Psicossomática
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- Abordagem psicossomática da ansiedade e depressão em doentes oncológicosPublication . Charraz, Ana Cristina PardalEste estudo epidemiologico tem como principal objectivo determinar a prevalência dos sintomas de ansiedade e depressão num grupo de doentes oncológicos que fazem quimioterapia no H.J.J.F - Hospital José Joaquim Fernandes, S.A. Um outro objectivo, que de certa forma lhe é subjacente, é a detecção de grupos de risco. Como tal, foi construído um guião de entrevista, que permitisse aceder a alguns dados sociodemográficos e cllínicos referentes a cada doente. Aos sujeitos que aceitaram participar no estudo foi-lhes feita a entrevista supracitada, previamente testada em oito sujeitos. Posteriormente responderam verbalmente à Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão que foi aplicada sob a forma de entrevista, uma vez que a maior parte dos sujeitos era iletrada. Trata-se de um estudo observacional- descritivo transversal, uma vez que foca um único grupo que é representativo da população estudada e os dados são recolhidos num só momento. Utilizou-se o método epidemiologico. Este método permite identificar a distribuição das doenças e os factores que lhe estão associados. Fornece indicadores tais como prevalência, incidência e risco relativo em relação ao aparecimento de uma patologia. Os acontecimentos de vida e os sinais depressivos têm bastante relevância quando se aborda a origem multifactorial do cancro. Um dos maiores interesses da investigação epidemiológica, é a obtenção, pelo método estatístico, de dados que possam ser considerados como indicadores destinados a ter em conta de modo fiável, na análise da população (neste caso, doentes oncológicos). A epidemiologia da ansiedade e depressão em doentes oncológicos, consiste na medição da frequência de ansiedade e depressão nesta população e na descrição das características mais relevantes dos sujeitos supracitados. Numa primeira etapa essencialmente descritiva, surgiram algumas questões sobre os resultados observados. Desta forma foi possível identificar alguns factores associados à presença de ansiedade e depressão em sujeitos com diferentes diagnósticos, assim como conhecer algumas condições individuais e/ou de grupo que predispõem a ocorrência de ansiedade e depressão. O resultado final deste tipo de estudos, consistiu na valorização do risco que a exposição de determinada população - doentes oncológicos - a condições específicas pode comportar, ao avaliar o perigo individual em função da sua pertença a um grupo social determinado. A aplicação prática da epidemiologia, permitirá identificar as medidas que deveriam adoptar-se e os grupos que dentro da população estariam especialmente protegidos.
- Aspectos psicossomáticos de cuidados paliativos a doentes oncológicos em contexto domiciliárioPublication . Frade, Pedro Alexandre Páscoa da VeigaEste trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de seminário de dissertação referente ao Mestrado em Psicossomática sob a orientação do Prof. Doutor Mendes Pedro. A morte é uma questão que, desde os tempos mais remotos, preocupa o Homem. Este estudo pretende colaborar para a compreensão do modo como o ser humano lida com o estado terminal de vida. Para tal, estudou-se uma população específica, os doentes oncológicos num estado adiantado da evolução da doença e cuja situação clínica obriga a uma reflexão sobre a mortalidade, tão adiada na sociedade ocidental. Adoptando o método clínico de estudo de caso foram acompanhados e estudados três casos sob um ponto de vista psicossomático, tendo em atenção aspectos somáticos e relacionais. Para este efeito, utilizaram-se como instrumentos na recolha de dados a entrevista clínica, o teste projectivo de Rorschach e o Inventário Depressivo de Beck. Os resultados obtidos vão de encontro às hipóteses que foram levantadas a partir da revisão bibliográfica efectuada. Em primeiro lugar, é de assinalar a presença de algum nível de perturbação mental em todos os casos estudados. De facto, foram avaliados níveis consideráveis de depressão. Foi também observável, nos três casos, uma profunda angústia e uma dificuldade em expressar e dar forma a emoções e afectos. Assinala-se também o impasse relacional, sem fuga possível aparente, existente nestes casos. Apesar dos escassos dados obtidos, a situação específica do primeiro caso apresentado demonstra o forte impacto que a presença de um doente terminal, em situação de contexto domiciliário, pode ter nas famílias, algo previsto na segunda hipótese levantada. O apoio domiciliário traz consigo uma série de vantagens, entre as quais um maior conforto e uma maior proximidade entre família e doente em situações clínicas, muitas vezes, extremamente complicadas. No entanto, o processo do cuidar acarreta também uma série de mudanças ao nível das relações e das rotinas diárias, para as quais, por vezes, os familiares não estão devidamente preparados, quer física, mental e, até, financeiramente. Tratando-se de um estudo de caso estes resultados não podem ser, obviamente, generalizados, mas vêm ao encontro da maioria da literatura existente sobre esta temática. Finalmente, é igualmente feita uma reflexão final acerca da realidade destes doentes e familiares, mas também sobre os cuidados paliativos, nomeadamente em Portugal e, mais especificamente, em contexto domiciliário. São feitas sugestões para estudos futuros e sobre o apoio prestado nestas situações. Destaca-se a importância da constituição de equipas multidisciplinares e do papel do psicólogo, quer no apoio aos doentes, quer a cuidadores e profissionais.
