PSOC - Tese de doutoramento
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing PSOC - Tese de doutoramento by Issue Date
Now showing 1 - 10 of 23
Results Per Page
Sort Options
- Construction sociale de la violence: Approche cognitive et developpementalePublication . Monteiro, Maria Benedicta; Leyens, Jacques-PhilippeInexistente
- Production sociale de la violence: Représentations et comportementsPublication . Vala, JorgeInexistente
- Theorie systemique de l'exploitation des paysages touristiquesPublication . Barracho, Carlos; Moles, Abraham
- "Inteligências": Estudo das representações sociais da inteligência - Perspectivas "desenvolvimentistas" e de género e dinâmicas representacionaisPublication . Amaral, Virgílio Ribeiro; Carugati, Felice; Vala, JorgeInexistente
- Percepções de justiça na adolescência: A escola e a legitimação das autoridades institucionaisPublication . Pereira, Maria Gouveia; Vala, JorgeEste trabalho tem como objectivo analisar os efeitos da percepção de justiça do comportamento dos professores sobre a legitimação da autoridade escolar e a avaliação da autoridade institucional. Pretendemos também analisar a reputação social enquanto variável mediadora da relação entre a percepção de justiça dos comportamentos dos professores e a legitimação da autoridade escolar. Esta investigação estrutura-se em três partes. Na Parte I, composta por 2 capítulos, abordámos a literatura que nos permite contextualizar a problemática da investigação. No primeiro capítulo, procedemos à descrição das tarefas de desenvolvimento da adolescência e abordámos algumas perspectivas teóricas que se centram na análise da relação do indivíduo com a autoridade. O segundo capítulo desta parte analisa a relação entre a experiência escolar e as atitudes dos adolescentes face à autoridade institucional. A Parte II é constituída por 5 capítulos, nos quais se pretende dar conta do enquadramento teórico no âmbito da justiça social, nomeadamente no âmbito do Modelo do Valor do grupo e do Modelo Relacionai da Autoridade. No primeiro capítulo desta parte discorremos sobre uma revisão global da literatura referente aos aspectos distributivos, procedimentais e interaccionais da justiça e sua inter-relação bem como sobre os estudos fenomenológicos que analisam o significado que as percepções de justiça assumem em situações justas e injustas. O segundo capítulo desta parte dá conta da evolução do Modelo do Valor do Grupo e da dinâmica psicológica da justiça procedimental e dos estudos empíricos que ilustram o significado expressivo e relacional do factor voz. O capítulo três debruça-se sobre as explicações teóricas relativas ao efeito da interacção entre as dimensões de justiça - distributiva, procedimental e interaccional. O quarto capítulo dedica-se a rever os estudos sobre a justiça no contexto da escola. O capítulo cinco aborda o Modelo Relacional da Autoridade, que articula os julgamentos de justiça e a legitimação da autoridade; e, finalmente, o sexto capítulo desta parte aborda a dimensão dos julgamentos comparativos no âmbito da justiça distributiva e da justiça procedimental. A Parte III da tese, composta por cinco capítulos, apresenta os estudos empíricos desta investigação. O primeiro capítulo desta parte centra-se na análise dos factores críticos da experiência escolar - percepções de justiça - na legitimação dos professores e na avaliação da autoridade institucional extra-escolar. A nossa hipótese principal, de que a qualidade da relação com os professores é transposta para a avaliação das autoridades extra-escolares, é confirmada pelos resultados obtidos. O segundo capítulo desta parte é constituído por um estudo sobre a relação entre a percepção de justiça dos adolescentes relativamente às figuras parentais e a avaliação destes acerca da autoridade institucional. Os resultados obtidos confirmam a nossa hipótese de que a percepção de justiça do comportamento dos professores influencia mais a avaliação da autoridade institucional do que a percepção de justiça do comportamento dos pais. O capítulo três desta parte apresenta a validação do Modelo do Valor do Grupo, com adolescentes portugueses, em escola secundárias. No capítulo quatro desta parte apresentamos um estudo experimental, cujos resultados mostram a relevância dos julgamentos comparativos na legitimação dos professores em situações de injustiça, bem como confirmam e reforçam a importância dos aspectos relacionais de justiça na legitimação dos professores, em situações justas. Finalmente, o capítulo cinco desta terceira parte, analisa o impacto da percepção de justiça na reputação social, bem como o papel mediador da reputação da relação entre a percepção de justiça e a legitimação dos professores. Os resultados obtidos mostram que a percepção de