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PSOC - Tese de doutoramento

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  • Promoting individual adaptation to extreme heat weather events: the role of affective and socio-cognitive factors in situational appraisals of challenge or threat
    Publication . Domingos, Samuel Filipe Pereira; Carvalho, Rui Gaspar de; Marôco, João; Bruin, Wändi Bruine de
    Eventos climatéricos de calor extremo, como as ondas de calor, representam uma preocupação crescente para agências e autoridades de saúde, principalmente devido aos impactos destes eventos na saúde e bem-estar. Num cenário de alterações climáticas, espera-se que as ondas de calor se tornem mais frequentes, intensas, e duradouras, com maior probabilidade de ocorrência de crises de saúde pública. Para promover intenções e comportamentos de proteção face ao calor, e facilitar a resposta institucional, é necessário um melhor entendimento sobre o modo como as pessoas percecionam esses eventos. Neste contexto, a presente Tese de Doutoramento teve como objetivo explorar e compreender melhor as perceções de exigências face a ondas de calor e recursos para lidar com estas, os efeitos que fatores cognitivos, afetivos, e sociodemográficos têm nessas perceções, e o seu efeito combinado nas intenções de proteção face ao calor. Após uma Introdução no Capítulo I, no Capítulo II reportamos o desenvolvimento de uma abordagem baseada na teoria e na evidência científica para recolher e codificar expressões relativas à perceção de exigências e recursos face a ondas de calor, permitindo identificar essas perceções, e conceções enviesadas das mesmas. Este trabalho permitiu ainda criar escalas de exigências e recursos percebidos usadas nos estudos seguintes. No Capítulo III reportamos os efeitos que diferentes pistas emocionais (i.e., pensar sobre eventos climatéricos de calor extremo com pista emocional positiva, negativa, ou sem pista) tiveram nas: 1) estimativas de temperatura e agradabilidade; 2) intenções de proteção face ao calor; 3) avaliações de recursos e exigências face a ondas de calor; e 4) descrições – número – associadas a perceções de exigências e recursos. Isto permitiu ainda compreender se resultados obtidos em estudos no Reino Unido seriam replicados em Portugal. No Capítulo IV reportamos a identificação de preditores cognitivos (e.g., perceção de risco face ao calor), afetivos (e.g., afeto positivo), e sociodemográficos das perceções de exigências e recursos, bem como o seu efeito combinado nas intenções de proteção face ao calor durante uma onda de calor em Portugal. Isto permitiu propor um modelo de análise de trajetórias baseado na teoria, ilustrativo das interligações entre fatores. No Capítulo V reportamos a identificação de variações sazonais nas perceções de exigências e recursos face a ondas de calor em localizações geográficas de Portugal com diferentes níveis de suscetibilidade à ocorrência desses eventos, bem como de preditores dessa variação. A relação entre exigências e recursos percebidos foi usada como um indicador do sentimento de ameaça e stress face a ondas de calor. No geral, este trabalho permitiu um melhor entendimento das perceções de exigências e recursos face a ondas de calor, enquanto indicador de ameaça e stress, ao longo do tempo e em diferentes localizações geográficas de Portugal. Este representa assim um primeiro passo para a criação e implementação de uma abordagem integrada para monitorizar perceções de exigências e recursos ao nível individual e social, ao longo do tempo e em diferentes contextos. Isto pode ter impactos práticos e teóricos relevantes, para que eventos futuros possam ser avaliados mais como um desafio.
