Psicologia do Desenvolvimento
Permanent URI for this community
Browse
Browsing Psicologia do Desenvolvimento by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Sociais::Psicologia"
Now showing 1 - 10 of 21
Results Per Page
Sort Options
- Análise dos estilos parentais e das relações de vinculação em contexto familiar e as suas implicações para o posterior desenvolvimento psicossocial e académico das criançasPublication . Cardoso, Jordana Figueiredo de Pinto; Veríssimo, ManuelaApesar da extensão de influência de diversos determinantes no desenvolvimento infantil, a teoria da vinculação permanece como um dos quadros teóricos mais abrangentes para o entendimento do desenvolvimento social e emocional. Effect sizes de estudos anteriores (Madigan et al., 2016) revelaram uma magnitude semelhante ou maior na segurança da vinculação, relativamente a outros determinantes ambientais como o conflito entre os pais (Buehler et al., 1997) ou a exposição a violência doméstica (Evans, Davies, & DiLillo, 2008). De acordo com a teoria da vinculação (e.g. Ainsworth, 1967; Ainsworth, et al., 1978; Bowlby, 1969/1982, 1973), a criança internaliza as representações das interações que estabelece com os principais cuidadores em modelos internos dinâmicos, estando a qualidade destes modelos diretamente relacionada com o modo como as figuras de vinculação são sensíveis às necessidades das crianças em termos de conforto, proteção, carinho e apoio na exploração do meio, bem como à sua disponibilidade e capacidade de responder adequadamente a estas necessidades. Ao longo do desenvolvimento, a criança aplica estes modelos do que é um cuidador e uma relação às novas relações que vai formando. A literatura tem apontado que crianças com uma história de vinculação segura são capazes de desenvolver e manter mais relações de apoio que as crianças inseguras, desenvolvem características da personalidade mais desejáveis, são mais prováveis de exibir formas construtivas de autoregulação e mais competências de resolução de problemas sociais (e.g. Cassidy, Jones, & Shaver, 2013; DeKlyen & Greenberg, 2008; Sroufe, 2005; Thompson, 2016; West, Matthews, & Kerns, 2013). Pretendeu-se com este estudo, primeiramente, estudar a estabilidade da vinculação entre a idade pré-escolar e a infância média, através da Attachment Story Completion Task (Bretherton & Ridegway, 1990) aos 5 anos e da Kerns Security Scale (Kerns et al., 1996) aos 8 e 9 anos. Numa segunda fase, foi avaliado o impacto da vinculação nos resultados desenvolvimentais através da ASCT aos 5 anos, tendo sido utilizada uma bateria de instrumentos aos 8 e 9 anos para avaliação do desenvolvimento socioemocional e académico. Foi privilegiado um método multi-informadores, utilizando dados obtidos junto das crianças e professores. Crianças com um valor de segurança mais elevado nas histórias aos 5 anos apresentaram um valor de perceção de segurança mais elevado à mãe e ao pai no 3º e 4º anos. Foram também encontradas associações entre a segurança da vinculação e resultados mais favoráveis no desenvolvimento socioemocional e académico das crianças no final do 1º ciclo, nomeadamente em dimensões como a timidez/ansiedade, agressividade, assertividade, aptidões sociais com os pares, cooperação, orientação para a tarefa e algumas dimensões do auto-conceito. Assim, apesar da expansão do mundo social da criança na infância média, os dados apontam para uma continuidade da segurança nas relações de vinculação e a relação de vinculação com os cuidadores parece continuar a influenciar as experiências internas e relacionais da criança, incluindo os comportamentos considerados problemáticos. Esta investigação, apesar da necessidade de replicação, traz contributos importantes para a investigação da continuidade da vinculação e extensão dos seus contributos, bem como para o campo da intervenção na comunidade.
