Browsing by Author "Faria, Luísa"
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- Aprendizagem social e emocional : Reflexões sobre a teoria e a prática na escola portuguesaPublication . Costa, Ana; Faria, LuísaConseguirá a Escola atual potenciar a aprendizagem social e emocional dos alunos? No quadro de um estudo exploratório qualitativo, partiu-se da análise do discurso de 12 docentes, na maioria do sexo feminino (75%), com idades compreendidas entre 32 e 57 anos (M=44,3; DP=8,95), dos quais 50% leciona ou já lecionou disciplinas de desenvolvimento social e emocional, com o objetivo de contribuir para a compreensão do papel da Escola na promoção de competências sociais e emocionais dos alunos no ensino secundário. Construído de raiz para este estudo, administrou-se um questionário com questões abertas que explorava as perceções dos docentes sobre a importância destas áreas, as estratégias adotadas na sua promoção e a perspetiva sobre as atuais alterações curriculares no contexto português. Os resultados foram analisados com o programa NVivo 8. Globalmente, apesar do reconhecimento implícito da importância destas áreas, evidenciado pelos participantes, e do investimento em estratégias curriculares e extracurriculares na sua promoção, a aprendizagem social e emocional carece ainda de redefinição e de valorização enquanto objetivo particular da função da Escola, de forma a tornar-se uma realidade para todos os alunos e, assim, contribuir para promover e ancorar o desenvolvimento cognitivo no quadro de um desenvolvimento global mais harmonioso.
- Auto-eficácia académica e atribuições causais em Português e MatemáticaPublication . Neves, Sílvia Pina; Faria, LuísaA auto-eficácia académica e as atribuições causais são construtos motivacionais intimamente ligados à realização escolar, fornecendo informações importantes acerca das percepções de competência dos alunos e das estratégias que estes utilizam para lidar com os resultados da sua realização. Neste estudo avaliamos a auto-eficácia académica de 207 alunos (101 do 9.º ano de escolaridade e 106 do 10.º ano de escolaridade) e as causas que estes atribuem às suas notas de Português e de Matemática, utilizando a Escala de Auto-Eficácia Académica e o Questionário de Atribuições e Dimensões Causais (Pina Neves & Faria, 2005a, 2005b). Os resultados diferenciais mostram que os alunos do 10.º ano de escolaridade, bem como os alunos com aproveitamento escolar, apresentam expectativas de eficácia mais positivas para Português, para Matemática e para a realização escolar geral, fazendo ainda atribuições mais internas para as suas notas e tendo percepções de maior internalidade e estabilidade. Por sua vez, os resultados correlacionais evidenciam uma forte asso- ciação entre a auto-eficácia académica e os resultados escolares. Finalmente, as análises de regressão linear demonstram que as expectativas de eficácia e a controlabilidade são variáveis influentes na realização escolar, observando- -se que são as dimensões específicas da auto-eficácia académica aquelas que têm maior poder explicativo do rendimento nas duas disciplinas alvo.
- Concepções pessoais de inteligência e auto-estima: Que diferenças entre estudantes portugueses e italianos?Publication . Faria, Luísa; Pepi, Annamaria; Alesi, MarianaNeste artigo apresentam-se alguns dos resultados de um estudo intercultural sobre as concepções pessoais de inteligência e a auto-estima global, comparando alunos de dois níveis de ensino (secundário e superior) de Portugal e de Itália. A amostra total compreende 1540 alunos, 811 italianos e 729 portugueses, de ambos os sexos e de diferentes níveis sócio-económicos, frequentando os 10.º e o 12.º anos do ensino secundário e o 1.º ano de vários cursos universitários em ambos os países. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Con- 763 cepções Pessoais de Inteligência (Faria, 2003), com 26 itens, e a Escala de Auto-Estima Global (Rosenberg, 1965), com 10 itens, traduzidas e adaptadas para as versões portuguesa e italiana. Os principais resultados salientam a existência de interacções significativas entre o nível de ensino frequentado e o contexto cultural, em ambos os construtos, evidenciando ainda que os alunos italianos do ensino secundário têm concepções menos estáticas de inteligência, enquanto que os alunos universitários portugueses apresentam a maior auto-estima global de todos os grupos. Outras interacções significativas observadas para a auto-estima global identificam os alunos portugueses de classe alta e os do sexo masculino e de classes média e alta como sendo os que apresentam maior auto-estima global.
- Contextos sociais de desenvolvimento das atribuições causais: O papel do nível socio-económico e da raçaPublication . Faria, LuísaO interesse crescente pelo estudo das diferenças de nível socio-económico (NSE) e de raça nas atribuições causais contrasta com os resultados pouco conclusivos no domínio, devido à confusão existente entre estas duas variáveis. O passado escolar muitas vezes comum dos sujeitos de NSE baixo e de raça negra, nomeadamente no que se refere aos fracassos recorrentes, ao «abandono aprendido» e às atitudes dos professores que sugerem que o fracasso se deve a causas estáveis e incontroláveis, conduz a interpretações diferenciadas das causas do fracasso com consequências negativas para a realização escolar. Estes aspectos serão analisados, salientando-se a importância de adoptar uma perspectiva de análise ecológica, que valorize as interacções entre o sujeito e o meio na evolução dos processos psicológicos.
