PDES - Tese de doutoramento
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- Análise dos estilos parentais e das relações de vinculação em contexto familiar e as suas implicações para o posterior desenvolvimento psicossocial e académico das criançasPublication . Cardoso, Jordana Figueiredo de Pinto; Veríssimo, ManuelaApesar da extensão de influência de diversos determinantes no desenvolvimento infantil, a teoria da vinculação permanece como um dos quadros teóricos mais abrangentes para o entendimento do desenvolvimento social e emocional. Effect sizes de estudos anteriores (Madigan et al., 2016) revelaram uma magnitude semelhante ou maior na segurança da vinculação, relativamente a outros determinantes ambientais como o conflito entre os pais (Buehler et al., 1997) ou a exposição a violência doméstica (Evans, Davies, & DiLillo, 2008). De acordo com a teoria da vinculação (e.g. Ainsworth, 1967; Ainsworth, et al., 1978; Bowlby, 1969/1982, 1973), a criança internaliza as representações das interações que estabelece com os principais cuidadores em modelos internos dinâmicos, estando a qualidade destes modelos diretamente relacionada com o modo como as figuras de vinculação são sensíveis às necessidades das crianças em termos de conforto, proteção, carinho e apoio na exploração do meio, bem como à sua disponibilidade e capacidade de responder adequadamente a estas necessidades. Ao longo do desenvolvimento, a criança aplica estes modelos do que é um cuidador e uma relação às novas relações que vai formando. A literatura tem apontado que crianças com uma história de vinculação segura são capazes de desenvolver e manter mais relações de apoio que as crianças inseguras, desenvolvem características da personalidade mais desejáveis, são mais prováveis de exibir formas construtivas de autoregulação e mais competências de resolução de problemas sociais (e.g. Cassidy, Jones, & Shaver, 2013; DeKlyen & Greenberg, 2008; Sroufe, 2005; Thompson, 2016; West, Matthews, & Kerns, 2013). Pretendeu-se com este estudo, primeiramente, estudar a estabilidade da vinculação entre a idade pré-escolar e a infância média, através da Attachment Story Completion Task (Bretherton & Ridegway, 1990) aos 5 anos e da Kerns Security Scale (Kerns et al., 1996) aos 8 e 9 anos. Numa segunda fase, foi avaliado o impacto da vinculação nos resultados desenvolvimentais através da ASCT aos 5 anos, tendo sido utilizada uma bateria de instrumentos aos 8 e 9 anos para avaliação do desenvolvimento socioemocional e académico. Foi privilegiado um método multi-informadores, utilizando dados obtidos junto das crianças e professores. Crianças com um valor de segurança mais elevado nas histórias aos 5 anos apresentaram um valor de perceção de segurança mais elevado à mãe e ao pai no 3º e 4º anos. Foram também encontradas associações entre a segurança da vinculação e resultados mais favoráveis no desenvolvimento socioemocional e académico das crianças no final do 1º ciclo, nomeadamente em dimensões como a timidez/ansiedade, agressividade, assertividade, aptidões sociais com os pares, cooperação, orientação para a tarefa e algumas dimensões do auto-conceito. Assim, apesar da expansão do mundo social da criança na infância média, os dados apontam para uma continuidade da segurança nas relações de vinculação e a relação de vinculação com os cuidadores parece continuar a influenciar as experiências internas e relacionais da criança, incluindo os comportamentos considerados problemáticos. Esta investigação, apesar da necessidade de replicação, traz contributos importantes para a investigação da continuidade da vinculação e extensão dos seus contributos, bem como para o campo da intervenção na comunidade.
