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- Investigação para o acesso à saúde e à educação : estudo qualitativo co-construído com migrantes e profissionaisPublication . Dickinson, Andreia; Carvalho, Beatriz de Palma; Pereira, Ana Isabel; Costa, Casandra; Fernandes, Catarina; Ferreira, Nuno; Felino, Manuel; Palha, Martinho; Cancelliere, Francesca; Marques, Maria EmíliaResumo: Entre 2019 e 2021 procedeu-se à implementação estratégica de um projeto de investigação-ação, psicanaliticamente informado, com o objetivo de caracterizar o acesso à saúde e à educação, desenvolvido junto de populações migrantes da freguesia de Arroios, em Lisboa. Os participantes incluíram migrantes de várias nacionalidades na sua qualidade de utentes de serviços de saúde e/ou educação, e diferentes tipos de profissionais desses serviços. A metodologia, de tipo qualitativo, assentou numa lógica de complementaridade pluridisciplinar e co-participação. Sendo o fenómeno em estudo caracterizado por dimensões subjetivas, intersubjetivas e de circularidade interno-externo, optou-se por colher dados de diferentes naturezas: Observação Participante, Free Association Narrative Interviews e Focus Groups. A recolha ocorreu em espaços públicos da comunidade, duas Unidades de Saúde Familiares e um Agrupamento de Escolas. A análise do material obtido foi executada por grupos de intervisão, através da triangulação dos diferentes tipos de dados que convergiram sob olhares interdisciplinares e clinicamente informados, possibilitando a análise das narrativas e a clarificação das dinâmicas socioinstitucionais. Os resultados revelam a existência de conflito entre a diversidade dos indivíduos no terreno – utentes e profissionais – e as práticas uniformizadoras das estruturas que os acolhem, quer nos contextos educativos quer de saúde. Foi proposta a criação de dinâmicas de co-construção participadas por todos os intervenientes, onde práticas, dificuldades e soluções possam ser debatidas conjuntamente por profissionais de todas as funções, migrantes e redes locais identificadas.
- 40th Anniversary of Mental Models TheoryPublication . Quelhas, Ana CristinaIn 2023, on July 21 and 22, a meeting was organised in honour of Phil Johnson-Laird, celebrating the 40th anniversary of the mental model theory, at the University College London. This book collects the testimonies of many fellow colleagues who wanted to celebrate these dates, and it shows that Phil Johnson-Laird is a unique personality.
- Círculo de diálogos e partilha sobre a COVID-19 : relatório de projetoPublication . Pereira, Ana Isabel; Carvalho, Beatriz; Felino, Manuel; Fernandes, Catarina Veiga; Marques, Maria EmíliaResumo: No presente relatório pretendemos divulgar a implementação de um projeto de intervenção em saúde mental comunitária, psicanalítica e culturalmente informado, junto de populações vulnerabilizadas da área metropolitana de Lisboa e Vale do Tejo, maioritariamente populações migrantes, desenvolvido em parceria pelo Centro de Etnopsicologia Clínica (CEC) do Ispa com a Médicos Sem Fronteiras (MSF), no âmbito da prevenção da Covid-19. O projeto teve como objetivo uma resposta às queixas de sofrimento psicológico identificadas pelas populações no âmbito do contexto pandémico, utilizando como alavanca terapêutica os recursos culturais das próprias comunidades. Para além da criação de respostas clínicas diretas aos beneficiários, o projeto desenvolveu também, junto da equipa MSF e líderes das comunidades no terreno, um trabalho de sensibilização e capacitação em saúde mental. A metodologia do projeto, inscrita nas conceções de investigação desenvolvidas pelo CEC, inclui a passagem da investigação para a intervenção e explora também a passagem de um serviço tradicionalmente de segunda linha para um serviço de prevenção/primeira linha. Este projeto permite discutir a criação de metodologias de intervenção onde as próprias comunidades participam em todas as fases de conceção, implementação e avaliação das atividades e onde os aspetos ligados ao trabalho de resgate da subjetividade em contextos de emergência/crise podem ter um lugar central.
