CIE-ISPA Actas de reuniões cientificas
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- Análise da estrutura de participação colaborativa em tarefas de "escrita encadeada"Publication . Madeira, Maria Leocádia Ferreira Sales Ribeiro; Montanero, ManuelO principal objetivo deste estudo empírico é investigar algumas caraterísticas da interação entre pares, em tarefas de escrita encadeada, com alunos do 4º ano, do 1º ciclo do Ensino Básico. O método de investigação centrou-se na obtenção de informação qualitativa do discurso colaborativo registado nas transcrições verbais de das atividades de discussão entre pares em duas tarefas de escrita sequencializada, com e sem apoio de um sistema externo de representação (tabela narrativa). Nas transcrições registaram-se 273 mensagens no total, agrupados em configurações conversacionais IRA e IRF. Os resultados mais relevantes põem em evidência os processos de interação estao fortemente condicionados pelo tipo de recurso de apoio ministrado. Os pares que trabalharam com o apoio da tabela narrativa registaram uma maior quantidade e qualidade de intercâmbios comunicativos, sobretudo muito mais iniciações. O guião esquemático gerou tamben um número muito maior de feedbacks estruturais e gramaticais do que a condição sem apoio. Discutem-se as implicações científicas e educativas destas e de outras conclusões e analisam-se futuras linhas de investigação.
- Regulação das emoções e padrões de aprendizagem em adolescentes: Um estudo com o REQ-2Publication . Machado, Teresa Sousa; Pardal, AnaA investigação psicológica tem mostrado renovado interesse pelo estudo da regulação das emoções e suas implicações desenvolvimentais, referindo a necessidade de criar instrumentos de avaliação de estratégias de regulação das emoções, para diferentes idades. Em contexto escolar a regulação das emoções tem sido menos estudada, embora ela seja essencial para a adaptação ao meio académico (quer na vertente inter-relacional, como na adopção de estratégias para fazer face ao estudo e avaliações). Apresentamos um estudo das relações entre a percepção de estratégias de RE (avaliadas com a versão portuguesa do REQ-2) e dois padrões de aprendizagem (“auto-eficácia académica” e “autojustificação para o insucesso”, operacionalizados na PALS, com uma amostra de 240 adolescentes, com idades entre 12 e 15 anos (M=13.79; DP=1.7; 53.9% raparigas, 45.6% rapazes), selecionada por método não probabilístico por conveniência. O uso de estratégias de RE funcionais internas/externas correlaciona-se positivamente com maior auto-eficácia académica percepcionada; e o uso de estratégias de RE disfuncionais internas/externas correlaciona-se positivamente com estratégias de auto-justificação do insucesso. Análises de regressão sugerem a influência das estratégias de RE reportadas no uso dos padrões de aprendizagem analisados. O recurso a instrumentos como o REQ-2 pode ser útil na promoção da consciencialização, pelos adolescentes, das estratégias de RE a que a que recorrem, permitindo uma auto-reflexão guiada acerca da sua (in)adequação.
- Análise psicolinguística dos erros de leitura em crianças do 1º ao 4º ano de escolaridadePublication . Simões, Edlia Alves; Martins, Margarida AlvesA investigação sobre leitura indica a importância de se avaliar a leitura oral de palavras. Esta avaliação permite caracterizar os erros de leitura no sentido de identificar as estratégias que lhes subjazem e assim compreender o processo de aquisição da leitura. O presente estudo teve como objetivo uma análise psicolinguística dos erros de leitura de crianças a frequentar do 1º ao 4º ano de escolaridade, no caso específico da ortografia portuguesa, que se caracteriza como uma ortografia semitransparente. Foi administrada uma prova de leitura oral de palavras, constituída por 17 itens em que são contempladas a maioria das correspondências grafema-fonema da ortografia portuguesa. Os erros foram categorizados em duas grandes categorias: fonológicos e lexicais. Os erros fonológicos foram divididos em 5 subcategorias: erros de substituição, adição, supressão, acentuação e inversão. Os resultados mostraram uma evolução da acuidade de leitura do 1º ao 4º ano. Os erros fonológicos diminuem ao longo da escolaridade e os lexicais aumentam do 1º para o 2º ano, estabilizando em seguida. Os erros que ocorrem com maior frequência em todos os anos são os de substituição. Contudo, o padrão de tipos de erro do 1º ano apresenta-se diferente do padrão dos restantes anos. Uma análise qualitativa permitiu identificar as estratégias utilizadas pelas crianças ao longo da escolaridade na tentativa de resolução de diversos casos problemáticos da leitura do português. São analisadas as implicações educacionais destes resultados.
