Psicologia Educacional
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Browsing Psicologia Educacional by Sustainable Development Goals (SDG) "04:Educação de Qualidade"
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- A relação entre a motivação, a resiliência, a intenção de abandono da profissão e os grupos de recrutamento dos professores na RAMPublication . Araújo, Diogo Ramos; Silva, José CastroUm dos tópicos mais falados e debatidos na atualidade é o estado da profissão docente. As constantes manifestações por todo o país, em conjunto com as queixas das escolas que não conseguem fornecer professores suficientes para os seus alunos, pintam um quadro perturbador relativamente ao possível futuro desta profissão. Nesse sentido, a literatura tem alterado o seu foco para compreender como conseguimos reter professores nas escolas, procurando desta forma combater o problema em vigor. Dois dos construtos que tem sido amplamente investigados são a motivação e a resiliência, assim como o seu fator preditor do abandono de profissão. Por outro lado, os grupos de recrutamento são um construto pouco investigado pela literatura, contudo, os autores desta área referem existir diferenças na maneira como os docentes agem, pensam e lecionam, suscitando o interesse na presente investigação. O presente estudo procurou analisar se estas variáveis sofriam alterações dependendo do grupo de recrutamento do professor, no contexto das escolas de 2º e 3º Ciclo da Região Autónoma da Madeira (RAM). Os dados foram recolhidos através de um questionário online, utilizando algumas perguntas de caráter sociodemográfico, uma escala referente à motivação, Factors Influencing Teaching (FIT)-Choice Scale e um instrumento avaliativo da resiliência Multidimensional Teacher´s Resilience Scale (MTRS). De notar que o abandono de profissão foi medido através de uma pergunta referente à intenção de abandonar a profissão, que é considerada uma medida que prevê o abandono em si. O estudo contou com 198 participantes, 145 do sexo feminino e 53 do sexo masculino, sendo que estes docentes possuíam entre 1 a 49 anos de experiência na profissão. Por fim, os resultados evidenciaram diferenças entre a motivação dos professores de diferentes grupos de recrutamento, permitiram observar a relação entre a motivação e a resiliência como preditores da intenção de abandono de profissão e adicionaram literatura importante para o contexto docente da RAM
- A relação entre as crenças sobre o erro dos alunos, as emoções e o clima do erro na disciplina de matemática em alunos do 3º e 4º anoPublication . Malaquias, Petra Andreia Correia; Peixoto, FranciscoA matemática e percecionada pelos alunos como um desafio, e a perceção que os alunos têm quanto ao seu ambiente em sala de aula pode ter um grande impacto na forma como aprendem. O erro ao ser praticamente inevitável durante o processo de aprendizagem, pode ser percecionado de diversas formas e ter repercussões quanto as suas emoções e crenças de aprendizagem em sala de aula. O estudo teve como objetivo analisar as relações entre a perceção que os alunos têm quanto ao ambiente em sala de aula em relação ao erro, a perspetiva dos alunos quanto aos erros e as emoções sentidas pelos alunos em sala de aula. Neste estudo participaram 197 alunos do 1º ciclo, sendo que 99 alunos frequentavam o 3º ano de escolaridade e 98 alunos frequentavam o 4o ano de escolaridade. A recolha de dados foi realizada em sala de aula através de três questionários que analisaram a perceção dos alunos relativamente ao clima em sala de aula e aos erros e as emoções relativamente a matemática. Os resultados obtidos indicaram que o clima de aprendizagem e uma variável que se apresenta correlacionada com diversas variáveis como as emoções, a reação negativa do professor e a utilização do erro para a aprendizagem.
- Autorregulação da aprendizagem e perceção de autoeficácia em matemática em alunos do 2.º e 3.º cicloPublication . Antunes, Érica Alexandra Lopes; Mata, LourdesA presente tese de mestrado teve como principal objetivo investigar a relação entre a autorregulação da aprendizagem e a autoeficácia académica na disciplina de Matemática, e como estas variáveis influenciam o desempenho escolar de alunos do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico. O estudo foi realizado com uma amostra de 294 alunos, com idades compreendidas entre os 10 e 17 anos. Utilizando um questionário estruturado para avaliar as dimensões da autorregulação (cognitiva/metacognitiva, comportamental e motivacional) e a autoeficácia académica em matemática. As hipóteses formuladas para este estudo incluíram a expectativa de que os alunos do 3.º ciclo exibissem, em média, maiores níveis de autorregulação e de autoeficácia. As hipóteses também defendiam que um maior nível de autoeficácia estaria associado ao uso mais frequente de estratégias de autorregulação. Os resultados alcançados indicaram uma correlação positiva entre a autorregulação da aprendizagem e a autoeficácia académica. Estes resultados sugerem que alunos mais autorregulados tendem a ter uma perceção de autoeficácia mais elevada.
