Psicologia Comunitária
Permanent URI for this community
Browse
Browsing Psicologia Comunitária by Title
Now showing 1 - 10 of 153
Results Per Page
Sort Options
- As abordagens das capacidades e das premissas Justiça, Autonomia, Restituição e Segurança Um estudo exploratório com sobreviventes de violência domésticaPublication . Rodrigues, Carolina Oliveira; Moniz, Maria João VargasA violência doméstica, sendo ainda um tema preponderante atualmente, necessita mais do que nunca, dos contributos das mulheres sobreviventes de violência doméstica para compreender o fenómeno. Tendo a Abordagem das Capacidades e as Premissas JARS como base, o objetivo deste estudo é assim o de voltar a dar voz às mulheres sobreviventes, através de uma investigação qualitativa que conta com a análise de focus groups do Projeto Rede de Pares. Foi formulada uma questão de investigação que pretende perceber como é que as mulheres sobreviventes utilizam as suas capacidades no processo de superação, podendo assim perceber quais delas devem ser promovidas pelos serviços de suporte, contribuindo assim para repensar a atuação dos mesmos com recomendações baseadas nos relatos das mesmas e em literatura. Verificou-se assim que nas várias Premissas, as capacidades Razão Prática e Reflexão Crítica; Vida e Saúde; Afiliação, Interações Sociais e Comunitárias e Integridade Física são aquelas que são colocadas em causa com a forma como o sistema e as práticas operam atualmente.
- Abusos sexuais de crianças: Mudanças resultantes de uma intervenção preventivaPublication . Maria, Susana Gabriela da Silva; Ornelas, José H.Os abusos sexuais de crianças são um problema mundial que afecta cada dimensão da saúde tornando-se de extrema relevância e necessidade a intervenção de cariz preventivo. O objectivo prioritário dos programas de prevenção dos abusos sexuais de crianças é fortalecer as capacidades das mesmas para reconhecerem potenciais situações abusivas e ensinar-lhes estratégias para resistirem aos abusos, bem como dotar os adultos que as rodeiam de conhecimentos adequados sobre os abusos sexuais de crianças e competências preventivas. Paralelamente, estes programas têm também como objectivo secundário o encorajamento das crianças para revelarem situações de abusos e munir os adultos de capacidades de respostas adequadas a estas revelações para que as crianças recebam o apoio adequado com vista à minimização das consequências negativas do abuso. Contudo, a importância do desenvolvimento de programas de prevenção dos abusos sexuais de crianças com ênfase na comunidade só poderá ser sustentada e reforçada através da avaliação que esses programas, de facto, têm no público a quem se dirigem. Devido à dificuldade de analisarmos a redução de casos abusos sexuais de crianças em reacção aos programas de prevenção primária, torna-se necessário utilizarmos medidas proximais para avaliarmos a eficácia destes programas, estas incluem mudanças ao nível dos conhecimentos, atitudes e crenças que estão associadas com objectivo final (o comportamento) que o programa procura eliminar ou minimizar. Por outro lado, uma das maiores criticas aos programas de prevenção é a de que produzem efeitos secundários negativos, como por exemplo, que as crianças desenvolvem uma hipersensibilidade aos toques mesmo quando apropriados, que podem ficar assustada ou com medo e que podem desenvolver uma atitude negativa relativamente à sexualidade. Assim, é objectivo deste trabalho a análise do impacto de um programa de prevenção dos abusos de crianças desenvolvido num contexto escolar, envolvendo crianças do 1º ciclo do ensino básico e caretakers (familiares e profissionais), em termos dos conhecimentos e atitudes em relação aos abusos sexuais de crianças e, adicionalmente, o estudo das possíveis mudanças comportamentais nas crianças, observadas pelos seus caretakers, nas duas semanas subsequentes à participação no programa. Participaram nesta investigação 385 crianças, 197 caretakers (115 profissionais e 82 familiares). Os dados foram recolhidos através de questionários em três momentos distintos (antes da participação no programa - pré, imediatamente após a participação no programa - pós e seis meses após a participação no programa – follow-up). Os instrumentos utilizados para a recolha de dados com as crianças foram modificações do CKAQ - Children's Knowledge of Abuse Questionnaire - revision III e do WIST - “What if” Situation Test. Com os caretakers optou-se pela criação de uma escala que intitulámos de ACCASC - Escala de Avaliação dos Conhecimentos e Crenças sobre os abusos sexuais de crianças, validada no presente trabalho e algumas questões adicionais sobre competências e percepção das mesmas. Para análise das possíveis mudanças comportamentais observáveis nas crianças foi, ainda, criado um questionário de resposta dicotómica (sim/não) e justificação por reposta aberta. Os dados obtidos pelas escalas: CKAQ, WIST, ACCASC e as questões adicionais sobre competências e sua percepção, foram tratados através de SPSS e os dados recolhidos pelo questionário sobre as alterações comportamentais nas crianças, foram alvo de análise de conteúdo. A análise dos dados indica que os participantes no programa de prevenção dos abusos sexuais de crianças demonstram níveis significativamente superiores em termos dos seus conhecimentos e de atitudes positivas em relação à prevenção dos abusos sexuais de crianças e mais competências para prevenir e intervir, em resultado da sua participação no programa de prevenção, inclusivamente seis meses após a mesma. Paralelamente, nos dados analisados não encontramos quaisquer evidências de que as crianças participantes no programa de prevenção demonstram efeitos negativos, ao nível do seu comportamento, como consequência do mesmo. Desta forma permite-nos inferir que o programa de prevenção dos abusos sexuais de crianças está a alcançar os objectivos a que se propõe, agindo como um processo para a redução dos riscos associados aos abusos sexuais