- Atraso de crescimento intra-uterino e depressividade maternaPublication . Ferreira, Maria Leonor de BritoO atraso de crescimento intra-uterino é uma situação clínica importante e que poderá pôr as crianças em risco de adquirir perturbações no desenvolvimento. Alguns autores referem a influência do estado emocional da grávida na vida fetal, considerando algumas patologias fetais e neonatais como capazes de serem condicionadas em parte pela vivência da gravidez pela mãe e pelo pai. Foi feito um estudo de caso de atraso de crescimento intra-uterino, tendo como objectivo explorar as representações e a depressividade maternas. Neste caso, não se constatou depressividade materna, todavia verificou-se um impasse afectivo e relacional, por parte quer da mãe quer do pai, que poderá ter tido um impacto na vida emocional fetal e condicionado o seu equilíbrio psicossomático. Estes progenitores terão investido deficitariamente no seu bebé-feto. A patologia psicossomática do feto terá sido o espelho das dificuldades de gestão dos afectos pelos pais, tendo-os colocado em risco de um adoecer somático. A presente investigação permitiu reflectir sobre a influência exercida pelo relacional, ligado aos processos de identificação/construção da identidade, à família uni ou biparental e ao adoecer psicossomático, numa patologia fetal pouco frequente mas considerada de risco. A análise deste caso poderá conduzir a um estudo científico, baseado em técnicas quantitativas, sobre a personalidade dos pais de bebés com atraso de crescimento intra-uterino assimétrico e a avaliação psicológica destes bebés.
- Avaliação da imagem corporal e depressão em pacientes com insuficiência cardíacaPublication . Maximiano, JaneteO objectivo deste estudo é identificar quais são as dimensões da imagem corporal mais desvalorizados nos pacientes com insuficiência cardíaca (NYHA I, II, III). Acredita-se que a percepção negativa da imagem corporal poderá levar à desmotivação para participar num programa de reabilitação cardíaca, fazer exercício físico e gerir as actividades de vida diária ou outros factores promotores de qualidade de vida. Objectivos: - Avaliar a relação dos sintomas depressivos e percepção da imagem corporal; - Avaliar quais das dimensões da imagem corporal se encontram mais perturbadas era relação ao diagnóstico e sintomas depressivos. Métodos: A amostra foi recolhida no service de cardiologia do Hospital Fernando Fonseca e consiste num grupo de 22 pacientes (N=22). Foram aplicados os questionários Multidimensional Body-Self Relations Questionnaire (MBSRQ, Cash, T.) e Beck Depression Inventory (BDI) Resultados: Foram encontradas cotações baixas (em relação à media padrão) nas seguintes subescalas: Appearance Evaluation (< 3,49), Appearance Orientation (< 3,6), Fitness Evaluation {.< 3.72), Fitness Orientation (< 3,41), Health Evaluation (< 3,95), Health Orientation << 3,61) e Body Areas Satisfaction {< 3,5). No que diz respeito à subescala IIlness Orientation, verifica-se que mais do que a média da amostra, demonstra estar em alerta ou ser reactiva aos sintomas físicos da doença. Observou-se também que 9,1% dos pacientes não se encontra deprimido, 45,5% está ligeiramente deprimido, 36,4% está moderadamente deprimido e 9,1% está severamente deprimido. Conclusões: A maioria dos pacientes demonstra cotações baixas na maioria das dimensões avaliadas pelo MBSRQ. Os indivíduos do sexo masculino atribuem cotações mais positivas à aparência física do que as dos indivíduos do sexo feminino, mas não se encontram diferenças significativas nas respostas entre sexos. Quase metade da amostra está ligeiramente deprimida e as mulheres apresentam mais sintomas depressivos do que os homens. Não foram encontradas diferenças significativas nas respostas entre indivíduos de classes NYHA diferentes. Foram encontradas as seguintes correlações significativas: Idade e Educação e Ocupação; Sexo e diagnóstico NYHA; Avaliação da Aparência e Estado Civil e Preocupação sobre o Peso; Orientação para a Aparência e Depressão; Avaliação da Condição Física e Orientação para a Doença; Satisfação pelas áreas corporais e Classificação do Peso; Orientação para a Doença e Ocupação; Depressão e Avaliação da Aparência.
