Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
7.17 MB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Tem sido reconhecido que as populações migrantes se encontram especialmente
vulneráveis à infecção pelo VIH/SIDA, por diversos factores associados ao processo
migratório. Essa vulnerabilidade pode ainda ser potenciada por barreiras no acesso e
sub-utilização dos serviços de saúde na procura de informação, cuidados e
diagnóstico.
No sentido de conhecer o tipo de utilização dos serviços de saúde por parte de
populações imigrantes foi aplicado um questionário a 522 imigrantes africanos
residentes em Portugal, no CNAI (ACIDI) em Lisboa. Foi analisado o tipo de
serviços que utilizariam no contexto do VIH/SIDA, a fonte de informação
privilegiada sobre a infecção, a procura efectiva dessa informação no SNS e a
realização do diagnóstico.
Os resultados do estudo indicam que o tipo de serviços de saúde que os
inquiridos utilizariam no contexto do VIH/SIDA está relacionado com o nível
educacional (p=0.026) e tempo de residência em Portugal (p=0.029). Verificou-se
que a fonte de informação sobre VIH/SIDA privilegiada pelos inquiridos está
relacionada com o nível educacional (p=0.003) e situação económica (percebida)
(p=0.005). Por fim, apurou-se que a realização do diagnóstico do VIH pelos
inquiridos está relacionada com o sexo (p=0.025), idade (p=0.000) e nível
educacional (p=0.005).
Uma prevenção e controlo eficazes da infecção pelo VIH/SIDA junto das
populações imigrantes envolve a promoção do acesso universal e utilização dos
serviços de saúde, para cuidados, informação e diagnóstico do VIH. O sucesso destas
estratégias implica o envolvimento e participação destas comunidades, sendo
fundamental promover o seu empowerment. Deve aprofundar-se o conhecimento
sobre as condições e factores de utilização e acesso aos serviços de saúde em
VIH/SIDA por parte destas populações. Será fundamental desenvolver políticas
inclusivas de imigração e integração, e promotoras de uma sociedade adaptada à
diversidade cultural.
ABSTRACT
Immigrant populations are considered to be particularly vulnerable to HIV/AIDS
infection, due to several factors related to migration process. That vulnerability may
also be increased by barriers in accessing health services and their under-utilization
for information, care and diagnosis.
To understand the health services utilization by immigrant populations it was
applied a questionnaire to 522 African immigrants residing in Portugal, at CNAI
(ACIDI) in Lisbon. It was analysed the kind of services they would use for
HIV/AIDS care, their privileged source of information about the disease, the search
of that information on the NHS and HIV testing.
The results of the study show that the kind of health services respondents would
use for HIV/AIDS care is related to its educational level (p=0.026) and residence
years in Portugal (p=0.029). It showed that respondents’ privileged source of
information about HIV/AIDS was related to their educational level (p=0.003) and
(perceived) economic situation (p=0.005). The results indicated also that HIV testing
was related to sex (p=0.025), age (p=0.000) and educational level (p=0.005).
Efficacious prevention and control of HIV/AIDS for immigrant populations involves
the promotion of universal access and utilization of health services, for care,
information and HIV diagnosis. These strategies’ success requires the involvement
and participation of immigrant communities, and therefore it is crucial to promote
their empowerment. It is important to keep addressing the conditions and factors of
health services utilization by these populaces. It will be fundamental to develop
inclusive policies for immigration and integration, which enhance a society adapted
to cultural diversity.
Description
Dissertação de mestrado em Psicologia Comunitária
Keywords
Psicologia comunitária Prevenção Migração SIDA Serviços de saúde Prevenção da saúde Community psychology Prevention Migrants AIDS Health services Health prevention
Citation
Publisher
Instituto Superior de Psicologia Aplicada