justiça do comportamento dos professores influencia a construção da reputação dos adolescentes. Por sua vez, a reputação é um dos mecanismos psicológicos subjacentes à relação entre a percepção de justiça e a legitimação dos professores. Com efeito, experiências de qualidade com os professores (julgamentos relacionais de justiça) levam a que os adolescentes construam a sua reputação com base em categorias prototípicas da escola e assumem, também, uma função de socialização na aquisição de valores sociais e morais. ------ ABSTRACT ------ The objective of this work is to analyse the effects of perception of justice of teachers' behaviour on the legitimacy of school authority and the evaluation of institutional authority. We also intend to analyse social reputation as a mediating variable in the relationship between the perceptions of justice of teachers' behaviour and the legitimacy of school authority. This investigation is made up of three parts. In part I, consisting of three chapters, we approach the literature that allows us to contextualize the problem of the investigation. In the first chapter, we go on to describe adult development tasks and some theoretical perspectives centered on the analysis of the individuals relationship with authority. The second chapter in this part analyses the relationship between school experience and adolescents' attitudes towards institutional authority. Part II is made up of 5 chapters, in which we aim to fit in successfully the theoretical framework in the scope of social justice, namely in the remit of the Group Value Model (Modelo do Valor do Grupo) and the Relational Authority Model (Modelo Relacional da Autoridade). In the first chapter of this part, we talk at length about globaily revising literature referring to distributive, procedural and interactive aspects of justice and its inter-relation and about phenomenologist studies that analyse the meanings that perceptions of justice assume in just and unjust situations. The second chapter of this part reports on the evolution of the Group Value Model and the psychological dynamic of procedural justice and empiric studies that illustrate the expressive and relational meaning of the voice factor. Chapter three examines the theoretical explanations relative to the effects of interaction among the dimensions of justice - distributive, procedural and interactive. Chapter four is dedicated to reviewing studies on justice in a school context. Chapter five brings up the Relational Authority Model, which speaks about judgments of justice and the legitimacy of authority. Finally, chapter six of this part broaches the dimension of comparative judgments in the scope of distributive justice and procedural justice. Part III of this thesis, comprising 5 chapters, presents this investigation's empirical studies. The first chapter of this part is centered on the analysis of critical factors in school experience - perceptions of justice, in teachers' legitimacy and in the evaluation of extra-school authority. Our main hypothesis, that the quality of the relationship with teachers is transposed in the evaluation of extra-school authorities, is confirmed by the results obtained. The second chapter m this part is made up of a study of the relationship between the adolescents' perceptions of justice relative to parental figures and their evaluation of institutional authority. The results obtained confirm our hypothesis that the perception of justice of teachers' behaviour influences more the evaluation of institutional authority than the perception of justice of parents' behaviour. Chapter three of this part validates the Group Value Model, with Portuguese adolescents, in secondary schools. In chapter four of this part we present an experimental study, whose results show the relevance of comparative judgments of teachers' legitimacy in situations of injustice and confirm the importance of relational aspects of justice in teachers' legitimacy in just situations. Finally, chapter five of this part analyses the relationship between perception of justice and construction of social reputation, as well as the mediating role of reputation in the relationship between perception of justice and teachers' legitimacy. The results obtained show that the perception of justice of teachers' behaviour influences the construction of adolescents reputations. In turn, reputation is one of the underlying psychological mechanisms in the relationship between perception of justice and teachers' legitimacy. In fact, quality experiences with teachers (judgments related to justice) lead adolescents to construct their reputation based on the school's prototypical categories and take on a role of socialization in the acquisition of social and moral values.
