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- Literacia da informação: O primeiro degrau para a ciência abertaPublication . Antunes, Maria Da Luz; Sanches, Tatiana; Lopes, CarlosIntrodução – No ensino superior, bibliotecários e professores têm desenvolvido estratégias para apoiar o desempenho académico dos estudantes, particularmente no respeitante às competências de literacia da informação, as quais são consideradas como uma poderosa ferramenta de intervenção na esfera da produção do conhecimento. Também a Ciência Aberta, centrada no eixo pesquisar fontes abertas/organizar dados abertos/publicar em acesso aberto, sobrevive das mesmas competências e dos mesmos saberes. Objetivos – O objetivo deste estudo é fazer uma reflexão sobre a missão das bibliotecas de ensino superior e o seu contributo para a Ciência Aberta, enquanto fonte e resultado da investigação científica, do ensino e da aprendizagem, através do fornecimento de competências de literacia da informação. Métodos – Revisão da literatura sustentada nos eixos da literacia da informação e da Ciência Aberta, compreendendo: a) seleção de três estudos de caso, desenvolvidos por bibliotecários e bibliotecas de ensino superior em Portugal no fomento de boas práticas e no fornecimento de competências que envolvam o saber pesquisar, selecionar, avaliar e utilizar a informação; b) seleção de um programa europeu de formação para doutorados e investigadores sobre literacia da informação e seu impacto na Ciência Aberta. Resultados/Conclusões – Os três estudos, desenvolvidos em comunidades académicas, apontam para: a) a necessidade de orientar a aprendizagem individual dos estudantes com a aprendizagem guiada por um docente; b) as competências de literacia da informação devem ser incluídas e desenvolvidas nos planos de estudo; c) a literacia da informação está associada ao ciclo de produção, comunicação, recuperação e utilização do conhecimento. O desenho curricular do programa FOSTER segue o mesmo conceito de formação de profissionais autónomos, reflexivos e críticos, à semelhança dos estudos de caso apresentados, capacitando doutorandos e investigadores para a investigação e para a divulgação dos dados científicos em acesso aberto. A literacia da informação, em conclusão, assume-se como uma ferramenta de aprendizagem essencial para o desenvolvimento da Ciência Aberta, potenciando o entendimento crítico dos conteúdos, a par do desenvolvimento e do progresso da investigação.
- Relações Intergeracionais: As crenças e o envolvimento dos avós na relação avós-netos.Publication . Teixeira, Verónica Morais Costa Gomes; Leal, Isabel PereiraSer avô/ó é um papel que cada vez mais pessoas desempenham e por um maior período de tempo. Como tal, é necessário compreender as crenças que estas pessoas têm enquanto avós sobre a relação avós-netos. O presente estudo propõe-se a avaliar essas mesmas crenças bem como determinar as características do envolvimento destes com os seus netos, de acordo com algumas variáveis sociodemográficas como a idade, o género, o estado civil, entre outras. A amostra é não probabilística por conveniência constituída por 178 avós residentes em Portugal, 53 elementos do sexo masculino e 125 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 44 e os 91 anos. Não existindo instrumentos específicos para avaliar as variáveis em estudo, o instrumento foi todo ele construído de raiz. Este é um estudo com um desenho exploratório, descritivo correlacional tendo sido utilizados os testes estatísticos Coeficiente de Correlação de Pearson, Spearman e a ANOVA One-Way para medir os resultados e validar a escala de crenças dos avós sobre a relação avós-netos. No geral, os resultados indicam que as variáveis socioeconómicas não interferem nos níveis de envolvimento entre avós e netos e que as crenças mais realçadas por estes estão associadas ao papel instrumental dos avós. Verifica-se também, que, após validação da escala, as dimensões em análise são “Papel dos avós”, “Regras”, “Direitos dos avós” e “Confronto”.