- Os contributos da organização do ambiente educativo e do papel do educador de infância na promoção da autonomia das criançasPublication . Menezes, Maria Sameiro Ferraz de; Mata, Maria de Lourdes Estorninho NevesEste trabalho centra-se numa reflexão sobre a organização do ambiente educativo e o papel do educador no desenvolvimento da autonomia das crianças, em contextos de educação de infância, procurando-se construir um olhar aprofundado e fundamentado na literatura sobre as práticas e estratégias promotoras desta competência. Foi desenvolvido um estudo numa sala de Jardim-de-Infância com um grupo etário heterogéneo de 20 crianças de 4-5 anos e a respetiva educadora. Definiram-se dois eixos orientadores de análise ao longo deste trabalho: (1) Comportamentos do educador de infância que promovem a autonomia das crianças; e (2) Características da organização do ambiente educativo que promovem a autonomia. Esta investigação assentou numa metodologia qualitativa, recorrendo a técnicas e instrumentos como a observação, sustentada através de notas de campo, e uma entrevista realizada à educadora cooperante. Os resultados revelaram a importância da promoção da autonomia nas crianças desde cedo, destacando que esta competência é potenciada na presença de um educador que motive e incentive as crianças a terem iniciativas, auxiliando-as e apoiando as suas escolhas. Estes princípios devem estar presentes na organização do ambiente educativo, contemplando as perspetivas das crianças e possibilitando que persigam os seus interesses e escolhas, sendo elementos centrais para o desenvolvimento da autonomia. Constatouse que a construção da autonomia das crianças depende das conceções do educador, implicando uma reflexão, conhecimento e intencionalidade na sua prática educativa que sustentem oportunidades que valorizem as escolhas e perspetivas das crianças.
- Plano individual de trabalho, tempo de estudo autónomo e autonomia na aprendizagem em alunos de uma turma do 1.º CEBPublication . Casaca, Ana Carolina Mourinha; Martins, Margarida AlvesEsta investigação foi realizada num colégio privado, num grupo de 18 crianças que se encontram no 4º ano de escolaridade. A professora titular bem como a instituição regem-se pelo Modelo do Movimento da Escola Moderna, onde o desenvolvimento da competência da autonomia está presente em toda a rotina do grupo, nomeadamente nos Tempos de Estudo Autónomo, que são regulados pelo Plano Individual de Trabalho. Assim, o principal objetivo deste estudo é compreender de que forma este instrumento de pilotagem associado ao Tempo de Estudo Autónomo estão relacionados com a promoção da autonomia na aprendizagem dos alunos, surgindo duas questões de investigação: Qual o papel Plano Individual de Trabalho e do Tempo de Estudo Autónomo na promoção da autonomia dos alunos no seu processo de aprendizagem? A metodologia utilizada foi de natureza qualitativa, sendo que os instrumentos de investigação utilizados a observação naturalista, a observação sistemática com duas grelhas de observação e a realização de entrevistas. Os registos realizados no diário de bordo são também instrumentos que apoiam a recolha de dados para o estudo. Os resultados revelam que o Tempo de Estudo Autónomo associado ao Plano Individual de Trabalho desenvolvem a autonomia na aprendizagem das crianças, existindo por isso vantagens na sua adoção nas práticas pedagógicas.
- As mudanças na área da violência doméstica contra as mulheres em PortugalPublication . Cardoso, Raquel Cristina Paulo Pinheiro Vieitas; Ornelas, José H.A investigação descrita nesta tese, intitulada “As Mudanças na Área da Violência Doméstica Contra as Mulheres, em Portugal “, foi elaborada tendo em vista uma análise e reflexão sobre a criação de respostas na área da violência doméstica contra as mulheres, em Portugal. Este é um estudo transversal, onde se procura analisar os vários componentes do processo de mudança, tendo por pressuposto que, a violência doméstica contra as mulheres é um problema que afeta toda a sociedade devendo, como tal, ser objeto de profundas mudanças culturais e de intervenções abrangentes, promotoras do fortalecimento das sobreviventes. Recorrendo a uma abordagem multi-métodos, pretendeu-se percecionar as perspetivas de profissionais sobre os acontecimentos cruciais no processo de mudança da resposta à violência doméstica contra as mulheres em Portugal; percecionar a perspetiva das sobreviventes de violência doméstica sobre o impacto dessas mudanças nas suas vidas e explorar a prontidão dos profissionais para intervirem nestas situações. Para recolha de informação proveniente de várias fontes foi implementado um processo por etapas visando: a recolha de evidências documentais; a realização de entrevistas a profissionais(n=20) provenientes dos vários sistemas que são chamados a intervir (Justiça, Policias, Saúde e Organizações de Base Comunitária), sobre os eventos críticos que mais contribuíram para as mudanças na área da violência contra as mulheres em Portugal; a realização de entrevistas a mulheres sobreviventes de situações de violência doméstica (n=12), focando no impacto das reformas implementadas no seu percurso de vida e, a tradução, validação e aplicação do Physician Readiness to Manage Intimate Partner Violence Survey (PREMIS) a profissionais (n=585) da Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica. Os resultados obtidos permitem-nos afirmar que em Portugal tem havido mudanças significativas na área da violência doméstica contra as mulheres, ao nível das políticas públicas; da legislação; dos serviços e recursos de apoio e de campanhas para a sensibilização da opinião pública. No entanto, a intervenção continua a ser individual ou familiar, reativa, centrada nos profissionais, sendo as sobreviventes percecionadas como recetoras passivas dos serviços. Assim, continua a ser necessário promover mudanças na área da violência doméstica pois é fundamental que as respostas se tornem mais flexíveis tendo em conta a diversidade de cada sobrevivente, que os profissionais passem a considerar as sobreviventes como colaboradoras ativas dos processos de mudança, investir no desenvolvimento de parcerias colaborativas promotoras do empowerment comunitário e investir numa abordagem pró-ativa, através de estratégias de prevenção.
