário online, os participantes foram distribuídos por três grupos consoante a sua idade, onde imaginaram um cenário de competição e responderam a perguntas relacionadas com o ruído que percepcionavam vir do público, a intensidade com que sentiam determinadas emoções e a sua performance. Os resultados demonstraram que o ruído externo percebido pelos atletas não se correlaciona negativamente com a sua perceção de performance. Verificou-se também que a idade dos atletas não modera a relação entre o ruído externo percebido e a perceção de performance. É realizada uma discussão global e uma apreciação dos resultados, são apresentadas limitações e sugestões para estudos futuros.
- Espiritualidade, coping espiritual e ansiedade em adultos emergentesPublication . Pereira, Vera Alexandra Costa,; Rodrigues, Andreia Luísa Gonçalves Teixeira CastroOs programas de intervenção desempenham um papel fundamental na reabilitação de indivíduos que cometeram ofensas e se encontram a cumprir uma medida privativa da liberdade. O objetivo geral da presente investigação foi conhecer e estudar as perceções de reclusos relativamente a programas de intervenção implementados em meio prisional, as suas perceções sobre quais os objetivos dos programas de intervenção, assim como a importância e utilidade dos mesmos no presente e no futuro. Para além disso, procurou-se perceber as perceções de reclusos sobre os objetivos e importância de atividades propostas no tratamento prisional, como o trabalho e a escola. O estudo apresentado é do tipo qualitativo e, nesse sentido, realizou-se uma entrevista semiestruturada individual a 19 indivíduos a cumprir pena no EP do Linhó, que tenham participado em programas de intervenção ao longo do cumprimento das suas penas. Os resultados demonstraram que os programas de intervenção satisfazem objetivos utilitários e objetivos pessoais relacionados com o processo de reinserção social dos reclusos. Contudo, também, se observou, acima de tudo, uma dificuldade em diferenciar os programas de intervenção de outras atividades, contribuindo para que estes sejam percecionados pelos reclusos como menos importantes e pertinentes para o seu processo de reabilitação e ressocialização que atividades como o trabalho o a escola.
- “Vamos fazer Psicologia": Um programa de competências socioemocionais desenvolvido com uma turma de 4º anoPublication . Pires, Ana Catarina Viegas; Salvador, Liliana Ferreira dos SantosO presente estudo, teve como objetivo a criação e implementação de um programa de promoção de competências socio-emocionais, com base no modelo SEL – Social and Emocional Learning. O nome do programa “Vamos fazer Psicologia”, foi escolhido pelos participantes, alunos de uma turma de 4º ano letivo, do ensino básico. Esta investigação, através do programa de competências socio-emocionais, teve como principais objetivos avaliar o impacto do programa na turma no que diz respeito às suas competências socioemocionais, avaliar o impacto do programa no comportamento disruptivo da turma e avaliar o impacto do programa nos níveis de ansiedade da turma;. Para levar a cabo esta investigação, foi realizado um estudo de caso, uma vez que, atravésdesta metodologia é possível obter dados de diferentes fontes, como observar a problemática no contexto em que ocorre, com os atores que a vivenciam, adicionando entrevistas, consulta de documentação, entre outros. O primeiro passo, foi procurar determinar as necessidades iniciais da turma, dos alunos e do professor, recorreu-se à utilização de duas escalas (STAIC e EACE) que permitiram estabelecer quais as competências socio-emocionais existentes nos participantes e quais os seus níveis de ansiedade. Seguiu-se o momento de intervenção, onde o programa “Vamos fazer Psicologia” foi aplicado durante 20 sessões, com registos sistemáticosentre sessões, de forma a ser realizada uma descrição evolutiva dos participantes. Num terceiromomento, através dos mesmos instrumentos utilizados, no pré-intervenção, voltou-se a medir os níveis de ansiedade e as competências socio-emocionais dos participantes. Da análise aos dados obtidos, foi possível verificar que, a intervenção do programa “Vamos fazer Psicologia”,levou a um ganho nas competências socio-emocionais, os comportamentos disruptivos diminuíram, foi possível estabelecer uma ligação entre programas SEL e a ansiedade, tendo diminuído os níveis de ansiedade nos participantes, e por último, foi possível verificar, que as ligações passaram a ser mais empáticas e de colaboração, entre os membros da turma. Os resultados obtidos levam a que seja possível afirmar, que o programa de promoção de competências socio-emocionais “Vamos fazer Psicologia” cumpriu todos os objetivos.
- Abuso contra o idoso: Perspetiva da testemunha.Publication . Muchaxo, Cátia Marisa Aveleira; Almeida, Telma Sofia de SousaCom o envelhecimento da população, os casos de abuso contra o idoso têm vindo a aumentar significativamente, estimando-se que 45% da população idosa tenha sofrido, pelo menos uma vez, um ato violento. Neste sentido, este estudo teve como objetivo abordar e analisar as diferentes perspetivas e modos de atuação de testemunhas relativamente ao abuso contra o idoso. Para este efeito, foi realizado um questionário com 31 questões que abordavam tanto dados sociodemográficos da vítima, como os da testemunha e os do agressor. O estudo está divido em duas partes, uma primeira direcionada ao conhecimento individual das temáticas e violência (N = 39 participantes), e uma segunda parte onde é abordada a forma de atuação da testemunha quando a vítima é idosa (N = 12 participantes). Os resultados demonstraram que a maioria das testemunhas não denuncia por medo, descrença da palavra do idoso e ainda por desvalorização dos outros tipos de violência quando esta não é física. Por fim, os fatores de risco mais encontrados relativos ao agressor, foram o abuso de substâncias, a pouca tolerância à frustração e a transmissão transgeracional do comportamento. Relativos à vítima, foram mencionados as dependências emocional e financeira e isolamento social. Assim, revela-se fundamental que seja implementado algum sistema de educação relativo a este tipo de violência de forma que a intervenção e a prevenção sejam efetuadas mais concisa e adequadamente.
- Incontinência urinária feminina, qualidade de vida e funcionamento sexualPublication . Medeiros, Teresa Rodrigues; Pimenta, Ana Filipa FernandesIntrodução: A Incontinência Urinária acarreta inúmeras consequências para o quotidiano da mulher em fase de menopausa, nomeadamente no funcionamento sexual e na qualidade de vida. O objetivo deste estudo é explorar o impacto da Incontinência Urinária (IU) no Funcionamento Sexual Feminino e na Qualidade de Vida, numa amostra clínica portuguesa de meia-idade, tendo em consideração a idade, o relacionamento afetivo-sexual e a fase de menopausa. Método: Neste estudo transversal participaram 1466 mulheres com IU, com idades entre os 40-65 anos (Midade=50,00; DPidade=6,58). Foi desenvolvido o modelo de equações estruturais para explorar as relações entre as variáveis em estudo. Resultados: O modelo estrutural revelou um bom ajustamento (TLI= ,937; CFI= ,946; RMSEA= ,053; SRMR = ,052). A qualidade de vida foi excluída por apresentar baixa qualidade psicométrica. O funcionamento sexual feminino é afetado negativamente pelos sintomas de IU (β=-,110; p<,001), sendo impactado pela idade (β=-,088; p=,001), fase de menopausa (β=-,105; p<,001), relacionamento afetivo sexual (β =,554; p<,001). Conclusão: A Incontinência Urinária afeta o Funcionamento Sexual e estudos futuros poderão contemplar intervenções psicoeducativas, onde tenham em consideração os índices de funcionamento sexual e de forma a minimizar ou prevenir sintomatologia, promover uma gestão eficaz dos sintomas uroginecológicos e aumentar o acesso aos cuidados de saúde.