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Abstract(s)
Loneliness is currently defined as a negative, painful, and distressful feeling that someone experiences when their relations and their social world is perceived as deficient (Peplau & Perlman, 1982). These feelings are especially salient during adolescence due to the changes and challenges that occur during this developmental period. Given the complex nature of this construct, in the present thesis, our focus was on three relevant aspects: (1) analyze factorial structure and the psychometric characteristics of a multidimensional loneliness measure that considers the different facets of loneliness, (2) examine the possibility of the cooccurrence of the different facets of loneliness, and (3) investigate the stability and changes of loneliness during adolescent years considering three consecutive school years.
Adopting the perspective that loneliness is multifaceted, our first aim was to analyze the factorial structure of a loneliness measure, which is RPLQ (Relational Provision Loneliness Questionnaire; Hayden-Thomson, 1989). This measure considers two facets of loneliness (social and emotional) and, simultaneously, the two more important social contexts where these feelings could occur (family and peers). Moreover, it was our intent, establish measurement invariance across sex and age, and establishing discriminant validity. Our results showed substantial support for the construct validity and reliability of the RPLQ. Measurement invariance was established across sex and age, and it was also assumed discriminant validity, provided by the contrast with positive and negative social functioning dimensions in peer group.
Studies considering simultaneously the different facets of loneliness and different social relations in which loneliness occurs are lacking. So, in second place, our focus was on the different facets of loneliness in the context of family and peers, and the cooccurrence of them in everyone. Adopting a person-centered approach, our aim was to identify distinct groups of adolescents with similar patterns of social and emotional loneliness within peers and family, and to examine if distinct profiles of loneliness were differently associated with positive and negative features of social adjustment to peer group. Our results revealed two clusters with more adaptative profiles (less-lonely and family-related loneliness) in which adolescents were perceived by peers as having more prosocial behaviors. Two other clusters displayed a more maladaptive profile (more-lonely and peer-related loneliness) in which youths were more likely to be perceived as socially withdrawn, excluded and victimized by peers. Sex differences was found with girls from more-lonely profile showing higher social loneliness related to peers, and social and emotional loneliness related to family context.
Finally, longitudinal studies are scarce, and all of them assume that the development process of loneliness was a continuum. So, in third place, our focus was on the stability and changes on loneliness profiles across adolescence. Our aim was to analyze the transitions and transition patterns among the loneliness profiles across the three consecutive school years. Our purpose was to examine the stability and changes in membership profile and examine if there were lasting effects. The association between loneliness and some of its strongest correlates completed our third aim. Our results showed that the less-lonely profile was the more stable, and the More-lonely has the lowest stability. Peer- and Family- related loneliness profiles were moderately stable over time. Even adolescents that showed a tendency to transition to other profiles, they tend to change into a profile with lower loneliness, except for Family-related loneliness profile. Our results also suggest there was a lasting effect of adolescent’s loneliness with those who have a history of this feelings were more likely to be a lonely person later.
solidão é normalmente definida como um sentimento negativo, doloroso e angustiante que é experimentado quando as relações sociais de alguém são percebidas como deficientes (Peplau & Perlman, 1982). É um sentimento especialmente saliente durante a adolescência devido às mudanças que ocorrem durante este período do desenvolvimento. A presente dissertação focou-se em três aspetos: (1) analisar a estrutura fatorial e as características psicométricas de uma medida de solidão multidimensional, (2) examinar a possibilidade de coocorrência das diferentes facetas da solidão, e (3) investigar a estabilidade e as mudanças da solidão durante a adolescência considerando três momentos consecutivos de avaliação. Adotando uma perspetiva multifacetada da solidão, o nosso primeiro objetivo foi analisar a estrutura fatorial de uma medida de solidão, que é o RPLQ (Relational Provision Loneliness Questionnaire; Hayden-Thomson, 1989). Esta medida considera duas facetas da solidão (social e emocional) e, simultaneamente, dois contextos sociais importantes onde estes sentimentos podem ocorrer (família e pares). Além disso, foi nossa intenção estabelecer a invariância da medida entre sexo e idade, e estabelecer validade discriminante. Os nossos resultados mostraram a validade do construto e a fiabilidade do RPLQ. A invariância da medida foi estabelecida entre sexo e idade, e também foi assumida validade