- Cancro da mama, depressão e depressividade: Uma perspectiva psicossomáticaPublication . Pires, Maria da Conceição GomesO presente estudo tem como objectivo principal, determinar a prevalência da depressão e depressividade num grupo de mulheres com cancro da mama, a fazer qui¬mioterapia no Hospital José Joaquim Fernandes, S.A.- Beja. O estudo decorreu no período de Dezembro 2004 a Fevereiro de 2005. A amostra utilizada neste estudo foi constituída por 45 mulheres - o primeiro grupo com 20 mulheres, com e sem mastectomia, com tempo de diagnóstico até um ano, e idades compreendidas entre 33-69 anos. Outro grupo constituído por 25 mulheres, com e sem mastectomia e com tempo de diagnóstico igual ou superior a três anos, e idade compreendidas entra 36 - 78 anos. Todas as mulheres do segundo grupo já tinham vivido a experiência da quimioterapia. Estes ciclos de tratamento tinham a ver com recidivas tumorais. Foram aplicadas duas escalas: Escala da Depressão de Beck e a Escala de Depressividade (Prof. Carlos Ferraz) O tipo de estudo é transversal (uma única avaliação), prospectivo de doentes com cancro da mama a realizar quimioterapia, com um ano e igual ou superior três anos de diagnóstico. Foi efectuada uma análise descritiva de todas as variáveis categoriais, sendo apresentada a frequência absoluta e relativa para variáveis categoriais e a média o desvio-padrão, os máximos e os mínimos para as variáveis contínuas. Para a comparação entre a média de idade e do tempo de diagnóstico entre os dois grupos foi utilizado o teste não paramétrico de Mann-Whitney. Na comparação entre os grupos face à depressão e depressividade foi aplicado o teste de qui-quadrado para comparação de proporções. Todos os cálculos e testes de associação entre variáveis ou grupos de indivíduos foram executados para um limiar de significância de 95%. Estudos realizados sobre perturbações psíquicas/emocionais na área da oncologia revelam que quase 50% dos doentes oncológicos desenvolvem alguma perturbação nomeadamente depressão. O nosso estudo, e com validade para a população estudada, revela que ambos os grupos estão deprimidos, mas no primeiro grupo até 1 ano de diagnóstico, apresentam depressão moderada, passando a depressão grave. Enquanto que no segundo grupo (igual ou superior a 3 anos diagnóstico) a depressão é moderada evoluindo para depres¬são ligeira. No que se refere à escala da depressividade, investigar um construto novo e complicado como a depressividade conduz-nos à utilização de grupos critério como a melhor forma de o validar. Então optámos por fazer uma análise item a item comparan¬do os dois grupos alvos do estudo. A análise revelou-nos que no que se refere a questões, da Escala de depressividade, mais direccionadas à auto-estima e imagem corporal o segundo grupo (com tempo de diagnóstico superior ou igual a três anos) tem uma atitu¬de mais positiva. Mais uma vez seguimos Coimbra de Matos (1982a) quando nos diz que esta distinção entre depressão e depressividade é "fundamental para uma com¬preensão plena do sofrimento depressivo correspondendo na prática clínica a momen¬tos diferentes do acontecer depressivo " e que "ela tem mais o Valor de um modelo teó¬rico útil no discernimento da causalidade depressivogénica, para a elaboração do conhecimento psicopatológico e na estratégia terapêutica." Este nosso trabalho fez-nos levantar algumas questões nomeadamente: Seria interessante verificar no que diz respeito ao estado de depressividade e depressão (já confirmados por vários estudos e pelo nosso) se existirá de facto depressão independentemente dos anos de diagnóstico. Será que em pacientes com cancro da mama com diagnóstico até um ano, existirá maior distorção da imagem corporal? Será que pacientes com cancro da mama com diagnóstico superior a três anos, com suporte emocional (grupos de auto-ajuda) terão uma auto-estima superior aos doentes sem acompanhamento? Será útil em futuros trabalhos, traçar acompanhamento em diferentes tempos de diagnóstico?