de crianças, por um lado, e como processo para o desenvolvimento de factores protectores nas potências vítimas e nos seus contextos do quotidiano, por outro. ----------- ABSTRACT ---------- Child Sexual Abuse (CSA) is a worldwide problem that affects every dimension of health, becoming extremely necessary and important to intervene in order to prevent their occurrence. The primary goal of CSA prevention programs is to strengthen the capacities of children to recognize potentially abusive situations and teach them strategies to resist the abuse, as well as to provide adults that surround them with adequate knowledge about CSA and with preventive skills. Moreover, these programs have as secondary objectives: the encouragement of children to reveal abuse situations and provide adults with the ability to respond adequately to these revelations, so that children receive appropriate support in order to minimize the negative consequences of abuse. However, the importance of developing CSA prevention programs, with emphasis on the community, can only be sustained and strengthened by their assessment in the target public. Due to the difficulty of analyzing the reduction of CSA cases in response to primary prevention programs, it becomes necessary to use proximal measures to evaluate the effectiveness of these programs, these include changes regarding the knowledge, attitudes and beliefs that are associated with the final objective (behaviour) that the program seeks to eliminate or minimize. Moreover, one of the biggest criticisms made to CSA prevention programs is that there are negative side effects on children, for example, children developing hypersensitivity to touch even when appropriate, they may also be scared or afraid and develop a negative attitude towards sexuality. Thus, this research aims at analyzing the impact of a CSA prevention program, developed in schools, involving children in elementary school and caretakers (family members and professionals), regarding their knowledge and attitudes towards the CSA, as well as the study of possible behavioural changes in children observed by their caretakers in the two weeks following participation in the program A total of 385 children and 197 caretakers (115 professionals and 82 relatives) participated in this study. Data was collected using several questionnaires in three different moments (before participating in the program – pre; immediately after participation in the program – post; and six months after participation in the program - follow-up). The instruments used for data collection with children were modifications of the CKAQ - Children's Knowledge of Abuse Questionnaire - revision III, and the WIST - "What If" Situation Test. With the caretakers we chose to develop a scale that we called CSAKB - Child Sexual Abuse Knowledge & Beliefs Scale (validated in this study), and some questions about skills, and skills perceptions. To analyse possible behavioural changes in children a questionnaire, with dichotomous response (yes/no) to questions and a justification using an open response The data collected with the scales: CKAQ, WIST, CSAKB and the additional questions about skills, were processed using SPSS, and the data collected using the questionnaire on behavioural changes in children was subjected to content analysis. The data analysis indicates that the participants in the CSA prevention program present significantly higher levels of knowledge, constructive attitudes and competences towards prevention and intervention in CSA, as a result of their participation in the program, even six months after its conclusion. In addition, data analysis did not find any evidence of the children showing negative side effects in terms of their behaviour, after participating in the program. Thus, our findings allow us to infer that the CSA prevention program is achieving its goals, reducing the risks associated with CSA, and helping develop protective factors in potential victims and related family, as well as in the community (daily living context).
- Adaptation of nussbaum's capabilities framework to community mental health: A consumer-based capabilities measurePublication . Sacchetto, Beatrice; Ornelas, José; Calheiros, Maria Manuela; Shinn, MarybethThe capabilities approach provides a rich evaluative framework to guide transformative change in the community mental health system. This study reports the content and construct validity and psychometric properties of a contextualized measure of the extent to which mental health programs foster achieved capabilities. The Achieved Capabilities Questionnaire for Community Mental Health (ACQ-CMH), adapted from Nussbaum's capabilities framework, was developed previously with consumer collaboration. Content validity was assessed through a collaborative process, involving a panel of eight consumers, staff members, and senior researchers. The resulting shorter version (ACQ-CMH-98) was completed by 332 community mental health consumers sampled throughout Portugal. Factor (PCA) analysis, internal consistency reliability, and test-retest reliability over 2 weeks (N = 33) showed good psychometric properties. The resulting six-factor structure with 48 items explains 48.88% of the total variance (KMO = 0.89; Bartlett p = .00). Internal consistency of the obtained dimensions ranges from .91 to .76. Associations of the measure with recovery, quality of life, and psychological distress scales add further evidence of construct validity. The adaptation of Nussbaum's framework stressed specific components that may enhance understanding and change within the community mental health system.
- Ajuda-mútua e reabilitação.Publication . Monteiro, Maria Fátima JorgeA ajuda-mútua é um dos movimentos mais significativos da actualidade. O contexto de suporte, o companheirismo que proporcionam permite, aos membros que os frequentam, readquirir o equilíbrio de que necessitam através de um relacionamento de igualdade e proximidade.