discriminante, fornecida pelo contraste com dimensões positivas e negativas do funcionamento social no grupo de pares. O nosso segundo objetivo foi identificar grupos distintos de adolescentes com padrões semelhantes de solidão social e emocional nos pares e na família, e analisar se diferentes perfis de solidão estão associados a diferentes características de ajustamento social ao grupo de pares. Os nossos resultados revelaram dois clusters mais adaptativos (sem solidão e solidão no contexto da família) nos quais os adolescentes foram percebidos pelos pares como tendo comportamentos mais pró-sociais. Outros dois clusters exibiram perfis mais desadaptados (com solidão e solidão no contexto dos pares), nos quais os jovens eram percebidos como socialmente retraídos, excluídos e com maior possibilidade de serem vitimizados pelos pares. Diferenças entre os sexos foram encontradas com as meninas do perfil mais solitário, a apresentar maior solidão social na relação com os pares e maior solidão social e emocional no contexto familiar. O nosso terceiro objetivo foi analisar a estabilidade e a mudança, através da transição entre os perfis de solidão, ao longo de três anos letivos consecutivos, verificando também se existem efeitos de precedência. A associação entre solidão e alguns de seus correlatos mais fortes completou o nosso terceiro objetivo. Os nossos resultados mostraram que o perfil menos solitário foi o mais estável, e o mais solitário apresentou menor estabilidade. Os perfis de solidão relacionados a pares e familiares foram moderadamente estáveis ao longo do tempo. No entanto, os adolescentes que mostraram tendência para mudar, tendem a transitar para um perfil com menor solidão, com a exceção do perfil de solidão na família. Os nossos resultados também sugerem que há um efeito de precedência, em que adolescente com um histórico de solidão têm maior probabilidade de se tornarem adultos solitários.
solidão é normalmente definida como um sentimento negativo, doloroso e angustiante que é experimentado quando as relações sociais de alguém são percebidas como deficientes (Peplau & Perlman, 1982). É um sentimento especialmente saliente durante a adolescência devido às mudanças que ocorrem durante este período do desenvolvimento. A presente dissertação focou-se em três aspetos: (1) analisar a estrutura fatorial e as características psicométricas de uma medida de solidão multidimensional, (2) examinar a possibilidade de coocorrência das diferentes facetas da solidão, e (3) investigar a estabilidade e as mudanças da solidão durante a adolescência considerando três momentos consecutivos de avaliação. Adotando uma perspetiva multifacetada da solidão, o nosso primeiro objetivo foi analisar a estrutura fatorial de uma medida de solidão, que é o RPLQ (Relational Provision Loneliness Questionnaire; Hayden-Thomson, 1989). Esta medida considera duas facetas da solidão (social e emocional) e, simultaneamente, dois contextos sociais importantes onde estes sentimentos podem ocorrer (família e pares). Além disso, foi nossa intenção estabelecer a invariância da medida entre sexo e idade, e estabelecer validade discriminante. Os nossos resultados mostraram a validade do construto e a fiabilidade do RPLQ. A invariância da medida foi estabelecida entre sexo e idade, e também foi assumida validade discriminante, fornecida pelo contraste com dimensões positivas e negativas do funcionamento social no grupo de pares. O nosso segundo objetivo foi identificar grupos distintos de adolescentes com padrões semelhantes de solidão social e emocional nos pares e na família, e analisar se diferentes perfis de solidão estão associados a diferentes características de ajustamento social ao grupo de pares. Os nossos resultados revelaram dois clusters mais adaptativos (sem solidão e solidão no contexto da família) nos quais os adolescentes foram percebidos pelos pares como tendo comportamentos mais pró-sociais. Outros dois clusters exibiram perfis mais desadaptados (com solidão e solidão no contexto dos pares), nos quais os jovens eram percebidos como socialmente retraídos, excluídos e com maior possibilidade de serem vitimizados pelos pares. Diferenças entre os sexos foram encontradas com as meninas do perfil mais solitário, a apresentar maior solidão social na relação com os pares e maior solidão social e emocional no contexto familiar. O nosso terceiro objetivo foi analisar a estabilidade e a mudança, através da transição entre os perfis de solidão, ao longo de três anos letivos consecutivos, verificando também se existem efeitos de precedência. A associação entre solidão e alguns de seus correlatos mais fortes completou o nosso terceiro objetivo. Os nossos resultados mostraram que o perfil menos solitário foi o mais estável, e o mais solitário apresentou menor estabilidade. Os perfis de solidão relacionados a pares e familiares foram moderadamente estáveis ao longo do tempo. No entanto, os adolescentes que mostraram tendência para mudar, tendem a transitar para um perfil com menor solidão, com a exceção do perfil de solidão na família. Os nossos resultados também sugerem que há um efeito de precedência, em que adolescente com um histórico de solidão têm maior probabilidade de se tornarem adultos solitários.
Description
Keywords
Social loneliness Emotional loneliness Loneliness development Adolescence Social adjustment Intraindividual characteristics