- Cancro do cólon-recto e estilo de vida: Perspectiva psicossomáticaPublication . Kakoo, Estela Maria de GouveiaEstudou-se a vivência, bem como o funcionamento psicológico e emocional dos pacientes com cancro no cólon ou recto, identificando importantes factores psicológicos de risco para esta doença, por comparação com um grupo de participantes com outra doença crónica. Os participantes podem ser considerados em dois grupos: pacientes a quem foi diagnosticado um cancro do cólon ou do recto – grupo experimental; e pacientes com diabetes tipo II – grupo de controlo. Sendo 47 dos participantes doentes oncológicos, 21 eram do género feminino e 26 do masculino, tendo idades compreendidas entre os 43 e os 86 anos. Aos 82 participantes (47 doentes oncológicos e 35 diabéticos) foram feitas entrevistas estruturadas e aplicadas provas psicológicas (HADS e STAXI), sendo que os dados recolhidos foram estatisticamente analisados com recurso ao software SPSS. Foram identificadas algumas particularidades, por parte dos doentes oncológicos, como um maior controlo das suas emoções negativas, uma menor propensão a experienciar estados de raiva, bem como a manifestá-la e exprimi-la quando esta é sentida. Como importantes factores externos foram identificados: a influência dos acontecimentos de vida negativos no aumento relativo à disposição e frequência com que os pacientes oncológicos experimentam estados de raiva; e o apoio prestado por familiares/amigos, sendo este determinante nos níveis de depressão dos pacientes oncológicos. Os referidos factores internos e externos podem constituir-se como vulnerabilidades – do ponto de vista psicossomático – podendo ter importantes implicações no desenvolvimento da doença oncológica, dado o abatimento biológico (nomeadamente imunitário) que lhes está, geralmente, associado.
- Clínica da psicossomática: Estudo de um casoPublication . Silva, Raquel Vieira da; Sá, EduardoPartindo de um caso clínico, procuram explorar-se as inter-relações entre alguns aspectos do funcionamento mental e psicopatológico e, as crises convulsivas, numa perspectiva clínica da Psicossomática. Indagam-se as possíveis conexões entre acting out, convulsões, mentalização e integração mental, no decurso do processo psicoterapêutico.
- As consequências do trabalho por turnos nos enfermeiros do Hospital de Santa MartaPublication . Bastos, PaulaO trabalho por turnos é um problema para a maioria dos trabalhadores e constitui um problema de saúde muitas vezes ignorado. Os enfermeiros pertencem a um grupo de profissionais particularmente sujeito a este tipo de regime de trabalho. A escolha deste tema recaiu sobre o facto de praticar o trabalho por turnos há vários anos e de ter vivenciado os diversos problemas relatados por vários autores, nomeadamente perturbações gástricas, do sono, do humor e fadiga. Assim, a nossa experiência profissional associada aos conhecimentos adquiridos ao longo do mestrado em Psicossomática, encaminharam-nos para a realização de um estudo mais aprofundado nesta área. Para este trabalho aplicamos uma metodologia de tipo exploratório/descritivo, transversal e comparativo. Estabelecemos como objectivo geral descrever o impacto do trabalho por turnos nos enfermeiros a desempenhar funções no serviço de Medicina e Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes (UCIP) do hospital de Santa Marta, em Lisboa, Como objectivos específicos foram delineados os seguintes: - Identificar as principais perturbações somáticas nos enfermeiros que trabalham em regime de horário rotativo e fixo. - Comparar a incidência das alterações somáticas entre os enfermeiros com horário rotativo e fixo. - Descrever as características do sono nos trabalhadores por turnos e em horário fixo. - Comparar os aspectos do ritmo sono-vigília entre enfermeiros com regime de horário rotativo e fixo. - Conhecer a vida onírica dos enfermeiros. - Identificar as diferenças que possam existir entre os indivíduos que trabalham em esquema rotativo ou fixo. Este estudo pretende fazer correlações entre a alteração do ritmo sono-vigília, com o aparecimento de alterações somáticas, e as alterações psíquicas traduzidas em perturbações específicas dos sonhos nos enfermeiros a trabalharem por turnos. Ao longo do trabalho pretendemos testar as seguintes hipóteses: PH - Espera-se encontrar