  • À procura de efeitos de congruência emocional específica de appraisal em estimação de probabilidades
    Publication . Dias, Inês Galhardas Vicente da Cruz
    As emoções que sentimos modelam a forma como percebemos o mundo que nos rodeia. Nesta tese abordámos como as emoções afetam as estimativas de probabilidade de acontecimentos emocionais. A investigação prévia salienta que tendemos a sobrestimar acontecimentos com congruência de valência (Johnson & Tversky, 1983; MacLeod & Campbell, 1982; Mayer et al., 1992) e que indivíduos num dado estado emocional tendem a sobrestimar acontecimentos do mesmo tonus emocional do que de outros (DeSteno et al., 2000). Com base na evidência que sugere que as emoções partilham dimensões avaliativas de appraisal (Smith & Ellsworth, 1985; Roseman, 2011) e num estudo piloto (Dias, 2008) estabelecemos a hipótese de que a estrutura de appraisal dum estado emocional pode definir um nível intermédio de congruência entre valência (nível dimensional) e emoção (nível específico). Focámos o appraisal de certeza/incerteza por ser uma variável relevante para os julgamentos de probabilidade em contexto de incerteza. Realizámos cinco estudos, nos quais manipulámos tanto a dimensão de certeza/incerteza isolada da emoção como os estados emocionais que diferiam no appraisal de certeza/incerteza. Verificámos os efeitos destas manipulações sobre as estimativas de probabilidade referentes a acontecimentos neutros e acontecimentos emocionais (quer instâncias quer categorias emocionais). Testámos o efeito de congruência quando se manipula puramente a dimensão de certeza/incerteza tanto em 1) acontecimentos neutros emocionalmente (ambíguos ou não em certeza, Estudo 1), como em 2) acontecimentos que variam por serem associados a emoções com appraisals de certeza vs incerteza, Estudo 2. Testámos se a manipulação de emoções, variáveis em níveis de certeza/incerteza, influencia a forma como avaliamos a probabilidade de acontecimentos neutros emocionalmente (ambíguos ou não em certeza), Estudo 3. Testámos se a manipulação de emoções, variáveis em níveis de certeza/incerteza, influencia 1) a forma como avaliamos a ocorrência de efeitos de emoções idênticas e não idênticas (efeitos de congruência especifica) e 2) a forma como avaliamos a estimação de probabilidade de acontecimentos associados a emoções com uma congruência específico ao nível do appraisal, Estudos 4, 4b e 5. A evidência recolhida ao longo de todos os estudos não replicou quer o efeito de congruência emocional específico (DeSteno et al., 2000), nem sustenta a existência de um efeito emocional intermédio (Dias, 2008). Discutimos estes dados tendo em perspetiva as razões metodológicas e teóricas que podem ter concorrido para a não obtenção dos padrões de dados publicados na literatura, e focando a relevância de se testarem novas hipóteses suscitadas pelos dados obtidos.
  • Intuition for the intuitive : On the interplay between lay conceptions of intuition and the influence of intuition appeals in persuasion
    Publication . Loureiro, Filipe Pereira; Garcia-Marques, Teresa; Wegener, Duane T.
    Intuição – outrora vista como uma limitação do raciocínio humano – é hoje reconhecida pelas suas qualidades tanto em contextos populares como na investigação científica. Esta tendência é refletida pelo uso de apelos à intuição em contextos persuasivos. O uso repetido destes apelos sugere a sua eficácia enquanto variável persuasiva. No entanto, nenhuma investigação sistemática examinou se, quando ou para quem estes apelos à intuição influenciam as atitudes. O objetivo desta tese foi, assim, o de estudar estas questões, introduzindo o estudo da intuição na persuasão. Fê-lo, focando a interação entre conceções leigas de intuição e a influência destes apelos enquanto variável persuasiva. Usando o Elaboration Likelihood Model como modelo teórico, foi proposto que esta influência ocorre em função do matching entre características da mensagem, relacionadas com intuição, e do recetor da mensagem, especificamente, o quão válido este perceciona intuição. Para testar esta hipótese, foi necessário responder a questões conceptuais e metodológicas relacionadas com a forma como intuição é concebida e como aceder à sua validade percebida. A resposta empírica a estas questões foi integrada em quatro capítulos empíricos. Num primeiro conjunto de estudos, conceções leigas de intuição e análise foram avaliadas através de uma abordagem de protótipos. O conhecimento destas conceções leigas, através da identificação dos seus traços mais centrais (tendo também em consideração a influência dos estilos cognitivos), forneceu os meios para operacionalizar intuição e análise em estudos subsequentes, numa forma que refletiu como a pessoa leiga perceciona os dois conceitos. O segundo conjunto de estudos propôs-se a compreender as preferências explícitas por intuição e análise para decisões diferindo em complexidade, examinando a influência dos estilos cognitivos nestas preferências e o papel de teorias leigas de validade de intuição e análise na explicação destas preferências. Os resultados sugeriram que embora as pessoas exibam preferências intuitivas e analíticas prévias, estas são influenciadas pelo contexto. Adicionalmente, teorias leigas de validade de intuição e análise mediaram os efeitos exercidos pelos estilos cognitivos nas preferências explícitas (sendo este efeito mais evidente para decisões complexas). Reconhecendo a importância destas teorias leigas de validade, o terceiro conjunto de estudos focou-se em desenvolver e validar duas medidas de diferenças individuais na validade percebida de intuição e análise. No quarto conjunto de estudos, testaram-se os efeitos de matching entre apelos à intuição e análise (operacionalizados através dos traços centrais obtidos) e a validade percebida de intuição e análise nos recetores da mensagem (avaliada através das medidas desenvolvidas), utilizando como contexto persuasivo um anúncio para uma nova marca de automóveis (um produto complexo). Resultados evidenciaram efeitos de matching nos quais atitudes mais favoráveis face ao anúncio com apelos intuitivos e analíticos foram observados entre recetores com níveis mais elevados de validade percebida de intuição e análise, respetivamente. Este efeito ocorreu através de um processo relativamente central, no qual o matching influenciou as atitudes através da geração de pensamentos favoráveis. No geral, esta tese fornece uma abordagem sistemática ao estudo da intuição na persuasão, fornecendo evidência preliminar de efeitos de matching entre apelos à intuição e teorias leigas sobre intuição.
