Psicologia das Organizações
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Browsing Psicologia das Organizações by Sustainable Development Goals (SDG) "08:Trabalho Digno e Crescimento Económico"
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- Conciliação (im)possível? A mediação do conflito trabalhofamília na relação entre o suporte organizacional e familiar e a satisfação com a vidaPublication . Peralta, Tatiana Peneda Requito; Sabino, AnaO presente estudo teve como objetivo perceber se o conflito trabalho-família e o conflito família-trabalho mediavam a relação entre o suporte organizacional e familiar e a satisfação com a vida, bem como analisar as diferenças entre grupos sociodemográficos. Para o realizar, recolheu-se uma amostra por conveniência de 258 participantes a trabalhar atualmente em Portugal. Os resultados obtidos permitiram concluir que tanto o suporte organizacional como o suporte familiar influenciam positivamente a satisfação com a vida, sendo que apenas o conflito trabalho-família medeia a relação entre o suporte organizacional e a satisfação com a vida. Estes resultados sugerem que o suporte organizacional e o conflito trabalho-família têm um impacto mais significativo na satisfação com a vida do que o suporte familiar e o conflito família-trabalho. Mais estudos são necessários para entender melhor esta relação. É de destacar ainda que são os participantes com filhos que apresentam níveis mais elevados de conflito família-trabalho, enquanto os participantes solteiros sentem menores níveis de suporte familiar e de satisfação com a vida. Este estudo revela-se especialmente pertinente para as organizações, ao demonstrar o impacto da perceção de suporte organizacional na satisfação dos colaboradores e na perceção de conflito trabalho-família, contribuindo igualmente para o debate académico e social em torno da conciliação entre vida profissional e pessoal.
- Conflito trabalho-família e a intenção de saída: A influência da modalidade de trabalho, género e geraçãoPublication . Pinheiro, Valentina CarlosO presente estudo teve como principal objetivo a análise do impacto do Conflito Trabalho-Família na Intenção de Saída, bem como testar se a Modalidade de Trabalho, o Género e a Geração apresentam um efeito moderador nesta relação. Para o presente estudo foram criadas 12 hipóteses que testam as relações das variáveis acima referidas. Neste estudo participaram 194 pessoas em que as mesmas eram de diferentes organizações, de diferentes idades e tinham uma modalidade de trabalho associada ao seu trabalho. Através do tratamento estatístico dos dados, foi possível concluir que quanto à modalidade, ambos os domínios do conflito são mais baixos na modalidade híbrida do que na presencial; quando ao género, o feminino possui uma maior vontade de sair da organização quando existe conflito comparativamente com o género masculino; por fim, quanto à geração, na geração prémilénio, quando o conflito é baixo, a intenção de saída da organização também é baixa, mas na geração pós-milénio, mesmo que o conflito seja baixo, já existe uma intenção significativa de sair da organização.
- Da quebra e violação do contrato psicológico ao desvio no trabalho: O papel do cinismo organizacionalPublication . Rodrigues, Raquel Alexandra Silva; Sabino, AnaNum contexto organizacional cada vez mais exigente e imprevisível, compreender os fatores que influenciam os comportamentos dos colaboradores torna-se essencial para promover ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos. Neste contexto, o presente estudo pretende perceber a relação entre a quebra e violação do contrato psicológico e os comportamentos desviantes no local de trabalho, considerando o cinismo organizacional como mediador desta relação. A literatura demonstra que a perceção de injustiça e a falta de reciprocidade na relação empregador-empregado promovem atitudes cínicas, que, por sua vez, aumentam a predisposição para comportamentos desviantes. Embora existam estudos sobre o impacto da quebra do contrato psicológico e dos comportamentos desviantes, poucos analisam o papel mediador do cinismo organizacional nessa relação, especialmente no contexto português. Foi recolhida uma amostra por conveniência (n=424) de trabalhadores português. Os resultados revelam que todas as dimensões em estudo estão significativamente associadas, com valores abaixo do ponto central da escala. Confirma-se ainda mediações do cinismo nas relações entre a quebra e a violação do contrato psicológico com os comportamentos desviantes interpessoais e organizacionais. Esta investigação aprofunda o conhecimento sobre os mecanismos subjacentes às respostas negativas dos colaboradores, reforçando o papel explicativo do cinismo organizacional e destacando a importância de práticas que promovam confiança, comunicação e alinhamento de expetativas na relação empregador-empregado.