mais perturbações na saúde física e mental nos enfermeiros da nossa amostra, contrariamente aos enfermeiros em horário fixo. - Espera-se encontrar um sono mais perturbado nos enfermeiros que trabalham por rumos, em comparação com os enfermeiros em horário fixo. - Espera-se encontrar uma vida onírica mais perturbada nos indivíduos que trabalham por turnos. A amostra do nosso estudo é constituída pela população de enfermeiros a trabalhar por turnos à mais de seis meses nos serviços de Medicina (11 indivíduos) e UCIP (14 indivíduos). Como se pretende fazer uma comparação entre os dois regimes de horário, foi utilizado como grupo de testemunha os enfermeiros a trabalhar na consulta externa do mesmo hospital, em horário fixo (manhãs). Como instrumentos de recolha de dados foi utilizada uma bateria de questionários denominada "Estudo Padronizado do Trabalho por Turnos" (ETTP). Deste conjunto de questionários, utilizamos as seguintes secções: questionário do sono, questionário de saúde física e questionário geral de saúde e situação doméstica Foi elaborado ainda um novo questionário sobre a temática sono e sonho em colaboração com o Professor Mendes Pedro, com o objectivo de complementar a informação obtida. A recolha de dados recorreu entre Setembro e Dezembro de 2004. Foi solicitada a colaboração dos enfermeiros, assegurando a confidencialidade e o anonimato. Após tratamento estatístico, as conclusões encontradas são: - Os enfermeiros que trabalham por turnos não apresentam mais perturbações na saúde física e mental, em comparação com os enfermeiros em horário fixo. - As perturbações mais sentidas são a nível gastro-intestinal, nomeadamente a perturbação do apetite, azia/dores de estômago, sensação de inchaço, cólicas e dispepsia, e afectam ambos os grupos. - Os enfermeiros que trabalham em horário fixo apresentam tendencialmente um índice de perturbação psicológica mais elevado que os enfermeiros que trabalham por turnos, traduzido por um discurso mais deprimido e com baixa da auto¬ confiança. - Foram encontradas mais perturbações do sono nos enfermeiros que trabalham por turnos, comparativamente com os enfermeiros em horário fixo. - O sono dos enfermeiros que trabalham por turnos é menos reparador e de menor qualidade. - Os enfermeiros que trabalham por turnos não apresentam uma vida onírica mais perturbada, quando comparados com os enfermeiros em horário fixo. - A maioria dos enfermeiros (65.7%) não se conseguem recordar de nenhum sonho, sendo que os enfermeiros que trabalham em horário fixo se recordam menos (cerca de 16.6%). - Os enfermeiros que trabalham em horário fixo responderam menos afirmativamente à questão "as pessoas nos meus sonhos têm rosto". - Não foram encontradas correlações entre a presença de perturbações somáticas e a recordação dos sonhos. Espero que este estudo ajude no futuro a elaborar formas de pensar sobre o problema do trabalho por turnos, segundo o modelo psicossomático, de modo a permitir uma visão mais globalizante do trabalho por turnos e de quem o pratica.
- Contributos para a compreensão do toxicodependentePublication . Pinheiro, Maria João Corrêa Vargas; Matos, António Coimbra deInexistente
- A criança alérgica na consulta de terapia psicossomática em contexto hospitalar: O processo criativo e construtivo de siPublication . Maia, Joana SantiagoA Criança Alérgica em Contexto Hospitalar numa Perspectiva Psicossomática. Que potencialidades é possível encontrar na utilização do Desenho corno Técnica em Psicossomática em contexto Hospitalar? Num momento único de criação livre de Desenho, nas condições de setting definidas: no Atelier exterior, encontram-se indicadores de diagnóstico / guias de intervenção terapêutica. Numa segunda parte do presente estudo, procuram-se no seguimento da primeira parte, os benefícios da utilização do Desenho como técnica na construção de um Álbum individual, como objectivo último, desenvolver meios e técnicas terapêuticas em contexto Hospitalar para a consulta de Psicossomática, dirigida à Criança Alérgica. A Construção do Álbum, revelou-se na segunda parte do presente estudo, uma ferramenta que potencializa alterações a nível da Identidade, modo relacional e organização espacio-temporal rítmica da criança alérgica. A Criação e a Construção de Si como metas a atingir em todo o trabalho desenvolvido.