Neurociências
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Browsing Neurociências by Sustainable Development Goals (SDG) "03:Saúde de Qualidade"
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- Cognitive impairment in neurodegenerative diseases: A trans-diagnostic approach using a lesion-symptom mapping analysisPublication . Morais, Ricardo Félix; Pires, Ricardo; Jesus, Tiago; Baptista de Lemos Guerra de Oliveira, Raquel Maria; Duro, Diana; Lima, Marisa; Baldeiras, Inês; Oliveira, Tiago Gil; Santana, IsabelIntroduction: Neurodegenerative disorders, such as Alzheimer’s disease (AD) and frontotemporal dementia (bvFTD), reflect a spectrum of cognitive impairments unified by cognitive decline. Traditional diagnostic approaches often overlook shared landscapes of these disorders. A transdiagnostic approach, cutting across conventional boundaries, may improve understanding of shared mechanisms. This study uses lesion-symptom mapping (LSM) to identify critical brain structures responsible for cognitive impairments. Methods: Patients diagnosed with Mild Cognitive Impairment (MCI), probable AD, and probable bvFTD were recruited from our memory clinic. Diagnoses were made by a multidisciplinary team using established criteria. Participants underwent detailed medical and neurological examinations, neuroimaging, cerebrospinal fluid analysis, and neuropsychological assessment. MRI scans were processed using FreeSurfer. LSM was used to assess correlations between brain structures and cognitive performance. Results: Significant correlations were found between neuropsychological test scores and reduced volume in specific brain regions. The Free and Cued Selective Reminding Test was linked to the right hippocampus and left nucleus accumbens. The Brief Visuospatial Memory Test-Revised correlated with the right hippocampus, left nucleus accumbens, and right middle temporal gyrus. Verbal fluency was linked to the left superior temporal sulcus and left middle temporal gyrus. Digit Span forward correlated with left superior frontal gyrus and left inferior parietal region, while Digit Span backward was linked to the right precuneus. Digit-Symbol Coding was associated with the left inferior parietal region. Conclusions: This study highlights common neural targets in MCI, AD, and bvFTD and their link with cognitive impairment, emphasizing the value of LSM within a transdiagnostic approach to neurodegenerative diseases.
- Emotional processing in alexithymia: Behavioral evidencePublication . Luís, Ana Isabel Dias dos Santos; Mares, InêsSocial cognition plays a crucial role in primate survival. A key facet of social cognition is the recognition of others’ emotions, which facilitates social interactions by providing insights into others’ mental states and enabling us to adjust our behaviors accordingly. This dissertation focuses on understanding emotional processing deficits associated with alexithymia - a personality trait characterized by difficulties identifying and describing emotions - in a neurotypical population. To achieve this goal, we designed two experiments to investigate whether the emotional processing deficits associated with alexithymia extend to neutral expressions (Experiment I) and to explore their possible connection to altered holistic processing (Experiment II). In both experiments, perceptual difficulty was increased by adding visual noise, known to exacerbate alexithymia-related deficits. Alexithymia traits were independently measured using the Toronto Alexithymia Scale (TAS-20). In the first experiment, 35 university students were presented with 30 images of fearful faces, neutral faces, and objects, which they were asked to categorize. Results showed lower accuracy across all categories associated with increasing alexithymia scores. In the second experiment, 90 upright and inverted faces (displaying fear, happiness, and neutral expressions) were presented to 49 university students in a similar design to Experiment I. Participants with higher alexithymia scores performed worse when holistic processing was disrupted by image inversion, compared to upright presentation. Our analysis suggests that individuals with higher levels of alexithymia exhibit a general impairment in perceptual categorization, contrasting with the anticipated emotion-specific deficits (Experiment I) and rely on holistic processing (Experiment II).
- Expectativa e dor: Um estudo experimental sobre a influência de instruções verbaisPublication . Rosa, Patrícia Gomes; Valente, Maria Alexandra FerreiraA experiência da dor é influenciada por fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais, sendo que a expectativa em relação a estímulos dolorosos, também desempenha um papel fundamental na modulação da experiência da dor. Este estudo tem como objetivo avaliar a relação entre a expectativa do estímulo e a intensidade da dor, tolerância à dor e níveis de stress em adultos saudáveis, utilizando o paradigma Cold Pressor Arm Wrap (CPAW) para indução de dor aguda. A amostra foi composta por 40 jovens adultos. Os participantes foram divididos em dois grupos, recebendo instruções de conotação negativa (grupo experimental) ou neutra (grupo controlo), com o objetivo de induzir diferentes expectativas em relação ao ensaio experimental. A intensidade da dor foi avaliada através de uma escala numérica de 0 a 10, a tolerância à dor foi medida pelo tempo até o desconforto se tornar insuportável para o participante, e o stress foi monitorizado através variabilidade da frequência cardíaca (VFC) como um marcador psicofisiológico. Os resultados não confirmaram a hipótese de que as instruções influenciariam significativamente as expectativas de dor, exceto no parâmetro da tolerância à dor, sugerindo que o efeito placebo é mais relevante ao quanto um individuo consegue suportar a dor, e não à dor em si. A segunda hipótese também não foi confirmada, sendo que a expectativa não está associada à intensidade da dor, à tolerância à dor e ao stress. A análise destacou ainda a variabilidade inter-individual presente no estudo nas respostas à dor, reforçando que fatores contextuais e emocionais desempenham um papel significativo na perceção da dor. Este estudo enfatiza a necessidade de metodologias mais robustas para explorar como as expectativas moldam a experiência individual da dor, contribuindo para uma melhor compreensão dos mecanismos subjacentes à modulação da dor.