- Diálogo no cuidado: Comunicação entre cuidador e doente em cuidados paliativosPublication . Maceira, Pedro Luís de Almeida; Coelho, AlexandraProblema: A comunicação entre cuidadores informais e doentes em contexto de cuidados paliativos é essencial e desafiante devido às limitações impostas pelo estado avançado da doença. No entanto, a forma como os cuidadores gerem esta comunicação e as barreiras que enfrentam é ainda pouco explorada. Objetivo: O objetivo deste estudo é compreender a forma como os cuidadores informais comunicam com os doentes em contexto de cuidados paliativos, na perspetiva do cuidador. Método: Este estudo exploratório consistiu numa análise secundária. Realizou-se uma análise temática com base em entrevistas a 13 cuidadores informais. Resultados: Os resultados indicam dois temas centrais: "limitações na comunicação em contexto de doença avançada" e "ganhos na comunicação resultantes do cuidar na doença", com oito e três subtemas, respetivamente. Discussão: Os resultados apontam para uma dualidade na experiência comunicacional dos cuidadores, oscilando entre vulnerabilidade e resiliência. As limitações identificadas apontam para comportamentos de protective buffering. Alguns cuidadores relatam melhorias na relação e novas formas de comunicação. Conclui-se que, embora a comunicação aberta seja desafiante, é essencial para a qualidade dos cuidados e para o bem-estar da díade.
- Dispositivos digitais e idade pré-escolar: Perceções e mediação parentaisPublication . Villar, Patrícia Andrade Dias Posser; Salvador, LilianaOs dispositivos digitais (DD), cada vez mais presentes na vida das crianças, têm sido associados a benefícios e riscos para o seu desenvolvimento, dependendo do modo como são usados. Os pais desempenham um papel central na forma como os seus filhos usam os DD, pelo que é crucial perceber que estratégias seguem para gerir esse uso e que fatores podem explicar a forma como o fazem. O presente estudo tem como principais objetivos descrever e relacionar as perceções que os pais têm sobre o uso de dispositivos digitais (DD) pelos seus filhos, as práticas que usam para o mediar, bem como a frequência com que utilizam esses dispositivos. Foram inquiridos 232 pais portugueses com filhos em idade pré-escolar através de um questionário online partilhado nas redes sociais, que incluía dois instrumentos construídos por Nikken e Schols (2015), traduzidos e adaptados para o presente estudo. Foi realizada uma análise fatorial confirmatória para garantir a validade do instrumento. Os principais resultados permitiram perceber que os pais percecionam mais os efeitos negativos dos DD, comparativamente com os outros tipos de perceções. Além disso, utilizam maioritariamente as estratégias de mediação restritiva e de supervisão. Foi possível identificar correlações positivas fracas e moderadas entre todas as estratégias de mediação e as perceções parentais dos efeitos positivos dos DD. Adicionalmente, observou-se uma correlação entre a frequência de uso dos DD (dos pais e filhos) e as perceções dos DD como babysitters, uma correlação entre a frequência de uso dos DD pelos filhos e as estratégias de mediação parental ativa e co-uso e, por fim, uma correlação entre a frequência de uso de DD pelos pais e pelos filhos. Estes resultados levantam questões para estudos futuros.