- Torneios (ir)reais violentos em jogos electrónicos: Efeitos psicológicos e sociaisPublication . Ferreira, Patrícia Paula Lourenço e Arriaga; Monteiro, Maria BenedictaAté à data, a investigação tem realçado de modo consistente que a exposição à violência transmitida através dos media produz efeitos nefastos nos espectadores. Um tipo de entretenimento interactivo mais recente - os jogos electrónicos violentos - tem suscitado idêntica preocupação mercê da grande popularidade de que goza entre os jovens. Um número crescente de estudos tem vindo a revelar uma associação entre jogar jogos violentos e a agressão interpessoal. Porém, existem poucos estudos que visem compreender os mecanismos psicológicos subjacentes a este efeito ou averiguar as condições em que este efeito é susceptível de ocorrer. Com base no Modelo Geral da Agressão, foram realizados quatro estudos experimentais, maioritariamente com estudantes universitários, para examinar os efeitos de jogar jogos violentos em variáveis psicológicas e comportamentais subsequentes. No geral, os dois primeiros estudos mostraram que os participantes que jogaram jogos violentos, comparados com os participantes em condições de jogo não-violento, apresentam um estado afectivo hostil de maior magnitude e um maior comportamento agressivo interpessoal. A análise de mediação indicou que a intensificação do estado afectivo hostil após o jogo violento contribui para explicar o comportamento agressivo. Não se verificaram efeitos moderadores da agressividade e do sexo dos participantes. O terceiro estudo sugeriu que jogar um jogo violento também conduz a uma dessensibilização emocional à violência, embora apenas para jogadores habituais deste tipo de jogos. O quarto estudo evidenciou ainda que jogar um jogo violento pode conduzir a comportamentos agressivos através do efeito mediador da dessensibilização emocional à violência, moderada pela exposição repetida a jogos violentos. ------ ABSTRACT ------ Research so far has produced consistent evidence about the harmful effects of exposure to media violence on viewers. Recently, a new type of interactive entertainment - violent electronic games - has begun to evoke identical concerns as it became highly popular among the youth. A growing body of research is linking violent game playing to aggressive behaviour. However, only a few studies have been specifically designed to understand the psychological mechanisms underlying this effect or to address the conditions under which this effect may occur. Within the framework of the General Aggression Model, four experimental studies were conducted mostly with undergraduate students to assess the effects of playing violent computer games on later psychological and behavioural variables. The first two studies have shown that, on the whole, participants who played violent games, compared to those in non-violent game conditions, exhibited a higher hostile affect and a more aggressive interpersonal behaviour. The mediation analysis indicated that an increase in the hostile effect after playing the violent game accounted for that aggressive behaviour. No evidence was found of moderating effects such as participants' aggressiveness and gender, on that relationship. The third study suggests that playing a violent computer game also leads to an emotional desensitization to violence, although this effect is present only in usual players of these types of games. The fourth study shows evidence that through the mediation effect of emotional desensitization to violence, moderated by repeated exposure to violent games, playing a violent game can lead to aggressive interpersonal behaviours.