- Attachment representations and social competence in preschool childrenPublication . Fernandes, Marília Solange Ornelas; Veríssimo, ManuelaFrom an attachment theory perspective, based on their interactions’ history with the caregivers, children elaborate a mental representation that summarizes their secure base experiences and adapt them to the larger social world (i.e. with peers and other significant adults). This will guide their social strategies (both adaptive and maladaptive). The empirical evidence is consensual, demonstrating positive associations between attachment security (whether assessed as a behavioral organization or as a mental representation) and social competent behavior. However, most of these studies use indirect measures to assess social competence, prevailing a focus on one informant, mostly teachers’ or mothers’ perspectives while father’s perspective on children’s social competence is disregarded These empirical studies aim to contribute to the current state of knowledge about the impact of attachment relationships for the development of social competence in preschool years, emphasizing the importance of using a multiple informant approach. In the first study, in a sample of 369 mother-father-teacher reports, we explored parents’ and teachers’ perception of children’s social competence using the Social Competence and Behavior Evaluation-30 questionnaire and tested for measurement invariance across raters. Using CT-C(M-1), we confirmed a strong agreement between both parents, and only a weak agreement when comparing parents with teacher’ ratings. Results also showed that mothers are in more agreement with teacher than are fathers. We also found that differences between boys and girls are not due to measurement variance. In the second study, in a sample of 82 children and their teachers, we analyzed the contributes of the SBS to teachers’ ratings on child social competence composite, and on externalizing and internalizing behavior composites. Our results indicate that security of attachment representations was positively related with social competence and negatively related with ratings on externalizing behaviors. We also found sex differences in SBS and reported social competence, both favoring girls. In the last study, in a sample of 77 children, we continued exploring SBS relations with children’s social competence by including, not only, indirect teacher’s ratings, but also direct observed measures. Results indicate that having a higher secure base script predicts higher values on both child direct and indirect measured social competence. Sex differences were also found, with girls presenting higher SBS and being rated as more social competent by their teachers. Observers described boys as more social engaged. Taken together, these three empirical studies aim to contribute for the understanding of the relation between attachment relationships and children’s social competence in the preschool group, highlighting the importance of using a multiple informant approach, and exploring sex differences.
- Children’s attribution of emotions in victimization situations : Examination of the happy victimizer task and its relation to children’s moral behaviorPublication . Menéres, Maria Sofia Seabra Pereira Cabral; Carpendale, JeremyChildren’s understanding of emotions in victimization situations has been investigated as a way to study children’s moral motivation. To assess this understanding, researchers have used a procedure known as the happy victimizer task in which children are asked to attribute emotions to victimizers who have performed an immoral action. In the present study I argue that this task is flawed in a number of ways that compromise the validity of the conclusions drawn from this research for the study of children’s morality. Following this critique, I propose an improved version of the task, the anticipated emotions version, in which the story character has not yet performed the immoral action and children are asked about emotions the character might feel. I analyze children’s attribution of emotions in the anticipated emotions version of the task and compare these with their performance on the standard task. In order to investigate possible processes that underlie children’s emotion attributions in victimization scenarios, I also investigate relations among children’s attribution of emotions, their social understanding (i.e., understanding of interpretation and mixed emotions), and their social history (i.e., parental style and number of siblings). Finally, I investigate how children’s emotion attributions are related to their moral behavior. One hundred and forty-four 5- to 8-year-old Portuguese children participated in this study. Results show a developmental shift from the attribution of positive to the attribution of negative emotions in the anticipated emotions version of the task when children attribute emotions to a hypothetical victimizer, and a decline of the attribution of positive emotions when children attributed emotions to themselves as if they were the victimizers. Children also attributed less positive emotions to a hypothetical victimizer in the anticipated emotions compared to the standard version of the task. Attributions of emotions were not related to children’s social understanding or to the assessed aspects of children’s social history. Also, no relation was found between children’s attribution of emotions and behavior. Implications of these results for the study of children’s moral development and moral behavior are discussed and future research is proposed.