- Desenvolvimento do auto-conceito físico nas crianças e nos adolescentesPublication . Faria, LuísaO aumento dos estudos sobre o auto-conceito, nos mais variados domínios da existência, entre eles o desportivo, está relacionado com o seu valor e o seu poder preditivo da realização e do bem-estar psicológico global dos indivíduos. Assim, com o objectivo de contribuir para uma maior clarificação do domínio de investigação e de intervenção no auto-conceito físico, analisam- se e discutem-se os seguintes tópicos: (1) o pro- blema da definição e da delimitação conceptual do auto- conceito; (2) os aspectos desenvolvimentais do auto- -conceito na transição da infância para a adolescência; (3) a definição e o desenvolvimento do auto-conceito físico; (4) os contributos da actividade física para a sua promoção; (5) a construção de teorias pessoais acerca do self físico; e, por fim, (6) são apresentadas propostas de intervenção para a promoção do auto-conceito em crianças e adolescentes, centradas na construção progressiva da autonomia dos indivíduos, logo, do seu bem- -estar físico, psicológico e social.
- Diferenças de sexo nas atribuições causais: Inconsistências e viésPublication . Faria, LuísaO estudo das diferenças de sexo nas atribuições causais e suas dimensões apresenta resultados inconsistentes, modelos diversos e viés relacionados com o tipo de tarefas usadas nos estudos, com o contexto em que decorrem e, ainda, com variáveis motivacionais e relativas aos papéis sexuais, responsáveis por diferenças de sexo nas atribuições causais. O facto dos diferentes modelos (da externalidade global, da auto-depreciação e das baixas expectativas) para explicarem as diferenças de sexo nos padrões atribucionais, apresentarem como conclusão comum, apenas a evidência de que as raparigas não atribuem o seu sucesso à elevada capacidade, existindo uma maior tendência destas para atribuirem os seus resultados à sorte (Frieze, Whitley, Hanusa & McHugh, 1982), sugere a necessidade de considerar as diferenças, ligadas ao sexo e aos papéis sexuais, como processos – em vez de categorias estáticas –, influenciados por múltiplos factores individuais e de contexto, que apenas podem ser compreendidos quando inseridos no contexto social (Deaux, 1984).
- Individualismo-colectivismo: Dos aspectos conceptuais às questões de avaliaçãoPublication . Ciochina, Laura; Faria, LuísaO presente estudo, com 200 sujeitos, desenvolve o estado da arte, teórico e metodológico, da debatida dimensão cultural e intercultural de individualismo- -colectivismo (IND/COL). Este objectivo foi operacionalizado à luz do processo de validação de um questionário de avaliação do IND/COL para o contexto português, nomeadamente o Questionário de Individualismo-Colectivismo de Shulruf, Hattie, e Dixon (2003, Anonymous Questionnaire of Self- Attitudes – AQSA), construído no contexto neozelandês e constituído por 26 itens, 15 ilustrativos da dimensão de individualismo (IND) e 11 da dimensão de colectivismo (COL). Os resultados das análises factoriais confirmatórias (AFC) realizadas acerca do AQSA apontaram para uma nova estrutura factorial deste instrumento, a ser verificada em estudos futuros de AFC de segunda ordem, bem como para a necessidade de se clarificar o universo teórico e a operacionalização dos constructos de IND/COL.
- Papel do auto-conceito de competência cognitiva e da auto-aprendizagem no contexto sócio-laboralPublication . Faria, Luísa; Rurato, Paulo; Santos, Nelson LimaEste trabalho tem como objectivos investigar a competência de auto-aprendizagem no contexto sóciolaboral, questionando a sua relação com a Educação e Formação Profissional de Adultos e relacionando-a com variáveis afins, nomeadamente com o auto-conceito de competência cognitiva, enquanto suporte do desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade de cada um face à aprendizagem. Para cumprir tais objectivos, desenvolveu-se um estudo empírico no contexto de uma Empresa do Norte de Portugal, com uma amostra de 503 trabalhadores, com características diversificadas. Os resultados de estudos correlacionais permitem afirmar que subjacente a uma melhor competência de auto-aprendizagem, está um auto-conceito de competência cognitiva mais positivo, facilitador da aprendizagem activa. Os resultados dos estudos diferenciais confirmam duas das hipóteses de trabalho, que previam manifestações diferenciadas no auto-conceito de competência cognitiva e na auto-aprendizagem, em função de variáveis individuais, organizacionais e sócio- organizacionais, sendo discutidas à luz de uma nova concepção da formação mais orientada para a aprendizagem e mais centrada na promoção da autonomia, responsabilidade e eficácia do adulto-aprendiz