- Criar uma área em Jardim-de-infância partindo do interesse das criançasPublication . Tomaz, Joana; Gomes, Elisabete XavierO mundo do faz-de-conta é para a criança um mundo próprio sem limites capaz de a fazer viver e reviver diversas situações. A brincadeira é sem dúvida um meio por onde ela consegue exteriorizar e ter a oportunidade de usufruir deste momento, podendo ser qualquer personagem, ou poder atribuir as suas representações a qualquer objeto, sem qualquer tipo de juízo de valor. É através da observação que se torna possível captar as mensagens das crianças. Tendo sido com base nesta leitura que através de um registo realizado em contexto de estágio a uma situação de uma brincadeira do faz-de-conta na área da casinha, que detetei os interesses de um grupo de cinco crianças por este tema. Foi então numa fase posterior, desenvolvido com o grupo geral de crianças, um projeto que teve como propósito a criação de uma área do faz-deconta. O subdomínio do jogo dramático/teatro entra na vida da criança desde uma fase muito precoce e vai evoluindo à medida que ela ultrapassa diferentes etapas de desenvolvime nto. Neste sentido foi desenvolvido o projeto teve como intuito ser construída uma peça central para ser o elemento principal de uma nova área de uma sala de jardim-de-infância de forma a que esta se tornasse uma área móvel capaz de se interligar com todas as outras áreas. Palavras
- O efeito mediador do Work-Life Balance na relação entre Cultura de Work-Life Balance e Cognições De TurnoverPublication . Carrola, Matilde da Silva Neves e Reis; Ribeiro, Rui BártoloA presente investigação tem como objectivo não só estudar a relação entre a work-life balance culture e as cognições de turnover dos trabalhadores, como também compreender a existência de um efeito mediador da percepção que os indivíduos têm do seu próprio work-life balance nesta relação. As hipóteses de investigação especulam que (1) a work-life balance culture terá um efeito negativo nas cognições de turnover e (2) um efeito positivo na percepção de work-life balance, bem como que (3) esta percepção terá um efeito negativo nas cognições de turnover e (4) um efeito mediador na relação entre a work-life balance culture e as cognições de turnover. De forma a medir o work-life balance utilizou-se a Work-Life Balance Self-Assessment Scale adaptada por Hayman. A work-life balance culture foi medida através da Work-Life Balance Culture Scale proposta por Nitzsche et al. (2014). E as Cognições de Turnover foram medidas através da escala proposta por Bozeman e Perrewé (2001). O estudo contou com 115 participantes de várias nacionalidades que participaram voluntariamente através do preenchimento de um questionário online formulado em Inglês. Os resultados confirmam que a work-life balance culture influencia negativamente as cognições de turnover e positivamente a percepção de work-life balance dos participantes (pelo menos parcialmente, pois não foi encontrada uma correlação estatisticamente significativa com uma das dimensões da variável work-life balance). Obteve-se também uma confirmação parcial de que a percepção de work-life balance influencia negativamente as cognições de turnover visto que apenas uma das dimensões da variável preditora teve um efeito significativo. Especificamente o work-life enhancement dos colaboradores provou ser um grande redutor das suas cognições de turnover. Quanto ao efeito mediador do work-life balance, também apenas uma das dimensões desta variável teve um efeito significativo que demonstrou, no entanto, ter um efeito mediador total na relação em estudo, passado assim esta relação a ser indireta.
- Programa de intervenção na área da leitura e da escrita com uma criança com trissomia 21Publication . Cardoso, Miriam da Cunha; Martins, Margarida AlvesO nosso objetivo principal foi o de construir e avaliar um programa de intervenção que contribuísse para a evolução da aprendizagem da leitura e da escrita de um aluno com Trissomia 21, com 7 anos de idade a frequentar o 1º ano de escolaridade. Trata-se de um estudo de caso, em que avaliámos os conhecimentos da criança antes da intervenção, delineámos e implementámos um programa com 14 sessões na área da leitura e da escrita, tendo em conta as suas motivações e interesses e avaliámos de novo os seus conhecimentos após a intervenção. Tentámos sempre motivar o aluno, através de materiais construídos semana após semana para o programa de intervenção individualizado, com a leitura de palavras retiradas dos diferentes livros que o aluno foi escolhendo ao longo das sessões. Apresentamos uma descrição exaustiva de todas as sessões do programa. Uma análise qualitativa sobre as diferenças entre a avaliação inicial e final demonstrou a eficácia do programa desenvolvido na evolução das competências de leitura e de escrita do aluno.
