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- Educação intercultural e o preconceito Infantil: O papel moderador das atitudes dos paisPublication . Lucena, Pilar Albuquerque Cordeiro Empis de; Loureiro, FilipeA presente investigação pretende estudar o efeito da Educação Intercultural no preconceito étnico-racial infantil. Complementarmente, procura analisar o efeito moderador das atitudes dos encarregados de educação e/ou pais na relação entre a implementação de práticas interculturais e o preconceito étnico-racial dos seus educandos. O estudo compreendeu uma amostra de 108 participantes, dos quais 54 crianças e 54 encarregados de educação respetivos. De entre a amostra infantil, 26 são do sexo feminino e 28 do sexo masculino, abrangendo uma faixa etária entre os 9 e os 11 anos de idade. Relativamente aos encarregados de educação, estes têm idades compreendidas entre os 31 e os 57 anos. De modo a avaliar as variáveis do estudo, foram aplicados dois questionários através da plataforma Qualtrics: o Questionário de Atitudes e Relações Intergrupais (Carlos, 2018) para as crianças, e um inquérito de caráter sociodemográfico para os encarregados de educação e/ou pais das crianças. Os resultados apresentados demonstraram que: a Educação Intercultural não teve um efeito significativo no preconceito infantil; A posição do encarregado de educação face à imigração relaciona-se tendencialmente com o preconceito do seu educando face a pares de raça negra; A posição do encarregado de educação relaciona-se positivamente com o desejo do seu educando em relacionar-se com outras crianças de raça negra; As atitudes dos encarregados de educação não moderam a relação entre a Educação Intercultural e o preconceito do educando. Posto isto, importa refletir sobre a importância que os pais e encarregados de educação têm no crescimento do seu educando e no desenvolvimento do seu preconceito. Adicionalmente, torna-se indispensável discutir acerca do impacto que a abordagem intercultural pode ter.
- Comportamento alimentar e gestão do peso: o papel das orientações para o bem-estarPublication . Frazão, Constança Onofre de Almeida; Gouveia, Maria JoãoO insucesso na manutenção do peso perdido contribui para as taxas de obesidade e excesso de peso. A capacidade de manutenção tem sido associada à regulação do comportamento alimentar. As Orientações para o Bem-estar – motivos e valores do sujeito – influenciam o comportamento e os seus resultados. Este estudo pretende analisar se existe uma relação entre as Orientações para o Bem-estar e a Manutenção do Peso Perdido, mediada pela Regulação do Comportamento Alimentar. Participaram 143 sujeitos entre os 18 e os 68 anos (M= 35.50; DP= 15.10), que perderam peso nos últimos 5 anos. As Orientações e a Regulação do Comportamento Alimentar foram avaliadas pela versão portuguesa da Hedonic, Eudaimonic and Extrinsic Motives for Activities e da Regulation of Eating Behavior Scale, respetivamente. Não foi encontrada qualquer relação entre a Manutenção do Peso Perdido e as Orientações ou a Regulação do Comportamento Alimentar. Contudo, as Orientações associaram-se distintamente aos tipos de Regulação do Comportamento Alimentar: os indivíduos com níveis superiores de Orientação Eudaimónica e Hedónica apresentam uma regulação do comportamento alimentar mais autodeterminada; enquanto níveis superiores de Orientação Extrínseca se associam a uma regulação mais controlada. Níveis mais elevados de Orientação Eudaimónica associam-se também a uma quantidade superior de peso perdido. Além disso, o grupo que cumpriu o objetivo de quilogramas a perder, comparativamente ao que não cumpriu, apresenta níveis superiores de Orientação Eudaimónica e Hedónica e de Motivação Intrínseca, e inferiores de Regulação Introjetada. Limitações e implicações para a regulação do comportamento alimentar e gestão do peso são discutidos.
- Aspetos psicossociais da fibrose quística: revisão sistemática e dados descritivosPublication . Encarnação, Maria Inês da Costa Domingues Griff; Pais Brandão, TâniaA fibrose quística é uma doença genética cuja esperança média de vida tem vindo a aumentar tal como a relevância face aos aspetos psicossociais nesta população. Esta dissertação apresenta dois estudos. Num primeiro estudo, foi realizada uma revisão sistemática com o objetivo de identificar e sumariar os aspetos psicossociais associados à vivência com esta doença pela população adulta. Foram incluídos um total de sete estudos conduzidos em países ocidentais. O total de participantes foi de 389, dos quais 377 existe informação relativamente ao sexo (57.03% masculino e 42.97% feminino) e à média de idades (25.3). Os resultados identificam pelo menos um aspeto psicossocial que afeta a população com fibrose quística, existindo um consenso face à escassez da investigação. Num segundo estudo foi realizado uma investigação quantitativa transversal com o objetivo de avaliar dados descritivos de algumas variáveis psicológicas, nomeadamente ansiedade perante a morte, suporte social, qualidade de vida e regulação emocional de adultos com fibrose quística. Participaram 14 pacientes, quatro homens (28.6%) e 10 mulheres (71.4%), com idades entre os 18 e 43 (25.93%). Os dados descritivos mostram que o suporte social se adequa às necessidades, têm uma qualidade de vida considerada normal, não revelam dificuldades em regular as suas emoções e não demonstram valores relevantes de ansiedade perante a morte. Tendo por base os dois estudos existe uma necessidade de atualização do conhecimento sobre os aspetos psicossociais que impactam esta população, contribuindo para uma abordagem mais completa e eficaz no tratamento de adultos com fibrose quística.