  • Modulating vigilance : the differential contributions of fear chemosignals and group contexts
    Publication . Nuno Miguel de Jesus Gomes; Semin, Gün R.; Soares, Sandra C.; Smeets, Monique A. M.
    Noutras espécies sociais que não a humana, as estratégias individuais de monitorização de risco (i.e. vigilância) e a capacidade de detetar e evitar estímulos ameaçadores são moduladas pelos co-específicos. Por um lado, a presença de co-específicos resulta numa diminuição dos recursos atencionais alocados pelo indivíduo à vigilância, permitindo um maior investimento noutras atividades (e.g., procura de alimento). Por outro lado, co-específicos expostos a uma fonte de perigo, emitem pistas sensoriais (e.g., sons ou odores corporais) que alertam/preparam o indivíduo para lidar com eventos ameaçadores. Pretende-se, no presente trabalho, explorar o papel direto (pela presença) e indireto (através de odores corporais de medo) que os co-específicos assumem ao modular estratégias individuais de vigilância e deteção de ameaça na espécie humana. No primeiro estudo, investigou-se se os humanos usariam estratégias de vigilância semelhantes a outras espécies sociais. Com recurso a um paradigma que permite o estudo das estratégias de vigilância mediante a utilização de um eye-tracker, demonstrou-se que a presença de co-específicos (vs. condição individual), tal como noutras espécies sociais, diminui os recursos alocados à vigilância, permitindo um investimento maior noutras atividades, embora prejudicando a capacidade de detetar/evitar ameaças. No segundo estudo foi investigado se, tal como noutras espécies, a redução de vigilância poderia estar associada a um sentimento acrescido de segurança despoletado pela presença dos outros. Os resultados obtidos parecem confirmar este efeito, na medida em que para um indivíduo, imaginando-se na presença de co-específicos (2 amigos ou 2 estranhos vs. sozinho), era menor o sentimento de ameaça assim como a probabilidade percebida de sair magoado de situações ambíguas de perigo. O terceiro estudo centrou-se nos efeitos modulatórios de diferentes contextos de grupo nas estratégias de vigilância. Os resultados obtidos indicam que perceber co-específicos como cooperadores ou competidores (vs. mera presença) não modula, de forma distinta, o comportamento de vigilância. Sob a égide de literatura anterior, é possível especular que o efeito destes contextos de grupo poderá ser observado tão-somente perante situações em que indivíduo e co-específicos presentes podem observar-se e interagir entre si. No quarto estudo, que visou compreender de que forma a exposição a odores corporais de medo poderia modular estratégias de vigilância e a capacidade de detetar e evitar eventos ameaçadores, concluímos que esta pista sensorial (vs. odores corporais neutros e ausência de odores) não modula diretamente as estratégias de vigilância, mas parece induzir um estado de preparação/prontidão nos seus recetores, levando-os a detetar e reagir mais rapidamente a eventos ameaçadores. O último estudo replica literatura anterior, demonstrando que a exposição a odores corporais de medo ativa mecanismos associados a um aumento da aquisição sensorial. Evidenciou-se ainda que amostras de suor podem ser reutilizadas após uma primeira utilização de 20 minutos, permitindo especular sobre as propriedades de volatilidade das moléculas que transportam informação associada ao medo. Em conclusão, os resultados obtidos nesta tese sugerem que co-específicos modulam, direta e indiretamente, as estratégias individuais de vigilância e deteção de ameaça. Destaca-se assim a importância de variáveis sociais para o estudo e aprimoramento da monitorização do risco nas sociedades contemporâneas.
