Psicologia das Organizações
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Browsing Psicologia das Organizações by Field of Science and Technology (FOS) "Psicologia Social e das Organizações"
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- O efeito mediador das estratégias de coping na relação entre o stress ocupacional e o strainPublication . Casaca, Cláudia Isabel Baião; Oliveira, Teresa Cristina Clímaco Monteiro d'O presente trabalho teve como principal objectivo investigar o papel do stress ocupacional, no desenvolvimento de strain físico, analisando os processos e factores que influenciam esta relação. O modelo proposto sugere que as estratégias de coping medeiam a relação entre o stress ocupacional e o strain sentido. Um segundo objectivo consiste na investigação da relação existente entre o stress ocupacional e a mudança organizacional. O estudo empírico teve uma amostra de 459 operários fabris (50 do sexo feminino e 409 do sexo masculino) de uma empresa do sector automóvel, com uma média de 36.99 anos. Os dados foram recolhidos através dos seguintes instrumentos: (1) Inventário de Mudança Organizacional (IMO), (2) o Organizational Constraits Scale (OCS), (3) o Interpersonal Conflict at Work Scale (ICAWS), (4) o Quantitative Workload Inventory (QWI), (5) o Physical Symptoms Inventory (PSI) e (6) o Brief COPE, seguindo um design explanatório e correlacional. Os resultados das regressões lineares múltiplas indicam que, a relação entre o stress ocupacional e o strain, é mediada parcialmente pela estratégia de coping expressão de sentimentos negativos e que o aumento da mudança organizacional prediz o aumento do stress ocupacional. Estes resultados sugerem que o recurso a estratégias de coping maladaptadas face ao stress ocupacional tem um impacto negativo na saúde e reforçam a evidência que a frequência de mudança afecta positivamente o stress ocupacional sentido. Estes resultados evidenciam a complexidade do tema abordado e mostram a necessidade de se desenvolverem intervenções a nível da gestão do stress ocupacional.
- Hoje é deltamente e amanhã como será: Expectativas face à sucessão numa empresa familiarPublication . Costa, Cláudia Cristina Tomás Mariz da; Palma, Patrícia Jardim Trindade Martins daPretende-se com este estudo compreender quais as expectativas vividas pelos principais intervenientes num processo de sucessão de uma Empresa Familiar (EF). As EF constituem pilares essenciais para a estabilidade do tecido empresarial de um país, sendo a forma empresarial predominante na economia dos mercados actuais. É indiscutível a importância deste tipo de empresas no produto nacional bruto e no emprego das pessoas de cada país. Este estudo foi levado a cabo numa Grande Empresa Familiar que encontra a sua actividade distribuída pela Industria, Serviços, Comércio, Agricultura, Imobiliário, Hotelaria e Distribuição, sendo o seu principal negócio a torrefacção e venda de café. Tendo este estudo sido desenvolvido em duas fases, uma qualitativa e uma quantitativa, foram encontrados dois resultados. Os da fase qualitativa vão ao encontro da literatura considerada, enquanto que os da fase quantitativa levam-nos a concluir que não existem diferenças significativas das expectativas dos colaboradores face à liderança da organização, quer no presente com o actual responsável máximo, quer no futuro quando for o sucessor o seu responsável máximo. Apenas na variável idade, para as expectativas de liderança no presente e na variável antiguidade, para as expectativas de envolvimento no presente, se encontram diferenças. Na conclusão serão discutidas as principais conclusões e implicações do estudo.
- In a good mood to cooperatePublication . Marinho, Mónica; Almeida, Pedro Henrique Garcia Lopes deEstá de bom humor para cooperar? Qual é o melhor humor para cooperar? São ainda necessárias evidências empíricas para responder claramente a esta questão. Enquanto alguns autores consideram que quando estamos de bom humor cooperamos mais, outros defendem que o oposto também pode ocorrer. Noutros estudos, não foi sequer encontrada nenhuma relação entre estas variáveis. Uma vez que existe ainda alguma ambiguidade, e em especial nas organizações, o presente estudo pretendeu averiguar esta questão. Adaptou-se ao contexto de trabalho uma medida utilizada no contexto desportivo (QCD-pt), pelo que em ambos os casos existe uma equipa com objectivos comuns, interdependência e um líder. Procedeu-se à aplicação desta ferramenta e de uma escala de afectividade (POMS-pt) a 123 colaboradores de uma organização prestadora de apoio social a uma população portuguesa local. Os resultados sugerem que existe uma relação negativa entre a cooperação incondicionada e a depressão, a confusão e a fadiga. Estes resultados contestam a ideia pré-concebida de que quem está de bom humor, necessariamente coopera mais. Torna-se assim mais claro quais são os factores em que as organizações deveriam intervir para promover a produtividade e a satisfação dos seus colaboradores.