- Desconexão digital: Porque continuamos ligados fora de horas?Publication . Oliveira, Maria Leonor Galego Bandarra Vale; Cesário, FranciscoA presente investigação tem como objetivo explorar os fatores que influenciam a prática da desconexão digital por parte dos trabalhadores, num contexto marcado pela conectividade constante e pelo uso intensivo de tecnologias fora do horário laboral. Procurou-se compreender em que medida, variáveis como o acesso às tecnologias disponibilizadas pela organização, o comportamento da chefia, a pressão interna pessoal e o medo das consequências profissionais, afetam o comportamento de desconexão, bem como o papel moderador da separação entre a vida profissional e pessoal. A amostra foi composta por 262 trabalhadores, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, maioritariamente do sexo feminino e pertencentes ao setor privado. Os participantes reportavam diferentes modalidades de trabalho e níveis hierárquicos. Para a recolha de dados, foram utilizadas escalas validadas e adaptadas para o contexto português, como a Digital Disconnection from Work-Related ICTs Outside Work (Verlinden et al., 2024) e instrumentos baseados em autores como Sandoval-Reyes et al. (2019), Büchler et al. (2020), Clark et al. (2020) e Kreiner (2006). Adicionalmente, foi desenvolvida uma escala para avaliar o medo das consequências da desconexão. Os resultados evidenciam que a perceção de práticas de desconexão por parte das chefias, promove o comportamento de desconexão digital, enquanto a pressão interna, o medo das consequências e a presença de tecnologias disponíveis estão negativamente associadas a esse comportamento. Os dados reforçam a necessidade de estratégias que respeitem e promovam o direito à desconexão, contribuindo para o bem-estar dos colaboradores e o equilíbrio entre trabalho e família.
- Desempenho e satisfação no trabalho: O suporte organizacional como fator principal na mitigação de comportamentos contraprodutivosPublication . Alves, Sara Isabel Ferreira; Caetano, AntónioEste estudo investigou a influência do Suporte Organizacional, da Eficácia Percebida da Liderança, da Autonomia, da Incerteza no Trabalho e da Satisfação no Trabalho no desempenho e comportamento dos colaboradores, com foco no Comportamento Contraprodutivo, Comportamento Negligente e Desempenho de Tarefa. A relevância destas variáveis surge da necessidade crescente das organizações em equilibrar o bem-estar dos seus profissionais com a maximização do desempenho. O estudo foi realizado com uma amostra de 174 colaboradores provenientes de diferentes setores de atividade, utilizando um desenho transversal, e baseou-se na aplicação de questionários para recolher dados quantitativos sobre as perceções dos participantes. Os resultados mostraram que tanto o Suporte Organizacional quanto a Eficácia Percebida da Liderança são preditores significativos do Comportamento Contraprodutivo, embora a liderança tenha uma influência marginal. Apesar de a autonomia ser frequentemente associada a um aumento na satisfação profissional, não foi encontrada uma relação significativa com o Comportamento Contraprodutivo. A incerteza no trabalho, por outro lado, mostrou-se positivamente correlacionada com comportamentos contraprodutivos, tal como esperado. Curiosamente, o estudo revelou uma correlação positiva entre o Comportamento Negligente e os níveis de Satisfação no Trabalho, o que contraria a suposição de uma relação negativa e sugere a necessidade de uma investigação mais aprofundada sobre esta dinâmica. Adicionalmente, os dados sublinham a importância de uma liderança eficaz na melhoria do Desempenho de Tarefa. De forma geral, os resultados deste estudo evidenciam a necessidade de um suporte organizacional consistente e de uma liderança eficaz para promover o desempenho dos colaboradores e mitigar comportamentos desviantes. Estes resultados sugerem intervenções práticas que abordem a incerteza e a perceção de suporte como formas de otimizar a satisfação e o desempenho dos trabalhadores.