- Ensinar em contexto prisional: Motivações e desafiosPublication . Fernandes, Ana Rita Soares Pinto; Gaitas, SérgioA investigação “Ensinar em Contexto Prisional: Motivações e Desafios” explora as motivações e desafios dos professores em contexto prisional. Pretende identificar os fatores que motivam os professores a escolherem e permanecerem neste contexto, compreender os desafios enfrentados e verificar se as suas perspetivas em relação ao contexto mudaram ao longo do tempo. Parte-se da hipótese de que os desafios impactam na motivação docente. O estudo fundamenta-se nas Teorias da Expectativa-Valor (e.g., Alston et al., 2017; Miner, 2015; Van Eerde & Thierry, 1996; Watt & Richardson, 2015) e da Autodeterminação (e.g., Cernev & Hentschke, 2012; Deci & Ryan, 1985; Savolainen, 2018; Watt & Richardson, 2015). Foram realizadas 13 entrevistas estruturadas via Zoom com professores de várias regiões do país que lecionavam no ano letivo 2023/2024. A análise dos resultados foi efetuada com base na Análise de Conteúdo proposta por Bardin (1977). Os resultados indicam que os professores são motivados pelo desejo de impactar positivamente na vida dos alunos, isto é, de fazer a diferença e por uma forte necessidade de realização pessoal e profissional. Embora enfrentem dificuldades, encontram gratificação no seu trabalho, sendo influenciados por Fatores Humanos, Pedagógicos, Contextuais, Organizacionais e Políticos e de Formação. Conclui-se que, para aumentar a motivação e enfrentar os desafios, são necessários investimentos em formação, recursos e reconhecimento
- Envolvimento parental, sentimento de pertença à escola e desempenho académico de alunos dos 2º e 3º ciclos do Ensino BásicoPublication . Osório, Tatiana Werneck Sabatié Tavares; Salvador, LilianaO percurso escolar dos alunos é influenciado por um conjunto de fatores individuais, familiares e contextuais, que interagem e impactam o processo de ensino e aprendizagem. Entre esses fatores, o desempenho académico se destaca como uma variável central, comummente utilizada como um indicador de sucesso educativo e adaptação escolar. Contudo, o desempenho académico dos alunos, não pode ser compreendido de forma isolada, sendo influenciado por dimensões afetivas e psicológicas como o envolvimento parental e o sentimento de pertença à escola. O presente estudo teve como principal objetivo analisar as relações entre o envolvimento parental, o sentimento de pertença à escola e o desempenho académico dos alunos dos 2º e 3º ciclos do Ensino Básico em Portugal. Adicionalmente, procurou-se compreender se essas relações diferem consoante o estatuto migrante dos alunos. Participaram neste estudo 463 estudantes, dos quais 121 eram migrantes, que responderam a “Escala de Avaliação do Sentimento de Pertença à Escola” de (Ventura & Lima, 2016), a Escala de Perceção de Práticas de Envolvimento Parental na Escolaridade: “Os meus pais e a minha escolaridade”, e subescala “Sentimentos/ atitudes em relação ao envolvimento parental” (Pereira & Monteiro, 2014), além de um questionário sociodemográfico. Os resultados revelaram que tanto o envolvimento parental, como o sentimento de pertença à escola estão relacionados positivamente com o desempenho académico dos alunos, sendo os alunos com melhor desempenho académico, aqueles com maiores níveis de envolvimento parental e sentimento de pertença à escola. Além disso, os alunos migrantes apresentaram níveis ignificativamente mais baixos em todas as variáveis analisadas, quando comparados com os alunos não migrantes. Por fim, os resultados sublinham a importância do envolvimento parental e do sentimento de pertença à escola como fatores promotores do sucesso académico e do bem-estar dos alunos, e a emergência de práticas escolares mais inclusivas e sensíveis à diversidade cultural.
- Fatores relacionados com as crenças dos docentes sobre educação inclusiva: Revisão sistemática com meta-análisePublication . Piteira, Sofia Raquel Piedade; Gaitas, SérgioA Educação Inclusiva (EI) foi uma das reformas mais significativas a nível global no caminho para a igualdade de direitos na educação. Os docentes desempenham um papel central nesta reforma, e diversos fatores podem estar relacionados com as suas crenças sobre a EI. A presente revisão sistemática com meta-análise procurou assim investigar a relação entre as crenças dos docentes sobre EI e (1) características sociodemográficas (sexo, idade); (2) características do seu percurso profissional (anos de experiência, formação específica em EI, experiência com alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE)); e (3) crenças de autoeficácia e conhecimento sobre EI (autoeficácia para a prática da EI, conhecimento percebido sobre EI). Foram incluídos na revisão 34 estudos, publicados em 22 países entre 2015 e 2024, totalizando 78 efeitos padronizados (d de Cohen). A meta-análise multinível revelou que as crenças dos docentes sobre EI estão relacionadas com os anos de experiência (β = 0.22, p = .019), a participação em formação específica (β = 0.20, p = .017) e a experiência com alunos com NEE (β = 0.24, p = .010), enquanto o sexo e a idade não apresentaram efeitos significativos. Devido ao número reduzido de estudos, as variáveis de autoeficácia e conhecimento percebido foram sintetizadas narrativamente, sugerindo uma associação entre as crenças dos docentes e a sua autoeficácia para a prática da EI. Conclui-se que os percursos profissionais dos docentes constituem preditores significativos das crenças inclusivas, destacando a importância de formações e experiências práticas para modificar sistemas de crenças e promover a EI.