- Building instruments to understand minds and cognition in european schoolsPublication . Figueiredo, Sandra; Martins, Margarida Alves; Silva, MThis study will examine the validity and prevalence of specific language tasks to differentiate 108 second language (L2) learners, considering two main factors: the socioeconomic background and the instruction in first language (L1). All the tasks were developed for the first levels of proficiency (A2-B1, according to European benchmarks), and applied to a large sample of diverse Portuguese students (immigrants with origin in several continents). Four tasks administered are incorporated in a 15-test diagnostic. The tasks were administered between 2013 and 2014, in Lisbon schools, and were disposed on paper and on a computer screen one at a time. Data will be presented regarding the following items: verbal analogies, recall task, and cognates. Hypothesis 1: home environment has impact for tasks performance in L2, attending to employment situation and families’ economic stability identified through the professional situation of two-parent families and attending to their job skills (graduate and nongraduate). Hypothesis 2: depending on the L1 continued instruction, immigrant students have different cognitive and linguistic output. The results confirmed the hypothesis that students from low-income immigrant families experienced worst performance in general tasks, and individuals with L1 support were good performers compared to other with no home language continued instruction. Implications will be discussed considering that students from limited socioeconomic families, and the additional factor of no L1 continued instruction, have more failure at school and they experience more difficulty to adjust to daily social activities.
- Escritas inventadas: Comparação de dois programas de intervenção que agem na zona proximal de desenvolvimentoPublication . Silva, Ana Cristina; Almeida, TiagoA aquisição do princípio alfabético tem sido relacionada com a evolução das escritas inventadas. Alves Martins et al. (2013, 2014), e Oulette et al. ( 2013) levaram a cabo estudos de intervenção com impacto nos progressos das escritas inventadas e no desenvolvimento de competências precoces de leitura. Os programas de intervenção destes autores seguem de perto princípios de instrução Vygostianos, pois ambos actuam na zona proximal de desenvolvimento, usando, contudo, diferentes metodologias quanto à forma de transmitir feedback à criança relativamente às versões iniciais de escrita infantil e no que concerne à existência de interacções sobre o escrito, que só acontece no paradigma de Alves Martins et al. (2014). Pretende-se assim comparar o efeito dos dois programas de treino (Alves Martins, Salvador, Albuquerque & Silva, 2014; Ouellette, Sénéchal & Haley, 2013) na qualidade das escritas inventadas e na leitura precoce. Participaram neste estudo 60 crianças de idade pré-escolar, cujas escritas não representavam ainda os sons, tendo sido distribuídas por 3 grupos, 2 experimentais e um de controlo, equivalentes quanto à idade, inteligência, nº de letras conhecidas e consciência fonológica. Entre o pré e o pós teste, as crianças dos 2 grupos experimentais participaram num dos programa de intervenção de escritas inventadas de acordo com um dos paradigmas referenciados. Os resultados apontam para a superioridade da metodologia de Alves Martins et al (2014), tanto ao nível da qualidade das escritas inventadas como na leitura precoce.
- O voluntariado e a satisfação com a vida: Um estudo exploratório com estudantes universitáriosPublication . Martins, Cátia; Silva, José Tomás; Jesus, Saul Neves deO voluntariado é definido, entre outros aspetos, enquanto comportamento não obrigatório, mantido ao longo do tempo, sem expetativa de recompensa monetária e que beneficia pessoas não próximas. Muitas vezes implica custos psicológicos e sociais aos voluntários, sublinhando-se assim as consequências advindas da sua participação neste tipo de atividades, quer a um nível instrumental quer na avaliação da satisfação com a vida. Neste sentido, o presente estudo analisou o contributo da participação em atividades de voluntariado na avaliação da satisfação com a vida em jovens estudantes universitários. Participaram 401 estudantes do ensino superior, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, essencialmente do sexo feminino (73,6%), dos quais 32,4% participava em atividades de voluntariado, na sua maioria de âmbito social (53.8%). Com base nos resultados encontrados, concluiu-se que o ser-se voluntário é dos fatores em estudo que mais contribui para os níveis de avaliação da satisfação com a vida destes estudantes universitários. São tecidas implicações investigativas e interventivas considerando, entre outros aspetos, a relevância da satisfação com a vida e do voluntariado nos projetos de vida dos sujeitos.
- Testemunhas de bullying no ensino fundamental numa escola do nordeste brasileiroPublication . Carita, Ana; Macedo, Ana CristinaPotenciar intervenção educativa sustentada foi uma das motivações da pesquisa, que tomou como foco o papel das testemunhas de bullying em contexto escolar: Podem elas ser consideradas aliados na prevenção do bullying? Definiramse como objetivos identificar os papéis por elas adotados em situação e a sua posição relativa, bem como verificar a relação entre o papel e variáveis de caracterização (idade, género, escolaridade, experiência prévia), clima escolar (tipo, frequência e gravidade do bullying) experiência da situação (tipo de bullying e emoções). Esperou-se que o clima escolar, se definido com elevada frequência de bullying, ao potenciar habituação, comprometesse a ajuda às vítimas (H1) e se reconhecido como danoso para estas gerasse empatia e ajuda à vítima (H2). Esperou-se, ainda, verificar relação positiva entre emoções como o medo e o prazer em observar e a não ajuda à vítima (H3, H4). Participaram na pesquisa 240 estudantes da 6ª à 9ª séries, de ambos os géneros, entre 11 e 16 anos, a maioria com experiência direta e diversificada de bullying. Frequentavam uma escola localizada num bairro periférico e problemático de uma cidade do nordeste brasileiro. Os principais resultados mostram (i) igual distribuição nos papéis observador e apoio à vítima e representação residual de apoio aberto ao agressor; (ii) não confirmação das H1 e H2; (iii) verificação parcial das H3 e H4. Os resultados aconselham intervenções no continuum preventivo, multidimensionais (dimensões afetiva, moral, social e cívica), destinadas a toda a população estudantil e articuladas a ações interinstitucionais na escola toda e na e com a comunidade.