- (Alguns) quadros teóricos da Psicologia ComunitáriaPublication . Fernandes, Antónia Maria PratasA Psicologia Comunitária é uma área da psicologia aplicada de origem relativamente recente, que se desenvolveu a partir de situações concretas do quotidiano. O seu campo de acção vai desde o tratamento à prevenção; do indivíduo à comunidade, e incluiu as metodologias de intervenção orientadas para a promoção de comunidades «competentes». Neste artigo procuramos referir, muito sucintamente, alguns dos contributos teóricos importantes para a Psicologia Comunitária.
- ANOVA: Centro de apoio e intervenção na crise para crianças vítimas de maus tratosPublication . Coimbra, Alexandra; Faria, Ana; Montano, TeresaNeste artigo, são apresentadas de uma forma sumária as directrizes de funcionamento da ANOVA - Centro de Apoio e Intervenção na Crise para Crianças Vítimas de Maus natos. Na base da formulação do projecto que deu origem ao Centro estiveram os conceitos teóricos da Psicologia Comunitária (McGee, 1974; Rappaport, 1977; Caplan, 1980; Gottlieb, 1981; Repucci, 1987; e outros). Destaca-se a importância do desenvolvimento simultâneo de medidas de avaliação, suporte e encaminhamento junto das famílias que maltratam. Priveligia-se ainda todas as acções directas junto das crianças e dos pais através de visitas domiciliárias, intervenção na crise (equipa móvelAinha telefónica a 24 horas) e outras.
- Apoio habitacional Uma perspectiva de reabilitação e integração comunitáriaPublication . Moniz, Maria João VargasO desenvolvimento de um sistema de apoio a nível habitacional deverá ter como objectivo prioritário proporcionar o acesso de todas as pessoas em desvantagem a um espaço estável, acessível economicamente e com segurança. As estratégias para o desenvolvimento de alternativas habitacionais podem ter lugar no nível da melhoria do acesso a habitação existente, da preservação da habitação existente e do desenvolvimento habitacional. A garantia de resultados a longo prazo implicam acções como o envolvimento político das entidades governamentais nacionais, europeias e mesmo mundiais, a organização de parcerias na comunidade, a criação de condições para a adaptação dos espaços físicos e criação de sistemas de funcionamento eficazes e ainda favorecer o envolvimento de outros cidadãos na integração e participação social de grupos especiais.
- O associativismo dos imigrantes em PortugalPublication . Albuquerque, Rosana; Ferreira, Lígia Eunice Almeida Évora; Viegas, TelmaInexistente
- Associativismo e Integração: O papel das associações no apoio à construção da integração de migrantes brasileirosPublication . Sandins, Bruna Gabriela Laureano; Vargas-Moniz, Maria JoãoNesta dissertação investiga-se o papel das associações de migrantes e o impacto de sua intervenção no processo de adaptação e integração de pessoas migrantes brasileiras em Portugal. A pesquisa explora como estas organizações contribuem para a inclusão social, econômica e cultural, proporcionando apoio e promovendo a coesão comunitária. A partir de uma abordagem qualitativa, foram realizadas 9 entrevistas em profundidade com pessoas migrantes brasileiras residentes em Lisboa e que acessaram por alguma razão os serviços das Associações de migrantes. Os resultados indicam que apesar dos desafios e adversidades enfrentadas pelos entrevistados, a experiência é positiva revelando que as associações desempenham um papel crucial na orientação legal e na criação de redes de suporte e, desta forma, viabilizam a adaptação e integração da população atendida apesar das limitações apresentadas. Este estudo contribui para uma compreensão mais aprofundada do papel associativismo no contexto migratório, oferecendo recomendações para futuras discussões sobre a sobrevivência destas instituições frente às mudanças no cenário atual nas políticas na área das migrações em Portugal.
- Atitudes da comunidade face às pessoas com doença mentalPublication . Mósca, Teresa Maria Pereira; Ornelas, José H.O estigma é um atributo ou uma marca desvalorizante que torna o indivíduo que o possui diferente dos outros e reduzido a essa característica. A estigmatização das pessoas com experiência de doença mental tem consequências quer a nível pessoal, quer a nível público. O objectivo deste estudo qualitativo é descrever as atitudes da comunidade face às pessoas com doença mental, considerando o género e a idade dos participantes. Os 50 participantes (25 do sexo feminino) com idades compreendidas entre os 20 e os 55 anos completaram a Escala de Atitudes da Comunidade face ao Doente Mental (Taylor & Dear, 1981). A amostra revelou-se autoritária e socialmente restritiva em relação às pessoas com doença mental e, simultaneamente, menos benevolente e próxima de uma ideologia comunitária de saúde mental. Os participantes do sexo masculino mais velhos são os mais autoritários, benevolentes e socialmente restritivos. Os participantes mais jovens e de ambos os sexos identificam-se mais com a ideologia comunitária. Perante estes resultados, reflectimos sobre um modelo de campanhas anti-estigma baseado em estratégias de redução do estigma – protesto, educação e contacto.