Browsing by Issue Date, starting with "2025-07-21"
Now showing 1 - 5 of 5
Results Per Page
Sort Options
- A abordagem da sexualidade na intervenção psicoterapêutica: Perspetivas dos psicólogos e psicoterapeutas em PortugalPublication . Baptista, Frederico Miguel Saraiva Zézola; Duarte, EvaProblema: A abordagem da sexualidade na intervenção psicoterapêutica apresenta-se como um desafio para os psicólogos/ psicoterapeutas, sendo uma temática abordada com pouca frequência e um baixo nível de conforto, contrastando com a necessidade de muitos clientes/pacientes em abordar esse assunto em sessão. Objetivos: Descrever o grau de identificação dos psicólogos/psicoterapeutas que exercem atividade em Portugal com uma abordagem positiva da sexualidade; identificar a presença de crenças dogmáticas/estigmatizantes sobre sexualidade; analisar a frequência e grau de conforto com que abordam temas específicos da sexualidade, bem como nas diferenças dessa abordagem face a grupos específicos de pacientes/clientes; e identificar os diferentes fatores facilitadores e/ou inibidores dessa abordagem. Método: A amostra é constituída por 251 participantes com idades compreendidas entre os 23 e os 70 anos. A recolha de dados decorreu totalmente online. Resultados: Os resultados evidenciam diferentes níveis de frequência e conforto na abordagem da sexualidade face a diversos grupos de pacientes/clientes e de temáticas/práticas sexuais. Uma menor frequência e conforto correlacionam-se com menores níveis de sexualidade positiva e maiores níveis de crenças dogmáticas/estigmatizantes, A falta de formação é o principal aspeto apontado como inibidor desse conforto. Conclusão: Uma abordagem positiva da sexualidade e um baixo nível de crenças dogmáticas/estigmatizantes são preditores de uma maior frequência e conforto na abordagem da sexualidade, o mesmo se verificando com um maior nível de aliança terapêutica.
- Da quebra e violação do contrato psicológico ao desvio no trabalho: O papel do cinismo organizacionalPublication . Rodrigues, Raquel Alexandra Silva; Sabino, AnaNum contexto organizacional cada vez mais exigente e imprevisível, compreender os fatores que influenciam os comportamentos dos colaboradores torna-se essencial para promover ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos. Neste contexto, o presente estudo pretende perceber a relação entre a quebra e violação do contrato psicológico e os comportamentos desviantes no local de trabalho, considerando o cinismo organizacional como mediador desta relação. A literatura demonstra que a perceção de injustiça e a falta de reciprocidade na relação empregador-empregado promovem atitudes cínicas, que, por sua vez, aumentam a predisposição para comportamentos desviantes. Embora existam estudos sobre o impacto da quebra do contrato psicológico e dos comportamentos desviantes, poucos analisam o papel mediador do cinismo organizacional nessa relação, especialmente no contexto português. Foi recolhida uma amostra por conveniência (n=424) de trabalhadores português. Os resultados revelam que todas as dimensões em estudo estão significativamente associadas, com valores abaixo do ponto central da escala. Confirma-se ainda mediações do cinismo nas relações entre a quebra e a violação do contrato psicológico com os comportamentos desviantes interpessoais e organizacionais. Esta investigação aprofunda o conhecimento sobre os mecanismos subjacentes às respostas negativas dos colaboradores, reforçando o papel explicativo do cinismo organizacional e destacando a importância de práticas que promovam confiança, comunicação e alinhamento de expetativas na relação empregador-empregado.
