Psicologia Clínica
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Browsing Psicologia Clínica by Field of Science and Technology (FOS) "Psicologia Clínica"
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- Adolescência, reputação e delinquência: Que relaçõesPublication . Pombeiro, Inês Maymone; Pereira, Maria GouveiaEsta investigação pretende averiguar a existência de correlações entre a dimensão da Reputação, reputação não conformista e a delinquência bem como a existência de uma correlação entre a dimensão da Auto-imagem, auto-imagem não conformista e a delinquência. A amostra era constituída por 130 participantes, 69 raparigas e 61 rapazes, com uma média de idades de 14 anos, a maioria (71%) a frequentar o 8.º ano. As dimensões da Auto-imagem, da Reputação e ainda do Self ideal foram operacionalizadas através de 3 escalas construídas a partir da Escala de Reputação de Gouveia-Pereira (2008) e da Escala de Aumento de Reputação de Carroll et.al (1999) e a delinquência foi medida com a Escala do Desvio e Delinquência de Sanches e Gouveia-Pereira (2010). Foi encontrada uma correlação significativa positiva entre a reputação não conformista e delinquência (r =. 371; p <0.001) e uma correlação significativa negativa entre a reputação conformista (r =-. 271; p <0.001) e a delinquência. Através de uma análise de regressão, verificou-se que foi a reputação não conformista, a variável que apresentou maior poder preditivo sobre a delinquência. Verificou-se também uma correlação significativa positiva entre a auto-imagem não-conformista e a delinquência (r =. 376; p <0.001) e uma correlação significativa negativa entre a auto-imagem conformista e a delinquência (r =-. 251; p <0.001). Através de uma segunda análise de regressão demonstrou-se que é a auto-imagem não conformista a que tem maior poder preditivo sobre a delinquência
- Avaliação da mudança em psicanálise através do método Core Conflictual Relationship theme (CCRT) : Estudo de caso sistemáticoPublication . Salgado , Ana Isabel Manta; Pires, António Augusto PazoA revisão de literatura apresentada centrou-se na evolução da investigação em psicoterapia ao longo do tempo. Pretendeu-se perceber o estado da arte ao nível da investigação em psicoterapia, nomeadamente a investigação ao nível dos processos (aliança terapeutica e conflito) e dos produtos (eficácia e resultados), com o objectivo de perceber o trabalho que foi realizado até à actualidade bem como as lacunas ainda existentes. Por outro lado procurou-se aprofundar e sistematizar conhecimentos, mais concretamente, na área de investigação em psicoterapia psicanalítica. Este capítulo, para além de se constituir como uma revisão de literatura neste vasto campo de investigação serviu também de base para o desenvolvimento de um trabalho empírico de cariz qualitativo sobre a avaliação da mudança nos conflitos básicos ao longo de uma psicanálise.
- Bem-estar subjectivo e percepção da saúde: Quem se sente bem, tem saúde quem tem saúde, sente-se bemPublication . Pereira, Maria Leonor Nunes Alves; Patrão, Ivone Alexandra MartinsRealizou-se um estudo observacional-descritivo transversal com o objectivo de avaliar a relação entre o Bem-Estar Subjectivo e a Saúde, com uma amostra não probabilística, recolhida com efeito de ‘bola de neve’, através de questionários de auto-preenchimento, junto de 264 participantes adultos. Foram utilizados seis instrumentos ainda em processo de validação para a população portuguesa: escala de Satisfação com a Vida (Bertoquini, 2005), escalas de Afecto Positivo e de Afecto Negativo (PANAS) (Bertoquini, 2005) que constituem a avaliação do Bem- Estar Subjectivo; Questionário de Saúde Geral (GHQ 28) (Pais Ribeiro & Antunes, 2003); Escala Visual Análoga (EVA); e Questionário Socio-Demográfico. Todos revelaram bons valores de fidelidade e aplicabilidade transcultural. Os resultados mostram que a relação entre o Bem-Estar Subjectivo e a Saúde é positiva. Os indivíduos com mais Bem-Estar Subjectivo, mais satisfeitos com a vida e com mais afecto positivo, percepcionam-se como mais saudáveis. Contrariamente, os indivíduos que têm mais afecto negativo sentem-se mais doentes. As mulheres percepcionam-se como menos saudáveis que os homens, manifestando queixas somáticas. Os participantes mais satisfeitos com a vida são os que têm um grau académico superior, um nível hierárquico superior e ainda os que são casados. Os resultados revelam que a amostra é saudável e que tem um Bem-Estar Subjectivo de moderado a elevado. Este estudo pode ser útil na actividade regular dos psicólogos no âmbito da saúde, pois pode contribuir para a identificação de factores críticos que intervêm na qualidade de vida dos pacientes.