  • Horizontal asymmetries derived from script direction : consequences for attention and action
    Publication . Mendonça, Rita Duarte; Semin, Gün R.; Garrido, Margarida V.; Wänke, Michaela ,
    A direção de leitura e escrita estabelecem uma trajetória preferencial de exploração do espaço que é reforçada por diversas regularidades culturais consistentes com essa direccionalidade. A correlação espaço-movimento cria um esquema para a ação que enviesa a representação da agência humana, estendendo-se à representação de outros conceitos abstratos que não possuem bases sensoriomotoras. A dimensão horizontal é recrutada para melhor compreender estes conceitos, sendo ancorados de acordo com a direção de escrita e leitura da nossa língua. A assimetria espacial que esta direccionalidade induz constitui um contributo crucial para a área do embodiment, tendo sido demonstrado que afeta processos sociais e cognitivos. Contudo, os processos específicos que estas assimetrias ativam permanecem pouco explorados. Em sete estudos, esta dissertação investiga de que forma as assimetrias espaciais afetam inferências sociais e a performance visuo-motora para com estímulos ancorados na dimensão horizontal. O primeiro estudo indica que inferências sociais relacionadas com agência são preferencialmente atribuídas a faces de perfil orientadas para a direita (versus esquerda). Em duas experiências, o segundo estudo mostra que faces orientadas para a direita servem como pistas para a orientação de atenção. Faces orientadas para a direita, que traduzem a direção utilizada para representar a agência humana, facilitam a atenção para e deteção de alvos no campo visual direito, comparativamente a faces orientadas para a esquerda no campo visual esquerdo. No terceiro estudo, as faces foram substituídas por palavras temporais auditivas e visuais, que se sabe serem ancoradas horizontalmente. A assimetria espacial foi testada em duas experiências em comunidades com direções de leitura e escrita opostas (Português e Árabe). Observou-se uma ancoragem contrária do conceito abstrato ‘tempo’ entre as duas amostras (Português: passado-esquerda/futuro-direita; Árabe: passado-direita/futuro-esquerda). Adicionalmente, uma performance assimétrica reversa entre as duas comunidades linguísticas confirma que o mapeamento do tempo é enviesado pelos hábitos ortográficos e pela representação cultural da agência humana. Isto é, palavras temporais que coincidem com a direção induzida por ambos os sistemas de escrita (i.e., palavras relacionadas com futuro), dão origem a vantagem à direita na amostra Portuguesa, e vantagem à esquerda na amostra Árabe. O quarto estudo estendeu estes resultados à categoria da política, tipicamente representada através de coordenadas de esquerda e de direita. Respostas manuais e atencionais foram mais rápidas para alvos localizados à direita após terem sido apresentadas termos políticos de direita (versus alvos à esquerda após termos políticos de esquerda), que correspondiam à direção em que habitualmente se representa movimento. O quinto e último estudo demonstrou que a apresentação de palavras temporais simultaneamente com um tom auditivo não-espacial impede os efeitos de emergirem. Estas pistas bimodais revelaram as condições limitativas dos efeitos da assimetria espacial. Em conclusão, esta dissertação demonstra que existe uma propriedade genérica de movimento que deriva da direção ortográfica e que é transversal à representação de estímulos distintos, em várias tarefas e modalidades sensoriais. Estes resultados oferecem uma perspetiva mais abrangente sobre o impacto prevalente que uma característica da língua aparentemente irrelevante tem em processos cognitivos fundamentais de perceção, atenção, e julgamento.
  • Modulating vigilance : the differential contributions of fear chemosignals and group contexts
    Publication . Gomes, Nuno Miguel de Jesus; Semin, Gün R.; Soares, Sandra C.; Smeets, Monique A. M.