- Desenvolvimento das competências de liderança funcional: O papel da teoria e da práticaPublication . Neves, Érica Esteves; Caetano, AntónioO presente estudo teve como principal objetivo compreender em que medida o design da formação facilita o desenvolvimento das competências de liderança funcional, explorando o impacto das componentes teórica e prática do curso de formação militar. A amostra foi composta por 92 formandos do Curso de Formação de Sargentos da Marinha Portuguesa, tendo sido utilizadas heteroavaliações pelos formadores e regressões lineares múltiplas para cada uma das competências de liderança funcional. Os resultados suportam parcialmente as hipóteses do estudo, revelando que a aprendizagem teórica influencia positivamente as competências de clarificar a estratégia, coordenar a ação e facilitar a aprendizagem, enquanto as provas práticas de planeamento (PL) contribuem para clarificar a situação e clarificar a estratégia, e as tarefas práticas de liderança (TPL) influenciam a coordenação da ação. Estes resultados têm implicações práticas relevantes para o planeamento da formação em liderança funcional, reforçando a importância de uma abordagem multimodal, que integre teoria, planeamento e prática ajustada às diferentes competências. Relativamente às limitações do estudo, destaca-se a utilização de uma amostra reduzida e restrita a um único ramo das forças armadas, bem como o carácter transversal da investigação, o que impede a generalização dos resultados e a inferência de causalidade. Para estudos futuros, sugere-se a adoção de um design longitudinal, bem como a inclusão de variáveis como a autoeficácia em liderança e a coesão grupal.
- Don’t quit, craft your fit - O papel mediador do person-job fit na relação entre o job crafting, o desempenho e a intenção de saídaPublication . Moura, Patrícia Madeira; Andrade, LuísA presente investigação tem como objetivo compreender o efeito mediador do Person-Job Fit na relação entre o Job Crafting com o Desempenho e a Intenção de Saída. Este estudo contou com uma amostra de 205 participantes, sendo 169 do sexo masculino e 36 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 21 e os 42 anos. Para testar as variáveis desta investigação foram utilizadas as escalas Job Crafting Questionnaire, desenvolvida por Slemp e Vella-Brodrick (2013); a escala Person-Job Fit Questionnaire, desenvolvida por Saks & Ashforth (1997); a escala Individual Work Performance Questionnaire, desenvolvida por Koopmans et al. (2012), e por último, a escala de Intenções de Saída Organizacional, desenvolvida por Bártolo-Ribeiro (2018). Através dos resultados obtidos, verificou-se que o modelo de investigação proposto se confirmou, sendo possível concluir que: (1) a relação entre o job crafting e o desempenho individual é mediada pelo person-job fit, verificando-se que as práticas de job crafting aumentam a perceção de ajustamento entre os colaboradores e o seu trabalho, resultado num aumento dos seus níveis de desempenho; (2) a relação entre o job crafting e a intenção de saída é mediada pelo person-job fit, verificando-se que os colaboradores manifestam menos intenções de abandonar voluntariamente o seu trabalho se percecionarem maiores níveis de ajustamento entre si e o seu trabalho.
- O efeito mediador/moderador da satisfação na relação entre sobrequalificação, desempenho e intenção de saídaPublication . Aranha, Ana Clotilde Cordeiro; Ribeiro, FilipaO objetivo desta tese foi desenvolver e validar uma Tarefa Stop-Signal Emocional Modificada (MESST), com recurso à tecnologia de rastreio ocular (Eye-tracking), para avaliar a resposta inibitória e os vieses atencionais em resposta a estímulos emocionais. Embora o estudo tenha sido conduzido numa amostra normativa, esta validação inicial visa, futuramente, aplicar o paradigma em populações clínicas, como a Perturbação Obsessivo-Compulsiva (POC), dado que a tarefa inclui estímulos idiossincráticos com potencial para explorar marcadores cognitivos relevantes para esta condição. A amostra foi composta por 33 participantes normativos (18-29 anos), sendo que o estudo avaliou variáveis como o StopSignal Reaction Time (SSRT) e métricas de Eye-tracking, incluindo a latência à primeira fixação e o tempo total de permanência no estímulo. Também se explorou como os traços de impulsividade e ansiedade da amostra influenciam o desempenho na MESST. Os resultados indicam que estímulos emocionalmente carregados aumentam, significativamente, as dificuldades inibitórias e induzem vieses atencionais, sobretudo na manutenção do olhar. Embora não tenha sido observada uma correlação significativa entre os traços de ansiedade e impulsividade nos marcadores centrais como o SSRT, latência à primeira fixação e tempo total de permanência do olhar nas funções cognitivas avaliadas, foi identificado que níveis mais elevados de impulsividade estão associados a uma menor precisão na avaliação emocional de estímulos aversivos genéricos. A tecnologia de Eye-tracking permitiu uma análise contínua e detalhada do comportamento visual atencional, fornecendo uma compreensão mais aprofundada dos processos cognitivos associados à inibição e ao processamento emocional. Esta validação inicial fornece uma base sólida para continuar a validação e aplicação futura do paradigma em populações clínicas com POC.