- Associações entre a regulação emocional, práticas alimentares e consumo alimentar em idade pré-escolarPublication . Rosa, Diana Isabel Sampaio de Sousa; Fernandes, CarlaInvestigações anteriores consideraram que a regulação emocional das crianças e as práticas parentais alimentares, podem determinar o consumo alimentar das crianças, sendo que a compreensão destas interações alimentares nos primeiros anos de vida é crucial para promover hábitos alimentares saudáveis desde cedo. No estado atual do conhecimento, há algumas lacunas específicas existentes, tais como, a escassez de dados sobre a relação entre a regulação emocional da criança, as práticas parentais alimentares e o consumo alimentar nos anos pré-escolares. Assim, o presente estudo pretende ultrapassar estas lacunas, ao analisar as relações entre as três variáveis referidas anteriormente, tendo como população alvo a população portuguesa. Neste estudo participaram 387 mães e 16 pais de 399 crianças entre os 3 e os 5 anos de idade. Para avaliar a regulação emocional utilizou-se o instrumento Emotion Regulation Checklist, para avaliar o consumo alimentar utilizou-se o instrumento Child Health Section da Parent Interview of the Early Childhood Longitudinal Study-B, e para avaliar as práticas parentais alimentares utilizou-se o instrumento Questionário Completo de Práticas Parentais. Os resultados indicaram que quanto mais práticas alimentares responsivas os pais utilizam, maior o consumo alimentar saudável da criança e, inversamente, menor o consumo alimentar não saudável. Por outro lado, quanto mais práticas alimentares não responsivas os pais utilizam, menor o consumo alimentar saudável da criança e maior o consumo alimentar não saudável. Quanto maior o consumo alimentar não saudável, maior a desregulação emocional da criança. E quanto maior o uso reportado de práticas alimentares responsivas, maior a capacidade de regulação emocional da criança. Por outro lado, quanto maior o uso de práticas alimentares não responsivas, maior a desregulação emocional da criança. A análise dos coeficientes de regressão revelou que, tanto a regulação emocional da criança, como as práticas parentais não responsivas são preditores significativos do consumo alimentar não saudável. Estes resultados sugerem que o consumo alimentar das crianças pode ser determinado pela regulação das emoções e pelas práticas parentais alimentares
- Associações entre empatia, simpatia e os comportamentos internalizantes e externalizantes dos jovensPublication . Martins, Raquel da Conceição Flores; Fernandes, MaríliaTanto os comportamentos externalizantes e internalizantes, como a empatia afetiva e cognitiva e a simpatia têm sido estudados ao longo do tempo por vários autores. Este estudo foca-se precisamente nos dois tipos de comportamentos, nas duas dimensões da empatia e na simpatia relativamente à idade e género, tendo como objetivo compreender se existe diferença entre os comportamentos externalizantes e internalizantes, a empatia afetiva e cognitiva e na simpatia no que diz respeito à idade (dos 10 aos 13 anos) e ao género das crianças/jovens. Neste estudo participaram 199 pessoas, sendo 101 raparigas e 98 rapazes. Para avaliar os pontos fortes e os pontos fracos das crianças/jovens foi utilizado o instrumento Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ, Goodman et al., 1998 adaptado por Marzocchi et al., 2004), para avaliar a empatia foi aplicado o Questionnaire to Assess Affective and Cognitive Empathy in Children (QACEC, Zoll & Enz, 2010 adaptado por Veiga & Santos, 2011) e por fim, para avaliar a simpatia foi aplicado o Child-Report Sympathy Scale (Eisenberg et al., 1996; Zhou et al., 2003). Das hipóteses que foram colocadas neste estudo, apenas três se comprovaram tendo em conta a literatura e os resultados obtidos.
- Attachment representations and social competence in preschool childrenPublication . Fernandes, Marília Solange Ornelas; Veríssimo, ManuelaFrom an attachment theory perspective, based on their interactions’ history with the caregivers, children elaborate a mental representation that summarizes their secure base experiences and adapt them to the larger social world (i.e. with peers and other significant adults). This will guide their social strategies (both adaptive and maladaptive). The empirical evidence is consensual, demonstrating positive associations between attachment security (whether assessed as a behavioral organization or as a mental representation) and social competent behavior. However, most of these studies use indirect measures to assess social competence, prevailing a focus on one informant, mostly teachers’ or mothers’ perspectives while father’s perspective on children’s social competence is disregarded These empirical studies aim to contribute to the current state of knowledge about the impact of attachment relationships for the development of social competence in preschool years, emphasizing the importance of using a multiple informant approach. In the first study, in a sample of 369 mother-father-teacher reports, we explored parents’ and teachers’ perception of children’s social competence using the Social Competence and Behavior Evaluation-30 questionnaire and tested for measurement invariance across raters. Using CT-C(M-1), we confirmed a strong agreement between both parents, and only a weak agreement when comparing parents with teacher’ ratings. Results also showed that mothers are in more agreement with teacher than are fathers. We also found that differences between boys and girls are not due to measurement variance. In the second study, in a sample of 82 children and their teachers, we analyzed the contributes of the SBS to teachers’ ratings on child social competence composite, and on externalizing and internalizing behavior composites. Our results indicate that security of attachment representations was positively related with social competence and negatively related with ratings on externalizing behaviors. We also found sex differences in SBS and reported social competence, both favoring girls. In the last study, in a sample of 77 children, we continued exploring SBS relations with children’s social competence by including, not only, indirect teacher’s ratings, but also direct observed measures. Results indicate that having a higher secure base script predicts higher values on both child direct and indirect measured social competence. Sex differences were also found, with girls presenting higher SBS and being rated as more social competent by their teachers. Observers described boys as more social engaged. Taken together, these three empirical studies aim to contribute for the understanding of the relation between attachment relationships and children’s social competence in the preschool group, highlighting the importance of using a multiple informant approach, and exploring sex differences.