- A perceção do espaço e tempo em crianças com perturbação do espectro do autismoPublication . Salgado, Mariana Rodrigues; Nelas, Ana Maria Blom Vidal AbreuIntrodução: A Perturbação do Espetro do Autismo (PEA), atualmente é caracterizado por deficits na interação social, comunicação e comportamentos repetitivos, além disso ainda inclui respostas sensoriais atípicas, como hipersensibilidade e hipossensibilidade. As alterações sensoriais em indivíduos com esta perturbação têm impactos a nível do seu processamento visual e auditivo, bem como na perceção do movimento, acabando por afetar habilidades como a integração das informações sensoriais e a comunicação social. Estudos evidenciam que indivíduos com PEA frequentemente mostram um foco excessivo em detalhes visuais, comprometendo a perceção global, levando a dificuldades a nível da interpretação das expressões faciais e os contextos sociais. No processamento auditivo, é frequente a hipersensibilidade a sons muito altos e dificuldades a nível da filtragem de estímulos relevantes, prejudica a comunicação e a interação social. O processamento temporal, normalmente apresenta alterações em crianças com PEA, que leva a dificuldades em calcular durações e sequenciar ações. A ligação que existe entre o processamento espacial e temporal é complexa e demonstram que os deficits numa área podem influenciar a outra, levando ao prejuízo na integração de informações tanto visuais como auditivas. Estas dificuldades prejudicam a compreensão e resposta a estímulos de diferentes modalidades sensoriais, prejudicando estes indivíduos em situações sociais e ambientes onde existam muitos estímulos. Por fim, a carência na integração sensorial pode ter diversas origens, mostrando que os deficits espaciais e temporais, interagem mutuamente para moldar as dificuldades que são características da PEA. Metodologia: Com o objetivo de perceber se as dificuldades de processamento sensorial se manifestam tanto em tarefas visuoespaciais de processamento de quantidade de espaço (modalidade visual) como em tarefas de processamento de quantidade de tempo (modalidades visual e auditiva), desenvolvemos um protocolo experimental constituído por três tarefas apresentadas numa tela de computador a noventa e duas crianças entre os 4 e 6 anos de idade divididas em três grupos: PEA (n = 32); GC emparelhado por idade cronológica (n = 28); e GC emparelhado por idade desenvolvimental (n = 32). As Tarefas tinham uma duração aproximada de 20/30 minutos e as crianças respondiam pressionando um de dois botões do rato. Recolhemos dados sobre a precisão e tempo de reação das respostas. V Resultados: Os resultados mostram que existem diferenças significativas tanto quando comparamos os grupos entre si, como quando comparamos em duas das modalidades dentro de cada grupo de estudo, com exceção da tarefa de modalidade visuoespacial. O grupo PEA foi onde existiu uma maior proporção de respostas corretas, mas também foi o grupo onde teve um tempo de resposta mais elevado. Tanto na tarefa de modalidade visual, como na tarefa de modalidade auditiva as crianças com PEA mostraram uma maior precisão de desempenho e mais tempo de processamento. Já na tarefa de modalidade visuoespacial, mostraram um desempenho semelhante aos do Grupo de Controlo. Conclusão: Este estudo mostrou que indivíduos com PEA têm uma maior precisão nas tarefas de processamento temporal visual e auditivo, mas apresentam tempos de resposta mais longos, sugerindo que o processamento é mais detalhado, priorizando a precisão em vez da rapidez. Por outro lado, as semelhanças entre os três grupos no desempenho da tarefa visuoespacial demonstram uma possível área de preservação das capacidades de processamento sensorial na PEA. Parece então que a modalidade visual ou auditiva não é o fator preponderante, já que é o processamento temporal que mostra alterações na estratégia de tomada de decisão (com mais respostas certas e mais tempo de processamento). Estes resultados reforçam a importância de procurar programas que respeitem as estratégias de tomada de decisão desta população, implicando um ritmo de processamento mais lento e uma maior precisão, de modo a tornar a interação social mais eficaz e contribuindo para a diminuição do stress e uma melhoria na sua qualidade de vida das crianças com PEA