- A transição entre a educação pré-escolar e o primeiro ciclo do ensino básico - conceções e práticas de educadores de infância e de professores do primeiro cicloPublication . Fernandes, Carla Marisa Costa; Mata, Maria de Lourdes Estorninho NevesO objetivo principal desta investigação consiste na descrição, caracterização e comparação de conceções e práticas pedagógicas, de Educadores de infância e de Professores do Primeiro Ciclo do Ensino Básico (1.º CEB), no que diz respeito à transição e adaptação escolar das crianças a um novo ciclo de ensino. A transição e continuidade pedagógica e organizacional entre a Educação Pré-Escolar e o 1.º CEB são reconhecidas, nacional e internacionalmente, em estudos que destacam a necessidade e os benefícios da sequencialidade, progressiva e contínua, no percurso educativo das crianças. A literatura tem evidenciado que o desenvolvimento de programas e a operacionalização de atividades na área das transições educativas está positivamente correlacionada com resultados sociais e escolares posteriores. Uma forte colaboração entre todos os intervenientes no percurso educativo da criança é a chave para transições bemsucedidas. Desenvolveram-se dois estudos complementares, onde se analisaram as conceções dos docentes sobre a transição educativa, os seus fatores facilitadores, assim como os fatores que podem dificultar esse processo. Identificaram-se estratégias consideradas prioritárias, e práticas pedagógicas desenvolvidas na promoção de transições bem-sucedidas. No Estudo I participaram 35 educadores e 35 professores, e, seguindo uma abordagem qualitativa, foi realizada a análise de conteúdo ao discurso dos docentes, recolhido através de entrevistas semiestruturadas. O Estudo II, realizado como complemento ao Estudo I, seguiu uma abordagem quantitativa, com recurso a inquérito por questionário, com disseminação online. Com o objetivo de ampliar e aprofundar a compreensão dos processos de transição e adaptação, este estudo envolveu uma amostra alargada, com a participação de 1321 educadores e 918 professores. Os resultados globais indicam a existência de diferenças ao nível das conceções desses docentes sobre a transição e adaptação das crianças ao 1.º CEB. Os dados analisados transpareceram uma visão de transição e adaptação escolar assente numa perspetiva ecológica, reconhecendo o envolvimento de diferentes contextos e intervenientes na transição educativa, com especial destaque ao papel das crianças, das famílias e das escolas. Revelaram a existência de diferenças na importância atribuída a cada um dos contextos e intervenientes, bem como ao papel que cada um pode desempenhar. Apesar do reconhecimento de uma abordagem ecológica, os docentes enfatizaram as competências das próprias crianças como facilitadoras da adaptação ao novo ciclo. Transpareceram também uma clara valorização das competências socioemocionais das crianças e a importância atribuída ao desenvolvimento das áreas de formação pessoal e social em contexto de jardim de infância. Verificou-se ainda que esses docentes atribuíram um peso considerável ao desenvolvimento de competências associadas às futuras aprendizagens escolares. Os docentes identificaram, como fatores que poderão condicionar uma transição e adaptação positiva das crianças ao 1.º CEB, a atuação das famílias e a existência de descontinuidade pedagógica, organizacional e curricular, assim como dificuldades na articulação entre os dois níveis de educação. Os principais contributos para a prática consistem na necessidade de se antever e refletir intencionalmente as transições, bem como de cooperação e articulação contínua entre docentes, com o objetivo de co-construção das transições, para que essas se constituam como períodos de desenvolvimento e crescimento harmonioso das crianças.