- A competência social da criança em meio pré-escolar: Um modelo hierárquico no contexto das relações entre paresPublication . Peceguina, Maria Inês Duarte; Santos, António JoséIntegrados numa moldura desenvolvimental, os estudos apresentados nesta investigação avaliam um modelo de medidas para a competência social com os pares, durante o período pré-escolar. A competência social é definida como um traço latente de diferenças individuais que reflecte a capacidade das crianças para coordenar os afectos, cognição, e comportamento na realização de objectivos pessoais de natureza social (Waters & Sroufe, 1983). Adicionalmente, a concretização dos objectivos pessoais não deverá constituir um obstáculo à concretização dos objectivos pessoais dos pares, nem limitar a realização de objectivos futuros. O modelo de mensuração caracteriza-se por ter uma estrutura hierárquica de três níveis, onde a competência social se situa no nível de topo, enquanto factor latente de segunda ordem, com implicações nos três domínios da competência social, situados no nível latente inferior – motivação social e envolvimento, perfis de atributos comportamentais e psicológicos e aceitação de pares. Cada um destes domínios (as famílias de medidas) é medido através de dois ou três indicadores, constituindo a base do modelo (i.e., proporção de atenção visual recebida, proporção de interacções positivas e neutras iniciadas, dois Q-sorts da competência social, e duas medidas sociométricas). Foram testadas hipóteses sobre o ajustamento do modelo a dados Portugueses, bem como sobre a estabilidade do modelo durante o pré-escolar foram testadas. De um modo geral, os resultados foram consistentes com estudos anteriores (e.g., Bost, Vaughn, Washington, Cielinski, & Bradbard, 1998; Vaughn, 2001; Vaughn, et al., 2009), indicando que o modelo tem um bom ajustamento aos dados das crianças portuguesas. Adicionalmente, os resultados sustentam o pressuposto de que, embora pequenas diferenças de natureza cultural, desenvolvimental e de contexto social possam ocorrer ao nível das medidas (o nível base do modelo), a estrutura hierárquica é idêntica ao longo destas dimensões, uma vez que os domínios sociais considerados são considerados como universalmente relevantes para crianças desta faixa etária (i.e., entre os 3 e os 5 anos). A característica que melhor distingue o modelo hierárquico é que, contrariamente a outras abordagens, diversos conteúdos essenciais são considerados, e diversos tipos de instrumentos (e níveis de análise) são utilizados de modo a que seja possível obter uma descrição global da competência social (i.e., sem os constrangimentos situacionais, contextuais, ou dependentes de determinadas habilidades sociais). Como resultado, a avaliação da estabilidade é também possível. As relações entre a competência social, a amizade recíproca e o estatuto sociométrico (duas variáveis frequentemente utilizadas na avaliação da competência social das crianças) foram também exploradas no último estudo. Entre outros resultados, verificou-se que as medidas do modelo apresentavam maior estabilidade de um ano para outro, quer em comparação à amizade, quer ao estatuto sociométrico, sugerindo que a avaliação obtida através do protocolo de medidas é mais abrangente e consistente. As limitações de cada estudo, bem como orientações para futuras ---------- ABSTRACT ---------- Embedded in a developmental framework, the studies presented in this research investigate a measurement model for social competence with peers, during the preschool years. Social competence construct is described as an individual differences latent trait that reflects children’s ability in coordinating affect, cognition, and behavior in achieving personal social goals (Waters & Sroufe, 1983). Moreover, the attainment of personal goals should not excessively constrain peers’ opportunities in achieving their own social goals, or reduce the chances for the achievement personal social goals in the future. The measurement model characterizes by having a three-level hierarchical structure, where social competence is placed at the top level, as a second-order latent factor influencing three lower social competence domains – social motivation and engagement, profiles of behavioral and psychological attributes, and peer acceptance. Each of these domains (the measurement families) is measured using two or three indicators, which constitute the base level of the model (i.e., rates of visual attention received, rates of positive and neutral interactions initiated, two social competence Q-sorts, and two sociometric measures). Hypothesis regarding the fit of the model to Portuguese data, as well as the stability of the model across the preschool years were tested. Overall, results were consistent with prior studies (e.g., Bost, Vaughn, Washington, Cielinski, & Bradbard, 1998; Vaughn, 2001; Vaughn, et al., 2009), indicating that the model has a good fit to Portuguese preschool data. Results also support the assumption that, even though small differences associated with cultural, developmental, and social contexts variability may occur at the base level of the model (i.e., the observed measures/indicators), the hierarchical structure is identical across these dimensions, because the social domains considered are thought to be universally relevant to children at these ages (i.e., between the ages of 3-, and 5-years) The most distinguishable feature of the hierarchical model is that, contrary to other approaches, several main issues are taken into account, and several types of instruments (and levels of analyses) are used so that a broad characterization of social competence (i.e., non situational, or contextual, or skills’ based) is possible. As a result, the assessment of stability is also possible. The relations between social competence, friendship reciprocity, and sociometric status (two variables frequently assessed in the evaluation of children’s social competence) were also explored in the last study. Among other findings, the model’s measures was found to be more stable than both friendship and sociometric status, indicating that a broader and consistent assessment is given by the protocol of measures that are used in model operationalization. Limitations of each study and future directions of research are presented in the discussion section of each work, as well as in the general discussion.