- Variables psicológicas y rendimiento deportivo en el fútbol profesionalPublication . Almeida, Pedro Henrique Garcia Lopes de; Fernandez, José María BucetaLo presente trabajo abordó, a lo largo de dos estudios, la relación entre las variables psicológicas y lo rendimiento deportivo en el fútbol profesional. El primer estudio, se orientó hacia la adaptación de dos instrumentos que permitieran evaluar un conjunto de variables psicológicas relacionadas con el rendimiento deportivo. Así, en la adaptación del primer instrumento, denominado Podium-Fútbol, participaron 120 atletas del sexo masculino de seis equipos de fútbol profesional. Este instrumento se halla definido por medio de tres subescalas, que evalúan las siguientes variables psicológicas precompetitivas: Motivación/Autoconfianza; Ansiedad; y Activación Física y Mental. El segundo instrumento es la versión portuguesa del Group Environment Questionnaire (Carron, Widmeyer & Brawley, 1985) y se ha denominado de GEQ_pt. En su adaptación participaron 299 atletas de lo sexo masculino y 105 del sexo femenino, practicantes de 12 modalidades deportivas. Este cuestionario tiene como objetivo evaluar el grado de Cohesión percibida por los deportistas, definiéndose por cuatro subescalas: Atracción Individual para el Grupo – Social, Atracción Individual para el grupo – Tarea, Integración en el Grupo – Social e Integración en el Grupo – Tarea. Los datos psicometricos obtenidos, apoyan la validez factorial y la fiabilidad de ambos instrumentos y su potencial utilidad para la investigación e intervención psicológica en contextos deportivos. El segundo estudio, que se constituyó por dos partes, tenia como objetivo analizar en el fútbol profesional y a lo largo de una temporada deportiva, las relaciones existentes entre los estados psicológicos precompetitivos y el Rendimiento Deportivo. Para ello, en la primera parte de este estudio de carácter longitudinal, se recurrió a una muestra constituida por 23 futbolistas seniors masculinos y a la aplicación de los dos instrumentos adaptados en el primer estudio que miden los estados psicológicos precompetitivos, y posteriormente a la evaluación del rendimiento subjetivo (auto y heteroevaluado) y del rendimiento objetivo durante el momento competitivo, en un total de 10 partidos observados. La principal conclusión obtenida es que no se puede explicar un fenómeno tan complejo como el rendimiento deportivo, reduciéndolo a una sencilla relación con las variables psicológicas, sino a su interacción con otras variables que –en buena medida- son muy difíciles de controlar y estudiar. En la segunda parte de este estudio lo objetivo fue analizar la influencia de los factores psicológicos precompetitivos sobre el rendimiento de los deportistas en dos periodos temporales diferentes (tiempo global y primeros 15 minutos del partido). Además, se intentó percibir de qué forma el primer momento competitivo podría influir sobre el rendimiento de los deportistas estudiados. Para ello, se efectuó un análisis múltiple de casos con los 5 deportistas seleccionados que pertenecen al equipo estudiado en la primera parte de este estudio. Los resultados permitieron constatar la existencia de indicadores muy potentes de que los deportistas consiguen modificar y alterar un eventual rendimiento inicial considerado negativo, y encaminarlo hacia un rendimiento final positivo, según la existencia de mayores o menores habilidades psicológicas rasgo. Adicionalmente, los resultados parecen indicar que cada uno de los diversos factores psicológicos precompetitivos tiene influencia en los rendimientos obtenidos por los deportistas participantes en este estudio. Sin embargo, esta influencia parece ser más poderosa y determinante cuando las variables psicológicas precompetitivas se combinan entre ellas. Por último se sugieren algunas implicaciones teóricas y conceptuales, así como algunas implicaciones para la realización de intervenciones e investigación en el ámbito deportivo.
- “No pior dos mundos possíveis”: O pensamento contrafactual e a percepção do crime de violação contra as mulheresPublication . Martins, Ana Cristina CarvalhoA avaliação do desenlace de determinada situação, por nós experienciada ou observada, é realizada, boa parte das vezes, com base em alternativas imaginadas para a mesma, alternativas que concorrem para um outro remate final e que podem consistir em eliminar, substituir ou distorcer os seus antecedentes temporais ou causais (e.g., Nario- Redmond & Branscombe, 1996; Roese & Olson, 1993; Wells & Gavanski, 1989). Estas simulações mentais são designadas, na literatura, de pensamentos contrafactuais e decorrem da nossa propensão para gerar, espontaneamente, vários mundos possíveis nos quais os eventos se configuram com um