- Crenças dos profissionais de educação pré-escolar, qualidade percebida da relação rofissionais-criança e comportamentos externalizantes nos anos pré-escolaresPublication . Silva, Ana Carolina Ribeiro da; Guedes, MaryseO modelo bioecológico reconhece que as interações que as crianças estabelecem com os profissionais de educação pré-escolar e os colegas são fulcrais para o desenvolvimento. Estas interações são, em parte, influenciadas pelas características pessoais de crianças e profissionais. Esta dissertação teve como principal objetivo examinar as associações entre as crenças dos profissionais de educação pré-escolar acerca dos comportamentos fisicamente e relacionalmente agressivos e os seus relatos acerca da qualidade percebida da relação profissional-criança e dos comportamentos externalizantes de crianças entre 3 e 6 anos de idade. Participaram 13 profissionais de educação de infância de 108 crianças (53% raparigas), recrutadas em instituições de ensino pré-escolar privado na Área Metropolitana de Lisboa. Os profissionais responderam ao Child Behavior Vignettes, Student-Teacher Relationship Scale – Short Form e Social Competence and Behavior Evaluation Scale-30. Os resultados sugerem que as atribuições, os custos antecipados e as reações emocionais dos profissionais em relação à agressividade física e, em menor grau, à agressividade relacional se associam com os seus relatos sobre a qualidade da relação profissional-criança e os comportamentos externalizantes. Estes resultados reforçam a importância de considerar os fatores individuais dos profissionais de educação (e.g., cognições sobre causas e consequências, reações emocionais) e contextuais (e.g., composição etária e número de crianças na sala) para a compreensão da qualidade percebida da relação profissional-criança e dos relatos sobre os comportamentos sociais das crianças. Apesar das suas limitações, este trabalho sugere pistas para a preparação de intervenções pedagógicas e políticas educacionais para melhorar o contexto de aprendizagem e o desenvolvimento infantil.
- Crenças parentais, práticas parentais e comportamentos externalizantes em crianças em idade pré-escolar (3-6 anos)Publication . Maciel, Carolina Maria de Barros Costa; Guedes, Maryse de MeloO modelo de processamento de informação parental estabelece que as crenças dos pais em relação aos comportamentos (mal)adaptativos da criança, tais como a agressividade física, são um dos fatores que se associam direta ou indiretamente (via práticas parentais) com os comportamentos externalizantes das crianças. Contudo, são poucos os estudos que examinam as associações entre estas variáveis, reconhecendo a natureza multidimensional (i.e., reações emocionais, atribuições causais, objetivos de socialização, estratégias antecipadas) das crenças parentais. Esta dissertação teve como principal objetivo examinar as associações entre as múltiplas dimensões das crenças das mães e dos pais acerca da agressividade física, as práticas parentais e os comportamentos externalizantes em idade pré-escolar. A amostra foi constituída por 169 mães e 52 pais de crianças em idade pré-escolar (3-6 anos), recrutadas em instituições de ensino pré-escolar privado na Área Metropolitana de Lisboa. Os pais preencheram o Parental Beliefs Questionnaire, o Child-Rearing Report Questionnaire e o Social Competence and Behavior Evaluation Scale para avaliar as crenças parentais acerca da agressividade física, as práticas parentais e os comportamentos externalizantes das crianças. Os nossos resultados mostraram que foram observadas associações positivas entre as reações emocionais negativas e os relatos de restritividade parental, particularmente para as mães. Relatos parentais de maior recurso a estratégias antecipadas de apelo emocional associaram-se a relatos de menor cuidado e maior restritividade. Os relatos de comportamentos externalizantes na criança associaram-se negativamente com reações emocionais de surpresa de pais e mães. Todavia, os relatos estratégias antecipadas de punição ou sugestão e objetivos de socialização centrados na criança a curto prazo apenas se associaram positivamente com os relatos de comportamentos externalizantes nos pais. Contrariamente à investigação anterior que mostrou a importância das atribuições causais, os nossos resultados parecem sugerir que a dimensão afetiva e cognitiva das crenças parentais relativa às expectativas parentais são aquelas que se associam aos relatos de práticas parentais e, em menor grau, de comportamentos externalizantes nas crianças.
