OUTRAS - Capítulo de Livro
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- Inovação em ambiente de sala de esperaPublication . Quintela, Ana; Monteiro, Carina; Madureira, Maria InêsTrês passos foram o mote para impulsionar o nosso projeto de intervenção “Inovação em Ambiente de Sala de Espera” nos cuidados de saúde. Atendendo ao dinamismo do constructo, as autoras apresentam a sua definição de Literacia em Saúde. Trata-se de uma proposta que pretende motivar e dotar o cidadão e a sociedade de conhecimento, para a tomada de decisões, de acordo com o seu meio envolvente, ao longo da sua vida. O tempo que o utente permanece na sala de espera das unidades deverá, na nossa perspetiva, ser aproveitado para aumentar a literacia em saúde. Este trabalho tem como objetivo apresentar um instrumento, atualmente considerado inovador, que incentive o utente não só a preparar a sua consulta como a ter um papel ativo durante e após a mesma. Este projeto apresenta propostas, atualmente consideradas pioneiras, pretendendo-se um aumento de conhecimento de literacia em saúde em ambiente de sala de espera. O instrumento proposto – 3 Passos para a Sua Consulta - foi adaptado do conceito americano Ask Me 3® e inovado, no sentido em que foram introduzidos passos complementares ao processo de consulta: antes, durante e depois. Foi considerado pelos profissionais de saúde um instrumento útil no aumento da Literacia em Saúde dos utentes, capacitando-os na preparação da sua consulta, na gestão da sua saúde e promovendo a interação utente-profissional de saúde. As autoras deixam ainda outras pistas de possibilidades de inovação em sala de espera num caminho em aberto.
- As salas de espera em unidades públicas de saúde e a sua potencialidade na promoção de Literacia em SaúdePublication . Henriques, Sara; Diana, Pinheiro; Patrícia, MartinsO presente trabalho aborda o potencial das salas de espera em unidades públicas de saúde como espaços privilegiados para promoção de saúde e para o aumento da literacia em saúde. As salas de espera em unidades de saúde hospitalar pública são espaços abertos a todos os utentes, onde os mesmos aguardam por consultas de saúde. O tempo de espera aqui despendido pode ser otimizado e utilizado de forma mais útil e vantajosa para todos – utentes, sistema de saúde, profissionais de saúde. Este trabalho realiza uma análise sobre a qualidade dos espaços de espera e circulação em unidades de saúde, e recolhe informação sobre como estes espaços são atualmente utilizados para promover informação sobre saúde. Numa primeira fase deste trabalho foi desenvolvido um instrumento e aplicado em cinco unidades públicas de saúde. Na segunda fase do trabalho, foram realizadas entrevistas semiestruturadas a utentes de unidades públicas de saúde que tivessem frequentado uma unidade pública de saúde há menos de um ano. Nessas entrevistas, foram recolhidas as opiniões, perceções e atitudes dos utentes sobre os espaços de espera e circulação e sobre informação em saúde partilhada nesses espaços. Os dados revelam que, de modo geral, as unidades de saúde encontram-se bem equipadas e oferecem um ambiente estável e confortável, existindo, no entanto, alguns aspetos que podem ser otimizados, como os meios de comunicação utilizados para promover informação em saúde, aumento de atividades promovidas por profissionais de saúde, decoração, música ambiente, disponibilização de informação sobre a organização, instituição, direitos e deveres dos utentes, informação em braille, atividades a desenvolver pelos profissionais e forma de participação. De modo geral, os utentes apresentam-se medianamente satisfeitos com a sala de espera da sua unidade pública de saúde, apontando como aspetos positivos mais importantes a luz natural, espaço e tamanho da sala, limpeza e existência de máquina de água e café; como aspetos negativos, o conforto das cadeiras, a forma de chamar o utente, temperatura, falta de decoração e falta de privacidade no atendimento administrativo. Este trabalho oferece uma perspetiva holística com base em observação direta e indireta dos espaços de espera em unidades públicas de saúde. É disponibilizado um instrumento que pretende funcionar como ferramenta interna de apoio à autogestão da qualidade e melhoria contínua dos espaços de espera.