desfecho diferente, principalmente, ainda que não só, quando esses eventos nos são adversos, provocando-nos, nomeadamente, reacções afectivas negativas (e.g., Kahneman & Miller, 1986; Miller, Turnbull, & McFarland, 1990). Desde o trabalho basilar de Kahneman e Tversky (1982a) que múltiplos estudos se têm desenvolvido, debruçando-se, em particular, sobre três vertentes distintas: As leis que governam esta forma de proceder à reversão do passado, as suas consequências e funções e a sua relação com a atribuição causal. Quanto à primeira, tem sido possível concluir que existem constrangimentos ao nível do pensamento contrafactual, ou seja, que o mesmo é regido por regras, as quais determinam a maior ou menor mutabilidade de uns antecedentes relativamente a outros. No que respeita à segunda, verifica-se que o processo referido não é psicologicamente inócuo pois, uma vez activado, afecta um vasto leque de julgamentos e sentimentos, servindo, paralelamente, várias funções (e.g., Galinsky et al., 2005; Johnson & Sherman, 1990; Kray et al., 2010; McMullen, Markman, & Gavanski, 1995; Markman et al., 1995; Markman & Tetlock, 2000; Markman & Weary, 1998; Roese, 1994; Roese & Olson, 1995a; Sanna, 1996; Sanna & Turley-Ames, 2000; Sherman & McConnell, 1995). À abordagem funcional do pensamento contrafactual veio juntar-se a asserção, e posterior comprovação empírica, de que este poderia ser nefasto para alguns sujeitos, nomeadamente para aqueles que se encontrassem deprimidos, como é o caso das vítimas de violação (e.g., Markman, Karadogan, Lindberg, & Zell, 2009; Markman & Miller, 2006; Markman & Weary, 1996; Quelhas, Power, Juhos, & Senos, 2008; Sherman & McConnell, 1995; Tykocinski & Steinberg, 2005). Por fim, os estudos dedicados à sua relação com o processo de atribuição causal têm defendido posições díspares, compondo uma controvérsia ainda persistente (para uma revisão da literatura e proposta de um modelo de integração ver, e.g., Senos, 2008) Na presente dissertação analisámos o pensamento contrafactual acerca da violação e a percepção deste crime, versando sobre as três vertentes enunciadas, com o objectivo de produzir um conhecimento mais aprofundado acerca do mesmo. Paralelamente, inspirados nos trabalhos de Byrne (2005) e de Mandel e Lehman (1996), estudámos o grau de mutabilidade dos comportamentos proibidos da vítima em termos do não cumprimento de normas de segurança, explorando, desta forma, uma variável escassamente abordada, a qual designámos de Factor prevenção. Foram realizados treze estudos, maioritariamente de natureza experimental e com recurso a cenários, agrupados em cinco séries de acordo com a lógica e propósitos subjacentes. Os resultados evidenciaram uma tendência preponderante e consistente para a focalização em comportamentos da vítima, mesmo perante outros antecedentes disponíveis. Estes são discutidos em termos da funcionalidade do pensamento contrafactual junto de observadores e de vítimas de violação, e das potenciais consequências daí decorrentes, nomeadamente no que respeita a um discurso que pode configurar uma situação de heterovitimização secundária e ao comprometimento do suporte social a ser prestado às mesmas. ----------- ABSTRACT ---------- The evaluation of the outcome of a given situation, experienced or observed by us, is done majorly by imagining alternatives to it. This alternatives tend to promote a different scenario and may consist in eliminating, substituting or distorting its' causal or temporal antecedents (e.g., Nario-Redmond & Branscombe, 1996; Roese & Olson, 1993; Wells & Gavanski, 1989). These mental simulations, designated, by the literature, as counterfactual thoughts emerge from our tendency to generate, spontaneously, several possible worlds in which events may conduct to different outcomes, especially when factual events are negative or adverse, inducing negative affective reactions (e.g., Kahneman & Miller, 1986; Miller, Turnbull, & McFarland, 1990). Since the seminal work of Kahneman and Tversky (1982a), several studies have been developed, focusing, particularly, on three different issues: The laws that govern this form of reversal of past events, their consequences and functions, and its relation with causal attribution. In a first place, it has been possible to conclude that there are some constraints to counterfactual thinking, that is, there are some rules that determine the level of mutability of the various antecedents of an event. The second plane of thought has stated that the referred process is not psychologically neutral given that once activated it affects a vast spectrum of judgements and feelings and serve several functions (e.g., Galinsky et al., 2005; Johnson & Sherman, 1990; Kray et al., 2010; McMullen, Markman, & Gavanski, 