- Influência dos pares nos comportamentos dos alunos e o seu envolvimento na escolaPublication . Ramos, Chamora Vera Cruz Costa dos; Silva, José CastroSegundo Brazelton e Greenspan (2004), a relação que os jovens mantêm no seio do grupo tem um atributo fundamental no seu processo de desenvolvimento, pelo que, é importante incutir nas crianças e jovens o verdadeiro significado da amizade ao estabelecerem a relação entre pares "dentro e fora da escola". Esta é uma tarefa dos pais, da escola e de toda a comunidade educativa, e esses mesmos autores (Brazelton & Greenspan, 2004) defendem que toda a aprendizagem de crianças e jovens é justificada pelos conhecimentos adquiridos nas "primeiras relações com os outros (pares)". O presente estudo procurou descrever as conceções sobre comportamentos (des)adequados de pares em alunos de 2º e 3º ciclo de ensino, procurando ainda identificar e perceber de forma mais clara quais as diferenças existentes nos comportamentos (des)adequados entre os pares nos alunos do 2º e 3º ciclo. Este estudo contou com a participação de 181 participantes, sendo alunos do 2º e 3º ciclo de um agrupamento de escolas no conselho de Amadora. Os alunos foram selecionados através da técnica de amostragem por conveniência. O instrumento utilizado para a coleta dos dados necessários foi o questionário. Para avaliar as relações entre os pares, utilizou-se o questionário de relação entre pares na escola, de Grácio e Silva (2014). Face à questão de investigação do presente estudo, segundo os objetivos definidos e de acordo com os resultados obtidos, pode-se verificar que o comportamento dos alunos pode ser afetado pela relação que estes mantêm entre si, seja pela observação/imitação, com o objetivo de integração e tendo os colegas como modelos.
- O impacto da revisão na qualidade de composições de crianças de 4º e 5º ano de escolaridadePublication . Borges, Sandra Maria Medeiros; Silva, Ana CristinaA revisão é um processo central para promover a qualidade dos textos narrativos infantis. As instruções sobre a estrutura narrativa melhoram a organização e qualidade das composições de crianças. Um fator que poderá revelar-se importante no processo de revisão é o feedback explícito sobre a versão inicial, tendo em vista proporcionar às crianças pistas específicas para melhorar o texto. Foi objetivo deste estudo avaliar o impacto na escrita de textos narrativos, de um programa de escrita, em que os alunos têm acesso a instrumentos de autorregulação para a revisão dos textos. Participaram crianças, do 4º e 5º ano de escolaridade, com práticas semelhantes sobre a produção de textos escritos, na sala de aula, em que as instruções específicas sobre a estrutura do texto narrativo eram pouco frequentes. As crianças foram divididas em três grupos experimentais (submetidas a um programa de intervenção) e um de controlo, tendo sido controladas as variáveis relativas ao nível cognitivo e de desenvolvimento da linguagem, ao nível lexical e sintático. Esta investigação obedeceu a design experimental, com um pré-teste e pós-teste onde foi pedido às crianças para escreverem uma composição com base numa sequência de imagens. Posteriormente foram realizadas 17 sessões, distribuídas ao longo de nove meses, nas quais as crianças dos grupos experimentais escreviam uma composição e reviam a sua versão inicial. Passados dois meses e meio foi realizado um pós-teste diferido, onde se repetiram os procedimentos. Os resultados apontam para uma evolução significativa em relação à qualidade dos textos narrativos produzidos entre o pré e o pós-teste por parte de todos os grupos experimentais, o mesmo não acontecendo com os grupos de controlo. Essa evolução foi, no entanto, superior no grupo experimental 2 quando comparada aos outros grupos experimentais, verificando-se ainda que o grupo experimental 1 foi superior ao grupo experimental 3. Os resultados mostram, ainda, que não existem diferenças estatisticamente significativas entre o 4º e o 5º ano, nas várias dimensões estudadas, com exceção da dimensão Frases Completas, no grupo Experimental com grelha e feedback, tendo o 5º ano valores superiores. Conclui-se que a utilização de instrumentos de revisão na escrita de textos narrativos é muito relevante, bem como o fornecimento de um feedback. Julgamos ser fundamental a criação de programas de escrita, para trabalhar as estruturas dos vários géneros literários de modo colmatar as necessidades da população estudantil.