PDES - Dissertações de Mestrado
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Browsing PDES - Dissertações de Mestrado by Subject "Adolescência"
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- O papel mediador da regulação emocional na relação entre vinculação e solidão emocional e social na adolescênciaPublication . Pacheco, Beatriz Gomes Fouto; Veríssimo, ManuelaA literatura atual enfatiza a importância do estabelecimento de relações de vinculação de base segura, para o desenvolvimento de habilidades mais adaptativas de regulação emocional e, em concomitância, a aquisição de competências sociais que impeçam a emergência de sentimentos de solidão social e emocional. Por conseguinte, o objetivo central do presente estudo é examinar o papel mediador da regulação emocional, na relação entre a vinculação e solidão social e emocional na família e no grupo de pares, de adolescentes portugueses que frequentam o ensino secundário. A par disto, torna-se pertinente expandir o conhecimento atual às representações de vinculação do adolescente e conceptualizar a solidão como um construto multidimensional. A amostra compreendeu 100 adolescentes, sendo que 47 são do sexo feminino e 53 do sexo masculino. A média de idades corresponde a 16,67 e o desvio padrão a 1,064. Os instrumentos utilizados foram o Adolescent Script Assessment (ASA) para avaliar a qualidade da vinculação, o Relational Provisions Loneliness Questionnaire (RPLQ) para avaliar a solidão social e emocional na família e no grupo de pares e o Emotion Regulation Index for Children and Adolescents (ERICA) e Emotion Regulation Questionnaire for Children and Adolescents (ERQ-CA) para avaliar a regulação emocional. Os resultados demonstraram que o script de vinculação é preditor direto da supressão (β = -.41, p<.001), mas não da reavaliação cognitiva (β = -.05, p>.05). Para além disso, o script de vinculação é preditor direto da solidão na família (β = .33, p<.001), mas não da solidão com os pares (β = .004, p>.05). No entanto, os resultados reivindicam para uma mediação total entre a qualidade da vinculação, supressão e solidão com os pares. Desta forma, os jovens que apresentam valores mais baixos na qualidade da vinculação e mais supressão, dispõem de valores mais elevados de solidão com os pares.
- Perfis de solidão, práticas parentais e segurança nas relações de vinculaçãoPublication . Pinto, Davide Lopes; Veríssimo, ManuelaA solidão é uma experiência universal e normativa, consequência da necessidade humana de pertencer a algo ou alguém. No entanto, quando alguém sente que não pertence ou não tem proximidade com outros, surge a solidão. Como a solidão decorre dos relacionamentos sociais, pode falar-se da quantidade (quando há falta, surge a solidão social) ou da qualidade desses relacionamentos (quando há falta, surge a solidão emocional). Com a entrada na adolescência, aumenta a possibilidade de surgirem sentimentos de solidão uma vez que, no processo de construção da sua identidade, os adolescentes começam a distanciar-se da família e os pares ganham maior relevância. Embora haja um crescente interesse pelas questões da solidão na adolescência, a maior parte dos estudos não considera as diferentes facetas que a solidão pode tomar. Esta investigação pretende analisar os sentimentos de solidão, considerando as diferentes formas que a mesma pode tomar e verificar se há uma associação com a segurança das relações de vinculação e com as práticas parentais. A amostra é constituída por 682 adolescentes com idades entre os 11 e 16 anos de idade e respetivas mães e pais participaram do estudo. Os instrumentos utilizados foram Child Rearing Parctices Report - Questionnaire (CRPR-Q) a serem preenchidos pelos pais e os dois questionários Relational Provision Loneliness Questionnaire [RPLQ] e o Experiências nas Relações Próximas – Estruturas Relacionais [ERP-ER]) a serem preenchidos pelos adolescentes. Os resultados revelaram a existência de três perfis de solidão totalmente distintos entre si. Os resultados mostraram que os três perfis de solidão variavam entre si na qualidade da segurança da vinculação com ambos os progenitores sendo o perfil “Sem Solidão” com os valores mais altos e o perfil “Socioemocionalmente Solitários no Contexto de familiar” com os valores mais baixos. Relativamente às Práticas Parentais, apenas há diferenças nas práticas parentais entre os progenitores, sendo o “Cuidado da Mãe” o mais alto em todos os perfis.