- O desenvolvimento estético e a educação estética e artística: o programa progestartPublication . Rocha, Teresa Almeida; Peixoto, Francisco; Jesus, Saúl Neves deO desenvolvimento estético é nos primeiros estádios dependente da maturação e posteriormente outras variáveis interferem neste desenvolvimento. A educação estética e artística possibilita a ocorrência deste desenvolvimento. A presente tese pretende compreender em que medida, de que forma e por que processos, o programa de educação estética e artística (ProgestArt), concebido e aplicado, potencializa o desenvolvimento estético e a criatividade. Revimos a literatura evidenciando as principais teorias do desenvolvimento estético, estabelecendo inter-relações entre este domínio desenvolvimental e a experiência estética, a criatividade e as abordagens filosóficas. Por outro lado, realizámos uma análise dos principais programas de educação estética e artística clarificando a sua importância para o ProgestArt que foi suportado nas dimensões que compõe o desenvolvimento estético referidas por Parsons (1987/1992). O primeiro artigo adopta uma metodologia sistemática no domínio do desenvolvimento estético, validando um instrumento de análise deste desenvolvimento e constituindo materiais (duas séries de 4 quadros), que possibilitam serem aplicados na investigação mais fundamental e na investigação-acção. No segundo artigo sustentou-se empiricamente a teoria de Parsons (1987/ 1992), verificando se o desenvolvimento se processa do modo como é referido por este autor e tendo em consideração as faixas etárias que menciona. No terceiro estudo pretendemos compreender em que medida o ProgestArt contribui para o desenvolvimento estético e a criatividade. No decurso do programa centrámo-nos no processo, pela observação e registo das dinâmicas interactivas, que possibilitaram explicar os ganhos no desenvolvimento estético e na criatividade. Discutem-se conceitos centrais da psicologia do desenvolvimento estabelecendo pontes entre este desenvolvimento mais global e o desenvolvimento estético, clarificando os mecanismos e processos por que ocorrem. Discute-se, igualmente, a educação estética e artística clarificando os pressupostos da concepção do programa (ProgestArt) e os principais resultados decorrentes da sua aplicação. Menciona-se algumas implicações para o desenvolvimento estético e educação estética e artística e estrutura-se um novo projecto de investigação, de cariz mais fundamental, sustentado nas lacunas que nos parecem existir no domínio em estudo.
- Dinâmicas familiares: Influências das práticas parentais e conflito interparental no desenvolvimento das criançasPublication . Oliveira, Laura Gorjão Henriques Figueiredo de; Veríssimo, ManuelaO presente estudo pretende investigar a relação entre o conflito interpessoal, as práticas parentais e os comportamentos internalizantes e externalizantes das crianças. Pesquisas existentes indicam que a exposição ao conflito interparental afeta negativamente o desenvolvimento emocional e comportamental das crianças, muitas vezes resultando no aumento da ansiedade, depressão e problemas comportamentais. O foco do presente estudo é perceber como as percepções das crianças sobre o conflito interpessoal interagem com as práticas parentais, segundo as dimensões de responsividade e controle, de mães, de pais e da diferença entre os dois. A amostra é composta por 92 tríades (mãe, pai e filho) de alunos do 5º e 6º ano na área de Lisboa. Os dados foram recolhidos por meio de questionários autopreenchidos que avaliam as práticas parentais e as respostas comportamentais das crianças. Os resultados revelaram associações significativas entre a perceção das crianças do conflito interparental e os comportamentos internalizantes e externalizantes das crianças, bem como diferenças nas práticas parentais entre mães e pais. Essas descobertas ampliam a compreensão da dinâmica familiar em contextos de conflito e sugerem implicações para intervenções destinadas a melhorar o bem-estar das crianças. Pesquisas futuras devem explorar relações causais e ampliar o tamanho da amostra, para aumentar a generalização dos resultados.