- Sigilo salarial: Quando o segredo alimenta a insatisfação e a desconfiançaPublication . Fonseca, Miriam Santos da; Cesário, FranciscoO sigilo salarial constitui um fator relevante nas dinâmicas organizacionais, porém ainda é pouco explorado na literatura académica, especialmente no que diz respeito aos seus impactos sobre os trabalhadores. Assim, o presente estudo tem como objetivo analisar o impacto dessa prática na confiança dos colaboradores na organização onde trabalham e na sua chefia, bem como na sua satisfação laboral. Evidências indicam que práticas de sigilo salarial podem promover desconfiança, gerar insatisfação e fragilizar os laços de confiança entre os colaboradores, tanto com a organização quanto com a sua chefia. A amostra foi composta por 300 trabalhadores de diferentes empresas, onde todos eram residentes em Portugal e, no momento de responderem ao questionário, estavam empregados numa organização. Os resultados indicaram que o sigilo salarial está significativamente associado a menores níveis de satisfação no trabalho, bem como a menor confiança na organização e na chefia. Além disso, verificou-se que a confiança na chefia e na organização medeia a relação entre o sigilo salarial e a satisfação laboral, indicando que ambientes com organizações e chefias confiáveis podem mitigar os efeitos negativos do sigilo. Estas descobertas reforçam a relevância da política de transparência salarial como estratégia para fortalecer a confiança e a satisfação dos colaboradores, contribuindo para um clima organizacional mais positivo e produtivo.
- Impacto da sobrequalificação no flow: O papel da orientação anti-trabalhoPublication . Godinho, Flávia Alexandra Almeida; Cesário, FranciscoO estado de flow, definido como um estado de imersão e envolvimento total nas tarefas, tem sido associado a níveis elevados de bem-estar no trabalho. Contudo, fatores como a percepção de sobrequalificação (SQP) podem comprometer essa experiência positiva. Esta dissertação procurou investigar se a SQP afeta negativamente o estado de flow e se essa relação é mediada pela orientação anti-work (AWO), que reflete atitudes negativas em relação ao trabalho. O estudo contou com a participação de 339 trabalhadores de diferentes gerações, seguindo um delineamento quantitativo com recurso a escalas de auto-relato. Os dados foram analisados com os programas SPSS e Jamovi, utilizando regressão linear simples e análise de mediação. Os resultados revelaram uma relação negativa significativa entre a sobrequalificação percebida e o estado de flow, parcialmente mediada pela orientação anti-work. Tais resultados indicam que trabalhadores que se percecionam como sobrequalificados tendem a experienciar menor prazer e motivação nas suas atividades, sobretudo quando manifestam posturas marcadas pelo desinteresse e distanciamento profissional. Tais conclusões permitem aprofundar a compreensão sobre a influência da sobrequalificação percebida e da orientação anti-work na vivência do flow, sendo esta uma relação ainda pouco explorada. Adicionalmente, destaca-se a importância de promover experiências funcionais de flow, concebendo políticas de gestão mais eficazes e ajustadas à realidade dos contextos laborais.
- Desconexão digital: Porque continuamos ligados fora de horas?Publication . Oliveira, Maria Leonor Galego Bandarra Vale; Cesário, FranciscoA presente investigação tem como objetivo explorar os fatores que influenciam a prática da desconexão digital por parte dos trabalhadores, num contexto marcado pela conectividade constante e pelo uso intensivo de tecnologias fora do horário laboral. Procurou-se compreender em que medida, variáveis como o acesso às tecnologias disponibilizadas pela organização, o comportamento da chefia, a pressão interna pessoal e o medo das consequências profissionais, afetam o comportamento de desconexão, bem como o papel moderador da separação entre a vida profissional e pessoal. A amostra foi composta por 262 trabalhadores, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, maioritariamente do sexo feminino e pertencentes ao setor privado. Os participantes reportavam diferentes modalidades de trabalho e níveis hierárquicos. Para a recolha de dados, foram utilizadas escalas validadas e adaptadas para o contexto português, como a Digital Disconnection from Work-Related ICTs Outside Work (Verlinden et al., 2024) e instrumentos baseados em autores como Sandoval-Reyes et al. (2019), Büchler et al. (2020), Clark et al. (2020) e Kreiner (2006). Adicionalmente, foi desenvolvida uma escala para avaliar o medo das consequências da desconexão. Os resultados evidenciam que a perceção de práticas de desconexão por parte das chefias, promove o comportamento de desconexão digital, enquanto a pressão interna, o medo das consequências e a presença de tecnologias disponíveis estão negativamente associadas a esse comportamento. Os dados reforçam a necessidade de estratégias que respeitem e promovam o direito à desconexão, contribuindo para o bem-estar dos colaboradores e o equilíbrio entre trabalho e família.