- O desenvolvimento estético e a educação estética e artística: o programa progestartPublication . Rocha, Teresa Almeida; Peixoto, Francisco; Jesus, Saúl Neves deO desenvolvimento estético é nos primeiros estádios dependente da maturação e posteriormente outras variáveis interferem neste desenvolvimento. A educação estética e artística possibilita a ocorrência deste desenvolvimento. A presente tese pretende compreender em que medida, de que forma e por que processos, o programa de educação estética e artística (ProgestArt), concebido e aplicado, potencializa o desenvolvimento estético e a criatividade. Revimos a literatura evidenciando as principais teorias do desenvolvimento estético, estabelecendo inter-relações entre este domínio desenvolvimental e a experiência estética, a criatividade e as abordagens filosóficas. Por outro lado, realizámos uma análise dos principais programas de educação estética e artística clarificando a sua importância para o ProgestArt que foi suportado nas dimensões que compõe o desenvolvimento estético referidas por Parsons (1987/1992). O primeiro artigo adopta uma metodologia sistemática no domínio do desenvolvimento estético, validando um instrumento de análise deste desenvolvimento e constituindo materiais (duas séries de 4 quadros), que possibilitam serem aplicados na investigação mais fundamental e na investigação-acção. No segundo artigo sustentou-se empiricamente a teoria de Parsons (1987/ 1992), verificando se o desenvolvimento se processa do modo como é referido por este autor e tendo em consideração as faixas etárias que menciona. No terceiro estudo pretendemos compreender em que medida o ProgestArt contribui para o desenvolvimento estético e a criatividade. No decurso do programa centrámo-nos no processo, pela observação e registo das dinâmicas interactivas, que possibilitaram explicar os ganhos no desenvolvimento estético e na criatividade. Discutem-se conceitos centrais da psicologia do desenvolvimento estabelecendo pontes entre este desenvolvimento mais global e o desenvolvimento estético, clarificando os mecanismos e processos por que ocorrem. Discute-se, igualmente, a educação estética e artística clarificando os pressupostos da concepção do programa (ProgestArt) e os principais resultados decorrentes da sua aplicação. Menciona-se algumas implicações para o desenvolvimento estético e educação estética e artística e estrutura-se um novo projecto de investigação, de cariz mais fundamental, sustentado nas lacunas que nos parecem existir no domínio em estudo.
- Emergência narrativa e segurança das representações de vinculação no período pré-escolarPublication . Maia, Joana Branco; Veríssimo, ManuelaConstituindo uma das maiores conquistas desenvolvimentais do período pré-escolar, o despontar da competência narrativa espontânea põe em evidência representações mentais da experiência, implicando a atribuição de significados emocionais susceptíveis de serem partilhados e, em última instância, co-construídos. Assinalando a possibilidade de a criança comunicar eventos passados e presentes, bem como expectativas futuras, esta nova capacidade permitir-lhe-á organizar e dar sentidos temporais, causais e avaliativos às suas vivências, simbolizando um passo maior no sentido de poder perceber e regular a sua própria vida emocional (Fivush, 2008). Nos últimos 30 anos, a aceitação desta premissa levou a um aumento significativo na utilização de metodologias de elicitamento de narrativas, apontadas como uma forma válida de estudar a qualidade e a organização dos Modelos Internos Dinâmicos de vinculação. Visando identificar diferenças individuais no modo como as crianças encenam situações relacionadas com a vinculação, o Attachment Story Completion Task (ASCT, Bretherton & Ridgeway, 1990) tem sido utilizado em diferentes culturas, tanto com amostras clínicas como normativas. Contudo, mais estudos são necessários para legitimar a sua validade convergente e discriminante, aspecto dificultado pelo facto de o instrumento não obrigar à utilização de um sistema de classificação único. Dando continuidade à investigação realizada com o ASCT na população portuguesa, os 2 primeiros estudos empíricos apresentados debruçam-se sobre as características psicométricas do instrumento numa amostra normativa de crianças, entre os 3 e os 7 anos. No 1º estudo, os valores de segurança de 159 crianças não apresentaram associações relevantes com variáveis sócio-demográficas familiares, nem com a idade dos participantes. Foi encontrada uma associação positiva, fraca, com o Q.I. verbal, avaliado através da WPPSI-R. Numa sub-amostra de 34 crianças, verificou-se que o valor de segurança global, intra-sujeitos, se manteve moderadamente estável após 11 meses. No 2º estudo as narrativas de 73 crianças foram analisadas, de forma independente, por duas equipas de investigadores, respectivamente treinadas no Sistema de cotação e classificação de Dusseldorf e na Escala de Segurança. A análise associativa dos valores inter-sistemas, mostrou que estes se encontram