    Noutras espécies sociais que não a humana, as estratégias individuais de monitorização de risco (i.e. vigilância) e a capacidade de detetar e evitar estímulos ameaçadores são moduladas pelos co-específicos. Por um lado, a presença de co-específicos resulta numa diminuição dos recursos atencionais alocados pelo indivíduo à vigilância, permitindo um maior investimento noutras atividades (e.g., procura de alimento). Por outro lado, co-específicos expostos a uma fonte de perigo, emitem pistas sensoriais (e.g., sons ou odores corporais) que alertam/preparam o indivíduo para lidar com eventos ameaçadores. Pretende-se, no presente trabalho, explorar o papel direto (pela presença) e indireto (através de odores corporais de medo) que os co-específicos assumem ao modular estratégias individuais de vigilância e deteção de ameaça na espécie humana. No primeiro estudo, investigou-se se os humanos usariam estratégias de vigilância semelhantes a outras espécies sociais. Com recurso a um paradigma que permite o estudo das estratégias de vigilância mediante a utilização de um eye-tracker, demonstrou-se que a presença de co-específicos (vs. condição individual), tal como noutras espécies sociais, diminui os recursos alocados à vigilância, permitindo um investimento maior noutras atividades, embora prejudicando a capacidade de detetar/evitar ameaças. No segundo estudo foi investigado se, tal como noutras espécies, a redução de vigilância poderia estar associada a um sentimento acrescido de segurança despoletado pela presença dos outros. Os resultados obtidos parecem confirmar este efeito, na medida em que para um indivíduo, imaginando-se na presença de co-específicos (2 amigos ou 2 estranhos vs. sozinho), era menor o sentimento de ameaça assim como a probabilidade percebida de sair magoado de situações ambíguas de perigo. O terceiro estudo centrou-se nos efeitos modulatórios de diferentes contextos de grupo nas estratégias de vigilância. Os resultados obtidos indicam que perceber co-específicos como cooperadores ou competidores (vs. mera presença) não modula, de forma distinta, o comportamento de vigilância. Sob a égide de literatura anterior, é possível especular que o efeito destes contextos de grupo poderá ser observado tão-somente perante situações em que indivíduo e co-específicos presentes podem observar-se e interagir entre si. No quarto estudo, que visou compreender de que forma a exposição a odores corporais de medo poderia modular estratégias de vigilância e a capacidade de detetar e evitar eventos ameaçadores, concluímos que esta pista sensorial (vs. odores corporais neutros e ausência de odores) não modula diretamente as estratégias de vigilância, mas parece induzir um estado de preparação/prontidão nos seus recetores, levando-os a detetar e reagir mais rapidamente a eventos ameaçadores. O último estudo replica literatura anterior, demonstrando que a exposição a odores corporais de medo ativa mecanismos associados a um aumento da aquisição sensorial. Evidenciou-se ainda que amostras de suor podem ser reutilizadas após uma primeira utilização de 20 minutos, permitindo especular sobre as propriedades de volatilidade das moléculas que transportam informação associada ao medo. Em conclusão, os resultados obtidos nesta tese sugerem que co-específicos modulam, direta e indiretamente, as estratégias individuais de vigilância e deteção de ameaça. Destaca-se assim a importância de variáveis sociais para o estudo e aprimoramento da monitorização do risco nas sociedades contemporâneas.
  • Confidence in the eye of the beholder : the influence of physical attractiveness on attitude confidence
    Publication . Mello, Joana Maria Salazar Couto José; Garcia-Marques, Teresa; Briñol, Pablo
    Physical attractiveness of a source influences attitudes regarding the attitudinal topic covered in a message. The present thesis aims to test if this attribute is also capable of influencing confidence on attitudes, i.e., the perceived amount of certainty on attitudes towards a topic. We review the literature suggesting the multiplicity of effects of this attribute on attitudes and attitude change, as it is with other persuasive variables, and built on the relevance to approach the influence on attitude confidence. Recent research suggest that judgments of confidence are sensitive to influence from the context, such as the influence of attributes of the source of a message. As it is with attitudes, we test if attitude confidence is sensitive to corrections processes based on the perceived relevance of the source of the message. In this thesis, we test if the influence of physical attractiveness might be dependent on the perception of this attribute as an unwanted source of bias. We start by approaching its impact, as a feature of the source of a message, on judgments of attitude confidence, and build on its relevance as a feature of the recipient of a message. In the first set of studies we demonstrated that the presence of an attractive source, when unrelated with the content of the message, decreases attitude confidence. We show that when asked to report attitude confidence, people seem to correct for the potential influence of physical attractiveness with consequential impact to attitude strength outcomes. In the second set of studies we clarified the role of perceiving the message as contradictory to individuals’ attitudes for the emergence of our effects. Finally, the third set of studies conceptualize the role of physical attractiveness as a self-evaluation from the recipient of the message. We show that this self-evaluation is informative to judgments of attitude confidence, providing an addition mechanism in which physical attractiveness in determining judgments of attitude confidence. We discuss how our findings integrate and expand what was previously known about the influence of physical attractiveness. We highlight the importance of studying features capable of decreasing attitude confidence, regardless of the influence on attitude change.