- Feelings as direct information of our action capabilitiesPublication . Rosa, Cristina Fonseca; Garcia-Marques, TeresaA percepção destinada a guiar a ação é um processo ativo e contínuo em que os atores ressoam suas características corporais para medir constantemente as relevantes propriedades físicas do meio ambiente. Ao invés de serem guiadas por nossas crenças, nossas ações são guiadas por affordances. Ou seja, as oportunidades de ação que emergem do sistema atorambiente e que são limitadas pelas nossas capacidades de ação - os limites dinâmicos do nosso corpo que estão intrinsecamente relacionados aos estados morfológicos, fisiológicos e psicológicos do corpo. Aqui analisamos as evidências que demonstram que somos sensíveis e que acessamos informações sobre nossos limites de ação para antecipar ou realizar ações reais. Nosso objetivo é entender como os atores são informados sobre seus próprios limites de ação quando uma oportunidade de ação emerge. Por exemplo, como os atores que rastreiam visualmente uma bola a reduzir o tamanho são informados de que o tamanho da bola se encaixa (ou não) nas mãos quando estimando a agarrabilidade da bola? Nesta tese abordamos diretamente a hipótese de que os sentimentos que surgem como parte de qualquer processo cognitivo são integrados como informações não-visuais sobre nossos limites de ação. Assumindo a perspectiva da incorporação (a integração da informação sensório-motora como moldando e integrando a cognição), combinamos dois quadros teóricos distintos e relevantes para investigar nossa hipótese: a teoria das affordances (Gibson, 1979) e a abordagem do sentimento-como-informação para o julgamento e tomada de decisão (Clore, 1992; Schwarz & Clore, 1983). A primeira teoria torna claro como as capacidades de ação estão intrínsecamente relacionadas à nossa percepção do entorno em termos de possibilidades de ação. A segunda abordagem mostra como sentimentos positivos e negativos informam o processamento em termos de custos e benefícios quando na interação com o contexto. Em três artigos, testamos se os sentimentos informam nossas capacidades de ação. No primeiro artigo, examinamos se os casos anedóticos que sugerem a decisão dos atletas com base em sentimentos apresetam suporte fenomenológico. Em um estudo de campo que aplicou o método correlacional, encontramos evidências de que peritos jogadores de futsal se reconhecem como confiando em sentimentos em contraposição à experiência de pensamento deliberativo, principalmente em situações de jogo categorizadas por eles como imprevisíveis, complexas e dinâmicas. No segundo trabalho, iniciamos nossa série de investigações de laboratório, primeiro rastreando a atividade muscular do corrugador e do zigomático (índice de experiência afetiva negativa e positiva) numa configuração de capacidade de ação. Os resultados indicam que uma experiência de negatividade parece ser subjacente às estimativas baseadas em ações, uma vez que o músculo corrugador é ativado somente quando os atores precisam realizar acoplamento perceptual-motor para eventos dinâmicos, mas não quando eles apenas apreendem os mesmos eventos. Em adição, uma manipulação subliminar de primação afetiva indica que esse resultado não se deve apenas ao processo atencional. No terceiro artigo, replicamos a manipulação afetiva e, mais uma vez, descobrimos que ela promove mudanças confiáveis nos limites de ação percebidos pelos participantes. Isso ocorreu especialmente quando restringimos o tempo e os movimentos do corpo. Juntos, esses achados sugerem que os sentimentos têm um papel nas estimativas baseadas em ações e em nossos limites de ação percebidos. Estes dados estendem a abordagem do sentimento-como-informação aos julgamentos que acoplam percepção-ação. Estudos futuros devem esclarecer melhor a natureza desse papel.