- Literacia em Saúde : A segurança no comunicar: Um instrumento de orientação pedagógica para profissionais de saúdePublication . Lopes, Ana Sofia; Filipe, Beatriz; Esteves, Sandra LaiaDelineamos como objetivo geral, descrever e divulgar de que forma a Literacia em Saúde contribui para uma maior Segurança no Comunicar, promovendo desta forma a Segurança do Doente. Temos como finalidade obter a criação de um instrumento audiovisual pedagógico, que pretendemos disseminar nas diversas Escolas Superiores de Saúde, de forma a capacitar os futuros Profissionais de Saúde a tomarem consciência do quão uma Comunicação eficaz influencia a adesão do Doente aos Cuidados de Saúde, o que é proporcional à Segurança do Doente. O presente projeto encontra-se estruturado em quatro capítulos: o primeiro aborda a metodologia onde se justifica a pertinência da temática através da revisão de literatura; o segundo descreve o projeto – através de um breve enquadramento conceptual alicerçado nos descritores Literacia em Saúde, Segurança no Comunicar e Segurança do Doente; o terceiro refere-se à Avaliação deste projeto onde apresentamos um instrumento audiovisual pedagógico e o seu respetivo plano de marketing como veículo de divulgação; o quarto comporta o que pretendemos como desenvolvimentos futuros e no quinto capítulo apresentamos as considerações finais numa síntese e reflexão crítica do grupo sobre o projeto. Para a elaboração deste projeto recorreu-se essencialmente a uma revisão e pesquisa bibliográfica científica e aos conhecimentos adquiridos nas sessões letivas das respetivas Unidades Curriculares que constam no programa do presente curso, tendo sido cruciais à realização do mesmo.
- Promoção da Literacia em Saúde através dos mediaPublication . Nunes, Cecília; Marta, Barroca; Marino, PaulaA saúde ocupa um lugar central entre as preocupações da sociedade, numa época em que a esperança média de vida atinge valores recordes nos países ocidentais, onde as expectativas face à capacidade da ciência em dar resposta aos problemas são elevadíssimas. É por isso essencial para a população obter informações sobre saúde. Através dos media, os indivíduos com baixa Literacia em Saúde, como os idosos e as pessoas em situação socioeconómica débil, são influenciados pelos conteúdos noticiosos relacionados com a saúde. Os media são, assim, um dos principais motores para a comunicação em saúde, devido ao fácil acesso, grande disseminação, elevado poder de persuasão e potencial orientação para o sistema e para as soluções. Os media generalistas ou especializados tornaram-se num dos principais veículos de informação, possuindo não só a capacidade de informar, como também de influenciar as atitudes dos seus públicos. Têm, por um lado, a vantagem de serem os promotores da Literacia em Saúde junto da população, mas por outro, a desvantagem de serem descredibilizados quando há desconfiança em relação à fonte da informação. Ao longo deste trabalho vamos abordar as diferentes vias de acesso à informação em saúde, bem como os diferentes modelos de comunicação. Deixaremos ainda em aberto um tema que pode ser desenvolvido mais tarde: o que ainda está por fazer na área da Literacia em Saúde e qual pode ser a contribuição e envolvimento dos media.
- Literacia em Saúde do sono de crianças em idade pré-escolar: Instrumentos facilitadores no aumento das competências parentaisPublication . Jesus, Cristiana de; Conceição, Joana Luís da; Espadaneira, SusanaO desenvolvimento saudável da criança requer um sono de qualidade e horas de sono adequadas. Problemas do sono em idade infantil têm impacto no desenvolvimento socio-emocional e cognitivo das crianças. A promoção de Literacia em Saúde do Sono nos pais, permite capacitar os mesmos com conhecimentos, competências e motivação para promover hábitos de sono saudável nas crianças. Este trabalho pretende apoiar os profissionais de saúde na capacitação de competências parentais sobre Literacia em Saúde do Sono de Crianças em idade pré-escolar através da disponibilização de ferramentas para utilização em consulta de desenvolvimento infantil.