- Candomblé: Um processo terapêutico?Publication . Santos, Claire; Pereira, FredericoO Candomblé é uma religião afro-brasileira de transe de possessão ritualizado, que apareceu na Europa, especificamente em Portugal, devido ao fenómeno de imigração. O objectivo do presente estudo é reflectir e analisar os processos terapêuticos envolventes no culto do Candomblé, a partir da cosmovisão específica da doença, visto que os seus praticantes encontram uma alternativa terapêutica que visa o bem-estar biopsicossocial. Através do estudo multidisciplinar da revisão de literatura existente e de alguma observação directa da prática do culto em Lisboa, tentou-se descrever todo o seu sistema. O enfoque é colocado na intervenção dos agentes terapêuticos, sendo estes, o chefe de culto e os Orixás, bem como nos processos terapêuticos e mítico-simbólicos respeitantes ao ritual de iniciação e ao ritual de transe de possessão. Assim, esta religião, organizada em torno da manifestação de uma entidade divina no corpo do seu fiel e directamente associado a ela, permite uma fusão entre o sujeito e o transcendente numa linguagem mítico-simbólica. O transe de possessão, induzido pela dança e pela música, é um sistema institucional e um sistema de estados psíquicos. É também visto como uma representação comemorativa e uma manifestação do duplo e da metamorfose (devido ao processo de transformação da personalidade). O processo terapêutico inclui, da mesma forma, o processo de identificação mítica (reflexo da imagem da divindade) e a acção de uma comunidade unida. Este estudo poderá ser uma premissa para eventuais investigações clínicas, visando uma melhor intervenção nas minorias étnicas.
- Cardiopatia congénita – uma patologia da relação? Implicações psicológicas da doença ao nível da relação primária e construção da identidadePublication . Chipper, Filipa De Oliveira Tomaz; Germano, Helena Maria de JesusNós temos dois tipos diferentes de nascimento/formação: a germinação física no útero da mãe; a germinação psicológica no “útero mental” do objecto de relação, segundo Coimbra de Matos (2003). Attachment e bonding estão consequentemente correlacionados de uma forma positiva e reforçam-se um ao outro, sendo a força do bonding (mãe-bébé) a determinar a força do attachment (bébé-mãe) e este também aquele que desperta o attachment. Coloca-se então a seguinte questão: Como é que este feto cresceu no “útero mental” materno e como é que este foi imaginado, construido e pensado? O objectivo principal deste estudo é o levantar de questões e a construção da história de vida, de um ponto de vista relacional, da criança com cardiopatia congénita. Desde o momento de concepção, seguido do diagnóstico, respectivo tratamento médico, prognóstico e retorno a um mundo relacional. Tendo em conta que o coração é o orgão humano que carrega maior conotação emocional, relacional, espiritual, social e cultural, nós tentamos perceber tendo em consideração a teoria psicosomática, e as teorias de attachment e bonding, as implicações psicológicas da doença na relacao mãe-bébé, na expressão de afectividade e na construção da identidade. Tentámos também confirmar se esta patologia pode ser explicada através da teoria psicossomática e tentou-se reforçar a importância da vida no útero e da psicologia do feto. De forma a alcançar estes objectivos conduzimos um estudo de dois casos, ambos de cardiopatia congénita, um assintomático (Ana, 5 anos de idade) e outro sintomático, com necessidade de transplante cardíaco (João, 9 anos de idade). Os instrumentos de investigação utilizados foram o desenho livre, a prova projectiva de Rorschach e a entrevista clínica. Em ambos os casos verificou-se uma falência na relação mãe-feto/mãe-bébé imaginário. Ambas as mães assumem comportamentos de risco durante a gravidez (fumar e consumo excessivo de álcool). Denota-se também um abandono fisíco numa das díades, o que confirma uma falha inicial na primeira relação (bonding) e na outra díade parece existir uma falta de disponibilidade mental para pensar sobre a criança e lhe oferecer o contentamento emocional necessário (“abandono psicológico”).