- “I’m a teenager and i feel lonely”: Towards identifying the multiple facets and trajectories of lonelinessPublication . Ribeiro, Maria Olívia Moreira; Santos, António José dosLoneliness is currently defined as a negative, painful, and distressful feeling that someone experiences when their relations and their social world is perceived as deficient (Peplau & Perlman, 1982). These feelings are especially salient during adolescence due to the changes and challenges that occur during this developmental period. Given the complex nature of this construct, in the present thesis, our focus was on three relevant aspects: (1) analyze factorial structure and the psychometric characteristics of a multidimensional loneliness measure that considers the different facets of loneliness, (2) examine the possibility of the cooccurrence of the different facets of loneliness, and (3) investigate the stability and changes of loneliness during adolescent years considering three consecutive school years. Adopting the perspective that loneliness is multifaceted, our first aim was to analyze the factorial structure of a loneliness measure, which is RPLQ (Relational Provision Loneliness Questionnaire; Hayden-Thomson, 1989). This measure considers two facets of loneliness (social and emotional) and, simultaneously, the two more important social contexts where these feelings could occur (family and peers). Moreover, it was our intent, establish measurement invariance across sex and age, and establishing discriminant validity. Our results showed substantial support for the construct validity and reliability of the RPLQ. Measurement invariance was established across sex and age, and it was also assumed discriminant validity, provided by the contrast with positive and negative social functioning dimensions in peer group. Studies considering simultaneously the different facets of loneliness and different social relations in which loneliness occurs are lacking. So, in second place, our focus was on the different facets of loneliness in the context of family and peers, and the cooccurrence of them in everyone. Adopting a person-centered approach, our aim was to identify distinct groups of adolescents with similar patterns of social and emotional loneliness within peers and family, and to examine if distinct profiles of loneliness were differently associated with positive and negative features of social adjustment to peer group. Our results revealed two clusters with more adaptative profiles (less-lonely and family-related loneliness) in which adolescents were perceived by peers as having more prosocial behaviors. Two other clusters displayed a more maladaptive profile (more-lonely and peer-related loneliness) in which youths were more likely to be perceived as socially withdrawn, excluded and victimized by peers. Sex differences was found with girls from more-lonely profile showing higher social loneliness related to peers, and social and emotional loneliness related to family context. Finally, longitudinal studies are scarce, and all of them assume that the development process of loneliness was a continuum. So, in third place, our focus was on the stability and changes on loneliness profiles across adolescence. Our aim was to analyze the transitions and transition patterns among the loneliness profiles across the three consecutive school years. Our purpose was to examine the stability and changes in membership profile and examine if there were lasting effects. The association between loneliness and some of its strongest correlates completed our third aim. Our results showed that the less-lonely profile was the more stable, and the More-lonely has the lowest stability. Peer- and Family- related loneliness profiles were moderately stable over time. Even adolescents that showed a tendency to transition to other profiles, they tend to change into a profile with lower loneliness, except for Family-related loneliness profile. Our results also suggest there was a lasting effect of adolescent’s loneliness with those who have a history of this feelings were more likely to be a lonely person later.
- “Pai, mãe, tenho vergonha” Associação entre práticas parentais e vergonha na adolescênciaPublication . Santos, Rita Sampaio Oliveira; Veríssimo, ManuelaInvestigação recente revela que as práticas parentais estão positivamente relacionadas com as emoções autoconscientes de vergonha em adolescentes. Contudo, deparamo-nos com uma carência de investigação que relacione a figura parental e que discrimine entre práticas parentais e estilos parentais. Esta dissertação teve como objetivo perceber as associações entre as práticas parentais, incluindo tanto a mãe como o pai, e a vergonha nos adolescentes. Este é um estudo transversal, que conta com a participação de 207 adolescentes e os seus respetivos educandos (pai e mãe). Os dados foram recolhidos em escolas secundárias de Lisboa, tendo sido aplicado aos pais o instrumento CRPR-Q: Child Rearing Practices Report (Rickel & Lawerence, 1979) e aos adolescentes EVEI–A: Escala de Vergonha Externa e Interna para Adolescentes (Cunha et al., 2021). Os resultados mostraram que, o uso de práticas parentais negativas (restritividade) se encontra associado à vergonha nos adolescentes do sexo masculino. Por outro lado, práticas parentais que tenham por base, feto, aceitação e recetividade (cuidado), estão associadas a uma menor experiência de vergonha sentida pelas adolescentes do sexo feminino. Em conclusão, esta investigação poderá vir a complementar as lacunas existentes e contribuir para a eficácia de futuras intervenções.
- «
- 1 (current)
- 2
- 3
- »