- Descodificando significados: As atitudes dos psicólogos clínicos face à autolesão não suicida em adolescentesPublication . Navarro, Melanie Natale Rodrigues; Duarte, EvaA autolesão não-suicida (ALNS) é um fenómeno crescente entre os adolescentes Portugueses, facto que resulta numa maior procura pelos serviços de Psicologia. Deste modo, os psicólogos clínicos ocupam uma posição privilegiada de apoio e intervenção nos casos de adolescentes com história de ALNS. No entanto, estes comportamentos podem suscitar sentimentos ambivalentes e hostis que poderão influenciar as atitudes dos psicólogos, sua prática clínica e a eficácia das intervenções. Contudo, são escassas as investigações que buscaram compreender as atitudes dos psicólogos clínicos face à ALNS em adolescentes, principalmente em Portugal. O presente estudo centra-se na caracterização das atitudes dos psicólogos clínicos e da sua prática clínica com adolescentes com uma história de ALNS, através da análise de conteúdo de entrevistas semi-directivas realizadas a 16 psicólogos clínicos, com idades entre os 25 e 62 anos (M= 37.62; DP= 10.15). A partir da análise de conteúdo, surgiram 2.519 unidades de registo, organizadas em quatro pré-categorias (Conhecimentos Científicos; Intervenção Clínica; Atitudes; e Desafios, Dificuldades ou Necessidades Profissionais). Os resultados indicaram bons conhecimentos gerais sobre a ALNS, porém fraco domínio sobre elementos fundamentais que orientam a avaliação e a intervenção nestes casos, refletido na ausência de uma estrutura interventiva. Tais achados podem explicar a prevalência dos sentimentos negativos e a presença de atitudes negativas, que por sua vez, dificultam a criação da relação terapêutica e realçam a necessidade de materiais práticos para a intervenção.
- A relação treinador-atleta e o burnout: O papel mediador das estratégias de copingPublication . Gomes, Afonso de Sales Pires; Filipe, LoureiroA incidência de burnout em atletas tem vindo a ser um fenómeno cada vez mais presente no mundo do desporto. O desenvolvimento de burnout tem sido associado à qualidade da relação da relação treinador-atleta. Para além disso, as estratégias de coping utilizadas pelos atletas estão relacionadas, tanto com a qualidade da relação treinador-atleta, como com o desenvolvimento de burnout. Este estudo tem como objetivo testar a influência da relação treinador-atleta nos níveis de burnout experienciados pelos atletas, mediada pelas estratégias de coping utilizadas. Participaram 141 participantes, atletas entre os 16 e os 41 anos (M = 20.8, DP = 3.44). As variáveis em estudo foram avaliadas pelas versões portuguesas do ABQ (Athlete Burnout Questionnaire), CART-Q (Coach Athlete Relationship Questionnaire), e Brief COPE. Foi encontrada uma relação negativa e estatisticamente significativa entre a qualidade da relação treinador-atleta e o burnout. Verificou-se também uma associação positiva entre a qualidade da relação treinador-atleta e a utilização de estratégias de coping focadas no problema. Por sua vez, as estratégias de coping focadas no problema correlacionaram-se negativamente com os níveis de burnout, ao contrário das estratégias focadas no evitamento que se associaram positivamente com pelo menos uma das dimensões do burnout. Não se verificou o efeito mediador das estratégias de coping na relação entre a qualidade da relação treinador-atleta e o burnout. Os resultados alertam para a importância de se investir na construção e manutenção de relações positivas no mundo desportivo.