- Crianças em situação de risco social – A perceção dos docentesPublication . Martins, Maria José D.; Figueira, Ana CristinaEsta investigação teve como principais objetivos: conhecer a frequência de alunos em situação de risco social, a frequentar o ensino Básico de um concelho situado no Alto Alentejo e identificar o tipo de risco que poderão estar viver, a partir das perceções dos seus docentes. A investigação pretendia ainda estabelecer a relação entre o risco percebido e variáveis como o género, ciclo de escolaridade; insucesso escolar; apoios sociais. Para o efeito adaptou-se o questionário para deteção de crianças em situação de risco social constituído por 4 subescalas: maltrato ativo, negligência, problemas emocionais, e condutas antissociais, e aplicou-se a todos os professores titulares do 1.º ciclo e a todos os diretores de turma dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico. Cada um dos 15 docentes respondia a tantos questionários quantos os seus alunos. A amostra alvo correspondia a toda a população escolar dos três ciclos do ensino básico desse concelho, ou seja, os questionários reportavam-se a 232 alunos, com idades entre os 6 e os 18 anos. Os resultados obtidos permitem concluir que as situações de risco social mais frequentes eram a pobreza e as carências socioeconómicas dos alunos e suas famílias. Verificou-se também que as crianças percecionadas como estando em situação de maior risco social tinham mais insucesso escolar e eram beneficiários de ação social escolar. Os alunos do 3.º ciclo foram percebidos como estando em maior situação de risco social comparativamente aos outros.
- Disrupção escolar, desempenho académico, regulação para a aprendizagem e clima de sala de aula em matemática: Que relações?Publication . Jesus, Tatiana Raquel Augusto de; Monteiro, VeraEste estudo teve como objectivo analisar a relação entre comportamentos disruptivos, desempenho académico, regulação para a aprendizagem e percepção de clima de sala de aula em alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico, tendo como interesse particular a disciplina de Matemática. Para tal, participaram 147 alunos com idades compreendidas entre os 11 e os 16 anos. Os instrumentos por nós utilizados foram três escalas com o intuito de analisar estas variáveis no contexto da sala de aula de Matemática, nomeadamente: “Escala de Disrupção Escolar Professada - EDEP”, “Na Sala de Aula de Matemática” e “Porque é que faço as coisas?” A partir dos resultados obtidos neste estudo constata-se que: os alunos que se percepcionam como menos disruptivos apresentam uma regulação para a aprendizagem mais intrínseca, revelam ter uma percepção do clima de sala de aula mais positiva e têm melhor desempenho académico que os seus colegas que se percepcionam como mais disruptivos.
- Capacitação de pais com filhos com deficiênciaPublication . Dias, Sandra Cristina Camisão; Pimentel, Júlia van Zeller de SerpaO modelo de 3.ª geração de Dunst (2000) valoriza o papel dos pais no desenvolvimento social, cognitivo e emocional dos filhos, que se reflete no bem-estar da família (Cruz & Ducharne, 2006). Estando as famílias que têm filhos com deficiência sujeitas a elevado stresse, importa promover a sua competência a fim de conseguirem interpretar as suas necessidades e mobilizar os recursos formais e informais necessários para as satisfazer. Baumrind (1991) comprovou empiricamente a influência dos estilos e das competências parentais no desenvolvimento dos filhos e Dunst (2013) relacionou-os com a competência parental percebida. O projeto Oficinas de Pais, desenvolvido em Portugal pela Associação Pais em Rede (março 2011- outubro 2014), visa a capacitação dos pais de pessoas com perturbações neurodesenvolvimentais para que sejam capazes de gerir o projeto de inclusão dos seus filhos. Este está estruturado em 3 módulos sequenciais: Apoio Emocional (GAE); Corresponsabilização (COR); Pais Prestadores de Ajuda (PPA). Para avaliar a eficácia das Oficinas utilizaram-se questionários e entrevistas presenciais: 494 pais (dos 547 que participaram nos GAE) preencheram 2 escalas de auto-avaliação de suporte social e rede de apoio (Dunst et al, 1988) imediatamente antes e depois do GAE; Dos 145 pais que participaram nos COR, temos respostas válidas de 102 pais relativas à auto-competência parental percebida, antes e depois deste módulo. Serão apresentados os dados destes instrumentos, no global, por idade e patologia do filho.