- Gestão sustentável de recursos humanos e desempenho: O efeito mediador da identificação organizacionalPublication . Polidoro, Inês Mendes; Cesário, FranciscoAs organizações têm sido extremamente pressionadas a reposicionarem as suas linhas de atuação em matéria de Gestão Sustentável de Recursos Humanos (GSRH) devido à crescente preocupação em torno da sustentabilidade ambiental e do cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Neste sentido, torna-se necessário adotar políticas mais eficientes, sustentáveis e capazes de minimizar e desacelerar o impacto das alterações climáticas e da destruição dos recursos naturais. Desta forma, desenvolveu-se um estudo empírico, de natureza quantitativa e descritiva, com carácter hipotético-dedutivo, com o intuito de contribuir para uma compreensão mais aprofundada sobre a GSRH tendo como foco a perceção formulada pelos colaboradores em relação à organização aquando da implementação de práticas green. Concomitantemente, pretende-se aferir se a identificação organizacional constitui um dos mecanismos pelo qual é explicado o efeito das práticas de GSRH sobre o desempenho. Os resultados obtidos a partir da amostra constituída por 215 participantes, dos quais 75 (34.9%) eram do género masculino e 140 (65.1%) do género feminino, com uma média de idades de 40.41, permitem confirmar a pertinência da adoção de uma Gestão Sustentável de Recursos Humanos para bons níveis de Identificação Organizacional e Desempenho Individual, mais concretamente, Desempenho de Contexto.
- O enriquecimento trabalho-extra trabalho como preditor da satisfação com a vida numa relação mediada pela satisfação com o trabalho e moderada pela autoliderançaPublication . Lobato, Constança Lopes; Caetano, AntónioEste estudo tem como propósito perceber em que medida o enriquecimento trabalho-extra trabalho pode influenciar a satisfação com a vida através da satisfação com o trabalho e analisar o papel moderador da autoliderança sobre essa mediação. É um problema pertinente uma vez que o enriquecimento trabalho-extra trabalho e a satisfação com o trabalho se refletem no bem-estar individual das pessoas e no seu desempenho. A autoliderança, por sua vez, capacita os indivíduos para se autogerirem, tomarem medidas proativas para os seus objetivos, se autoavaliarem e autoregularem, constituindo uma estratégia relevante para alcançar a satisfação com a vida. A abordagem deste estudo é não-experimental, transversal e de carácter correlacional e os dados foram recolhidos por meio da aplicação de um questionário online preenchido por 153 participantes voluntários. Verificou-se que colaboradores com maior enriquecimento trabalho-extra trabalho apresentam maior satisfação com a vida e que a satisfação com o trabalho medeia parcialmente esta relação. Os resultados deste estudo reforçam a importância do enriquecimento trabalho-extra trabalho associado à satisfação com a vida e explora um modelo ainda não estudado, que seja do nosso conhecimento, de como as variáveis estão relacionadas, introduzindo a autoliderança como variável moderadora. Os resultados sugerem iniciativas que os responsáveis das organizações podem vir a implementar para proporcionarem maior enriquecimento na relação entre o tempo de trabalho e o tempo extra-trabalho e assim contribuírem para aumentar a satisfação dos seus colaboradores, seja esta no próprio trabalho ou na vida em geral.
- Diversidade e inclusão nas organizações: Compreender o efeito no compromisso organizacionalPublication . Lourenço, Tiago Carvalho; Cesário, FranciscoEste estudo visa investigar a relação entre a diversidade, a inclusão e o compromisso organizacional. Uma amostra de 190 colaboradores de diversas organizações realizou inquéritos para medir as suas perceções sobre a inclusão e o compromisso organizacional, enquanto a diversidade no local de trabalho foi operacionalizada através das características sociodemográficas dos colaboradores. Os resultados indicam que a inclusão está positivamente relacionada com o compromisso organizacional. Contudo, não foi possível aferir se a relação entre a inclusão e o compromisso organizacional é considerada mais forte entre os colaboradores que se identificaram com grupos sociodemográficos sub-representados, não corroborando assim que a diversidade, através das características sociodemográficas dos colaboradores, moderou esta relação. No geral, estas conclusões sugerem que a criação de um ambiente de trabalho inclusivo e diversificado pode ser particularmente importante para aumentar o compromisso organizacional dos colaboradores. As implicações práticas e teóricas destas descobertas são discutidas.