1995; Markman et al., 1995; Markman & Tetlock, 2000; Markman & Weary, 1998; Roese, 1994; Roese & Olson, 1995a; Sanna, 1996; Sanna & Turley-Ames, 2000; Sherman & McConnell, 1995). To the predominant functional approach to counterfactual thinking joins the empirical observed assertion that this kind of mental product could also carry severe disadvantages to subjects, namely to depressed people, as is the case of rape victims (e.g., Markman, Karadogan, Lindberg, & Zell, 2009; Markman & Miller, 2006; Markman & Weary, 1996; Quelhas, Power, Juhos, & Senos, 2008; Sherman & McConnell, 1995; Tykocinski & Steinberg, 2005). Finally, the works about the relationship between counterfactual thought and the process of causal attribution have produced antagonistic results, resulting in a controversial debate until today (for an updated literature revision and an integrative model see, e.g., Senos, 2008). Within this thesis we set ourselves to analyse counterfactual thought about rape and the perception of this crime, anchoring on this three lines of investigation, in attempt to produce a more profound knowledge about this scientific field. Also, based on the work of Byrne (2005) and on that of Mandel and Lehman (1996), we studied the level of mutability of the forbidden behaviours of the victim in the sense that do not respect security norms. Thus, we explore a still little studied variable that we designated by Factor of preventability. We have conducted thirteen studies, primarily of experimental nature and using scenarios, grouped in five series according with their logic and objectives. Results showed a preponderant and consistent tendency for participants to focalize on victim’s behaviours, even when in the presence of another antecedents. We discuss them in terms of the functionality of counterfactual thinking for observers and rape victims, and in terms of its potential consequences, namely in respect to a discourse that may be traduced in a secondary hetero-victimization and in respect to the probable failure of social support to be provided to these women.
- Controlo de impactos indesejados em contexto persuasivo: Correcção, supressão e seus efeitos irónicosPublication . Silva, Pedro José dos Santos Ponte daEsta tese aborda o tópico do controlo mental de influências indesejadas num contexto persuasivo. Abordagens anteriores (e.g., Petty, Wegener & White, 1998), que apenas consideravam a correcção como forma de um individuo evitar influências indesejadas na sua atitude, são alargadas, focando também o processo de supressão de pensamentos. Apesar destes processos terem sido considerados em diferentes campos de investigação (ver Wenzlaff & Wegner, 2000), ainda não tinha sido, até à data, estudado no campo da persuasão. Os estudos desenvolvidos até ao momento associam o envolvimento em supressão à promoção de efeitos irónicos. Isto é, a procura de suprimir um pensamento indesejado da nossa mente leva frequentemente à paradoxal maior manifestação dessa influência que se procurava evitar. Assim, neste trabalho, testamos a ocorrência de efeitos irónicos como resultado de controlo mental em contexto persuasivo em quatro experimentos. Testamos esta possibilidade não apenas para o envolvimento em supressão, mas também em resultado de processos correctivos, os quais sugerimos também poderem ter efeitos irónicos. Como efeitos irónicos se podem verificar quer durante a supressão (efeitos irónicos imediatos) quer num momento posterior (efeitos irónicos pós-supressão / de ricochete) abordamo-los nesses dois momentos. No Experimento 1, focando o controlo da influência do estado de espirito nas atitudes, encontramos evidência inicial de efeitos irónicos, detectando-se um efeito de ricochete associado a supressão. Este efeito verificou-se em resultado de supressão do estado de espírito induzido, numa medida da sua acessibilidade após a situação persuasiva. Adicionalmente, e como esperado, confirmou-se a importância do momento em que o controlo mental é desencadeado, na promoção de efeitos irónicos. Ao manipular este factor, apenas se manifestou um efeito de ricochete com supressão quando esta estratégia foi promovida logo na apresentação inicial da situação persuasiva e não quando foi promovido após o seu processamento inicial. No Experimento 2, promovemos controlo mental do estado de espírito de modo indirecto, por definição de uma necessidade de controlo de outras influências nas atitudes. Neste caso, não se detectou qualquer efeito irónico. No Experimento 3, os efeitos irónicos associam-se a supressão (e não a correcção), manifestando-se ao nível das atitudes na situação onde o controlo é exercido e numa situação persuasiva subsequente. A variável indesejada (atractividade da fonte da mensagem) está presente em