- Intraempreendedorismo, reputação e empenhamento afectivo: Que relações?Publication . Kojuharova, Vanessa Valerieva; Palma, Patrícia Jardim Trindade Martins daO objectivo principal do presente estudo consiste em perceber de que forma se relacionam o intraempreendedorismo, a reputação e o empenhamento afectivo (EA). Foram recolhidas duas amostras (88 colaboradores e 93 clientes) numa empresa multinacional da área da restauração. A reputação pode ser definida, de forma lata, como um conjunto de crenças sobre a capacidade da empresa conseguir satisfazer os interesses dos vários grupos que se relacionam com ela (Gabbioneta, Ravasi & Mazzola, 2007). O intraempreendedorismo pode ser definido, por sua vez, como o empreendedorismo em organizações existentes (Antoncic & Hisrich, 2003). As relações entre intraempreendedorismo e reputação (e.g. Lumpkin & Dess, 1996), intraempreendedorismo e EA (e.g. Holt, Rutherford & Clohessy, 2007) e reputação e EA (e.g. Wiedmann & Buxel, 2005) têm sido sugeridas na literatura. Com o objectivo de testar as principais hipóteses foram utilizadas Correlações e a Regressão Linear. Verificou-se que o intraempreendedorismo tem um impacto positivo na reputação e no EA. Os resultados indicam ainda que a reputação tem um impacto positivo no EA e que possui um efeito mediador na relação entre intraempreendedorismo e EA. Adicionalmente, verificou-se que a reputação tem um impacto positivo na fidelidade de clientes. Os resultados sugerem, também, que não existem diferenças na percepção da reputação de acordo com a idade e o género, mas que existem differenças entre as percepções de grupos de interesse internos e externos à organização. São tecidas considerações relevantes para as temáticas em estudo e as implicações dos resultados são discutidas.
- Liderança transformacional: devem os líderes preocupar-se com a influência que detêm sobre o clima vivenciado nas organizações?Publication . Figueiredo, Vânia Sofia Guedes; Gomes, Jorge F. S.A liderança é o processo de influenciar outros, de modo a conseguir que eles façam o que o líder quer que seja feito, ou ainda, a capacidade para influenciar um grupo a actuar no sentido da prossecução dos objectivos do grupo (Teixeira, 1998). Sendo a liderança um tema muito abordado no contexto organizacional, alguns estudos demonstraram a importância do papel do líder, e o peso que o estilo de liderança e as características pessoais podem ter nos colaboradores, uma vez que este pode influenciar as emoções individuais e moldar o clima do grupo (Sy, Cote e Saavedra, 2005; Erez, Misangyi, Johnson, Lepine & Halverson, 2008; Baeza, Lao, Meneses & Romá, 2009). O clima organizacional não é mais do que a percepção que os indivíduos têm de uma organização, e é a impressão global acerca daquilo que a organização é. Neste sentido, com o intuito de se estudar a relação entre a liderança transformacional e o clima, foram aplicados dois questionários – o Comportamento do Líder Transformacional, para avaliar as dimensões da liderança, e a Escala do Clima Psicológico, para avaliar as dimensões do clima - a uma amostra de 288 colaboradores, pertencentes a 9 organizações. Os resultados obtidos revelaram que estes dois conceitos estão fortemente relacionados entre si, em todas as suas sub-dimensões, apesar de haver constructos que surgem mais fortemente relacionados com a liderança do que outros. Considerações, implicações e aplicações dos resultados são discutidas ao longo do trabalho.