apenas moderadamente correlacionados. Com base em excertos narrativos, discute-se a possibilidade de os dois sistemas se debaterem com dimensões representacionais distintas, com especial atenção a ser dada à potencial influência do género neste âmbito. No 3º estudo, 38 díades mãe/criança e 27 díades pai/criança participaram, de forma independente, numa tarefa de reminiscência sobre eventos partilhados passados (Fivush & Fromhoff, 1988). Os resultados mostram fortes ligações entre as características elaborativas do estilo narrativo parental e a participação activa da criança na tarefa, com a especificidade relacional a revelar -se um aspecto saliente. Fornecendo suporte empírico a um dos pressupostos principais da Teoria da Vinculação, relativo ao facto de a presença de abertura emocional na relação criança/cuidador constituir um aspecto vital para a organização de modelos internos seguros, a presença de hostilidade na interacção mostrou-se negativamente associada com a segurança das narrativas ASCT concorrentemente produzidas pelas crianças. Os dados sugerem ainda que a elaboração discursiva paterna desempenha, um papel específico, facilitador, neste âmbito, apoiando a tese de que as trocas comunicativas com a figura paterna poderão contribuir para o desenvolvimento das competências de partilha narrativa das crianças pré-escolares com outros parceiros sociais. ---------- ABSTRACT ---------- Being one of the greatest developmental achievements within the preschool period, the beginning of spontaneous narrative competence highlights children’s mental representations of experience, implying the attribution of emotional meanings which are susceptible to be shared and, ultimately, co-constructed. Enabling the communication of past and present events, as well as future expectations, this new capacity will allow children to organize and to give temporal, causal and evaluative meanings to daily happenings, representing a major step towards the abilities of understanding and regulating their own emotional lives (see Fivush, 2008).Over the past 30 years, the accepting of this premise has led to a significant increase in the use of narrative eliciting methodologies, identified as a valid way to study the quality and organization of children’s Internal Working Models. The Attachment Story Completion Task (ASCT, Bretherton & Ridgeway, 1990) was created with the aim of identifying individual differences in how children enact different situations related to attachment. So far, it has been used in different cultures, with both normative and clinical samples. Yet, more studies are needed to legitimize its convergent and discriminative validity, goal that has not been fully accomplished partially due to the fact that the instrument allows researchers to use a great diversity of coding systems. Amplifying the research made with the ASCT in the Portuguese population, the first 2 empirical studies focus mainly on the psychometric characteristics presented by the instrument, when applied to a normative sample of children aged between 3 and 7 years old. In the 1st study, 159 children’s ASCT security showed no significant associations with socio-demographic family variables, neither with participants’ age. We found a positive association, though weak, with the verbal I.Q., assessed with the WPPSI-R. In a subsample of 34 children, it was found that, when considered globally and at the intra-subject level, security remained moderately stable after 11 months. In the 2nd study the narratives of 73 children were analyzed independently by two research teams trained, respectively, in the Dusseldorf Coding and Classification System and in a Security Scale. The associative analysis of the inter-systems values showed that these two systems seem to be only moderately interrelated. Based on narrative passages, it is discussed the possibility that the two systems emphasize different representational dimensions, with special attention being given to gender issues. In the 3rd study, 38 mother/child and 27 father/child dyads participated, independently, in a memory-talk task (Fivush & Fromhoff, 1988). The results show strong links between the elaborative features of parental narrative style and children's active participation in the task, with relational specificity showing to be an important aspect. Providing empirical support for one of Attachment’s Theory most central assumptions (i.e. open emotional communication within the child/caregiver relationship uphold the organization of secure IWM), the presence of hostility in the dyadic interaction was negatively associated with the security of the ASCT narratives concurrently produced. Data also suggest that the elaborative features of fathers’ narrative style play a specific, facilitating, role, in preschoolers’ organization of secure attachment representations. Therefore, support is given to the thesis that communicative exchanges with the father figure may foster preschoolers’ competences regarding narrative sharing with other social partners.