- O impacto da dor e da autoimagem associadas à endometriose na qualidade de vida da mulherPublication . Correia, Mariana Filipa Gomes; Brandão, TâniaA endometriose é uma condição crónica que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, tendo um impacto significativo tanto na saúde física como na mental. Este estudo investigou as implicações da dor associada à endometriose na qualidade de vida e na autoimagem dessas mulheres. Foi utilizada uma abordagem quantitativa, incluindo questionários específicos para avaliar a dor, qualidade de vida, e autoimagem de 106 Mulheres com idades compreendidas entre os 18 e os 52 anos (M= 33.54; DP= 7.43), diagnosticadas com endometriose. Os resultados demonstraram que a dor está diretamente relacionada à deterioração da qualidade de vida e à baixa autoimagem. O estudo investigou a relação entre autoimagem, dor e qualidade de vida em mulheres com endometriose, explicando 52% da variância na qualidade de vida através de um modelo de mediação. A dor crónica teve um efeito direto e negativo na qualidade de vida. A autoimagem também influenciou a qualidade de vida. Conclui-se que tanto a dor quanto a autoimagem parecem demonstrar-se cruciais na perceção de bem-estar, sugerindo a necessidade de uma abordagem terapêutica integrada. Em conclusão, o nível de dor sentido por mulheres diagnosticadas com endometriose associa-se negativamente ao seu nível de qualidade de vida, a perceção de autoimagem associa-se negativamente com o nível de dor sentido e positivamente com o nível de qualidade de vida das mulheres.
- Entre luz e sombra: Estabilidade emocional enquanto moderadora da relação entre o cronótipo e o stress ocupacionalPublication . Paulino, Estela Alexandra Moita; Loureiro, FilipeO presente estudo procurou estudar se variações no stress ocupacional podem ser explicadas pelo cronótipo, e se esta relação é moderada pela estabilidade emocional. Contou com 224 trabalhadores, 91 do sexo masculino e 113 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 19 e os 71 anos (M = 33.64, DP = 10.69). De modo a avaliar o cronótipo, aplicou-se a versão reduzida do MorningnessEveningness Questionnaire (rMEQ) (Loureiro & Garcia-Marques, 2015), o BFI-44 (Coelho, 2010; Diogo, 2015) para medir os níveis de estabilidade emocional, e o Trier Inventory for the Assessment of Chronic Stress (TICS-36) (Sallen et al., 2018) para avaliar o stress ocupacional. Os resultados obtidos sugerem que a matutinidade se relaciona negativamente com dimensões especificas de stress ocupacional (e.g., insatisfação no trabalho, preocupação crónica, isolamento social). Adicionalmente, o stress ocupacional também se relacionou negativamente com a estabilidade emocional, relação que se observou para sete dimensões do stress. As análises de moderação evidenciaram que o efeito preditor do cronótipo na insatisfação no trabalho, isolamento social, e na preocupação crónica é moderado pela estabilidade emocional. Especificamente, apenas para baixos níveis de estabilidade, a matutinidade associou-se negativamente com o stress ocupacional. Os resultados destacam a relevância de fatores individuais, como o cronótipo e a estabilidade emocional, no stress associado ao contexto laboral. Evidenciam ainda que a existência de um match entre o horário de trabalho e as preferências cromotípicas pode ser uma estratégia eficaz para mitigar os efeitos negativos do stress ocupacional e da baixa estabilidade
- Impacto do diagnóstico de vih na sexualidade e intimidade: Uma revisão sistemática e dados exploratóriosPublication . Esteves, Marta da Silva Perdigão; Brandão, TâniaApesar de o primeiro caso de VIH ter sido identificado há mais de 40 anos e de terem sido conduzidas inúmeras investigações, a discriminação contra indivíduos que vivem com o vírus ainda é uma realidade. Foram estudados aspetos psicossociais que esta doença pode acarretar, mas outras vertentes ficaram esquecidas. Exemplo disso é a intimidade e a sexualidade de pessoas portadoras do vírus. Deste modo, foram realizados dois estudos. Num primeiro estudo realizou-se uma revisão sistemática com o propósito de compreender o impacto que um diagnóstico de VIH pode ter tanto nas relações íntimas, como na sexualidade, podendo ou não abranger parceiros fixos. Realizou-se a pesquisa de literatura em Janeiro de 2024 em várias bases de dados. Foram incluídos 7 artigos na revisão sistemática realizados em diferentes países do mundo. Os resultados principais demonstram que, após o diagnóstico, as relações íntimas se deterioram devido à dificuldade dos parceiros em lidar com a situação. Como consequência, muitos optaram pela abstinência sexual ou pelo uso do preservativo como medida preventiva. Num segundo estudo quantitativo, foram incluídos 27 participantes (10 homens e 17 mulheres) e explorou-se a associação entre o estigma, a autoestima e a sexualidade/intimidade. Verificou-se que um maior estigma sentido resulta numa menor satisfação sexual e que uma autoestima mais baixa afeta significativamente a experiência sexual. Assim, considerando os resultados encontrados nos dois estudos, verificou-se uma necessidade acrescida de ampliar o conhecimento sobre este tema, com foco na sexualidade e intimidade neste contexto.