ambas, mas os participantes apenas recebem instruções de controlo mental na primeira. O Experimento 4, confirma a importância do momento em que o controlo mental é desencadeado na promoção de efeitos irónicos. No entanto, em contraste com os Experimentos 1 e 3, o efeito irónico na situação persuasiva subsequente (efeito de ricochete) não é encontrado como resultado de supressão, mas apenas como resultado da procura de correcção. Tal facto apoia a possibilidade da estratégia de correcção também se associar a efeitos irónicos. A associação de efeitos irónicos a diferentes estratégias em diferentes experimentos, leva-nos a sugerir que, ainda que ambas os possam promover, a probabilidade da sua ocorrência para cada estratégia pode estar dependente das características do contexto persuasivo em que são desencadeadas. Neste sentido, apresenta-se a variação na quantidade de elaboração de informação sobre os objectos atitudinais, promovida por diferentes contextos persuasivos, como hipótese explicativa para os resultados obtidos. Esta hipótese é discutida, assim como possíveis caminhos futuros de investigação no âmbito de controlo mental em persuasão. ---------- ABSTRACT ---------- This thesis addresses the topic of mental control of undesired influences in a persuasion context. Previous approaches (e.g., Petty, Wegener & White, 1998) which only consider correction as a way for an individual to avoid undesired influences on its attitude, are extended, by also focusing the process of thought suppression. Even though this process has been considered in different fields of research (see Wenzlaff & Wegner, 2000), it had not yet been studied in the domain of persuasion. The studies developed so far associate the involvement in suppression with the promotion of ironic effects. More precisely, the attempt to suppress an undesired thought from our mind often leads to the paradoxical higher manifestation of the influence that one is trying to avoid. Therefore, in this work, we test for the occurrence of ironic effects as a result of mental control in a persuasion context in four experiments. We test this possibility not only for the involvement in suppression, but also as a result of corrective processes, which we suggest may also have ironic effects. Once ironic effects may occur both during suppression (immediate ironic effects) and at a later moment (post-suppression ironic effects / rebound effects), we address these two moments. In Experiment 1, focusing the control of the influence of mood on attitudes, initial evidence of ironic effects is found, by detecting a rebound effect associated to suppression. This effect was found as a result of suppression of induced mood, in a measure of its accessibility after the persuasive message. In addition, and as expected, the importance of the moment at which the control is triggered for the promotion of ironic effects was confirmed. By manipulating this factor, a rebound effect was only present with suppression when this strategy was promoted right at the initial presentation of the persuasive situation, and not when it was promoted after its initial processing. In Experiment 2, we promoted mental control of mood in an indirect way, by the definition of a need to control other influences on attitudes. In this case, no ironic effect was detected. In Experiment 3, the ironic effects were associated with suppression (and not with correction), emerging at the level of the attitudes, in the situation at which control is exerted and in a subsequent persuasive situation. The undesired variable (attractiveness of the source of a message) is present in both, but participants only receive instructions for control in the first one. Experiment 4 confirms the importance of the moment at which mental control is triggered in the promotion of ironic effects. However, in contrast with Experiments 1 and 3, the ironic effect in the subsequent persuasive situation (rebound effect) is not found as a result of suppression, but as a result of the quest for correction. Such a fact supports the possibility that a correction strategy also associates itself to ironic effects. The association of ironic effects with different strategies in different experiments leads us to suggest that, while both may promote them, the likelihood of its occurrence for each strategy may be dependent on the characteristics of the persuasion context in which they are triggered. Therefore, the variation in quantity of elaboration about the atitudinal objects, promoted by different persuasion contexts, is presented as an explanatory hypothesis for the obtained results. This hypothesis is discussed, as well as possible paths for future research in the domain of mental control in persuasion.
- «
- 1 (current)
- 2
- 3
- »