- Emotion regulation in child-mother dyads: A psychobiological approachPublication . Roque, LisaEste trabalho tem como objectivo o estudo da regulação emocional em díades mãe-criança, sob uma perspectiva psicobiológica, ou seja, a análise das relações entre processos internos (temperamento e actividade adrenocortical) e externos (representações de vinculação maternas e comportamentos de base segura das crianças), durante diferentes contextos situacionais (medo, afecto positivo, frustração/raiva) e sociais (constrangimento e envolvimento maternos). Cinquenta e cinco crianças entre os 18 e os 26 meses da idade e respectivas mães participaram neste estudo. As estratégias comportamentais de regulação emocional, a expressividade e intensidade emocionais das crianças foram estudadas através do Paradigma de Regulação Emocional (Diener, & Mangelsdorf, 1999 a, b). Os comportamentos de base segura das crianças e as representações de vinculação das mães foram avaliadas através do “Attachment Behavior Q-Set” (Waters, 1995) e pelas Narrativas de Representação da Vinculação em Adultos (Waters, & Rodrigues-Doolabh, 2004), respectivamente. O temperamento das crianças foi avaliado através do “Bate’s Infant Characteristics Questionnaire” (Bates, Freeland, & Lounsbury, 1979; adaptação portuguesa por Soares, Rangel-Henriques, & Dias, 2009). Finalmente, as respostas adrenocorticais das crianças e das mães foram avaliadas através de amostras de saliva e analisadas através de ensaios de luminoimunoiscência (LIA). Os resultados revelaram que, de um modo geral, as estratégias comportamentais das crianças variaram, significativamente, em função do contexto situacional (as crianças exibiram mais estratégias durante os episódios de afecto positivo e frustração/raiva, em comparação com os de medo) e envolvimento materno. A expressividade emocional das crianças variou em função do contexto situacional (as crianças exibiram maior expressividade emocional, positiva ou negativa, durante os episódios de medo e frustração/raiva e menos durante os de afecto positivo) e de interacções entre a expressividade emocional e o envolvimento materno. A intensidade emocional revelou variações em função de uma interacção entre o contexto e o envolvimento materno. As estratégias comportamentais e a expressividade emocional das crianças também se diferenciaram significativamente em função da qualidade da relação de vinculação às mães. As representações maternas sobre a vinculação além de serem predictoras dos comportamentos de base segura das crianças crianças, também influenciaram significativamente a expressividade e a intensidade emocionais destas. As respostas adrenocorticais das crianças e das mães variaram significativamente, em função da qualidade de vinculação das crianças. As representações maternas sobre a vinculação influenciaram significativamente os níveis de cortisol das mães, assim como os das crianças (de um modo marginal). A qualidade do temperamento das crianças revelou associações significativas com as estratégias comportamentais e com as respostas adrenocorticais das crianças e das mães. Os resultados são discutidos, analisando possíveis implicações, limitações e futuras linhas de investigação. ---------- ABSTRACT ---------- This work studies emotion regulation in child-mother dyads from a psychobiological perspective, particularly, the study of the relationships between internal (temperament and adrenocortical activity) and external processes (mothers’ attachment representations and children’s secure base behaviours), during different situational (fear, positive affect, frustration/anger) and social (mother constrained and involved) contexts. Fifty-five children between 18 and 26 months of age and their mothers participated in this study. Children’s emotion regulation behavioural strategies, emotional expressiveness and intensity were studied through the Emotion Regulation Paradigm (Diener, & Mangelsdorf, 1999 a, b). To assess children’s secure base behaviours and mothers’ attachment representations the Attachment Behaviour Q-Set (Waters, 1995) and the Adult Attachment Representation Narratives (Waters, & Rodrigues-Doolabh, 2004) were used, respectively. Children’s temperament was evaluated by the The Bate’s Infant Characteristics Questionnaire (ICQ), (Bates, Freeland, & Lounsbury, 1979; portuguese adaptation by Soares, Rangel-Henriques, & Dias, 2009). Finally, children’s and mothers’ adrenocortical activity were assessed from salivary cortisol and analyzed through luminoimmunoassay (LIA) kits. Results revealed that overall, toddlers’ regulatory strategies varied as function of emotion-eliciting context (children exhibited more strategies during positive affect and frustration/anger episodes and less during fear episodes) and maternal involvement. Toddlers’ emotional expressiveness varied as function of emotion-eliciting context (children exhibited more emotional expressions either negative or positive, during fear and frustration/anger episodes and less during positive affect episodes) and as result of interactions between emotional expressiveness and maternal involvement. Emotional intensity varied as function of an interaction between context and maternal involvement. Children’s behavioural strategies and expressiveness also differed significantly as function of attachment security to their mothers. Mothers’ attachment representations not only predicted their children’s secure base behaviours, but also influenced their expressiveness and emotional intensity, in a significant way. Children and mothers’ adrenocortical responses were significantly influenced by children’s attachment security. Mothers’ personal attachment representations influenced significantly their own cortisol responses, as well as their children’s (in a marginal significant way). Children’s temperament quality showed significant associations with toddlers’ behavioural strategies and children and mothers’ adrenocortical activities. Possible implications, limitations and future research lines and discussed.