- Melhorar a Literacia em Saúde: Checklist para a gestão da obesidade em adultos, em cuidados de saúde primáriosPublication . Feliz, José; Brito, Marisa; Rodrigues, PatríciaA obesidade é uma doença crónica complexa, constituindo um problema de Saúde Pública nacional e mundial. Os cuidados de saúde primários são um contexto importante no processo de gestão da obesidade, quer ao nível da prevenção como do tratamento. No entanto, muitas vezes essa gestão não é realizada eficazmente, quer por falta de tempo como por falta de treino, ferramentas, confiança e até mesmo desconforto por parte dos profissionais de saúde em relação ao tema. A utilização de guias de orientação e atuação que estruturem a atuação dos profissionais de saúde, é um elemento facilitador e produtivo para iniciar e manter uma conversação eficaz acerca da gestão do peso, constituindo um elemento de suporte na prestação de cuidados. O objetivo deste trabalho consiste na elaboração de uma checklist para a gestão da obesidade em adultos, em contexto de cuidados de saúde primários. Foi realizada uma revisão bibliográfica para contextualizar o fenómeno da obesidade, as suas implicações na saúde das pessoas e o papel da literacia em saúde neste domínio. A construção da checklist baseou-se no modelo dos 5As para a obesidade, desenvolvido pela organização canadiana Obesity Canada, tendo sido realizada a tradução seguida de retroversão. Após adaptação para a população portuguesa, foi realizado um estudo exploratório com amostra por conveniência e análise através de grupo focal. Resultados demonstram a utilidade da checklist, constituindo uma forma simples, prática e estandardizada de atuação, promovendo a literacia em saúde através de uma maior capacitação dos profissionais de saúde.
- Modelo de comunicação em saúde ACP: As competências de comunicação no cerne de uma Literacia em Saúde transversal, holística e práticaPublication . Almeida, Cristina Vaz deA comunicação é a base estruturante em que a literacia em saúde assenta e que permite estabelecer relações entre as pessoas. A comunicação em saúde, ao nível interpessoal, grupal, societal e mediático permite a transmissão de mensagens verbais e não verbais com vista à sua compreensão pelos envolvidos e a uma consequente ação promotora de saúde. Para além das competências de comunicação em saúde, as exigências atuais dos profissionais de saúde requerem competências pessoais (Tench & Konczos, 2013) que são transversais aos campos da psicologia, da sociologia, da gestão, comunicação entre outras. Atualmente um profissional de saúde deve ter amplas competências técnicas, mas refinadas com conhecimentos e habilidades nas áreas da comunicação em saúde, mediação de conflitos e resolução de problemas, marketing em saúde, criatividade, além de um vasto campo de competências sociais (Sorensen et al, 2012) que tornam o profissional da saúde um ser humano com uma dimensão e visão holística profunda do paciente e do seu contexto. É nesta base relacional entre o profissional e o paciente que assenta uma comunicação interpessoal, que é o coração da qualidade dos cuidados de saúde, embora a evidência científica nos mostre que os standards atuais têm de ser melhorados (Cowan et al., 1992; Hargie, Dickson, Boohan & Hughes, 1998; Numann, 1988). É por isso importante atender à dimensão e efeito que produz uma pequena “habilidade de comunicação”, que sendo apenas “uma iteração” (Wouda & van de Wiel, 2012, p. 59), isto é, um momento discreto observável de comportamento verbal e não verbal, pode contribuir amplamente para alcançar um eficiente resultado (Brown & Bylund, 2008; Woda & Va de Wiel, 2012). É importante que os profissionais de saúde tenham uma adequada consciência, conhecimento, competências, atitudes em relação aos pacientes, sobretudo os que têm uma baixa literacia em saúde.
- Reflexões de um médico de família a propósito do curso de pós-graduação em Literacia em Saúde: Modelos, estratégias e intervençãoPublication . Nunes, José MendesComeço por enunciar três características (sem prejuízo de alguém poder encontrar mais) do médico de família (MF) que fazem dele um dos técnicos de saúde com maior responsabilidade pela Literacia em Saúde (LS). Em primeiro lugar, se considerarmos o continuo saúde-doença, o MF trabalha no polo da saúde enquanto os restantes especialistas trabalham no polo da doença. Isto faz do MF especialista da saúde enquanto os especialistas hospitalares são especialistas da doença. Assim o MF tem oportunidade de partilhar informação sobre saúde em condições de saúde e em condições de doença, mesmo nas circunstâncias de doença ele tem a oportunidade, vocação e formação para abordar a “parte saudável” do doente, fazendo expandir o lado saudável em desfavor da doença em vez da abordagem dos especialistas da doença que, focados na doença, “comprimem” o lado saudável que qualquer doente têm. Aliás, basta alguém ter uma doença que logo é designado de doente e reduzido à sua doença (“o diabético”, “o alcoólico”, etc.), independentemente do que têm de saudável. A segunda característica é a pluralidade de agentes de saúde com quem interage e com quem tem interface. Ele contacta com todos os restantes especialistas, hospitalares ou não. Tem interfaces comunicacionais com enfermagem e outros técnicos de saúde como nutricionistas, psicólogos, terapeutas da fala, fisioterapeutas, farmacêuticos, etc. Mas, para além disso, contacta com autarcas, padres, estruturas comunitárias (lares, centros de dia). Contacta com a Segurança Social, familiares de doentes, amigos e até vizinhos. Então o MF tem oportunidade de influenciar não só o doente, mas também o seu contexto micro e macrossocial. Finalmente, o MF presta cuidados em continuidade que vão desde a conceção até à morte. Portanto, partilha informação sobre saúde nas diversas fases da vida pessoal, do ciclo familiar, nas diversas etapas da vida, nos momentos de felicidade e nos de tristeza, na austeridade e na abundância, na saúde na doença. Por consequência, o MF deve, por excelência, um profissional de comunicação e da relação. Deixem que lembre o que se entende por LS. É a capacidade das pessoas em obter, processar, compreender/integrar, usar e poder usar informação (sobre saúde) necessária para tomar decisões sobre problemas de saúde, defesa da saúde e escolha de estilos de vida saudáveis (Sørensen, Van Den Broucke, Fullam, Doyle, & Pelikan, 2012).