- Coping e sobrecarga nos cuidadores informais de pessoas com doença de AlzheimerPublication . Delgado, Marisa Mercês; Patrão, Ivone Alexandra MartinsO objectivo deste estudo foi o de conhecer as relações existentes entre as estratégias de coping utilizadas pelos cuidadores informais de pessoas com Alzheimer e o nível de sobrecarga experienciado pelos mesmos. Foram inquiridos 62 cuidadores informais, 32 do sexo feminino e 30 do sexo masculino. A média de idades é 49,89 e desvio-padrão 20,25. Foi utilizado um questionário sócio-demográfico, e também o Índice de Barthel (Mahoney & Barthel, 1965) para medir o grau de dependência da pessoa com doença de Alzheimer, o Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal (Martins, Ribeiro & Garrett, 2003) para medir o nível de sobrecarga, e o Brief COPE (Carver, 1997) para medir as estratégias de coping mais frequentemente utilizadas. Quanto aos resultados obtidos, existe uma correlação directa entre a estratégia de coping Desinvestimento Comportamental e a Sobrecarga Financeira, e ainda com a subescala Implicações na Vida Pessoal. A estratégia mais utilizada pelos cuidadores inquiridos é a Reinterpretação Positiva (M= 3,56) e a menos frequente é a Uso de Substâncias (M= 1,19). Os cuidadores que mais utilizam a Reinterpretação Positiva são os que são cuidadores há menos tempo. Não existem elevados níveis de sobrecarga nos cuidadores inquiridos. Conclui-se que os cuidadores que têm mais dificuldades económicas desistem mais rapidamente de melhorar a sua situação, e também aqueles cujas vidas e planos mais foram alterados pela situação, são mais propensos a desistir dos seus planos e objectivos. Os que se tornaram cuidadores mais recentemente têm mais facilidade em lidar com a situação, pelo que a duração do cuidado parece ter um papel importante na sobrecarga experienciada.
- Crenças e Atitudes dos estudantes de Enfermagem, Engenharia e Psicologia acerca da violência domésticaPublication . Mendes, Ema Rute Barros; Cláudio, VictorINEXISTENTE
- Destruir – (Re)Construir: A reparação simbólica numa aplicação conjunta – Rorschach entre mãe e filhoPublication . Pereira, Margarida da Silva Ferro Costa; Marques, Maria EmíliaNeste estudo considerámos fundamental analisar os processos psíquicos de reparação, enquanto movimentos inerentes e presentes em todo o funcionamento e psiquismo humano, que se manifestam num início precoce e se desenvolvem ao longo da vida. Temos como base as concepções de Houzel sobre a reparação simbólica, desenvolvidas a partir de um referencial kleiniano, pós kleiniano, e o modelo bioniano do desenvolvimento do pensamento e crescimento mental. Para aceder ao nosso objecto de estudo, utilizaremos o método Rorschach, numa lógica de aplicação conjunta a mãe e filho, possuindo este possibilidades profundas de acesso ao mundo interno dos sujeitos, numa dialéctica de comunicação, relação, simbolização e recriação dum novo objecto, procurámos alargar novas potencialidades deste instrumento com elaboração de determinados procedimentos de análise, com vista à reflexão dos processos psíquicos de reparação simbólica nas narrativas interligadas, relacionadas e criadas por mãe e filho. Encontrámos assim, na dinâmica projectiva conjunta, movimentos de procura de transformação e reparação, e simultaneamente outros símbolos paralizantes, de destruição, sempre que a dor mental se manifestava demasiado dolorosa, não podendo ser significada, transformada e reparada.