- Estudos sobre a intervenção precoce em Portugal: ideias dos especialistas, dos profissionais e das famíliasPublication . Tegethof, Maria Isabel Silva Chaves de Almeida; Bairrão, JoaquimEste trabalho pretende traçar uma panorâmica geral da situação da intervenção precoce (IP) e da utilização do modelo de intervenção centrado na família (ICF) em Portugal e tentar perceber até que ponto a prática desenvolvida se enquadra num modelo sistémico e bioecológico de prestação de serviços e naquelas que são, neste âmbito, as práticas recomendadas baseadas na evidência. O fenómeno em análise – o desenvolvimento de programas de intervenção precoce dentro de um modelo de intervenção centrado na família – é estudado com base (1) no testemunho de especialistas e de profissionais de intervenção precoce de todo o país (à excepção da região do Algarve), bem como (2) num estudo de caso, com o objectivo, não de demonstrar os efeitos de uma prática com vista à sua generalização, mas de compreender essa prática de uma forma mais descritiva e processual, identificando eventuais áreas a aperfeiçoar. Com este objectivo, desenvolveu-se um estudo exploratório com um desenho de modelo misto paralelo, que recorre em simultâneo a abordagens qualitativas e quantitativas, dentro das várias fases da investigação e que integra dois estudos complementares: O Estudo I – Estudo das Ideias - um estudo qualitativo em que se analisam as ideias de 10 pessoas-chave e de 209 profissionais pertencentes a 39 equipas de intervenção precoce de todo o país, sobre a temática da intervenção precoce, e, em particular, da intervenção centrada na família, assim como sobre a forma como esta está a ser implementada, as dificuldades encontradas, o papel dos profissionais e o papel da família. O Estudo II – Estudo das Práticas - um estudo de caso, de carácter exploratório e descritivo, com um desenho longitudinal transverso, com o objectivo de perceber de que forma o fenómeno em análise - o desenvolvimento de programas de intervenção precoce dentro de um modelo de intervenção centrado na família – é posto em prática num contexto específico e qual o seu efeito junto das famílias. A primeira conclusão que retirámos é que existe uma concordância importante no que diz respeito ao quadro que é possível traçar a partir das informações recolhidas aos três diferentes níveis: especialistas de IP, equipas/profissionais de IP de todo o país (à excepção do Algarve) e estudo de caso. Verificou-se que existe uma assimilação grande em relação aos conceitos teóricos genéricos subjacentes à prática da IP e da ICF, mas dificuldade na sua operacionalização. No entanto, as famílias valorizam as componentes do programa que mais se aproximam da ICF e, de um modo geral, tanto as mães como os técnicos mostram desejar uma participação mais activa da família, mostrando-se os técnicos mais exigentes. O trabalho no sentido de promover o desenvolvimento da criança foi uma componente importante da maioria das intervenções, sendo bastante valorizada pelas famílias. No seu conjunto, constatou-se que as práticas destes profissionais correspondem às principais características da componente relacional das práticas de ajuda centradas na família, mas têm ainda muitas lacunas no que diz respeito à componente participativa dessas mesmas práticas, tais como elas são entendidas dentro do modelo de intervenção precoce de terceira geração, baseado na evidência (Dunst,2000b, 2005a,b). Os aspectos identificados como mais problemáticos são: o envolvimento activo das famílias, a utilização do Plano Individualizado de Apoio àFamília (PIAF), a mobilização e fortalecimento das redes de apoio social da família, nomeadamente, das informais, a constituição de uma rede integrada de serviços e de recursos a funcionar na comunidade, e a intervenção com as famílias de risco ambiental. Detectaram-se, ainda, algumas especificidades na caracterização que foi possível fazer das várias regiões do país (à excepção do Algarve), que seria interessante explorar noutros estudos, utilizando amostras representativas. Na análise das mudanças nas crianças e famílias do estudo de caso, identificadas pelos profissionais e famílias, verificou-se que as intervenções parecem ter tido efeitos positivos no que se refere à criança, mas não introduziram mudanças a nível da família. Esta, no entanto, mostra-se genericamente satisfeita com a intervenção. Desta análise ressaltou, ainda, a necessidade de se intervir de forma diversificada, tendo em conta as características das diferentes problemáticas. Foram ainda realçadas várias áreas possíveis de identificar como necessitando de ser melhoradas, nomeadamente, a nível: da elegibilidade, da utilização do PIAF, da mobilização das redes de apoio social da família, da colaboração sistemática com os outros recursos e serviços direccionados para as crianças dos 0 aos 6 anos e suas famílias, da formação e supervisão dos profissionais e da investigação, tendo sido sugeridas várias hipóteses de pesquisa. No final teceram-se algumas considerações sobre o trabalho desenvolvido e as suas limitações.