- Uma visão para a Literacia em Saúde na EuropaPublication . Sørensen, KristineA literacia em saúde é uma questão transversal, que abrange desde os cuidados com a saúde, à prevenção de doenças até à promoção e proteção da saúde. Pode ser estudada tanto em níveis individuais e populacionais, como em níveis local e global. A literacia em saúde prolonga a vida útil, e é extensível a uma variedade de doenças e temas relacionados com a saúde. Parece abstrato, mas é tangível. É evidente e pode ser medida. É viável e uma inspiração para melhorar o bem-estar público. A literacia em saúde é importante para todos nós quando estamos doentes, quando estamos em risco e quando tentamos permanecer saudáveis. Essencialmente, a nossa revisão de literatura sobre as definições existentes, revelou que a literacia em saúde está ligada à literacia e envolve o conhecimento, a motivação e as competências para aceder, entender, avaliar e aplicar informações para formar julgamentos e tomar decisões sobre cuidados com a saúde, prevenção de doenças e promoção da saúde na vida cotidiana, assim como manter e melhorar a qualidade de vida durante o curso da vida (Sørensen, et al, 2012). Na nossa tentativa de fazermos o levantamento da literacia em saúde na Europa, efetuámos uma pesquisa sobre a literacia em saúde em oito países europeus, estabelecemos grupos de interesse nacionais e fundámos uma rede europeia em literacia em saúde chamada Health Literacy Europe.
- Literacia em saúde : nota de aberturaPublication . Lopes, Carlos; Almeida, Cristina Vaz deA Literacia em Saúde tem vindo a ganhar reconhecimento no panorama nacional e internacional como um fator de impacto nos ganhos em saúde das populações, sendo hoje Portugal uma referência internacional neste sentido. A Direção-Geral da Saúde apresentou em 2019 o Plano de Ação para a Literacia em Saúde 2019-2021, que pretende tenha uma abordagem ao longo do ciclo de vida, intergeracional, promovendo as escolhas informadas dos cidadãos. A recente publicação Manual de Boas Práticas Literacia em Saúde - Capacitação dos Profissionais de Saúde por parte da Direção Geral de Saúde, assinala um passo importante da importância que reveste a Literacia em Saúde A Organização Mundial da Saúde (OMS) define Literacia em Saúde como o conjunto de “competências cognitivas e sociais e a capacidade da pessoa para aceder, compreender e utilizar informação por forma a promover e a manter uma boa saúde”. A Literacia em Saúde implica o conhecimento, a motivação e as competências das pessoas para aceder, compreender, avaliar e aplicar informação em saúde de forma a formar juízos e tomar decisões no quotidiano sobre cuidados de saúde, prevenção de doenças e promoção da saúde, mantendo ou melhorando a sua qualidade de vida durante todo o ciclo de vida. A promoção da Literacia em Saúde, junto das pessoas, das comunidades, e das organizações, constitui-se como uma importante oportunidade e desafio da Saúde Pública. A formação nesta área apresenta-se como estratégica para contribuir para a melhoria da educação para a saúde, literacia e autocuidados da população, promovendo a cidadania em saúde, tornando as pessoas mais autónomas e responsáveis em relação à sua saúde, à saúde dos que delas dependem e à da sua comunidade.