  • The know and unknow of social facilitation on stereotyping
    Publication . Figueira, Pedro Miguel Regueiras; Garcia-Marques, Teresa; Sherman, Jeff
    Since Triplett (1898), that experimental psychology has explored how the presence of others (vs being alone) affects our behavior and mind. This effect is nowadays known as Social Facilitation. Although, many advances have been made in this area, little is known about how Social Facilitation affects stereotyping. As such, this thesis investigates how the presence of other persons (vs being alone) affects our stereotyping and its mechanisms. Until the present date, only two papers have addressed this theme reaching opposite conclusions. While Lambert, et al. (2003) suggest more stereotyping in the presence of others, Castelli and Tomelleri (2008) suggest less stereotyping in the presence of others. To approach this incongruency in the literature, we conceptually replicated the main experiment of each of these papers. Our results did not replicate any of those papers. We did not find a clear Social Facilitation effect over stereotyping when following Lambert, et al’s. (2003) methodology. Moreover, when replicating Castelli and Tomelleri (2008), we found evidence of a Social Facilitation effect over stereotyping, but now in the opposite direction of the original study, showing more stereotyping in presence of others. Throughout this thesis, we developed studies and carefully analyzed the results aiming for better understanding the effects. Since data suggested that the evidence could be spread over reaction times (RTs) or error rates, we analyzed our data (and data from a new experiment) by using the Diffusion Model. This technique allows assembling RTs and accuracy data into a set of parameters. This analysis was highly fruitful adding relevant information for future empirical approaches to stereotyping effects in the presence and isolation from others. First, Social Facilitation effects over stereotyping occur, because those in presence of others have higher stereotyping than those in isolation. Second, as already stated in the Social Facilitation literature, the type of Social Condition matters. Because we operationalized social presence as co-action and isolation having no presence of the experimenter, results diverge from the original studies. Third, Social Facilitation effects over stereotyping depend on the type the task used to measure stereotyping. These effects were more subtle in the Weapon Identification Task (WIT; Payne, 2001) and clearer in the race Implicit Association Task (IAT; Greenwald, McGhee & Schwartz, 1998). We argue that this occurs because Social Facilitation effects occur through a mechanism that is differently represented in those tasks. Fourth, our isolation condition challenges the typical results obtained in the WIT. As such our data is interpreted as evidence that different social conditions can lead people to cope differently with this task. Moreover, our data in general shows evidence of more stereotype bias and less control over stereotype activation in presence of others. We interpret this data as corroborating evidence of previous claims that the presence of others creates an overload context (Baron, 1986) and that it somehow reduces our capability of exerting an efficient control mechanism (Wagstaff, et al., 2008).