- “I’m a teenager and i feel lonely”: Towards identifying the multiple facets and trajectories of lonelinessPublication . Ribeiro, Maria Olívia Moreira; Santos, António José dosLoneliness is currently defined as a negative, painful, and distressful feeling that someone experiences when their relations and their social world is perceived as deficient (Peplau & Perlman, 1982). These feelings are especially salient during adolescence due to the changes and challenges that occur during this developmental period. Given the complex nature of this construct, in the present thesis, our focus was on three relevant aspects: (1) analyze factorial structure and the psychometric characteristics of a multidimensional loneliness measure that considers the different facets of loneliness, (2) examine the possibility of the cooccurrence of the different facets of loneliness, and (3) investigate the stability and changes of loneliness during adolescent years considering three consecutive school years. Adopting the perspective that loneliness is multifaceted, our first aim was to analyze the factorial structure of a loneliness measure, which is RPLQ (Relational Provision Loneliness Questionnaire; Hayden-Thomson, 1989). This measure considers two facets of loneliness (social and emotional) and, simultaneously, the two more important social contexts where these feelings could occur (family and peers). Moreover, it was our intent, establish measurement invariance across sex and age, and establishing discriminant validity. Our results showed substantial support for the construct validity and reliability of the RPLQ. Measurement invariance was established across sex and age, and it was also assumed discriminant validity, provided by the contrast with positive and negative social functioning dimensions in peer group. Studies considering simultaneously the different facets of loneliness and different social relations in which loneliness occurs are lacking. So, in second place, our focus was on the different facets of loneliness in the context of family and peers, and the cooccurrence of them in everyone. Adopting a person-centered approach, our aim was to identify distinct groups of adolescents with similar patterns of social and emotional loneliness within peers and family, and to examine if distinct profiles of loneliness were differently associated with positive and negative features of social adjustment to peer group. Our results revealed two clusters with more adaptative profiles (less-lonely and family-related loneliness) in which adolescents were perceived by peers as having more prosocial behaviors. Two other clusters displayed a more maladaptive profile (more-lonely and peer-related loneliness) in which youths were more likely to be perceived as socially withdrawn, excluded and victimized by peers. Sex differences was found with girls from more-lonely profile showing higher social loneliness related to peers, and social and emotional loneliness related to family context. Finally, longitudinal studies are scarce, and all of them assume that the development process of loneliness was a continuum. So, in third place, our focus was on the stability and changes on loneliness profiles across adolescence. Our aim was to analyze the transitions and transition patterns among the loneliness profiles across the three consecutive school years. Our purpose was to examine the stability and changes in membership profile and examine if there were lasting effects. The association between loneliness and some of its strongest correlates completed our third aim. Our results showed that the less-lonely profile was the more stable, and the More-lonely has the lowest stability. Peer- and Family- related loneliness profiles were moderately stable over time. Even adolescents that showed a tendency to transition to other profiles, they tend to change into a profile with lower loneliness, except for Family-related loneliness profile. Our results also suggest there was a lasting effect of adolescent’s loneliness with those who have a history of this feelings were more likely to be a lonely person later.
- Intervenção precoce: Estudos dos efeitos de um programa de formação parental destinado a pais de crianças com Síndroma de DownPublication . Coutinho, Maria Teresa Perlico Machado Brandão Pereira; Leitão, Francisco Alberto RamosInexistente
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