- O efeito moderador de regulação emocional na relação entre o stress e o desempenho percebidoPublication . Duarte, Ricardo Gameiro de Campos; Andrade, LuísO objetivo do presente estudo foi estudar o efeito do Stress/Fatores de Stress sobre o Desempenho Percebido em atletas de futebol. Adicionalmente, sugeriu-se estudar o efeito moderador da Regulação Emocional, na relação negativa entre as duas primeiras variáveis. Foram recrutados 147 atletas, todos do sexo masculino, com as idades compreendidas entre os 12 e os 20 anos (M = 15.6, DP = 1.989). De modo a avaliar as variáveis em estudo, foram utilizados os seguintes instrumentos: o Questionário de Stress na Competição Desportiva (QSCD), desenvolvida por Gomes (2015), a Escala de Regulação Emocional (Gross, 2003), traduzida para a língua portuguesa por Borges (2023) e o Questionário de Perceção de Rendimento Desportivo (QPRD), desenvolvido por Gomes (2016). Os dados foram recolhidos através da plataforma Qualitrics, na qual foi criada o questionário. Os resultados obtidos revelam que: uma dimensão da Regulação Emocional, especificamente a Reapreciação Cognitiva, está significativamente correlacionada, de forma positiva, com uma dimensão do Stress, a Má Condição Desportiva e Lesões. Os resultados referentes à moderação testada não foram significativamente correlacionados. Devido à ausência de interações significativas relativas às hipóteses formuladas, foram realizados testes de moderação com base nos escalões dos atletas. Os resultados obtidos indicam uma moderação para o escalão dos Sub-15 e duas para os sub-17. Os resultados obtidos reforçam a importância que a Regulação Emocional pode ter em atletas de escalões jovens em situações de elevado nível de competitividade desportiva, quando em conjunto com contextos de stress.
- Impacto da sobrequalificação no flow: O papel da orientação anti-trabalhoPublication . Godinho, Flávia Alexandra Almeida; Cesário, FranciscoO estado de flow, definido como um estado de imersão e envolvimento total nas tarefas, tem sido associado a níveis elevados de bem-estar no trabalho. Contudo, fatores como a percepção de sobrequalificação (SQP) podem comprometer essa experiência positiva. Esta dissertação procurou investigar se a SQP afeta negativamente o estado de flow e se essa relação é mediada pela orientação anti-work (AWO), que reflete atitudes negativas em relação ao trabalho. O estudo contou com a participação de 339 trabalhadores de diferentes gerações, seguindo um delineamento quantitativo com recurso a escalas de auto-relato. Os dados foram analisados com os programas SPSS e Jamovi, utilizando regressão linear simples e análise de mediação. Os resultados revelaram uma relação negativa significativa entre a sobrequalificação percebida e o estado de flow, parcialmente mediada pela orientação anti-work. Tais resultados indicam que trabalhadores que se percecionam como sobrequalificados tendem a experienciar menor prazer e motivação nas suas atividades, sobretudo quando manifestam posturas marcadas pelo desinteresse e distanciamento profissional. Tais conclusões permitem aprofundar a compreensão sobre a influência da sobrequalificação percebida e da orientação anti-work na vivência do flow, sendo esta uma relação ainda pouco explorada. Adicionalmente, destaca-se a importância de promover experiências funcionais de flow, concebendo políticas de gestão mais eficazes e ajustadas à realidade dos contextos laborais.