  • The structuring role of valence in the relationship between and within models of face and trait impressions
    Publication . Oliveira, Manuel José Barbosa de; Garcia-Marques, Teresa; Garcia-Marques, Leonel; Dotsch, Ron
    In social face perception research, trustworthiness and dominance were found as the core dimensions underlying personality impressions based on facial appearance. These dimensions bear a striking resemblance to dimensions found in the parallel domain of person perception research such as the warmth and competence or communion and agency dimensions of personality impressions based on verbal person descriptions (e.g., trait-based descriptions). Given that both types of social information often co-occur in real social interactions and guide social decision making, it becomes crucial to understand how impressions derived from both sources are interrelated. Yet, so far, questions regarding the extent to which the dimensions of social face perception overlap with the dimensions of person perception, and regarding the nature and direction of the interrelationships between these dimensions, have been largely overlooked in the literature. The main goal of this thesis was to fill this gap in the literature and make initial steps towards the integration of social face perception and person perception models of personality impressions. In the first paper, a reverse correlation methodology was used to assess the extent to which dimensions of social face perception were perceived to overlap with dimensions of person perception by perceivers themselves. The results showed that dimensions establishing opposite relationships with valence, such as dominance and competence, were perceived as less similar than dimensions establishing a common positive relationship with valence, such as trustworthiness, warmth, and competence. These findings clarified that the dimensions of facial impressions and of person perception are not always perceived as redundant, and further highlighted the role of valence in shaping the relationship between dimensions across domains. The second paper employed a paradigm designed to directly assess the nature of the relationship that valence establishes with the core dimensions of social face perception and person perception. The results revealed that ability-related trait dimensions such as competence and dominance exhibited more variability in the nature and direction of their relationship with valence, comparatively to dimensions related with morality and warmth. These findings further emphasized that the overlap or dissociation between core dimensions of social judgment is largely driven by the features of the relationship they establish with valence. The third paper focused exclusively on social face perception and used a reverse correlation methodology to investigate how trustworthiness and dominance are naturally integrated into unitary impressions of facial appearance. The results showed that the dimension more strongly related with valence—trustworthiness—outweighed dominance in the resulting impressions of facial appearance. These findings highlight the primary role of valence information in shaping how dimensions are integrated within social face perception. Overall, these findings highlight the primary role of valence in structuring the relationship between dimensions of social judgment, not only across models of person perception and social face perception, but also within each model. Moreover, they offer a clearer picture on the relationship and integration of models of social face perception and person perception, and lay out clear new directions for future research on social perception in general.
  • Humanness and (im)morality in group relations
    Publication . Henriques, Ana Patrícia Matos; Pereira, Maria Gouveia
    Morality is a valued dimension within and between groups (Ellemers, Pagliaro, & Barreto, 2013; Leach, Bilali, & Pagliaro, 2015), that has been consistently pointed out as part of what makes us uniquely human (Demoulin et al., 2004; Leyens et al., 2000; Haslam, 2006). On the other hand, the extent to which we see others as fully human also impacts on other’s moral status (Bastian, Laham, Wilson, Haslam, & Koval, 2011; Kelman, 1973; Opotow, 1990). The two dimensions seem to have a narrow relation, which has recently begun to capture more attention (Haslam, Bastian, Laham, & Loughnan, 2012; Khamitov, Rotman, & Piazza, 2016; Vasiljevic, & Viki, 2014). This thesis aims at analysing the relation between morality and humanness in group relations. A first research paper analysed the attribution and denial of moral traits to groups, integrating the role of humanness and valence in intergroup differentiation. By means of two studies we tested the hypothesis stating that within the moral domain, participants choose different strategies to differentiate the ingroup from the outgroup depending on trait humanness and valence. Our results support this hypothesis, as we found that participants attributed more uniquely human traits to the ingroup, but only in case these were positive; in case these were negative the uniquely human traits were more attributed to outgroups. In a second paper we analysed the relation between immorality and humanness, by using the evaluation of criminal behaviours as a proxy to address this relation. In our data, we found that Human Uniqueness and immorality did not correlate with each other. With this paper we also aimed at providing researchers with a range of validated stimuli to address these topics, which was exactly what we purposed ourselves to do in the last research paper presented in this thesis. In a third paper we analysed how ingroup members deal with ingroup deviance, integrating the role of ingroup threat. Specifically, we analysed the humanness perception of a deviant ingroup member that behaves in an immoral but uniquely human way. We found that when the deviant behaviour was less threatening, the ingroup members humanised the deviant as much as the ingroup itself. However, when the deviant behaviour represented a threat to the ingroup image, the ingroup members dehumanised more the deviant member. In a second study we analysed the dehumanisation of the ingroup deviant, regarding two different types of behaviours, which vary in humanness and immorality. In both studies we also measured the perception of moral blame of the deviant member, integrating our results with previous findings (Bastian, Denson, & Haslam, 2013). Finally we addressed the different intragroup strategies that ingroup members use to deal with threats to the ingroup image. Results are discussed in terms of their contribution to the relation between humanness and immorality, as well as the implications for dehumanisation theory. Future research is outlined.