- Dizer adeus com o primeiro abraço: As vivências dos psicoterapeutas face ao fim dos processos psicoterapêuticosPublication . Duarte, Belina Neves de Oliveira; Leal, Isabel PereiraA presente investigação procura responder à questão “o que significa e como vivenciam os terapeutas o fim dum processo psicoterapêutico?”, assente na metodologia de investigação qualitativa fenomenológico-hermenêutica de Van Manen (1990) que combina, de forma dialéctica, a preocupação fenomenológica pela descrição dos fenómenos com a interpretação hermenêutica. A amostra é constituída por 9 co-investigadores: psicoterapeutas com experiência clínica, de supervisão e psicoterapia pessoal. Com o intuito de investigar as sua perspectivas acerca do fim dos processos terapêuticos foi elaborado um questionário com perguntas abertas. As vivências dos psicoterapeutas face a duas situações distintas, de fim consensual e não consensual, são sistematizadas de acordo com 4 dimensões transversais emergentes da análise compreensiva e temática dos dados: “visão do cliente”, “balanço da psicoterapia”, “tomada de decisão” e “vivido emocional”. As variações dentro destas dimensões são apresentadas nas sínteses descritivas das 3 estruturas fundamentais encontradas: “Honrar a Relação”, “Falência do Projecto” e “Crise do Nós”. Os temas essenciais que caracterizam as vivências do fenómeno são apresentados e ilustrados com citações provenientes dos testemunhos dos co- investigadores. O fenómeno está omnipresente na prática psicoterapêutica dos co- investigadores. A forma como é vivido mudou com o aumento da experiência clínica: é percorrido um caminho de aceitação, de desenvolvimento pessoal e de reconhecimento da alteridade do outro, e alcançado um maior senso de tranquilidade e segurança. Para a maioria dos co-investigadores esta temática foi contemplada de forma superficial nos seus cursos de especialização em psicoterapia, e examinada em casos específicos na supervisão. Os co-investigadores sugerem a criação módulos/seminários de formação teóricos e experienciais explicitamente dedicados ao término dos processos psicoterapêuticos. Os resultados da investigação são comparados com a literatura de investigação existente e com a perspectiva fenomenológico-existencial. Algumas implicações para a prática psicoterapêutica são tentativamente feitas. São também abordadas as limitações do presente estudo e propostas novas linhas de investigação.
- Espontaneidade e impulsividade: Definições, avaliação e relações mútuasPublication . Silva, Nuno Afonso Madureira Valadas Azevedo e; Gonzalez, António José César de AlmeidaA espontaneidade é um constructo central na obra de Moreno. Apesar disso, persiste ainda hoje, alguma indefinição, a que não é alheia, não só a sua complexidade, como também, a dificuldade de avaliação pela investigação empírica. Por outro lado, existe também alguma falta de clareza quanto à sua relação com outros constructos, nomeadamente o de impulsividade. O objectivo deste estudo é avaliar a relação entre espontaneidade e impulsividade, contribuindo para o esclarecimento da sua distinção. A nossa hipótese foi a de que não existe relação estatisticamente significativa entre os níveis de espontaneidade e os de impulsividade. Os instrumentos utilizados para avaliar a espontaneidade e a impulsividade foram, respectivamente, o SAI-R (Kipper, 2005) e a sub-escala N-5 da dimensão Neuroticismo do NEO-PI (Costa & McCrae, 1989, versão portuguesa, Lima & Simões, 1997). Neste estudo participaram 90 sujeitos, com idades compreendidas entre 19 e os 65 anos, sendo a média 29 anos (M = 28.59, S.D. =10.99). A selecção dos participantes foi feita através do método de amostragem por conveniência. Os valores obtidos, apontando para a inexistência de uma relação estatisticamente significativa (p=0,063) entre os dois constructos, vieram, não só, confirmar a nossa hipótese de estudo como, também, proporcionam um suporte empírico à proposição teórica de Moreno no que diz respeito a esta questão.