- Qualidade da amizade na era digital: Associações entre a qualidade da amizade e os comportamentos online na adolescênciaPublication . Azevedo, Jussane Martha de; Fernandes, Marília Solange OrnelasAs relações de amizade na adolescência contribuem na contrução da identidade, autorregulação e raciocinio moral (Hartup,1993; Piaget, 1970; Rubin et al., 2010). A amizade é definida como uma relação de afeto voluntária onde há reciprocidade e compreensão mútua (Leibowitz, 2018; Parker et al, 2006; Youniss & Smollar, 1987 ). Envolve aspectos positivos (E.g.: validação, intimidade, apoio) (Rubin et al, 2008; Selman, 1980) e aspectos negativos (E.g.: conflitos e desentendimentos) (Hartup, 1993). Além dos contextos tradicionais, atualmente os adolescentes relacionam-se virtualmente (e.g. chats de mensagens, mídias sociais e jogos), favorecendo intimidade, suporte e gestão de conflitos. Durante o confinamento causado pela COVID-19 o uso das tecnologias para manutenção da amizade foi fator protetor na saude mental de jovens (Anasuyari et al, 2023; James et al, 2023). O impacto negativo das tecnologias é estudado há décadas (Greenfield, 1999; Griffiths, 2000; Morahan-Martin & Schumache, 2000; Young, 1998). Porém, o uso da internet favorece a aquisição e manutenção da amizade (Colasante et al., 2022; Davis, 2012; Kaye & Quinn, 2020; Valkenburg & Peter, 2007). As experiências online são intrinsecamente entrelaçadas na complexidade de fatores biológicos e ambientais (Hollenstein & Colasante, 2020). Há uma fusão dos espaços online e offline, uma realidade híbrida (Kelly, 2019). O presente estudo teve como objetivo examinar as associações existentes entre comportamento online e a qualidade da amizade numa amostra (n=311) de jovens (10 a 15 anos) estudantes do 5º ao 9º ano de uma Escola Pública de Cascais. Os resultados mostraram que os jovens tiveram boa qualidade global da amizade. Utilizam a internet para aquisição de informações, conhecer pessoas, aprendizados e aprofundamento. Além da manutenção das amizades já existentes.
- A relação entre vinculação parental e solidão em pré-adolescentes e adolescentesPublication . Alves, Catarina Veríssimo Nunes; Ribeiro, OlíviaOs sentimentos de solidão podem ter impactos negativos no bem-estar geral dos adolescentes. A solidão é uma experiência emocional desagradável, ocorre devido à diferença entre as relações sociais desejadas e as que as pessoas realmente têm, adicionalmente a solidão é uma experiência subjetiva e não significa que as pessoas estejam isoladas socialmente. Esta pode ser vista como unidimensional ou multidimensional. A vinculação tem sido um dos tópicos mais estudados em psicologia e a sua importância para o indivíduo é indiscutível. Uma vinculação segura é um fator de proteção para os pré-adolescentes e é possível que influencie o indivíduo em diversos contextos. A pré-adolescência é um período de mudanças e descobertas, sendo uma faixa etária em que a compreensão de fatores de risco e de proteção é crucial para o bem-estar e evolução destes indivíduos. Esta investigação tem por objetivo compreender a relação entre a solidão e a vinculação parental, através da adoção do modelo multidimensional da solidão e considerando ambos os pais. Participaram no estudo cerca de 327 pré-adolescentes/adolescentes, com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos. Os resultados apontam para a possibilidade da solidão estar efetivamente associada à vinculação parental, pois níveis mais altos de solidão correspondem a níveis mais baixos de vinculação segura. Através da utilização do modelo multidimensional, foi possível observar também que os diferentes contextos, família e pares, exercem papéis diferentes no crescimento dos adolescentes, tanto a nível da integração como da intimidade. Esta investigação mostra-nos então a influência que as relações familiares têm na prevenção da solidão, promovendo o bem-estar geral dos jovens.
- Vergonha na transição para a adolescência: Qual o papel das perceções de segurança na vinculação ao pai e à mãe?Publication . Gerulaitis, Sandra Regina Gomes; Guedes, MaryseA minha prática de ensino supervisionada realizou-se numa instituição da rede pública, com uma turma do 2.º ano de escolaridade, com 25 crianças, 12 do sexo masculino e 13 do sexo feminino, e a docente titular de turma. Atualmente, é conhecida a importância de estabelecer com as famílias uma relação de parceria eficaz, de modo a que se criem ambientes favoráveis para as crianças e para a sua motivação para a aprendizagem. Assim, tendo conhecimento acerca destes pressupostos, foram elaboradas as seguintes questões de investigação: 1) De acordo com a perspetiva dos pais, professores e crianças, como se define o envolvimento parental e qual é a sua importância? 2) Quais são as práticas da professora para promover o envolvimento parental? 3) De acordo com a perspetiva dos pais e professores, o envolvimento parental tem algum impacto no sucesso e aprendizagem das crianças? A investigação realizada foi de natureza qualitativa e utilizaram-se, como instrumentos de recolha de dados, notas de campo, entrevistas à professora titular e a algumas crianças, um questionário aos pais e uma análise da aplicação ClassDojo que é utilizada, habitualmente, na rotina escolar do grupo. A análise dos dados permitiu compreender a importância do envolvimento parental no contexto em estudo, identificar as práticas da professora para promover o envolvimento parental e aferir se há alguma relação, neste contexto, entre o envolvimento dos pais e a aprendizagem e sucesso do grupo de crianças.