- A motivação e a cooperação desportiva no atletismoPublication . Silva, Dineia Santos; Almeida, Pedro Henrique Garcia Lopes deA educação física para as crianças e jovens, consiste num período crítico do percurso educacional, dado que pode promover o seu futuro envolvimento desportivo e decisões acerca da sua participação em actividades físicas futuras. Deste modo, o estudo de modelos ou a identificação de determinantes psicológicas, assume-se como uma necessidade para o desenvolvimento de intervenções adequadas para o aumento dos níveis de actividade física. A orientação motivacional e o sentido de cooperação, são factores de primordial importância na coordenação e no sucesso de diversas actividades humanas, e de impacto bem visível no âmbito do desporto. Assim, o presente trabalho destina-se à verificação das possibilidades de correlação entre orientação motivacional e sentido de cooperação em participantes de uma mesma modalidade desportiva, neste caso o atletismo, para o que se utilizou o “Task and Ego Orientation in Sport Questionnaire” (TEOSQ), na versão portuguesa desenvolvido por Duda e colaboradores (1989, 1992, citado por Cruz, 1996), de Fonseca e Brito, (2006) e o Cuestionario de Cooperación Deportiva (CCD), igualmente na versão portuguesa, de Almeida, Garcia-Mas, Lameiras, Olmedílla, Ortega, Martins, (2006). A amostra foi constituída por 52 atletas, onde 51,9% dos sujeitos são do sexo masculino e 48,1% são do sexo feminino, de diversas especialidades.
- Positivos e empenhados serão bancários menos stressadosPublication . Antunes, Maria Kol de Carvalho Eiras; Palma, Patrícia Jardim Trindade Martins daVários estudos têm procurado conhecer o impacto do capital psicológico e do empenhamento no stress. Esta temática é alvo de crescente interesse por parte de muitos autores, uma vez que o stress tem um impacto significativo na vida das Organizações e dos seus colaboradores. Considerando a actual crise financeira e a crescente competitividade que a acompanha, a compreensão desta problemática tornou-se ainda mais importante. As Organizações devem dotar os seus colaboradores de um leque de ferramentas e competências que lhes permitam adaptar-se de forma positiva a esta nova realidade e gerir de forma efectiva situações percebidas como stressantes. Neste sentido, o presente estudo procura compreender quais as capacidades ou estados psicológicos que permitem aos indivíduos diminuir os seus níveis de stress. Tendo como objectivo analisar o efeito moderador do empenhamento na relação entre o capital psicológico e o stress, o estudo analisou uma amostra de 108 colaboradores de instituições do sector bancário nacional. Os resultados demonstram que o capital psicológico tem um impacto positivo no empenhamento dos indivíduos, contribuindo igualmente para a diminuição dos níveis de stress, nomeadamente relacionado com causas intrínsecas ao trabalho. Quanto ao papel moderador de empenhamento na relação entre o capital psicológico e o stress, o mesmo não foi confirmado na análise desenvolvida. O estudo permite alertar as Organizações para a importância de trabalhar e desenvolver determinadas capacidades nos seus colaboradores, combatendo os níveis de stress e aumentando o empenhamento organizacional.
- Stresse ocupacional e inteligência emocional: Explorando os efeitos no local de trabalhoPublication . Chaves, Elisabete Dinis; Almeida, Pedro Henrique Garcia Lopes deO presente estudo tem como objectivo verificar de que forma é que a percepção do stresse ocupacional (SO) é influenciada pela inteligência emocional (IE), aferindo se sujeitos com elevada IE experimentam níveis de SO mais baixos comparativamente a sujeitos com baixa IE. Este trabalho segue o forte consenso na literatura (Goleman, 1997; Nikolaous & Tsaousis, 2002; Slaski e Cartwright, 2003; Limonero et al, 2004) em que a IE, como competência passível de ser desenvolvida, pode apresentar-se como fundamental na regulação do stresse, saúde e bem-estar. A amostra do estudo (n= 190) foi constituída por médicos, enfermeiros e professores. Aplicou-se o Emotional Schutte’s Inventory (Schutte, Mallouf, Hall, Haggerty, Cooper, Golden & Dornheim, 1998) adaptado para a população portuguesa por Clemente (2004) e o Occupational Stress Indicator (Cooper, Sloan & Williams, 1988), adaptado para Portugal por Cunha, Cooper, Reis & Fernandes (1992). Verificou-se que a hipótese em estudo foi confirmada, constatando-se que indivíduos com elevada IE percepcionam níveis mais reduzidos de SO, designadamente no que respeita aos factores intrínsecos à função, à gestão da função e ao relacionamento no âmbito da função. Estas conclusões reforçam a estrutura teórica que este estudo tem por base (Cooper, 1998; Mayer & Salovey, 2000, Slaski & Cartwight, 2002, 2003; Bulik, 2005) tendo um potencial significativo na gestão de stresse ocupacional e em todas as práticas de recursos humanos nas organizações.